sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Poesia e prosa espiritual. Amor humano e divino. A Divindade. 20-10-20 e 28-01-22.

«Ó tu, que atravessas o Oceano
e vens suavizar as terras e alma,
e que na tua voz e coração
trazes as doçuras da paz e do amor,
serei eu digno da tua bênção?

Terei de atravessar o mar das ilusões,
das amizades e actividades
que se oponham à tua plena vitória,
na minha alma, como aquela que é.

Quanto da tua alma complementará a minha?
Que maravilhas descobriremos nos diálogos
em que de mãos dadas faremos circular
a essência divina do ser, saber e amar?

Quantos anos de nossas vidas se passaram,
Quanto não temos nós para aprofundar?
Quereria que nossas almas no Divino se vissem
E com os sábios e os mestres comungassem.

Tua imensa delicadeza, pureza e sensibilidade
conseguirá inundar meu ser da tua ternura
e tornar-me um cavaleiro firme com a sua dona
peregrinando nos Caminhos das Estrela?

Quanto conseguiremos gerar os dois?
Que intensificações valiosas realizaremos?
Que descobertas conseguiremos clarificar,
nossas almas elevando-se ao espírito e à verdade?

(….) se chama esta discreta musa
e sábia discípula que me vem desafiar,
a dar a mão e avançar no caminho do coração. 


Texto de 27-28.1.2022:
Sobre o Amor direi que cada ser está na sua estação do Amor, embora poucas pessoas se apercebam de tal ardência por barómetro interior e antes sintam no Inverno mais o frio à noite nas pernas que na alma e no sorriso o calor ou não do amor.
Cada ser tem mais ou menos acesso ao Amor em si, no coração, na mente, na aura, nas mãos, no corpo e no espírito e tal intensifica-se pela nossa auto-consciencialização e meditação, e tanto no trabalho, no esforço, como no fluir ou dialogar harmonizador. E, logo, partilha-se, comunga-se, irrradia-se.
O Amor implica sempre um relação, seja de nós com Deus, com o mundo espiritual, com outra pessoa, ou com os seres e coisas  que nos rodeiam. Ou mesmo apenas com o Amor e a sua chama em si e em nós.Mas simultaneamente, conseguirmos estar o mais possível no amor adequado a cada ser e momento é a magna arte, a grande Obra
Quando dois seres se encontram e comunicam, certas energias intensificam-se, circulam e transmitem-se, provocando transformações psico-mórficas, por vezes até bem teofânicas, e como cada ser tem ressonâncias ou afinidades maiores com esta ou aquela alma, deve aproveitar muito bem tais momentos ou conversas para se elevarem verdadeiramente, nos mais diversos assuntos, aspectos e realidades possíveis. É a actualização do dito: Luz sobre Luz....
Estando-se só, ainda com a possibilidades de se encontrar ou surgir a pessoa bem afim, o  mais importante é certamente a comunhão com o espírito interior, os mestres e  anjos, a Divindade, para além de a todo o momento o estado de amor e harmonia em que vivemos, trabalhamos, estamos, partilhamos, dialogamos...
Divindade? Sim, a Divindade é a entidade e fonte primordial que a todos nos emanou e que no coração do Sol espiritual original em que se auto-manifestou nos aguarda, enquanto centelhas ardentes em amor a Ela aspirando e um dia retornando...
Deus, Deusa, Divindade...

                                   

2 comentários:

Maria de Fátima Silva disse...

Sábios ensinamentos...muitas graças Pedro

Pedro Teixeira da Mota. disse...

Graças, Fátima. Pequenas centelhas....