Nos dias solsticiais (às 3:07 do dia 22) e natalícios é natural os Anjos e Arcanjos estarem mais próximos de nós, ou acessíveis, e assim dedicarmos-lhes algum tempo de sintonização, contemplação ou meditação, ou então apenas orar a eles ou orar com eles, é frutuoso individual e planetariamente, podendo-se realizar em qualquer local, embora na Natureza pura ou num templo sagrado seja melhor, intensificando tanto a nossa como a comunitária frequência vibratória espiritual e eco-amorosa. Dadas as bênçãos luminosas que dos seres celestiais nos podem advir, eis-me a partilhar algumas imagens, brevemente legendadas, a primeira de uma gravura de Bartolozzi, seguindo-se três de fotografias na Igreja de S. Paulo em Lisboa, e a última já obtida em Castelo Branco.
Dos Mistérios Angélicos, e do Amor que é inerente à sua visão.
Esta gravura do famoso Bartolozzi (1725-1815, em Lisboa), tão importante no desenvolvimento da gravura em Portugal, pode levar-nos a pensar que a devoção ou Amor aos Anjos e particularmente ao nosso Anjo da Guarda gera como que anjinhos ou cupidos, que são como que pequenas avatarizações, ou flechas, de Amor, numa amálgama de substância psico-espiritual nossa e deles. Desconhece-se bastante disto pelo que oremos e meditemos mais para que mereçamos e saibamos discerni-los, senti-los, vê-los e irradiá-los, ainda que possamos admitir que esse pequeno ser corresponde à nossa pequena concentração, aspiração e ligação aos Anjos... Logo, vemo-lo ainda muito pequenino...
Já esta escultura oitocentista da igreja de S. Paulo, exuda tanta doçura e amor suave e subtil dos Anjos e originado na Divindade, que contemplá-la angeliza-nos, espiritualiza-nos, impulsionando em nós a devoção e aspiração ao numinoso.
Om Amen. Os anjos estão sempre a intermediarizar a Terra e o Céu, o plano físico e os subtis e espirituais, a Humanidade e a Divindade e podem ser para nós pontífices, inspiradores, iluminadores, sobretudo quando meditamos, amamos e adoramos com eles ....
Dançarmos e voarmos com os Anjos, em amor e adoração, mesmo que só interiormente, imaginalmente, ou com as memórias havidas com eles, eis um bom dinamismo face às limitações que o karma, a sociedade ou o Estado nos imponham....
O Arcanjo São Miguel, surgindo pela primeira vez na história religiosa, de origem imaginativa ou visionária, num relato do séc. II A. C., o Livro de Daniel, com profecias absolutamente impossíveis, tornou-se com o tempo o espírito celestial mais importante no panteão cristão, quase um outro Cristo, um outro ser ungido ou mais pleno do poder divino e como tal auxiliar nas grandes batalhas cósmicas contra o mal e os maus, ou nas pequenas batalhas em que por vezes nos vemos envolvidos. Invocar e evocar S. Miguel e a sua espada, ou o poder divino da vontade que nela é simbolizada, pode ser então para alguns seres, por auto-sugestão fortificadora da vontade ou por bênçãos do alto, um instrumento vitorioso nas lutas e limpezas astrais em vigília ou nos mundos tão interactivos e que nos sonhos se manifestam algo enigmaticamente.
Por vezes S. Miguel é mesmo representado sobre o mafarrico, o endemoninhado, o diabo, o mal, personificação ou chefe de variadas forças e entidades negativas, vencendo-o, controlando-o, qual S. Jorge dominando o dragão das forças instintivas e telúricas desregradas. Esculpidas no exterior das igrejas (nesta imagem em Castelo Branco) têm a função de tanto evocar as entidades celestiais e o Arcanjo, como afugentarem as forças e entidades do mal e protegerem a Igreja e quem nela se encontra. Não há ainda estudos sobre a eficácia de tal evocação, a não ser a partir de alguns relatos hagiográficos.
Contemplarmos estas representações e sentirmos quais as energias anímicas nossas que estão menos controladas e harmonizadas é um bom exercício de auto-conhecimento. E ao mesmo tempo invocarmos o Anjo da Guarda e até o Arcanjo S. Miguel para nos fortalecerem mas, claro, com sensibilidade e humildade, pois mais do que decretar isto e aquilo, ou saber os intrujados nomes dos anjos, como alguns pseudo-esoteristas da nova Era (seguindo contudo alguns mais antigos) lançaram e espalharam, tal Elizabeth Claire Prophet, Raziel, Monica Buonfiglio e outros, cada um de nós deve é invocar, meditar, interiorizar e descobrir por si a inefabilidade do anjo da guarda íntimo, e não se enredar no intrujado nome do anjo que lhe pertenceria pela data de nascimento, e assim por mérito próprio e verídico poder merecer sintonizar ou acolher, vendo-o até interiormente...
Alegre-se, não se disperse tanto nestes dias solsticiais, natalícios e do novo ano e persista em algum tipo de sintonização, pois eles constituem-se organicamente, e assim no solstício de inverno celebram algumas tradições a entrada como regente o arcanjo Gabriel, como auspiciosas ocasiões para os invocarmos mais e melhor, seja na natureza, na família, em sodalidade ou na soledade!
Arcanjo S. Gabriel, num ícone russo, tentando trazer mais luz ao mundo e aos nossos corações. |
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