Saiamos das cavernas das nossas limitadas percepções e identificações, aspiremos à luz, ressuscitemos o coração e a aspiração espiritual... |
Avancemos por montes e vales, pelo caminho real que conduz através das nuvens, esforços e aspirações à montanha do espírito, dos mestres, da Divindade... |
Nuvens e montanhas namoram-se à milhões de anos e por vezes fecundam-nos, sobretudo se conseguimos sintonizar ou mesmo contemplar interiormente a montanha sagrada primordial, Himavat, Meru... |
As nuvens pedem-nos atenção desperta e capacidade de elevação poderosa, tal como elas... |
Os poderes das tão mutáveis nuvens são grandes... |
Ligam e religam a terra e os céus, o mundo físico e o astral ou mesmo até ao mundo espiritual... |
Causam sincronias ou comunicações,e são modeladas subtilmente |
Geram mesmo subtis entre si comunhões e nascimentos, que nos podem inspirar... |
Vêm silenciosas mas poderosas ao vento, em ondas sucessivas. Quem as acolhe, quem segue com elas e se entusiasma por momentos? |
Banham almas e pedras, árvores e espíritos da natureza... |
Na sua profundidade e subtileza galvanizam as consciências mais abertas, mais atentas... |
Podem fazer-nos sentir mais interiormente em corpo-espaço subtil e elevarem-nos à multidimensionalidade cósmica e espiritual. |
Por vezes desferem setas de amor ou mensagens de sabedoria, tal como nós podemos fazer para vivos e mortos... |
Causam mesmo subtis aparições germinantes da Terra |
E varrem e purificam árvores, penedos, zonas... |
Quando descem aos vales, velhas almas graníticas aguardam-nas ou contemplam-nas... |
Assim se erguem intensas hierofanias nas terras do Gerês |
Os círculos de pedras, quais menhires, reactualizam-se como altares, e nós podemos celebrar e adorar neles... |
E, depois de passarem, sobrevivem na subtil memória do local, ou nas almas que semicerram os olhos na reminiscência interior, ou nas imagens... |
Contempla e assimila melhor as nuvens, pois nos mundos espirituais também as há e ainda mais belas e poderosas... |
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