terça-feira, 30 de junho de 2020

Culto do Sol Espiritual e Divino: o nascer do Sol de 29.VI.2020, em Évora.

 Nascer do Sol, começado por volta das 5:30, em Évora Fotografias, duas gravações de um texto de Sant'Anna Dionísio sobre Leonardo Coimbra e o vídeo da gravação do culto ou celebração do emergir do Sol e da Divindade.
                                                     
 Gravação de leitura, na   1ª parte antes do nascer do Sol: https://youtu.be/fr0AiiV4C_8
 Gravação da 2ª parte, já depois do nascer do sol e portanto do vídeo que está no fim, que é o do nascer do sol e as orações correspondentes: https://youtu.be/uhaXikNUuz8
     A poente Dona Lua e o reino das sombras batem em retirada enquanto Ushas, a Aurora se aproxima sorridente. luminosa e suavemente....
     Tanto amor que o Sol transmite na aurora rosada. Soubéssemos conservar tais energias...
              O Fogo do Amor do Sol é tão grande que põe o céu todo rosado de amor
O casario ainda adormecido banhado pelos raios solares refractados na neblina do horizonte
                                       Meu Deus, meu Deus, clama a alma em adoração....
                     Planos sucessivos podem-nos levar a entrar no último dos últimos, no Divino.....
                 Dona Lua, ainda cheia, momentos bons para equilibrarmos o sol e a lua em nós
                             A explosão do sol lançou fogo no horizonte e a nós
                                                             Aum Suryaya namah
                                                             Aum Raviyaya namah
                                                          Aum Hiranyagarbhaya namah
                           

domingo, 21 de junho de 2020

Poesia de demanda espiritual, de diários antigos. Pedro Teixeira da Mota

 
Transcrição de três poemas de diários, o mais antigo de 1989. Com a capa desse diário.

I
Quando acordava a meio da longa noite
Eram as páginas de sonho que vibravam em mim
E me explicavam como as trazia dentro de mim.
Eram as companheiras da íntima oficina
Passando se fosse preciso noites sem dormir
Conversando serenas, espantadas pelo riso forte que brotasse.
E começando a reparar que havia um escrito a nascer
Que poderia vir a dar energias luminosas a quem o lesse.

Era como se eu escrevesse um poema
E ele circulasse entre as almas
fazendo-as encherem de novo de forças,
no fim do dia, no serão de ler ou fazer livros.

Era a eterna noite que eu quebrava
acordando por volta das 3 horas e pouco
quando se pode ainda dormir de novo
após se orar e meditar um pouco.

Ergueria então o meu ser,
faria na noite silenciosa
algumas orações simples
que fizessem tremer as campainhas do templo
e bruxulear as velas da devoção.

Oh quanta aspiração não havia em meu coração,
Quanta vontade de poder tornar os outros felizes
e compartilhar deles suas esperanças e ânsias,
suas tristezas e dores, em transmutação.
Não seria a minha mão que acariciaria suas faces
mas estes escritos infiltrar-se-iam pela terra adentro
e fluiriam como uma seiva rejuvenescedora.
   II
 Ó tu, minha alma misteriosa e subtil,
Por que rios e desfiladeiros te despenhas
Por que crinas de cavalos te esfarrapas
Em que ravinas pairas entre o Céu e a Terra?

Ó tu, meu Espírito invisível e sublime,
Meu senhor, minha força, meu Deus,
Quando quererás descer e habitar em mim,
Fazer da alma sedenta um manancial inesgotável?

Ó vós, anjos e mestres, amigos invisíveis
na noite dos sons e passos perdidos,
quando o mundo gira nas suas preocupações
eu queimo as sobrancelhas e tento criar
clarões de luz no horizonte das pessoas,
pistas nos caminhos abruptos das montanhas,
voos arrojados de pássaros livres,
cristais leves e puros de neve
descendo sobre as vidraças do Natal.

Peço-vos então que venham ter comigo
nos sonhos, intuições e contemplações,
Ó presenças subtis invisíveis,
Ó mestres e anjos mais queridos,
Ó Divindade invocada e amada.
III
Ó tu, amiga longínqua,
Sob que sonhos te derramas de noite,
que inquietação surda te faz gritar,
correr como pantera insatisfeita?

Porquê a distância que nos separa,
as palavras que não nos unem
e toda a ansiedade escondida?

Virei até ti quando chegar a hora,
pegarei na tua mão e direi não
ao vento, à desgraça, à inveja e traição
contra tudo o que é fraqueza em nós.

Ergueremos o monólito de pedra,
plantaremos a árvore da imortalidade,
subiremos a montanha de Himavat,
traçaremos na terra os nossos passos.

Correrei ao longo do mar contigo?
Estreitarei nos meus braços o teu sopro?
Saudaremos o sol de braços abertos
o peito vibrando de amor divino?

Escorrerá dos nossos olhos a cascata da gratidão?
Vacilarei no pudor da nossa inocência original?
Produziremos o milagre da regeneração?
Ò irmão, ò irmã, saúde e paz no coração.

Atravessarei o vale de lágrimas preso ao cordel da tua inspiração
e serei mais humilde na minha oração, ó Divindade:
Dá-me sobretudo o Sol como companheiro e a Lua como amiga
E que todos os seres sejam manifestações luminosas deles.

sábado, 20 de junho de 2020

Três poemas espirituais, de várias datas, de Pedro Teixeira da Mota, lidos e comentados em vídeo.

 Continuando a partilhar textos escritos ao longo dos anos, eis três poemas: o primeiro de 2015, sobre o amor e nomeadamente o dito O Amor é cego, tendo no reverso alguns rabiscos obtidos sobre gotas de sangue de um ferimento acidental na mão.
Começa assim:
Quem tem uma amada
Tem tudo e pode dar graças
Pois no Universo sem fim
Sua alma encontrou um ser afim.

Quis enumerar os seus dotes
e apenas a sua face e coração surgiram.
Será que sou eu tímido e cego
e não consigo entrar na sua floresta?
(....)

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O segundo poema, de 20.VIII.2004, foi escrito no sul da França, na Dordogne, onde fora para um encontro sobre espiritualidade, poesia e metafísica, em especial persa, convidado pelo amigo Leonardo Clerici, neto do futurista Marinetti e como ele grande e original criativo, em especial aprofundando uma metafísica de raízes islâmicas e de filosofia perene, intuída por alguns humanistas do Renascimento. O poema é uma demanda de orientação.  E a página do reverso contém o que registei como diário desses dias, e transcrevo um pouco, até para complementar as interrogações do poema: «Agora nas conversas com Clerici observamos nele uma análise conceptual forte de cultura com a construção resposta das interrelações palavra-poéticas e ideias, doutrinas e princípios, menosprezando os aspectos psicológicos e sobretudo sócio-culturais. Ei-lo:

«Como abrir-me mais o meu coração?
- Estando sempre contente, sentindo a Unidade,
vivendo mais consciente do mundo espiritual.

Ser portador de esperança, de amizade,
e não de morte ou destruição de relações.
Saber quais delas podemos impulsionar,
 fortificar, frutificar, verdadeiramente amar.»
 
                                         Transcrevo a 1º parte:
 Deus, meus, partidas e chegadas,
o jogo dos opostos complementares
a surgir sempre desafiante:
cavalgar o tigre, escutar o vento,
saudar o sol poente,
abrir-me às milhares de estrelas,
sorrir e contentamento.
(...)
 
 ~~~~~~~~~~~~~~~~
O terceiro poema é de 1989, escrito no Oriente, no Nepal, para ser enviado para o suplemento Arca do Verbo, dirigido pelo João Raposo Nunes, que se publicava semanalmente no Jornal Setubalense. Retrata uma aspiração forte a um contacto maior com os mestres. Calculo que não tenha sido posto no correio, embora possa ter feito uma fotocópia e enviado, tendo os pontos nos iis sido feitos já em Portugal. Os comentários tendem a explicitar e clarificar algo da demanda espiritual.
 
 
Segue-se a leitura deles comentada, num vídeo de cerca de 22 minutos:
                                     

sexta-feira, 19 de junho de 2020

"A Iconografia Anteriana", por Roque Machado, uma gravura, no seu contributo na revista ABC, em 1926

 Em 1926, Roque Machado, um estudioso com várias obras publicadas sobre Camões e certos temas dos Lusíadas, tais como a Flora, Vasco da Gama, e Deus, publicou um artigo na valiosa revista ABC, de Lisboa, no nº 327, de 21 de Outubro de 1926, dirigida por esse notável, entusiasmante e prolífero historiador Rocha Martins, uma 1ª gravura de Antero, para o que seria uma galeria de Iconografia de Antero. Não sabemos se teve continuidade, pois apenas consultamos em vão números soltos do ABC, embora sem ser na imediata continuidade.
 Roque Machado, seguindo a informação contida no In-Memoriam de Antero de Quental, de 1897, data a fotografia de 1871 e quanto à gravura em madeira do conhecido Macedo no Diário Ilustrado dá a data de 24/11/1875.
 Enaltecendo-o bastante luminosamente, "Antero de Quental é, sob certos pontos de vista, a figura máxima da nossa literatura", pois a sua obra é cosmopolita e logo «pode ser universalizada", e "houve nele um herói, um santo, um artista", atrevendo-se mesmo a legitimar o suicídio pois "foi o heroísmo, o espírito aventureiro da raça que levou Antero voluntariamente a forçar as portas da eternidade, como mostrámos na teoria formulada por nós sobre a sua morte". (Desconhecemos onde partilhou tal trabalho).
Ora como a iconografia de Antero não estava estudada, Roque de Machado propõe-se:  "sobre cada imagem anteriana daremos um comentário em prosa que possa iluminar a gravura pela palavra», acrescentando todavia apenas que "tinha Antero então, em 1871, 29 anos. Vivia no «poço húmido e morno» de que fala num dos seus sonetos", sem dúvida um expressão curiosa quanto ao ambiente psíquico que a sua criatividade de bacharel e desassossegado lhe proprocionava...
Podemos sentir nesta gravura o Antero de Quental determinado (e pela angulosidadde acidental da imagem ao nível da barba aumentada) e guerreiro dos ideais, que os tem bem pensados e amados no seu interior ou na sua poderosa cerebração e mente... 
                                          
Acabara já a sua aventura parisiense e a sua viagem marítima aos USA, que tanto o desiludira, de 1867, e ardente idealista e socialista proudhoniano, após a fermentação da época do tão revolucionário Cenáculo na Travessa do Guarda Mór, hoje rua do Grémio Lusitano, 1º andar do nº 19, alugado a Jaime Batalha Reis, no qual a entrada de Antero sido descrita por Eça de Queirós como "a vinda do rei Artur à confusa Terra de Gales", Antero com esses e outros companheiros ia lançar muito corajosamente as famosas Conferência Democráticas do Casino, que marcam a entrada de Portugal na modernidade, nomeadamente com a sua conferência pronunciada a 22 de Maio desse ano de 1871, intitulada as Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos últimos três séculos.
A gravura parece mostrar Antero de Quental firme e calmo na sua responsabilidade de sonhador e de idealista da Revolução que libertaria os seres e sociedades das suas múltiplas opressões e ignorâncias, e que o levou mesmo a militar em alguns projectos e partidos socialistas, mas dos que mais tarde se desiludirá...
E se formos para a fotografia modelo da gravura, que foi certamente a que reproduzimos em seguida, poderemos realçar como "descrição-interpretação" bem diferenciada da resultante da gravura, graças à nitidez da fotografia,  o nariz mais sensitivo e fremente, a boca capaz de pronunciar o verbo ou palavra justa e incisiva e o seu belo olhar puro e de idealista. Também com a testa mais ampla ou vasta do que na gravura, pois grande era o fogo-aspiração de conhecimento, amor e de visão que o incendiava interiormente e que parece brilhar alvamente, puramente, pela fronte. Pena foi não ter praticado mais a meditação no, ou com o, olho espiritual, ou 3º olho, como a civilização indiana que ele bem conhecia tanto desenvolveu e que ainda hoje é fundamental para todos os seres que querem despertar mais...
Possam estas qualidades ser desenvolvidas por nós e possa Antero de Quental estar bem luminoso nos mundos espirituais e já não apenas descansando na mão de Deus, mas sentindo-se no seio da omnipresença da vida divina e quem sabe com acesso à Sua contemplação no seu interior. E vivendo já activo como espírito imortal e Cavaleiro do Amor, que vence a morte...

Amizades, Amor, Alma gémea, Graal e o Caminho Espiritual... Textos e vídeo...

A escrita é primacialmente uma invocação de mais amor e  conhecimento. Não sabemos bem o que vamos escrever ou que a nossa alma (e até a anima mundi) vai fazer aflorar da memória ou do campo unificado de energia-consciência-informação à nossa capacidade de associação construtiva, iluminante, mas começamos a escrever e depois no fim está a primeira recolha e sedimentação em palavras, ideias, sentimentos e intuições. Que poderá depois ser bem aprofundada...
Podemos dizer que alguns escritos são essencialmente cartas de amor e de gnose em busca da Sofia, da Sabedoria, seja Celeste, Santa, a Hagia Sophia, o Eterno Feminino, seja humana, esta tanto amiga, querida e amada como mais a mítica alma gémea, incarnada ou nos planos espirituais. 
É o caso desta carta de amor poema, bem intensificada nos comentários finais em que abordei os mistérios da alma-gémea,  Amor, caminho espiritual,  coração,  Espírito e  Graal, dos quais ao longo da vida  tenho tido alguns vislumbres ou toques, aos quais estou muito grato.
Segue-se a leitura de um poema manuscrito há meia dúzia de anos, na serra do Gerês transmontano (em 2014), agora germinado nos comentários desta sua perenizante gravação transmissão de treze minutos, com o mesmo fundo ou écran de um Graal iraniano e uma pintura do valioso pintor e mestre alemão Bô Yin Râ, autor também da pintura incluída nesta apresentação
Lux, Amor, Coração, Espírito divino, Graal.
                       

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Conto espiritual escrito em 1984 nas faldas do Marão duriense, em Fontes. Gravação em vídeo.

Eis um texto escrito acima do rio Douro pela Régua, nas faldas do Marão, junto a Fontes, quando a grande amiga Dalila Pereira da Costa me oferecia a estadia numa casinha de antigo feitor, sem água nem luz, para eu passar umas semanas nas épocas do meu aniversário a 13 de Agosto. Na época dava aulas de Agni Raj Yoga no restaurante Suribachi, no Porto, e era ideal seguir de lá para o Douro e o Marão.
 Dos muitos diários que escrevi ao longo dos anos, e agora reordenados, há registos valiosos  de encontros e diálogos,  de meditações e reflexões,  de subidas da montanha e peregrinações, de poemas e contos, de ensinamentos de meditação e de yoga e das aulas e alunos. Mas também em folhas soltas não incluídas em diários, e é o caso desta, com a indicação de "Fontes, Marão, Julho de 1984", e onde se encontram vivências, intuições e criações com  valor para serem transcritas.
Resolvi ler o texto, escrito então de um fôlego, hoje dia 18.VI.2020, pela primeira vez desde a data do seu nascimento, gravando tal acto em vídeo. Fatalmente introduzi algumas melhorias ou expansões conscienciais derivadas do meu amadurecimento a vários níveis. Espero que uma mão cheia de pessoas goste da gravação. O fundo é sempre o mesmo: um Graal persa e uma pintura de Bô Yin Râ. Apesar dos acrescentos, partilho a fotografia do manuscrito como  documento do momento matricial, imaginal, montanhístico e espiritual agora ressuscitado e assim preservado do frágil destino das folhas soltas ou de milhares de textos inéditos. 
 A epigrafe inicial foi extraída da oração ou mantra Templário, abreviada, que diz, traduzindo do latim, Não a nós, não a nós mas ao Teu nome (ou vibração ou consciência) seja dada a glória (ou Luz). 
Saibamos nós ir melhorando a qualidade luminosa tanto do nosso ser (por uma vida harmoniosa) como da nossa visão interior (pela pureza e amor, silêncio e contemplação), na comunhão das correntes e bênçãos divinas.....

                         

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Conto espiritual: da rosinha da alma à rósea cruz no coração, gravado em vídeo.

"Uma História" escrita há já bastantes anos, numa folha solta de um bloco, reencontrada em reordenamentos, e lida, com  acrescentos do momento, ao ser gravada em vídeo na manhã de 17.VI.2020. 
O fundo da gravação, uma pintura de Bô Yin Râ, mantêm-se em toda a gravação. Gravei em seguida mais dois textos antigos (mais rápido que transcrevê-los...), com acrescentos, e vão estar no canal do youtube.
                                          
 
A leitura é de cerca de dezassete minutos e ficou razoavelmente bem e vale a pena ouvi-la, pois é luminosa e benfazeja...
                          

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Invocação da Sabedoria, Hagia Sophia, Eterno Feminino, em nós e no Graal do coração.

A invocação e culto do aspecto Feminino da Divindade é realizada pouco conscientemente, fazendo-se mais pelas derivações de Maria em tantas Nossas Senhoras e pela Santas no Cristianismo, por Fátima e sua descendência feminina no Islão e pelas várias Deusas dos panteões de outras religiões, das quais destacaremos a Grande Deusa, Ísis, Demeter, Vénus, Amaterasu, Kwan Yin, Radha, Kali, Shakti Devi e Iemanjá.
Sentiu-se e intuiu-se, e foi ensinado pelos sábios mais clarividentes, tal aspecto sob diferentes designações, entidades e qualidades, tais como, para alem das já nomeadas, o Eterno Feminino, o Espírito Santo, a Fecundidade, a Maternidade, a Preservadora, a Fertilizadora, o Amor, a Sabedoria, o Espírito Santo, a Beleza, e ainda como tipos arquétipos de mulheres tais como a sacerdotisa, a mãe, a amante e amada, a curadora, a ensinante, etc.
Todavia, a sua adoração e invocação pode e deve ser feita interiormente e sem estarmos condicionados por imagens corporais, fatalmente limitadoras da grandeza e subtileza  imensa do Espírito feminino, fundamental para a Unidade Divina Primordial se poder manifestar seja no Cosmos seja agora em nós, ajudando-nos no caminho da Unidade...
                                    
Ao longo dos anos dediquei-lhe algumas, não muitas, meditações, cantos, orações, poemas, invocações. Eis uma, com a quadra final, e uma sugestão musical, acrescentadas hoje:
                              
                                        «Ó Sabedoria,
Mãe dos Deuses
Cimo da Minha Alma
Amor Infindável,
Eu invoco-te.

E Tu respondes rapidamente:
- Estou sempre contigo.
Uns chamam-me Anjo da Guarda,
Outros Espírito Santo
ou ainda a Santa Sophia.

Manifesto-me em tudo isto e para além
de toda a manifestação
Sou a mulher na Divindade Absoluta.

Ama-me que eu te amarei,
Chama-me que eu te elevarei
Concentra-te intensamente
e nascerei em ti como Amor.
Medita calmamente
e banhar-te-ei de luz e paz azul
do meu manto compassivo cósmico.

Ó peregrino, escuta-me:
Envoltos nas trevas dos mundos,
identificados com os corpos animais
poucos seres humanos me procuram.
E contudo eu desvendo-me a todos
os que aspiram à mais alta Luz.

   
Virei sobre os vossos esforços
e cobrir-vos-ei de chamas.
Brotarei dentro de vós
como o Sol Divino do Amor.

Ouve-me, ó peregrino:
Entre as principais energias divinas
Eu sou a Sensibilidade
Omnipresente nos mundos.
E posso ser na tua Consciência em ti. 

Não me personalizes numa bela mulher
ou num anjo todo poderoso.
Antes venera-me, respeita-me em ti,
como a tua alma feminina divina,
E crescerás na pureza, lucidez e harmonia.

Procura-me no teu peito ardentemente,
Bem dentro do teu coração espiritual,
Então sentir-me-ás verdadeiramente
como o fogo do amor do  santo Graal. 

                

sábado, 13 de junho de 2020

Dia de S. Antonio, em tempo de "pandemia", com imagens e orações tradicionais e espirituais.

 Sem que as habituais festividades religiosas, artísticas, musicais, conviviais e gastronómicas do tradicional dia de S. António se possam realizar (embora interiormente alguns devotos o invoquem e festejem), devido às medidas de contenção face a possíveis afectações pelo vírus corona, resolvemos partilhar um  pequeno altar popular, tradicional e espiritual, com imagens, destacando-se a pintura de Maria de Fátima Silva, da Ericeira (com os pés do húmus e da humildade e a veste branca e a criança da pureza do coração e da visão, mais o verde da esperança do manjerico biológico), e livros e orações, no caso a mais famosa de S. António, retirada do seu evangelho piedoso, os Cultos de Devoção e Obséquios..., em nova impressão, acrescentando uma prece escrita por mim, directamente para a folha rosa fotografada, há minutos desta manhã antoniana.
Possam S. António e, acrescentemos, Fernando António Pessoa, nascido neste dia, bem como outros seres especiais das tradições que mais cultivamos, e os seres representados na última fotografia, estar bem activos e luminosos enquanto espíritos mais ou menos despertos nos mundos espirituais e assim mais vizinhos ou internos das correntes e bênçãos da Divindade,  inspirarem-nos ou fortificarem-nos conforme as necessidades e merecimentos de cada um.
 
Altar mural pessoal com representações de S. António e o menino ou o espírito íntimo, de Maria de Fátima Silva; caligrafia persa de poema de Hafiz; o humanista e defensor dos direitos humanos e grande amigo de Erasmo, o cronista Damião de Goes; pintura do meu bisavô materno Higino da Costa Paulino; Erasmo de Roterdão (de quem publiquei  o seu Modo de Orar a Deus); Egas Moniz (fiel do Amor, dos cavaleiros de Entre-Douro e Minho e um dos fundadores de Portugal, aio mesmo de D. Afonso Henriques); fotografia minha de criança; espiga de milho e terços internacionais; gravura do Arcanjo de Portugal (que não é S. Miguel, e que deveríamos sintonizar mais frequentemente com ele e o nosso Anjo): e prato mandala iraniano oferecido por Farnoush Fadayan Motlagh, discípula do mestre sufi Dr. Tabande, da linhagem de Nur Ali Shah e com quem eu dialoguei, estando no youtube a nossa conversa espiritual. Possam as melhores correntes de Luz e de Amor divinos passarem por estes seres até nós. Om, Amen, Hum,