De Sa'adi, do seu Jardim da Rosas, Gulistan, mais uma história, esta bem pequena: «Encontrei um homem no deserto que estava a falar assim para o seu rapaz:
”- Ó filho, no dia em que ressuscitares para o mundo espiritual perguntar-te-ão o que é que tu realizaste vitoriosamente e não de quem é que tu descendes, isto é, interrogar-te-ão acerca dos teus merecimentos e não dos teus ascendentes ou como foi o
teu pai.”
Não foi enobrecida pelo bicho da seda.
Pelo que se tornou uma pessoa respeitável como ele. »
Esta história, e seus dois dísticos, bem pequena mas desafiante, lembra-nos que devemos agir enquanto estamos sob a luz do sol e com o corpo físico vivo, se queremos conquistar a imortalidade da alma e a ligação a Deus, isto é também, a possibilidade de entramos conscientes nos mundos espirituais e com luz e amor, derivadas dos nossos trabalhos ou merecimentos na terra física. Lembra-nos ainda Sa'adi que os objectos, os ritos, os ícones valem pelo que as pessoas lhes transmitem e pelo que eles dos mundos espirituais, ou mesmo do Divino, passam para nós de energias e inspirações salutíferas e luminosas. E, por fim, que a companhia de gente luminosa é fundamental. satsanga, companhia da verdade, na Índia dos yogis, ou as tariqas, as associações espirituais fraternas sufis, são exemplos de grupos, em que uns dias ou umas horas com um sábio ou mestres podem ser suficientes para acordarem, intensificarem, transformarem uma pessoa. Nestes tempos de crise grande, saibamos associar-nos, pelos melhores meios possíveis, com os seres de luz e amor e para o bem da Humanidade e do planeta Gaia...
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