sexta-feira, 1 de março de 2024

Oráculo para o mês de Março de 2024. Começa mais declaradamente a III grande Guerra, ou crescem a paz e o estado luminoso de muitos seres e da Humanidade?

 O começo de cada mês deve ser uma porta que se abre e pela qual podemos antecipar e equacionar os actos a realizar, os caminhos a percorrer, ainda que possamos fluir na harmonia do nosso ritmo de vida e suas obrigações, sem sequer ligarmos a essa temporalidade mensal que se inicia virgem para a nossa actividade criativa.

Esse equacionar, cogitar, meditar, contemplar, visualizar, que alguns ainda assim fazem, e por vezes assentando o que devem ou querem fazer numa folha de papel nas 30 ou 31 linhas dos dias, por semanas, com os  Sábados e Domingos mais alegremente livres,  é ainda por outros seres complementado pela consulta dum oráculo, ou seja, de uma abertura orativa e invocadora das bênçãos divinas e espirituais para que se recebam algumas indicações, da sorte, Fortuna ou do Campo unificado de energia consciência, inspiradoras quanto ao que se está a passar ou deve acontecer na vida da humanidade, na nossa ou no outros.

Assim o fiz nesta manhã do dia 1 de Março de 2024, interrogando o que se passa no Mundo. Utilizei as XXII cartas do Tarot de Marselha, após uns minutos de recolhimento e oração,  e o que saiu na tiragem mais simples e menos dispersante ou falível, que é a das quatro cartas ou em cruz, foi:

                                                                  
Iª - A Humanidade, como está: Carta XIIII, a Temperança, podendo significar que a Humanidade se encontra numa fase de transição, de passagem dum estado ou era para outro, a qual é caldeada ou supervisionada pelo mundo angélico ou espiritual, ou por tal dimensão qualitativa em nós.  É uma carta muito positiva, luminosa, optimista. Esta passagem pode ser externamente, com o fim de situações injustas ou conflituosas, ou ainda a passagem da unipolaridade hegemónica da oligarquia ocidental para a multipolaridade fraterna mundial, que o BRICS está a tentar concretizar, embora com grande oposição.


IIª - O Mundo, os outros, os ambientes: Carta XVII, a Estrela, tradicionalmente a mais benéfica do Tarot. De novo surge a transição, o derramar das energias celestiais sobre a Terra que alguns seres realizam, dos planos espirituais ou da Terra, frequentemente anonimamente, mas que diminuemos efeitos negativos de tanto desequilíbrio, egoísmo, racismo, violência e ódio, que têm mantido a Humanidade sob constantes opressões, fomes, crises, bombardeamentos, terrorismo, guerras. Há que esforçar-nos e tentarmos ser mais almas de amor, sabedoria,  protecção, fecundidade, para reverdecermos a Terra, tanto ecologicamente, como na agro-floresta biológica, nas medicinas alternativas,  na não-violência e diálogo convergente para a Justica, a Verdade, o Bem.

                                      

III - Que significa no que se deve pensar: Carta XI, a Força. Há que sabermos controlar ou dominar, os instintos, o egoísmo, a violência, em nós e nos outros. O arcano XI mostra uma mulher com uma chapéu em forma de lemniscata, símbolo do infinito a que ela tem aceso, conseguindo  abrir ou manter aberta a boca de um cão ou leão, símbolo das forças tanto instintivas como as mais fundas e espirituais. Temos portanto de desenvolver a nossa energia psíquica, fortificá-la pela força da vontade e o controle das ondulações do pensamento e das emoções, tão afectadas pela corrupta e manipuladora comunicação social e seus efeitos deletérios...

As três primeiras cartas mostraram-nos mulheres, uma desnuda, outra com asas, outras com vestes longas e o infinito na sua cabeça, e mostram-nos a importância do princípio Feminino nos tempos que correm, da mulher, da shakti da tradição indiana, da deusa, da sensibilidade sábia, amorosa e forte que a mulher deve exercer corajosamente na sociedade.

                                      

IVª- Resposta à pergunta sobre a movimentação da Humanidade neste mês de Março: Carta V, o Papa. Eis uma carta algo compreensível mas de facto pouco realizável, se a interpretação que lhe déssemos fosse: a Humanidade precisa de um ser, ou de seres que sejam papas, ou pontífices, isto é, construtores de pontes, entre as ideologias, os interesses, os povos, os grupos em confrontos violentos, as religiões e sabendo ensinar os caminhos da religação espiritual e divina que a todos nos cabe.

Infelizmente vemo-los pouco ou quase nada. Nem o Papa do Catolicismo, nem os Patriarcas Ortodoxos ou os chefes das outras religiões tem ousado ou não conseguido fazer ouvir a sua Palavra e Logos com força, sabedoria e impacto na população mundial, alias muito controlada pelos meios de comunicação num sentido materialista e primário, presente também em muitos dos dirigentes políticos que portanto pouco ouvem ou ouviriam as vozes de sabedoria dos pontífices...

Então esta carta do Papa, a V ou do Pentagrama, que pode querer dizer-nos?  Que somos todos nós que devemos  trabalhar mais a harmonização psico-somática e também a religação espiritual e divina no íntimo da nossa alma e em consequência de tal actividade alquímica podermos mais lúcida e sabiamente contribuir para a tarefa  indicada na primeira carta, a da Temperança, e que é transmutarmos o nosso ser, equilibrarmos as polaridades, contribuirmos para um mundo mais espiritual, mais harmonioso, mais justo. 

Anote-se contudo que, no dia 9 de Março soube-se que o Papa Francisco,  numa entrevista ainda não difundida pela Rádio Televisão Suiça (RTS), levantara a voz contra  o prolongamento do conflito Russo-Ucraniano, propondo à Ucrânia que arvore a bandeira branca e negoceie a paz. [Na entrevista, o entrevistador Lorenzo Buccella pergunta ao Papa: - "Na Ucrânia, alguns apelam à coragem da rendição, da bandeira branca. Mas  outros dizem que isso legitimaria a parte mais forte. O que pensa?"
O Papa Francisco respondeu: -  "Essa é uma interpretação. Mas eu  creio que o mais forte é aquele que vê a situação, que pensa nas pessoas, que tem a coragem da bandeira branca, de negociar. E hoje, as negociações são possíveis com a ajuda das potências internacionais. A palavra  "negociar" é uma palavra corajosa. Quando se vê que se está derrotado, que as coisas não estão a correr bem, é preciso ter a coragem de negociar. Podes sentir-te envergonhado, mas quantas mortes terminarão?
 Negoceiem a tempo, procurem um país que possa mediar. Hoje, por exemplo, na guerra da Ucrânia, há muitos que querem mediar. A Turquia ofereceu-se para isso. E outros. Não tenham vergonha de negociar antes que as coisas piorem"]
. Extraído das Vatican News, 9.III.

Naturalmente (dentro do desequilíbrio..), os mais belicistas ou warmongers, Zelensky e Jens Stoltenberg, atacaram fortemente o Papa Francisco, quando este finalmente manifestou corajosamente a sua função de pontífice, de construtor de pontes, de entendimentos, de paz para que termine a mortandade absurda dos dois povos irmãos eslavos, no fundo hipocritamente desejada pela oligarquia imperialista ocidental.

Seja então uma alma criativa, pontífice e apoiando os construtores da paz e da justiça, inspirando-se com estas quartas cartas do Tarot que nos saíram, para que a Humanidade avance no mês de Março de modos mais justos, luminosos e felizes.

Por Bô Yin Râ

1 comentário:

Anónimo disse...

Grata✨🙏✨💕