segunda-feira, 6 de maio de 2024

Um poema de invocação do encontro. Escrito já há anos e agora melhorado.

Ó musa sacra, tua aura suave inunda meus olhos

como o vento cheio de maresia a orla do oceano,

e a tua figura ergue-se como castelã benigna,

alma fecunda de obras e gerações abençoadas.


Quisera traçar no éter os signos auspiciosos

marcá-los e confirmá-los nas linhas das tuas mãos

e ouvi-los no silêncio entre as nossas palavras,

enfim alcançado o repouso do Encontro.


A graça divina permanecerá sobre nós

para cruzarmos terras e gentes

irradiando o mistério crístico, o Divino em nós.


Quisera chamar-te agora através dos ares,

sairmos das limitações envolventes

e erguer-nos na terra espiritual subtil

para como chuva fecundar Portugal.


Vivermos nas montanhas sagradas

em íntima comunhão com a Natureza e o Ser

 e ainda a irradiar sobre a civilização,

cientes, mão na mão, do amor e poder divino.


 As páginas do futuro que nos oferecerão?

Meditações, criatividades, elevadas uniões?

O canto das aves pergunta ao fundo da alma:

Saberás ser fiel a ti, ao Amor e à Divindade?


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