sábado, 11 de maio de 2024

Poesia como questa do Verbo, do Conhecimento e da Divindade,

Poesia. Inicio o rito de a escrever,
  deixar passar um Verbo que vem de mim:
- "Não a nós, Senhor, não a nós,
mas ao Teu Nome dá Glória". 

Assim apontou a tradição Templária,
e todos retomamos falas antigas e perenes
e só nos distinguimos se as vivemos ou não...

Seja pois a poesia invocação da Verdade e não palavras,
e resposta aos poetas do insincero ofício da forma.
Quem pode falar do espírito, de Deus e do Graal
sem os ter invocado, aproximado e entrevisto?

Entre a poesia rasa da angústia e do vazio
e a da construção formal, estética, aprumada,
 a crítica e o vulgo que escolham. 
 
Mas àquele que tente os temas sagrados
atenção, aqui é essencial a purificação,
para além da espiritual meditação.

Tantos poetas, prosadores, livros e frases ecoaram,
Mas quem se desperta a si próprio
e se conhece realmente como alma e espírito?
Esse é luz para si e ilumina os outros sem palavras
sem ter que provar, nem demonstrar.

Deus está no coração de cada ser
mas quem o não tiver sentido e redescoberto
Dele não pode irradiar nem ensinar.

Quem não O deixar abrir a janela do peito
e aquecer o quarto ou ambiente à volta,
esse nada sabe da imanência divina.

Mundos e seres infinitos nos rodeiam.
Os que agarrados a poleiros e a doutrinas,
a interesses e a ilusões da forma
são como vermes terrestres perecíveis. 
 
Poema escrito há já uns anos, e melhorado.
É preciso contemplar os mundos e seres distantes
e orar, amar, saudar os desincarnados,
 Espíritos e Anjos que nos rodeiam e até guiam.
E, por fim, 
adorar a transcendência
e amar a imanência, Divina.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sim, assim é.