domingo, 5 de maio de 2024

Poesia de querer despertar e saber mais...

                                                        

Escrito já há algum tempo num diário, quando podando uma oliveira caíra dela e partira um braço.

Dormir é difícil com dores nos braços

e as ondas do pensamentos na cabeça.

Bem cansados estão os olhos

mas há que esperar pela hora.

Quem sabe que adormece ou desperta

ou quando nasce ou morre?


Ele, o Espírito, o imortal, sabe certamente

mas em vão lhe pedimos ardentemente

que se revele mais plena e claramente.


Ficam então estas simples palavras,

meros sussurros do fluir da alma,

breve balbuciar duma demanda:

Há um eu divino além do eu ilusório

pairando sobre as sombras do sepulcro?


Deixo escorrer a pergunta no lajedo da noite:

Que o orvalho matutino faça brilhar a rosa,

e a claridade da Verdade ser a minha aurora.

1 comentário:

Anónimo disse...

Quero acreditar que sim