Um Poema do Amor Espiritual ao Divino, por Pedro...
Ó Fonte de Tudo,
Misteriosa Entidade Primordial,
Raiz de todo o Eu
que nos universos se afirma,
Escuta a nossa aspiração,
responde à nossa oração,
Brilha no nosso coração.
Como
te discernir, ó Númeno,
Por entre a multidão dos fenómenos?
Será que o amor do meu coração
o transforma num graal para a Tua bênção?
A noite vem avançando sobre o dia,
e à semana sucedem-se os meses e estações.
Aonde me devo estacionar para te acolher
senão neste coração que ferido canta por ti,
tingido desta aspiração de sangue e ardor,
pela qual é ti, Amor Um, me posso religar?
Como chegar desta multiplicidade dos sentidos,
mesmo que todos aspirem ou em Ti intentem,
à unidade e subtil Seidade tua que me emanou?
Oro, canto, ardo, aspiro e chamo-Te pelo coração,
corpo e alma dançam, vibram ou tremem ao vento,
tal como as canas verdes que exalam o Teu som.
Assim chego à unificação de mim em Ti,
um teu Nome se pronunciando em mim
E me estilhaçando e galvanizando em Ti.
Assim seguirei discreto em paz e ardor,
na caravana das almas fiéis de Deus Amor.
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