Na manhã de 15 de Maio de 2024, umas horas antes da apresentação do livro de Afonso Cautela, Lama e Alvorada, Poesia Reunida 1953-2015. Volume II, em que teria de participar na Casa da Imprensa em Lisboa, resolvi pronunciar uma breve evocação e revisitação de Afonso Cautela (Ferreira do Alentejo, 1933- Lisboa, 2018), jornalista pioneiro e militante da ecologia, poeta e investigador intimorato da verdade em vários campos, falando dos aspectos que me fossem surgindo na alma e mente.
Frequentemente, quando tenho de fazer uma conferência ou apresentação, costumo meditar ou mesmo gravar uma espécie de pré-lançamento, matriz, modelo, esquisso, antevisão ou programação do que terei de pronunciar publicamente horas, ou dias, depois. Teria cerca de 10 a 15 minutos por minha conta, na sessão colectiva, com José Carlos Marques, José Luiz Fernande, António Cândido Franco e a Cristina Cautela, mas nesta pré-fala cheguei aos dezassete minutos. E, claro, é sempre bem diferente o que de antemão se pensa ou diz (ou por vezes se escreve mas não para se ler...) e o que brota espontaneamente no contacto com o público e na verticalidade da invocação do autor e do assunto, tal como poderá ver e ouvir brevemente quanto ao que eu disse (e o que os outros), na Casa da Imprensa, em Lisboa, ao findar da tarde de 15 de Maio... A imagem durante a gravação é sempre a mesma chama... Muita Luz e Amor divinos no Afonso Cautela e que as suas realizações valiosas frutifiquem mais...
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