O I Congresso Internacional de Espiritualidade e Mística realizou-se de 24 a 27 de Abril no Bom Jesus do Monte, um alto fronteiriço a Braga, promovido pelo Instituto de História e Arte Cristã (IHAC) e pelo Instituto de Estudos Avançados em Catolicismo e Globalização (IEAC-GO), sendo presidente da Comissão Científica Eugénia Maria da Silva Abrantes e presidente da Comissão Organizadora José Paulo Leite de Abreu, ambos muito dinâmicos e muito bem secretariados.
Houve, além de oito posters expostos no átrio, de uma sessão de declamação de poemas e textos místicos (na bela Capela Imaculada, em Braga), e da apresentação dos projectos História Global da Espiritualidade e Mística em Portugal, e do Dicionário Global de Espiritualidade e Mística, cerca de 50 comunicações, dez individualizadas no salão principal, algumas
permitindo perguntas e respostas, o que valoriza sempre a convergência
para uma maior compreensão do que foi exposto ou debatido, e as quarenta restantes, com cerca de 20 a 25 minutos por pessoa, em pequenas salas, todas com moderação ou apresentação, mas sem tempo para discussão. O facto de decorrerem quatro comunicações ao mesmo tempo em locais diferentes também dificultou as escolhas selectivas.
Como se encontra online o programa do I Congresso Internacional de Espiritualidade e Mística, com os nomes, biografias e fotografias dos participantes, bem como os resumos das comunicações, não é necessário nomeá-los, referindo-se antes que todas as comunicações foram gravadas e serão posteriormente divulgadas.
Certamente que houve umas mais e outras menos valiosas, de acordo com a consciência, interesses, sensibilidades e afinidades de cada um, mas cremos que toda a gente ficou satisfeita com a maioria das comunicações e do modo como decorreu o tão complexo (algumas comunicações do estrangeiro pela web) quão participado Congresso, que permitiu bons contactos e diálogos, seja nos questionamentos, intervalos, refeições, deslocações e visitas ao Paço dos Duques de Bragança em Guimarães, em Braga à Sé, ao Museu Pio XII e à Capela Imaculada, no Gerês ao santuário de S. Bento da Porta Aberta, e em seguida à Igreja de Nossa Senhora do Bouro.
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O Professor Mário Simões, junto ao magnífico cadeiral do convento de Santa Maria do Bouro.
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Dos diálogos e conversas, trocas de livros, escritos e contactos certamente resultarão algumas frutificações. Quanto a haver um II Congresso, nada ficou determinado, mas as comunicações, tão ricas na diversidade de temas, épocas, problemáticas e místicas, sairão em actas. Algumas das intervenções realçaram a importância actual da mística para a evolução tanto religiosa como psico-espiritual da Humanidade, e alguns dos participantes pertenciam a centros de estudos místicos ou interligiosos. Dos místicos e místicas tratados destaquemos a beguina Hadewijch de Amberes, Daniel Faria, Tommaso Campanella, Alphonse-Marie Ratisbonne, Teresa de los Andes, Madame Guyon, S. Bartolomeu dos Mártires e Carlos Borromeu, Alexandrina de Balasar, S. Teresa de Ávila, S. Teresa de Lisieux, Etty Hillesum, Dorothy Day, Frei Bernardo de Vasconcelos...
Seguem-se imagens do Bom Jesus do Monte, e de intervenções e acontecimentos, com breves legendas
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Ad astra per aspera. Subida da escadaria do
santuário do Bom Jesus do Monte realizada um pouco à pressa (e convirá
sê-lo ao ritmo natural cardíaco de cada um), na primeira manhã, na
companhia do Emanuel. Desnível de cerca de 120 metros, dividido em cinco
lanços, correspondentes aos cinco sentidos, representados em esculturas
fontanárias do séc. XVIII. |
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Sala principal das conferências individuais e das sessões de duas pessoas em mesa redonda, com apresentador ou moderador. Uma média de oitenta pessoas por sessão nos três dias. | | |
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Maria Leonor Lamas de Oliveira Xavier, Aprender a pensar Deus com S. Anselmo: um caminho espiritual.
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A comunicação sobre A mística da Cruz Eucarística em Alexandrina de Balasar, por Alexandre Duarte. | |
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A mesa com Lurdes Neves, Maria Guilhermina Castro, António Alves Martins e Artur Manso.
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Quadro apresentado pela psicóloga transpessoal Maria Guilhermina Castro acerca de estados modificados de consciência abrangíveis no misticismo, em lato senso, in Sexualidade e Mística: contributos de Psicologia.
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"A
Alma mariana do povo português", pelo cónego José
Paulo Leite de Abreu, a que se seguiu a minha "Místicas
portuguesas dos séculos XVII e XVIII: contextos e ensinamentos".
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Parte
da assistência, na sala pequena, cerca de 20 pessoas, com cinco sorores, duas delas clarissas em Vila de Aves, junto a Barcelos e com quem
dialoguei.
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Notável apresentação da bela e original Capela Imaculada, cremos que pela sua directora. Seguiu-se a declamação de poemas e textos místicos da tradição portuguesa e europeia, de S. Bernardo de Claraval e Francisco de Assis a santa Gertrudes de Hefta e soror Maria do Céu, escolhidos por Maria Eugénia Abrantes, e declamados por Fernando Fernandes, Francisco Sancho, Maria Luísa Jacquinet e Maria do Nascimento, alguns momentos tendo sido gravados: https://youtu.be/yohaD--Zers ; https://youtu.be/Wd6FHHE_L18 |
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Um bom grupo folclórico que animou um jantar de convívio. Algumas das músicas e danças típicas foram gravadas e encontra-as no Youtube, tal como: https://youtu.be/AsOnShwwM4s
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Basílica do Bom Jesus do Monte, construída de 1784 a 1811, com o terreiro e circundada pela bela mata.
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Interior da Basílica do Bom Jesus do Monte, no final duma celebração Eucarística.
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A bela cúpula com zimbório da basílica do Bom Jesus do Monte.
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Vereda bela do Bom Jesus do Monte, um alto lugar granítico onde se cultua desde tempos muito antigos, numa despedida luminosa, por entre o musgo, os plátanos, a água purificadora e a Lux Dei..... Demos graças...
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