O Anjo como amigo celeste e guia da alma peregrina no Caminho. |
Outrora
os seres humanos tinham mais perto de si os Anjos e cultivavam tal
relacionamento, em geral até de um modo familiar, através de um pequena ara ou altar e que era fonte de inspiração e protecção. Na Pérsia chamados Fravashi, na Grécia Daimons, em Roma Génios, na Cristandade Anjos da Guarda,
e com outros nomes noutras tradições, representados, e correctamente, com asas das energia subtis, eles faziam com que os seres não se sentissem tão sós ou desamparados, pois
quando se sofria por isto ou aquilo ou quando havia dúvidas quanto ao que seria o mais correcto ou verdadeiro,
cogitava-se, orava-se e deixavam-se vir à mente as consolações, inspirações e intuições que eles poderiam fomentar, harmonizando as pessoas e contribuindo também para que a ligação entre a Terra e o Céu, a Humanidade, os seres Celestiais e a Divindade estivesse mais viva.
Hoje
a maioria dos seres perdeu a relação interior e vertical com eles e
talvez os próprios anjos se tenham de certo modo afastado, já que nos horiontalizámos ou mesmo animalizámos muito, E se
oramos e os invocamos para que ajudem nos nossos pedidos, preces,
trabalhos, fazemo-lo apenas por uns minutos e depois admiramo-nos de
não receber nada e desistimos.
Todavia
esses minutos talvez nem tenham chegado para diminuir a agitação
mental e as sombras na nossa aura que impedem que os nossos pedidos
se elevem nítidos até ao plano consciencial deles, mesmo que em volta de nós...
A comunicação com os Anjos não é como uma chamada telefónica para uma central, onde logo está pronto a responder um deles, ou mesmo o que imaginariamente tem um nome que seria o do Anjo do dia do nosso nascimento, uma mistificação cabalística que no séc. XIX e XX, nomeadamente com o francês Haziel, recebeu um tratamento de pronto a vestir superficialíssimo e enganador em vários livros de grande sucesso no new age comercial que alienou e aliena ainda tanta gente com miranbolices e cabalices.
Não, nada disso. Só o esforço dos nossos trabalhos e de vida e depois uma meditação e oração mais perseverante e longa, que deve partir do coração, com aspiração e amor, é que vai abrindo por entre a neblina da aura, e a agitação da mente, um canal de ligação entre eles e a nossa visão espiritual.
A ligação com o Anjo da Guarda, ou a conversa-convergência com ele é portanto um trabalho bem difícil para quem está muito envolvido nas dispersões e preocupações do mundo e só por uma prática de vida mais harmoniosa e auto consciente, pautada perseverantemente por momentos regulares de oração, meditação e contemplação, é que podemos ser agraciados com as suas bênçãos ou mesmo com a sua visão abençoadora e inspiradora.
Boas religações e inspirações. Mantenha o graal do seu peito e coração acesso com a chama do amor e da invocação do Anjo e da Divindade!
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