Eis-nos com mais uma, a quinta, fonte de Sabedoria Persa, neste caso anónima, do povo, e de facto fruto de uma constatação da tão frequente ingratidão ou inveja dos que nos são contemporâneos e vizinhos: - "Se és um ser criador valioso espera pela morte para te louvarem"; ou então: - "Move-te, emigra, estrangeira-te, se queres ser apreciado"... Assim tem sucedido ao longo dos séculos e por isso muitos artistas ou mesmo génios sofreram, embora hoje, dado o aumento de audiências e a sua globalidade, já não seja tão, tão fatal o dito ou tal fatum, entre nós, por exemplo, expresso no "ninguém é profeta na sua terra":
«Se queres ser apreciado (ou louvada, amada),
Morre ou viaja.»
Morre ou viaja.»
Comentário meu, provavelmente dedilhado numa viagem de autocarro em Lisboa, e portanto com todas as limitações de ser apenas uma intuição de fragmentos de verdade:
A eventual plenitude da nossa relacionalidade com as outras pessoas não dependendo tanto da racionalidade dos julgamentos e apreciações, mas antes de factores de afinidades psíquicas e de sincronias de encontros, em geral tende a ser passageira e transitória e só raramente se aprofunda e se torna duradoura, conduzindo então a uma apreciação reciproca estimuladora e intensificadora da nossa plenitude.
A eventual plenitude da nossa relacionalidade com as outras pessoas não dependendo tanto da racionalidade dos julgamentos e apreciações, mas antes de factores de afinidades psíquicas e de sincronias de encontros, em geral tende a ser passageira e transitória e só raramente se aprofunda e se torna duradoura, conduzindo então a uma apreciação reciproca estimuladora e intensificadora da nossa plenitude.
Vasto deve ser então o teu horizonte e a tua pátria não pode limitar-se a um torrão de terra mas deve ser a Terra Lúcida dos que aspiram à Verdade e ao seu conhecimento e que a tentam viver, aprofundar e partilhar.
Deves então saber morrer nas desilusões e incompreensões e renascer nas movimentações e novos encontros e horizontes que vão surgindo sempre nos que se conservam peregrinos ou peregrinas do Amor e da Divindade, quem sabe por vezes conseguindo partilhar o vinho do cálice do seu coração e espírito com quem verdadeiramente o aprecia e o assimila.
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