segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Do Amor e do dia de S. Valentino. Uma pequena e simples aproximação, para o ano da graça de 2022.

Emane flores e aves do seu ser e coração...

O dia de S. Valentino, um italiano santificado nos primeiros séculos, adquiriu a sua conexão de protector ou inspirador do amor humano a partir dos séculos XIV e XV, tornou-se a partir da generalização das imagens e postais dos meados do séc. XIX e no decorrer das últimas décadas na civilização ocidentalizada um dia em que se celebra o Amor, em geral entre namorados, amantes ou casados, mistérios Amor que é tum sentimento, uma energia, um principio, uma ideia, a força por excelência e divina. E tão, tão, tão rica de características, variantes, níveis, significados, metáforas, símbolos, imagens e representações que, fora da sua vivência pessoal e íntima, qualquer aproximação ou descrição do Amor é sempre como a da criança que quer vazar a praia para a sua cova na areia da orla do oceano.

Geometria subtil do coração...

Comemorar clara e dignamente o Amor nos dias de hoje, para além daquilo que dois seres que se amam mais exprimirão ou se ofertarão,  é porém  é tarefa difícil, tal a quantidade de pontos opressivos do amor que escurecem a aura da terra, e fazem sofrer tanta gente. Comemorarmos demasiado ou apenas uma visão do amor romântico e egoísta, burguês, mesmo que com bastante cultura, estética e sentimento, pode ser uma traição ao verdadeiro Amor, que apela a que vençamos as trevas do ódio, da opressão, da ganância, da inveja, da prepotência que tanto ensanguentam a humanidade.

Quando escrevia este texto, sons vindos da rua, e janela aberta sobre jovens valentinizando

 Haverá então que discernirmos e denunciarmos alguns dos pontos fulcrais onde as forças mais negativas de anti-amor se exercem violentamente antes que possamos comemorar e invocar o amor humano, o amor terrestre, o Amor Cósmico, o Amor Divino.

Que pontos são esses, brevissimamente: o imperialismo do Reino Unido  e dos Estados Unidos da América norte-americano (tão arrogante, opressivo e vingativo em tanta parte, e lembremo-nos do lento assassinato anglo-saxónico e australiano de Julian Assange, um Cristo do séc. XXI), o do fanatismo racista e criminoso da Arábia Saudita e de Israel, os governos e agentes de autoridade super-opressivos e violentos da Austrália, França, Canadá e mais alguns, as ditaduras egoístas e gananciosas de bilionários e grandes corporações, nomeadamente as farmacêuticas e, finalmente, os jornais e meios de comunicação, na generalidade, no Ocidente completamente vendidos e logo manipuladores. De tudo isto resulta a predominância segmentos imensos populacionais mergulhados nas trevas da ignorância e logo massificados na banalidade de consumistas superficiais ou então, por reacção, extremizados ou radicalizados. 

                      Aquela Terra que muita gente de coração ou de bem desejaria, mas que a ganância e insensibilidade de uns poucos impede. Uma lástima, uma luta....

Lutemos então e oremos pela justiça, o conhecimento, luz, a paz, o amor em tais seres e povos tão subjugados pelo egoísmo, consumismo,  racismo, imperialismo, autoritarismo, ou seja, pelas trevas, o ódio, a crueldade, a vingança, o mal, que existem em potencial em todos os seres e fora deles enquanto entidades demoníacas (pouco reconhecidas ou aceites nos dias de hoje), e mais manifestadamente em alguns mais insensíveis ou cruéis, criminosos ou assassinos.

Os espíritos da natureza, nomeadamente os anões, ainda existem, em verdade...
Passada esta parte dolorosa do panorama vivencial politico-social e que na realidade se afigura bem difícil de se vencer, aproximemo-nos da Natureza e do templo do Amor, mas pouco  devemos dizer pois ele é sobretudo uma vivência interna, uma demanda espiritual, uma construção interior, uma dádiva permanente irradiativa e apesar dos milhões de sermões ou declarações que o proclamam na realidade são apenas em geral palavras e leves sentimentos que se agitam,  as pessoas pouco vibrando verdadeiramente no Amor todo poderoso...

Bem poderosa imagem da irradiação do Amor divino num ser. Algo exagerada...

Busque então o amor no seu trabalho bem executado, no mais profundo de si (quando ora, medita ou contempla),  no encontro e diálogo verdadeiramente amoroso e unitivo com outro ser, com os seus familiares e amigos, e na sintonização ou religação com os espíritos da natureza, os guias, o seu mestre e os anjos dos planos subtis, ou mesmo com a Divindade em ou através de algumas das suas Faces ou Nomes invocadores que mais sinta afins e operativos.

O culto do chakra do coração como fonte especial do Amor foi grande na devocionalidade cristã

Ommm  Vishnu Narayana....

É por aqui que o amor se desperta e se intensifica mais e só posso desejar que neste dia por algum destes modos consiga chegar a despertar e a sentir mais o fogo do amor poderoso brotar do seu espírito e alma em comunhão com o que seja, ou quem seja, ou com o Todo, e não se deixe tanto manipular e subjugar. Viva o Amor libertador!

Emanação do Sol Primordial, por Bô Yin Râ...

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