A Vontade de Luz. Cap. XIV do Livro do Deus Vivo, de Bô Yin Râ, 2ª versão da tradução em português, por Pedro Teixeira da Mota.
«Eu sei que a muitos dos que lerem estas palavras se lhes abrirá um mundo, que lhes parecerá demasiado estranho e que irá contra a sua cosmovisão, sagazmente elaborada, ou obstinadamente tomada por verdadeira, de modo que poderão rejeitar hostilmente o que - "não completamente sem riscos" - os alcança aqui.
Mas o facto de poderem ser hostis para com ela, muito dificilmente impedirá a Realidade de permanecer como ela é e sempre foi e deverá ser.--
Que as pessoas não se permitam iludirem-se.
Não fala aqui um fantasioso, descrevendo os seus sonhos extáticos!
Não fala aqui um poeta, que quer descrever as suas visões!
O que é aqui dado é orientação segura, e cada palavra está fundada na Realidade mais profunda!
Quem até agora não pode ainda conhecer esta Realidade pode aprender a conhecê-la, e é-lhe mostrado aqui o "Caminho" para chegar a tal Conhecimento, o qual de longe ultrapassa e contém em si todos os outros "conhecimentos".-
Mas cada um fará bem em contar desde o início com o facto de que os estados de ser espirituais primordiais, iluminados sob tantos ângulos neste livro, são Realidades - muito "mais reais" do que tudo o que o uso corrente da língua designa de "real", - e que eles exercem constantemente a sua acção, mesmo quando o ser humano terreno nada saiba ainda deles, e mesmo quando não quer reconhecer a sua acção...
Decerto que muitos dos que ouvem falar destas coisas neste momento saberão tirar para si consequências; todavia, cada um só se ajuda a si próprio, quando aprende a reconhecer a "Realidade" em si, e portanto não permanecerá certamente mais na dúvida de que aquilo a que até agora chamava a sua "Mundividência" era apenas uma ilusão, mesmo quando lhe parecia muito "real", porque confiava nas aparências, - mesmo quando as suas especulações mentais lhe pareciam reluzir já do mais íntimo de si.---
"A imobilidade é um recuo", diz um provérbio,- mas, na verdade, a imobilidade é muito pior do que o recuo, pois o caminhar recuando pode levar a novos valores, nunca alcançáveis por aquele que é demasiado comodista, ou demasiado obstinado, para querer renunciar ao seu "ponto de vista" em favor da procura.--
Quem porém receia o recuo, tem também todas as razões para confiar no progresso apenas com alguma reserva...
Não existe nenhum progresso ilimitado aqui na Terra!
Todo o aperfeiçoamento humano está submetido às leis do movimento das ondas!-
Os seres humanos de hoje perderam muito saber e poder que outrora os seus distantes antepassados acreditavam "inalienável",- e nessas áreas em que cada antepassado só sabia e podia muito pouco, atingiu-se hoje um grande saber e poder.
Só que a Natureza não tolera qualquer paragem!
"Ó, que fosses tu quente, ou frio!- Mas como és morno, cuspir-te-ei da minha boca!"
Foi assim que a "Lei" eterna se exprimiu em todos os tempos, e ainda hoje não alterou a sua palavra...
Quem espiritualmente permanece na escuridão, ainda não tem a Vontade de Luz!
"Desejaria" muito estar na Luz, de que ouve os outros falar,- só que ainda não o quer!
A partir do momento em que verdadeiramente o queira, já terá enveredado pelo "Caminho" que conduz à Luz!-
Se para ti a Luz do Espírito é um "valor" para cuja obtenção queres empregar todas as tuas forças, então podes estar certo que um dia poderás aproximar-te da Luz!
Mas enquanto a tua visão espiritual permanecer sob uma espessa venda, ser-te-á impossível poderes “ver"!
A tua vontade só - e não o teu "desejo" - pode arrancar essa espessa venda!--
Quando trouxeres em ti a Vontade da Luz, chegarás certamente à Luz,- quer queiras aproximar-te dela como pessoa de fria prudência, ou como um entusiasta ardente.--
Só "meia-vontade" não te conduzirá à meta!
Em todos os espaços siderais e acima de todas as estrelas não existe nenhum Deus exterior para alcançares, que oiça os teus pedidos sem efeitos...
Tens que querer ajudar-te a ti próprio, se queres que o teu Deus, que só é alcançável dentro de ti, te envie ajuda elevada, segundo a ordem original que nele é ordenada!-
No teu "Eu" está encerrado todo o Ser, e toda a aparência crias tu para ti próprio e inconscientemente das forças do teu "Eu".
Foste tu próprio antes da tua existência terrena que te separaste do teu Deus, quando deixaste de O reconhecer no teu "Eu", porque te procuravas a ti mesmo,- onde só o teu Deus se podia encontrar...
Assim "Deus" tornou-se para ti um "Outro", e tu para ele um "estranho".---
Agora, para a tua compreensão, divides o teu "Eu", e parece-te esconder em ti mesmo um "Eu" superior, assim como um "Eu" inferior, porque não conheces a extensão do teu "Eu" inteiro, indivisível.-
Não existe todavia nenhum Eu "superior" ou "inferior" em ti, mas no teu "Eu" está contida todo o Infinito, e ele abarca as mais fundas profundezas, como as mais elevadas alturas no mundo espiritual...
Tu próprio deves escolher, - e aqui só podes “escolher” através da acção, - o que queres manifestar a ti mesmo no teu "Eu"...
Na tua própria infinidade, - no ponto do meio do teu “Eu” que abrange o Ser ” - "nascer-te-á" então de novo o teu Deus!---
Então também o sentirás ainda primeiro como um outro Ser, até que reconheças de seguida, que ele abrange-te a ti próprio no teu "Eu" completo e inteiro.---
Mas o facto de poderem ser hostis para com ela, muito dificilmente impedirá a Realidade de permanecer como ela é e sempre foi e deverá ser.--
Que as pessoas não se permitam iludirem-se.
Não fala aqui um fantasioso, descrevendo os seus sonhos extáticos!
Não fala aqui um poeta, que quer descrever as suas visões!
O que é aqui dado é orientação segura, e cada palavra está fundada na Realidade mais profunda!
Quem até agora não pode ainda conhecer esta Realidade pode aprender a conhecê-la, e é-lhe mostrado aqui o "Caminho" para chegar a tal Conhecimento, o qual de longe ultrapassa e contém em si todos os outros "conhecimentos".-
Mas cada um fará bem em contar desde o início com o facto de que os estados de ser espirituais primordiais, iluminados sob tantos ângulos neste livro, são Realidades - muito "mais reais" do que tudo o que o uso corrente da língua designa de "real", - e que eles exercem constantemente a sua acção, mesmo quando o ser humano terreno nada saiba ainda deles, e mesmo quando não quer reconhecer a sua acção...
Decerto que muitos dos que ouvem falar destas coisas neste momento saberão tirar para si consequências; todavia, cada um só se ajuda a si próprio, quando aprende a reconhecer a "Realidade" em si, e portanto não permanecerá certamente mais na dúvida de que aquilo a que até agora chamava a sua "Mundividência" era apenas uma ilusão, mesmo quando lhe parecia muito "real", porque confiava nas aparências, - mesmo quando as suas especulações mentais lhe pareciam reluzir já do mais íntimo de si.---
"A imobilidade é um recuo", diz um provérbio,- mas, na verdade, a imobilidade é muito pior do que o recuo, pois o caminhar recuando pode levar a novos valores, nunca alcançáveis por aquele que é demasiado comodista, ou demasiado obstinado, para querer renunciar ao seu "ponto de vista" em favor da procura.--
Quem porém receia o recuo, tem também todas as razões para confiar no progresso apenas com alguma reserva...
Não existe nenhum progresso ilimitado aqui na Terra!
Todo o aperfeiçoamento humano está submetido às leis do movimento das ondas!-
Os seres humanos de hoje perderam muito saber e poder que outrora os seus distantes antepassados acreditavam "inalienável",- e nessas áreas em que cada antepassado só sabia e podia muito pouco, atingiu-se hoje um grande saber e poder.
Só que a Natureza não tolera qualquer paragem!
"Ó, que fosses tu quente, ou frio!- Mas como és morno, cuspir-te-ei da minha boca!"
Foi assim que a "Lei" eterna se exprimiu em todos os tempos, e ainda hoje não alterou a sua palavra...
Quem espiritualmente permanece na escuridão, ainda não tem a Vontade de Luz!
"Desejaria" muito estar na Luz, de que ouve os outros falar,- só que ainda não o quer!
A partir do momento em que verdadeiramente o queira, já terá enveredado pelo "Caminho" que conduz à Luz!-
Se para ti a Luz do Espírito é um "valor" para cuja obtenção queres empregar todas as tuas forças, então podes estar certo que um dia poderás aproximar-te da Luz!
Mas enquanto a tua visão espiritual permanecer sob uma espessa venda, ser-te-á impossível poderes “ver"!
A tua vontade só - e não o teu "desejo" - pode arrancar essa espessa venda!--
Quando trouxeres em ti a Vontade da Luz, chegarás certamente à Luz,- quer queiras aproximar-te dela como pessoa de fria prudência, ou como um entusiasta ardente.--
Só "meia-vontade" não te conduzirá à meta!
Em todos os espaços siderais e acima de todas as estrelas não existe nenhum Deus exterior para alcançares, que oiça os teus pedidos sem efeitos...
Tens que querer ajudar-te a ti próprio, se queres que o teu Deus, que só é alcançável dentro de ti, te envie ajuda elevada, segundo a ordem original que nele é ordenada!-
No teu "Eu" está encerrado todo o Ser, e toda a aparência crias tu para ti próprio e inconscientemente das forças do teu "Eu".
Foste tu próprio antes da tua existência terrena que te separaste do teu Deus, quando deixaste de O reconhecer no teu "Eu", porque te procuravas a ti mesmo,- onde só o teu Deus se podia encontrar...
Assim "Deus" tornou-se para ti um "Outro", e tu para ele um "estranho".---
Agora, para a tua compreensão, divides o teu "Eu", e parece-te esconder em ti mesmo um "Eu" superior, assim como um "Eu" inferior, porque não conheces a extensão do teu "Eu" inteiro, indivisível.-
Não existe todavia nenhum Eu "superior" ou "inferior" em ti, mas no teu "Eu" está contida todo o Infinito, e ele abarca as mais fundas profundezas, como as mais elevadas alturas no mundo espiritual...
Tu próprio deves escolher, - e aqui só podes “escolher” através da acção, - o que queres manifestar a ti mesmo no teu "Eu"...
Na tua própria infinidade, - no ponto do meio do teu “Eu” que abrange o Ser ” - "nascer-te-á" então de novo o teu Deus!---
Então também o sentirás ainda primeiro como um outro Ser, até que reconheças de seguida, que ele abrange-te a ti próprio no teu "Eu" completo e inteiro.---
Sem comentários:
Enviar um comentário