terça-feira, 12 de agosto de 2025

O oráculo do novo Ano indica que o Urso Russo é o Totem mundial. Com XIV imagens do Urso Russo muito actuais e instrutivas e oferecidas para a paz, a felicidade e a iluminação das pessoas.

Outrora os totens eram polos que ligavam a Terra e o Céu. Graças às forças astrais da Natureza que convocavam, os homens e mulheres reunidos sob eles ou à volta deles conseguiam fortificar-se, intuir e agir melhor e escalarem mesmo as distâncias e obstáculos ao acesso aos mundos subtis e espirituais. Formas animais foram deificadas e utilizadas e as suas qualidades cultuadas, assimiladas. Da África ao Egipto, dos índios da América aos shamans da Coreia.
Também na Rússia, um animal totem foi muito cantado nas suas sagas, lendas e contos de fadas e de santo. E temos então de dizer que  actualmente animal totem da Europa já não é a lusitana porca de murça, nem o galo francês, nem o buldogue britânico, nem a águia norte-americana, mas  sim o urso russo. 
 

 Quem o forçou a sair das suas cavernas nos bosques e gelos foi a arrogância, inveja e maldade dos governantes norte-americanos e europeus, e dos banderitas ucranianos, e ele teve começar a agir em prol da Humanidade ameaçada  pelos extremismos nacionalistas,  proibindo a língua russa e perseguindo e matando nas zonas das fronteiras ocidentais russas...
A reacções das populações que votaram na Crimeia, logo após o golpe de Estado de Maidan orquestrado por Victoria Nulland, a CIA e os banderitas em 2014, e depois do começo em 2022 da libertação de  Donbas e Luhansk, mostram a felicidade do reingresso na Mátria russa.
Presentemente o Urso  é um símbolo da força guerreira e corajosa da Rússia de enfrentar a coligação oligárquica e decadente ocidental.
 
A sua paciente e determinada energia em aguentar sanções e provocações do imperialismo norte-americano tem sido elogiada e a recente mudança de governação nos USA, já não com Joe e Hunter Biden completamente comprometidos com vários tipos de crimes na Ucrânia, pode levar a um acordo pacificante entre os dois povos face à operação especial de desnazificação  e desNatificação da Ucrânia, embora os resultados do encontro no Alasca a 15 de Agosto sejam um enigma, pese a ponderação e calma de Vladimir Putin, pois a manhosa e invejosa coligação dos vencidos mas dispostos (com os cocainómanos Starmer, Mertz e Macron) não quer reconhecer a sua derrota e do Fórum Económico Mundial a que está avençada, nem quer deixar a justiça fazer-se na Ucrânia e terminar o conflito.
O urso totem russo é hoje um símbolo que influencia ou inspira muita gente que luta ou apoia psiquicamente o combate da Rússia contra as hordas bárbaras e os drones e himars do Ocidente, da oligarquia e do regime de Kiev, e que anseia pelo fim do conflito.

Certamente Vladimir Putin, o líder da grande alma russa,  é a avatarização mais evidente do urso totem e por isso ele é um mestre nos planos invisíveis desdobrando-se em prol da multipolaridade dialogante  enriquecedora dos  seres e povos abnegados, um elo na corrente dourada dos mestres que estiveram ligados ao mesmo urso espírito guia, como sabemos ter acontecido com alguns starets russos, o mais famoso e conhecido sendo São Serafim Sarov, de quem há uma bela descrição da sua iluminação...
A Rússia e a China (tal como outros povos) não podem continuar a ser  vítimas dos cobardes pacotes de sanções e tarifas que o Ocidente oligárquico opressivo, de Biden-Trump e Ursula-Kallas,  continua a fulminar, com toda a sua hubris, contra eles, agora povos unidos inquebrávelmente, invencívelmente.

O mesmo se pode dizer com o povo persa ou iraniano, shiaa ou  da casa-família de Ali e Fátima (abençoem-nos eles!),  tão sacrificado, religioso e abnegado como o russo, e agora também eles unidos nas suas grandes almas, totems e governos indefectivelmente.

Quais são então os nossos votos para o novo ano iniciado neste noite da chuva de estrelas das Perseidas:
Que possa o BRICS florescer
e pôr em ordem, equidade, ética, multipolaridade e solidariedade as relações entre os povos da Terra.

                                                        

 Que a Rússia não tenha que entrar em guerra, e em especial nuclear, com os USA (ou a apoucada NATO desgovernada por roto Rutte), como tantos warmongers ou belicistas anti-russos desejam, muito visíveis no jornalixo televisivo, que deve ser evitado... 

                                           

 Possa o grande espírito russo, a sua fabulosa civilização, cultura e gente - e nomearemos Gogol, Dostoievsky, Tolstoi, Soloviev, Berdiaev, Bulgakov, o casal Roerich, Aleksander Dugin e a santa filósofa e mártir geo-estratégica Daria Dugina - , contribuir mais livre e plenamente para a educação, harmonia e felicidade  da Humanidade numa Terra mais lúcida. Lux, Amor...

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Mistérios grandes, o bem e o mal, zombies e danados, a morte e ressurreição, ou desintegração...

 Será que as pessoas podem continuar vivas separadas do seu  espírito,  ou mesmo sem ele, facto que popularmente se denominou por zombies, algo que o último presidente norte-americano Joe Biden deu sinais fortes nos últimos meses do seu decadente percurso de warmonger ou belicista opressivo do império oligárquico ocidental e sionista? 

Não serão provas ou sinais disso certas pessoas, que até conhecemos, e que a dado momento, por alguns motivos, em geral doenças, depressões, acidentes, parecem tornar-se seres  quase só instintivos, vegetativos  e que, embora nos enternecendo e fazendo irradiar ao máximo o nosso amor pelas palavras e olhos, mãos e coração, sentimos que o olhar semi-vago e as dificuldades de expressões coerentes  indicam  que zonas cerebrais estão danificadas, ou a racionalidade consciente soçobrou, ou que talvez  o espírito já esteja ausente, ou em vias de estar, distanciando-se do corpo, da mente e da personalidade que conhecíamos, embora possa estar apenas de lado a observar e, quem sabe, com antepassados até, a começar a instruir tal alma para a transição e uma melhor vida no além?

Para quem crê que  espírito é uma centelha imortal e a essência e fundamento da individualidade, e que se pode libertar do corpo físico e pairar a um nível mais elevado, as hipóteses formuladas são plausíveis. Mas para a maioria dos filósofos e cientistas que defendem   ser apenas o cérebro o produtor da consciência e do sentido da identidade e dos pensamentos, nada de especial será a hipótese teórica que apresentamos de haver pessoas já sem  a individualidade, que para eles é apenas uma coordenação de diferentes zonas neuronais, algumas provavelmente afectadas.

Contudo, para os espirituais, os que admitem ou conhecem a existência dum espírito individual distinto do corpo e do cérebro e não produzido por ele, a questão pode ser dramática face ao que pode suceder às pessoas que em vida se afastam, perdem ou se cortam do espírito e da sua fonte vital, a Divindade. 

Muito trágico ainda mais se admitirmos que o homem pode perder o contacto ou ligação com ele não só por doenças mas também por vícios, erros, crueldades, crimes, ou seja. pelo mal, pelo seu diabolismo, palavra que vem de diabolus, adversário, maxime, de Deus ou do Bem divino.  

Ora isto ocorre  muito na actualidade  pois vemos seres tão cruéis, tão diabólicos, tão obstinados no mal, na mentira, no ódio, no crime, no sadismo que somos levado a interrogar-nos se eles ainda têm o espírito divino consigo, ou se estão antes possuídos por forças ou mesmo entidades do mal, os tais misterioso seres das trevas, do caos, que existem no cosmos, ora gerados pelo ser humano ora sendo entidades subtis sombrias  que querem arrastar para o seu seio os ainda tão inconscientes humanos.

Casos mais evidentes de pessoas possuídas pelo mal serão por exemplo Netanyahu e os seus ministros mais extremistas, ou alguns dos sionistas mais violentos e genocidas, tão fanáticos nas suas ideologias e racismos sanguíneos, ideológicos e religiosos, iguais ou piores que os terroristas islâmicos que decapitavam homens, mulheres e crianças, e que em certos casos estão hoje no poder e já reconhecidos como dirigentes normais, civilizados como os ocidentais.   Seres possuídos pelo mal e que contagiam muitos jovens e crianças, tal como acontece na Ucrânia banderita e anti-russa...

A distinção feita por Jesus das diferenças entre os seres da luz e das trevas que se enfrentam, é bem visível no homem Espírito que brilha forte, no olhar, na lucidez, na palavra dum Eu firme mas também compassivo, quando tem o corpo e o cérebro em boas condições, e quando as suas energias anímicas humanas estão bem educadas e desenvolvidas, sendo a sua passagem na Terra fonte de amor, cultura, sabedoria, fraternidade. 

 Já o ser que se diaboliza interiormente, se vende ao mal, ao poder, à violência, à mentira, e logo movendo-se deixa um rasto invisível mas contagioso de  ódio e opressão por onde passa, podemos admitir que cortou as ligações com a sua voz da consciência, estrangulou-a, e o seu espírito ficou mudo, a sua centelha espiritual afastou-se dele, e é portanto já um ser híbrido, meio humano, meio infra-humano, e que se não conseguir purificar-se, exorcizar-se, reunificar-se espiritualmente,  a dispersão, a desintegração ou enlouquecimento com o aproximar da morte poderá acontecer naturalmente, seguindo-se provavelmente após a morte física, uma fase  dolorosa nos mundos subtis, o que foi outrora denominada purgatorial ou infernal, e que poderá durar uma imensidade de tempo de sofrimento. 

 Por isso sempre se rezou pelas almas dos que morrem, com intercessões de santas e santos, anjos e arcanjos, e em alguns casos muito era o necessário para despertarem e se iluminarem minimante, e quase ninguém conseguirá dizer quanto tempo, com que intensidade e quais as melhores energias psíquicas orantes impulsionadoras, ou que possam chegar eficazmente a tais almas em estados de ignorância, adormecimento, cegueira, apegos, vícios, mal.

Todavia a oração será em vão para os casos de empedernimento no mal, na mentira, no causar sofrimento aos outros e no auto-convencimento que tudo se pode fazer impunemente para se chegar a certos fins. E assim alguns de tais seres que renegam a unidade e fraternidade do espírito bem como o amor e o bem da Divindade na Humanidade, e que continuam a  dar cartas de morte neste mundo e seus palcos de glamor ou de mortandade, ao chegarem no post-mortem aos patamares ou umbrais dos mundos, confrontados com o arrependimento, expiação, purificação e conversão necessários, recusam os guias e a voz e corrente do Espírito divino, cindindo-se ainda mais Deste e nesse ódio rebelde monstruoso mantido assinam o seu hara-kiri que não fizeram na Terra, a sua sentença de morte, pois provavelmente espírito e alma, sem o amor unitivo, irão desintegrar-se e os seus elementos dissolver-se no cosmos, pesem as dúvidas que sobre tais fins últimos se ergueram nas poucas mentes que os meditaram, e lembremos Orígenes que defendeu a sua teoria da apokatastasis, ou seja que no fim dos tempos todos seriam reintegrados numa perfeição em Deus, o que foi condenado pela Igreja, e que o jovem Giovanni Pico della Mirandola no alvor do Renascimento humanista reafirmou optimisticamente, sendo também nele essa tese condenada como herética pela santa Igreja, ciosa da distinção eterna dos bons e dos maus. 

Giovanni Pico della Mirandola, num belo retrato quinhentista que esteve na posse do prof. Pina Martins e que aquando da sua desincarnação terrena a direcção do Museu de Arte Antiga recusou receber. 

O que deverá sucederá nos dias de hoje aos seres humanos que pelos seus comportamentos e pensamentos parecem verdadeiramente sem espírito divino, e antes estarem possuídos por entidades do mal, da mentira, do ódio, da destruição? Encontrarão a justiça divina ainda Terra ou só no além, e com que consequências para eles mesmo?

Mistérios grandes estes sobre o bem e o mal, a morte, a ressurreição, e a danação... 

domingo, 10 de agosto de 2025

Apontamentos de meditações e compreensões. místicas, gnósticas, yogis, shiaas, templárias, multipolares.

                                                    

O Non nobis Domine, non nobis, sed Nomini Tuo da gloriam [um dos principais cantos ou mantras templários ao longo dos tempos, e que significa Não a nós, Senhor, não a nós mas ao teu Nome dá glória] pode ser sentido e realizado a muitos níveis, e um deles diz-nos que com tal afirmação, oração ou mantra bem acesso em nós, poderemos sentir e exclamar: - Eu não direi, não atribuirei a glória, a  luz, a minha honra e valor a outrem que a vós, ó mestre, ó Divindade e aos espíritos, santos e mestres mais ligados a vós.

O dito antigo de que conforme nos despimos da criatura assim nos aproximamos do Criador ou Fundador, recomenda-nos a identificação meditativa com o espírito e com a Divindade, esta recebida não de imagem ou livro mas provinda da realização sentida interiormente,  e que brota espontânea no nosso sentir e ver ao meditarmos e vivermos bem ou harmoniosamente.

Mon coeur est un grand vase
d'ou s'élancent tant des aspirations 
que je me vois tant en l'Iran Shia
comme dans l'Inde des ashrams.
Mon âme s'envole comme une aigle
et elle plane sur les régions conflitueuses
et se devérse en energies de justice et harmonie.


A minha alma por vezes no crepúsculo ainda quente ergue-se em oração, meditação, gratidão à Divindade e gostaria de partilhar a imensa sabedoria realizada em tantas viagens distantes e nos diálogos com grandes seres, e em leituras e meditações de tanto livro maravilhoso de sábios e místicos, sorores e criadores, artistas e impressores de todos tempos.

Tento que os meus pensamentos, escritos e palavras façam jus a toda a sabedoria perene e à plêiade de seres, de amigos, de antepassados, de mestres que me ajudou a formar, e me constitui e inspira. Luz e amor para eles e para todo o Universo.

Quando pela nossa a aspiração e amor a Deus a graça da sua presença ou influência é sentida em nós, então Ele pode quase falar-nos ou dirigir-se-nos, pelo menos fazendo-nos sentir: «Eis-me aqui, sente-me nesta alegria, devoção e amor no teu peito.»

O Amor é o canal principal de ligação da Divindade com os seres humanos e quando circula entre eles a Divindade está presente, certamente em função da nossa maior ou menor sensibilidade a Ela, algo que se trabalha, conquista e merece, mas sem qualquer automatismo obrigatório da resposta ou graça divina.

Assim, pelo amor, mesmo os que já partiram, os mortos em relação ao corpo físico, não estão muito mais longe e podem receber de nós as vibrações ou emanações em que estamos e sobretudo lhes dirigimos, lhes enviamos, por pensamentos e orações, e podem pelo seu lado igualmente transmitir-nos sinais, sons, perfumes, ou ainda conselhos a nível mental da sensibilidade ou discernimentos sobre as pessoas, ambientes e suas qualidades em que estamos envolvidos e que por vezes nos escapariam.

Os seres que se tornam seguidores de ideologias e preceitos rígidos e limitadores deformam-se nas suas atitudes e comportamentos e fossilizam-se em relação a certos crescimentos e realizações que exigiriam receptividade e fluidez. Criam barreiras, círculos fechados, petrificam-se. Frequentemente é a criança inocente, a jovem despreocupada e a pessoa curiosa e aberta as que escapam dos muros e formatações, furam as limitações, mergulham nas profundezas, fazem brotar e circular as energias renovadoras. É o valor da espontaneidade, da pureza, da sinceridade, da aspiração, da humildade, da demanda...

As meditações mais profundas são aquelas em que o nosso ser se torna um cálice, cheio de aspiração, de reverência, de amor e, perseverando, se ergue acima das vibrações e preocupações horizontais do quotidiano e tanto irradia o seu espírito como é intensificado ou enchido pelos raios e bênçãos das correntes cósmicas e os raios dos guias, santos, mestres da Divindade.

Quando conseguimos estar mais abertos à subtil e misteriosa Divindade, ou melhora, às suas correntes, então a simples respiração do éter-prana-ar pode tornar-se uma comunhão com as energias cósmicas e divinas

Estamos sempre em simultâneo no plano físico e no espiritual, que poderemos chamar de plano búdico [do sânscrito buddhi, luz e sabedoria], mas não estamos suficientemente abertos a ele, nem conscientes, pois só vemos o plano físico e sentimos os energéticos e psíquicos, o resto superior, à parte algumas pessoas mais gnósticas, místicas ou devocionais, ficando quanto muito acessível de modo condicionado ou limitado aos seguidores de religiões ou seitas sobretudo em crenças e auto-sugestões, fé e devoções, mesmo assim contra-corrente com o Ocidente científico positivista e materialista, em geral considerando o espiritual como apenas imaginações ou conceptualizações geradas por coordenações cerebrais, neuronais e não por percepções subtis reais. 

Se tentarmos tornar-nos um pouco mais conscientes destes planos em que temos o nosso plurimensional ser, expandiríamos bastante a nossa consciência e já não estaríamos tão sujeitos à manipulação da oligarquia capitalista, da ciência materialista e dos meios de informação para os quais somos apenas corpos físicos e cérebros geradores de emoções e pensamentos, e logo bastante mais facilmente apanhados pelos mecanismos do sistema e da sociedade consumo e de informação, que sabe explorar muito bem as carências profundas espirituais, criando substitutos artificiais ou distractivos, e gerando dependências, seguidismos, alienações que vão infra-humanizando as pessoas, diminuindo-as das suas potencialidade e virtudes, baixando-as nos níveis vibratórios culturais, éticos e espirituais. 

Grande é a luta nos nossos dias. Não se deixe apanhar ou influenciar demasiado pela informação desinformante-deformante dos canais televisivos. Escolha bem o que quer receber de informação do mundo pela internet e trabalhe com as mãos e os pés, cultivando a terra, lendo os livros, dialogando ao vivo com as pessoas e não tanto em online e avançando na peregrinação da vida de modo a intensificar e aperfeiçoar a sua ligação interna espiritual e divina e a realização do amor sábio e criativo, fraterno e multipolar.

Apoiemos e defendamos o BRICS, a grande esperança duma Humanidade mais livre e justa

sábado, 9 de agosto de 2025

Angra do Heroísmo e a sua aura vulcânica, de paz e do divino Espírito. Impressão duma viagem em 2015, registada no diário

                                              

Há cerca de oito anos estive na ilha da Terceira para conferenciar na Angra sobre Antero de Quental, visitar duas pessoas amigas e a ilha, e consignar ou dar alguns livros. 

                                      

Foram dez dias, e registei algumas impressões num diário, hábito que desde o começo da juventude preservo, enchendo cadernos e mais cadernos, com muitas páginas partilháveis, tal esta:

«É possível que a grande paz que se sente em Angra do Heroísmo, nos Açores, sobretudo ao anoitecer, tenha como causa também, para além da relativa acalmia psíquica de uma cidade pacata e com pouca gente, a aura vulcânica que lhe subjaz e a consequente proximidade ou iminência  dos tremores de terra, que já aconteceram e podem acontecer a qualquer momento, ao que se poderá acrescentar outros  dados: o respeito ou mesmo temor que tal gera nos habitantes, a memória do ocorrido que impregna os muros ou ainda está visível em ruínas e finalmente os muitos seres que, subitamente, num cataclismo destes, ao morrerem, se elevam para o meio ambiente atmosférico subtil da cidade  e de certo modo o refrigeram, estancam, silenciam... 

O capacete de nuvens que cobre com frequência a cidade e os campos também contribuirá para uma certa irrealidade que a parece banhar e que talvez faça com que os seus habitantes tenham mais presente nos seus ouvidos o crepitar das esferas ou partículas do éter celestial e, por essa subtil convivência diária com infinito etérico que nos envolve, mais facilmente se entreguem seja ao grande Oceano que os pode engolir, seja à Mãe Terra e suas casa que os pode soterrar, seja a Jesus, Maria, Deus, divino Espírito, crendo ou sabendo que suas almas continuarão vivas e bem encaminhadas no além..

A calma omnipotente que se sente em Angra faz com que os próprios animais se aproximem mais dos homens e os homens das mulheres, e as crianças dos idosos e assim os impérios fraternos do Espírito santo e suas festas tiveram mais sucesso, pois são invocações de uma Divina Protecção, doadora de abundância, de amor, de fertilidade, aqui tão presente e necessária.

Ao fim de um dia na ilha da Terceira entendo um pouco de Praia e de Angra estarem bem abertas a quem quer receber as vibrações subtis que a ilha poderá proporcionar.

Escrevo encostado à porta de um Império do Espírito Santo sobre o sexto degrau e sob um bom telhado aligeirado com certa humildade. Orei e meditei bem.

A paz da rua, das casas, da gente recolhida no interior delas, e sempre bastante concentrada, introspectiva, fechada a bem ou a mal como resultado da insularidade e da alma colectiva e ambiental, convida-nos a tentar sentir mais o grande Oceano envolvente da ilha, os Espíritos da Natureza, tais os dragões subterrâneos, que por aqui vivem e inspiram, e o Anjo da Guarda ou Arcanjo da cidade ou da ilha, um mistério maior que mesmo assim invocaremos e cultuaremos, tal como o divino Espírito Santo.»

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Do começo do cosmos e dos espíritos, do bem e do mal, dos seres diabólicos e dos trabalhos actuais. Com pinturas de Nicolas Roerich.

                                        

O Espírito Absoluto que decide manifestar-se como Divindade e espíritos e cosmos abre em si no não-Tempo o início do Tempo,  e no vazio ou não-Manifestado Espaço o espaço infinito e começa a emanar as infinitesimais vibrações, os infindáveis gases primordiais que se irão densificar e por fim as centelhas espirituais?

Esse misterioso ser que designamos por Espírito Absoluto é em si como o que conheceremos como o Sol nos sistemas solares, sendo o Primordial Espiritual, a Fonte, a 1ª Causa, o Zero do Um?

E a emanação dos espíritos centelhas, verifica-se em que momento do processo emanativo ou criativo?

 Há uma simultaneidade de emanação ou criação espiritual de triliões de espíritos ou não é assim mas por vagas sucessivas, a criação fazendo-se a todo momento da eternidade?

Os espíritos individualizados, centelhas do Fogo primordial divino,  partículas irradiadas pelo Divindade, são já em si dotadas de sensibilidade e inteligência e logo de receptores face aos mundos que as rodeiam, interagindo subtilmente?

Que tipo de consciência essas fagulhas ou centelhas ou partículas espirituais têm em si, e que qualidades vão desenvolver, seja por elas seja para a evolução dos todos ambientais  a que pertencem no Todo?

Comunicam entre si, têm afinidades e logo amor, há mesmo já a eventual unidade do homem-mulher ou do que se veio a designar por almas-gémeas?

A evolução do cosmos, desde o big-bang ou dos sucessivos big-bangs até às galáxias, sistemas solares e seres humanos na Terra é el vista e acompanhada ou mesmo orientada e dinamizada por seres que nos ficaram descritos nas tradições como Anjos, Arcanjos, Deuses, Deusas?

Como se constitui tal Hierarquia? Pelo tempo e a evolução que passaram, ou pelas categorias dos seres emanados e criados? E deveremos sintonizar com ela e os seus espíritos de maior luz e amor, com aspiração e reverencia??

A divisão entre o bem e o mal constitui-se apenas por decisões arbitrárias dos espíritos a dada altura do processo cósmico e nasce do livre-arbítrio mal utilizado ou houve um confronto a um nível supra-humano que a gerou, e que em várias tradições se chama a queda ou a rebelião?

Resulta o Mal da acção de seres individuais que se assumem contra a Ordem do Universo, ou contra a Divindade que impregna o Cosmos e os seus seres, dando-lhes a sensibilidade empática, o sentimento de beleza, de amor e de unidade para vivenciarem e desenvolverem, tais seres opondo-se à tal vontade ou providência Divina? 

Será que o Mal nas pessoas é apenas o instinto de conservação desequilibrado, degenerado, exacerbado egoisticamente e violentamente, ou provém também dessa queda ou do que se chamou o pecado original?

 Os seres do Mal que existem, fora da Terra e à volta da Terra, interferem em todo o Universo, ou apenas na Terra subtil e nos planos mais densos ou baixos do Cosmos?

Esses seres nos planos invisíveis  pelo pensamento transmitem  forças psíquicas malignas sobre a humanidade, que não as vê mas a que se pode expor sem querer ou consciencializar, e são elas evitadas e vencidas sobretudo pela pureza, a vontade do bem comum, a verdade, o amor, a firmeza nas decisões, a irradiação do espírito?

                                     

Os demónios no invisível, que os nossos pensamentos malignos ou odiosos alimentam, chamam, atraem, até que ponto mortal ou infernal é que nos podem influenciar negativamente ou, ao contrário, os seres de Luz que respondem aos nossos apelos e nos fortificam e ajudam até que estado miraculoso podem chegar?

São Pantaleão, curador. Pintura contemplável para fins terapêuticos.

As pessoas que se tornam possuídas por tais seres das trevas ao manterem sentimentos maldosos e pensamentos de ódio e ao perpetrarem actos negativos, passando por vezes a estar possuídas ou influenciadas por eles são infeciosas, contagiosas, por vezes bastando ouvi-las, vê-las, falar-lhes para recebermos logo energias psíquicas negativas, pelo que deveremos evitá-las ou, se confrontados, desmascará-las, vencê-las?

S. Jorge e o dragão do mal, interior e exterior.

Ao longo dos séculos e mesmo nos nossos dias vemos seres completamente cortados dos sentimentos de pertença à humanidade, demasiado limitados ou racistas nos sentimentos de fraternidade e compaixão para com os outros, fazendo-os sofrer cruelmente, impiedosamente, sadicamente. São ainda humanos ou quando morrerem tornar-se-ão, descobrir-se-ão demónios e sofrerão uma Justiça cósmica que aparentemente e frequentemente não se exerceu na Terra?

Degeneraram do género humano pela educação, pelo ambiente, pela manipulação e tornaram-se seres infrahumanos, diabólicos. Actualmente encontramos muitos em acção na cena mundial, aparentemente por vezes mais  fanáticos e criminosos,  outras vezes frios, distantes, hipócritas, mas todos mentem e gelam. 

Certas pessoas que acham que tudo vem de Deus e que ele criou o bem e o mal, pelo que este é ilusório, podem iludir-se e estarem a pactuar com ele, e verem-se envolvidas ou apanhadas por correntes de energias do mal, pois nos mundos inferiores e mutáveis visíveis e invisíveis tais forças e seres espreitam e, ainda que eles não vejam os mundos superiores, nos mundos inferiores podem agir subtilmente, danosamente, nomeadamente soprando pensamentos trevosos, fomentando instintos ou emoções de modos negativos.

Assim  a existência de tais seres diabólicos e do mal entre nós não é apenas imaginação, nem  apenas depende da nossa crença ou vontade, mas é uma interacção constante e pluridimensional entre seres, povos, grupos de almas, falanges, mundos, ..

De igual modo, as inclinações atávicas e sanguíneas ou genéticas que tenhamos para o mal, só se tornam actuais em nós se a nossa vontade cede perante elas na forma de desejos, cobiça, ódio, etc., e se alinha com tal mal, e abre-se às sugestões que tanto  provém ainda da  consciência colectiva (que é semi-inconsciente para nós), como das tais entidades desencarnadas humanas,  sub-humanas,  supra-humanas.

Vemos assim que a vida é bem mais séria e complexa, e que não devemos limitar-nos pela educação que recebemos do Estado e menos ainda pela desinformação e manipulação dos meios de comunicação, tão daninha no medo e insensibilização ou alienação que causa, e até já pelas diferentes bases-sites tendenciosas de Inteligência Artificial, e antes temos de estudar, dialogar, reflectir, escrever e meditar muito para discernirmos o que é o bem e o que é o mal, em si e em relação a cada momento estágio da nossa vida, para podermos agir e viver correctamente, sob as inspirações dos seres de Luz, dos mestres, anjos e da Divindade, Sophia ou Logos. 

Que eles nos abençoem, inspirem e gerem mais discernimento, justiça e paz se  no mundo e sobretudo no Médio Oriente a ser violentamente sionizado e no Ocidente oligarquizado conflituosamente, para que a multipolaridade equitativa e fraterna, liderada pela santa Rússia, seus aliados e o BRICS, floresça, proteja e beneficie muito a Humanidade, sob o manto da Divindade.... Aum...

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Sobre o Amor. Reflexões, linhas de força e setas clarificadoras actuais e perenes.

 O Amor, que se diz unir tudo no Universo, o que é, como se originou, quais são os seu fins? É a essência da Divindade, o princípio da manifestação polar ou dual mas complementar, a lei da atração e repulsão, que unifica o microcosmos das partículas aos seres e sistemas no macrocosmos infinito e numa ordenação inteligente?

O Amor, que se diz reger, penetrar e reunificar tudo, estará contudo menos presente ou poderoso no Mundo, face ao que vemos de  ódio e crueldade  - as negações dele -  apenas porque estamos num processo em várias dimensões que nos escapam, porque estamos na decadência dum fim de um ciclo pesado, ou porque os seres, com as suas forças, que se opõem são muitos e alguns verdadeiramente diabólicos, adversários do Bem e do Amor qualidades, ainda assim tão maravilhosamente desenvolvidas e patentes em tantos seres?

Considerando que o Amor é sentido e tido como essência divina e  reconhecido como qualidade atractiva, unitiva, perfectiva dos seres vivos e particularmente dos humanos, nomeadamente como desejo de crescimento criativo na unidade com a beleza, com o que o complementa ou sente afinidade, o que o pode intensificar e desvendar mais nas nossas vidas, e o que é que o diminui ou mesmo apaga, como vemos no ódio e na violência e crueldade? 

                                                          
Será que é pela sua capacidade de se esforçar, crescer e criar, ou pelo suportar e superar laborosa e criativamente  dificuldades e contrariedades, ou ainda pelo enfrentar inimigos, o Mal, o diabolismo e os vencer, que o Amor se fortifica, verticaliza, aperfeiçoa e cresce, compreendendo-se então melhor o dito per aspera ad astra, "pelas asperezas até às estrelas" ou céus, que são também sinónimos da claridade da Sabedoria e Amor?

Aceitarmos o nosso estado ou condição presente psico-amorosa, seja qual for, com humildade e gratidão, é a base de desabrochamento do amor, pois então não nos diminuímos nem enfraquecemos ao lamentar-nos, ao queixar-nos, ao recriminarmos os outros, e antes ficamos aptos a mergulhar na nossa essencialidade e primordialidade, e logo a harmonizar-nos e a renascer para estágios de maior criatividade, amor e unidade, seja apenas em nós, seja com outra ou outras pessoas e colectivos, seja no Todo que nos é acessível ou que possamos influenciar pelas nossas acções e emanações.

Embora os bens do mundo sejam valiosos e úteis no caminho, o Amor deve estar acima deles, não se deixando diminuir ou enfraquecer por  causa deles, permanecendo puro ou firme na sua origem divina e integridade, face a pressões e corrupções, alienações e manipulações, modas e vícios e, desprendido,  poder controlar os gostos e atrações, os desânimos e repulsões  que se possam gerar e avançar determinado no seu dever tarefas ou missão, o swadharma, na sociedade e no Todo de que faz parte

Embora os objectivos da nossa vida, tarefas, projectos, missão e destino, o swadharma sejam bem importantes, o meio para chegar a eles, o caminho, a vibração vivida interiormente, é o mais valioso, e eis o amor auto-consciente, a poção alquímica que deve ser constantemente trabalhada, manejada, auscultada, mantida, cuidada, a partir do coração, do auto-conhecimento e da irradiação da energia psíquica que é amor, que é talento de bem fazer, como clamou na sua divisa o infante D. Henrique das navegações e descobrimentos

Sendo das características e fins principais do Amor-Sabedoria a reciprocidade, a igualdade e a criatividade, deveremos esforçar-nos por ser sinceros e interagir e partilhar fraternalmente a inteligência e empatia ou mesmo sentirmos e emanarmos a simpatia universal, e intensificando-a no amor mais pleno quando há grande reciprocidade, afinidades e unidade.

O Amor flui por toda a pluridimensionalidade humana, física, éterica, astral, mental, causal, espiritual e divina, ainda que estes últimos  níveis sejam pouco conhecidos. Se nos limitamos só a um nível, erraremos. Devemos estar conscientes da circulação vital do amor nos diversos níveis ou corpos e da interação deles com os das outras pessoas, para evitarmos enganos, desilusões e antes alcançarmos boas realizações, o desabrochamento do corpo espiritual ou da glória e desferirmos as setas e irradiações do Amor que ligam a Terra e o Céu, os encarnados e desencarnados,  elevando-se assim o santo Graal cheio...

                                                   
A sinceridade do ser parte do coração e segue pelo sentimento e pensamento, palavras e actos. A palavra que brota do coração desvenda o nosso ser e ao ser emitida conscientemente intensifica as correntes do amor libertador, que tanto podem cortar com o Não como reforçar e unir com o Sim...

Inegavelmente o Amor por vezes flui dinamicamente e age, navega, viaja, demanda, cria, voa, mas outras vezes vai abaixo, desanima por sofrimentos e desilusões, e fica apenas latente, a observar, pulsar, respirar.  É então mais necessário o recolhimento interior e a aspiração à religação com os seres amados, o anjo, o mestre e a Divindade o que é trabalhado pela oração, o canto, a meditação, para que o esforço, o sopro e a graça reavivem os canais que alteiam a chama do amor e que,  intensificando-nos, pode chegar a esses seres mais amados, e abençoadores ou inspiradores. 

Aceitar o Amor, abrir-nos a ele, é querer transformar-nos ou suplantar-nos, pois ele confronta-nos e tende a mudar carácteres, hábitos e preferências, aperfeiçoando-nos e libertando-nos do não essencial, do superficial, do que pouco impulsiona o bem e o amor em nós e nos outros. 

Consciencializado no centro do peito e nas posturas corporais, na irradiação de bem querer no coração, o Amor torna-se fogo sacrificial,  erguendo-se ao céu da sua plenitude e manifestando-se ora no trabalho paciente mas infundido de amor, na criatividade exaltante e fecunda, na compaixão ou acompanhamento abnegado ora em comunhão sacra e adoração inefável.

 O Amor une dois ou mais seres na naturalidade das suas afinidades e une um casal ou família para criar um ambiente propício ao aperfeiçoamento recíproco e  ao sentir e realizar o mistério do Amor divino unitivo que liga corpo, alma e espírito, e a Terra e o Céu. E para a comunicação criativa das suas qualidades e potencialidades, a  geração de filhos, obras, investigações, abnegações, adorações, unificações, para a melhoria da Humanidade e da sua ligação ao Cosmos e à Divindade.

O Amor não deve falar muito de si, nem se mostrar demasiado, nem revelar o que consegue invisivelmente de comunicação ou circulação, pois há muita inveja e até ódio, e a demasiada luz e calor que ele tem ou traz incomoda e pode gerar reações das trevas. Talvez por isso o coração não se vê, e quem vê caras não vê corações, e mesmo as suas pulsações por poucos são escutadas e mais ainda as suas subtis emanações que apenas alguns artistas conseguiram intuir e desenhar, chegando-nos em pinturas de auras, em sagrados corações de mestres e mestras, e em filigranas douradas e jóias imaculadas, os quais de quando em quando devemos meditar ou contemplar, recuperando ligações a linhas de força, a psico-morfismos  ou arquétipos que nos ajudam no nosso caminho de peregrinos e fiéis do Amor dentro da história da Humanidade e da sua Filosofia Amorosa Perene.

O caminho do Amor neste século XXI é cada vez mais o da lucidez e da força ígnea de sabermos infundi-lo no nosso quotidiano, de amar criativamente quem devemos, ou o que devemos, e de afastar-nos do que não devemos amar, ou repudiarmos o que é falso, violento, hipócrita e racista, para melhor apoiarmos e amarmos os seres, actividades, grupos e povos que mais demandam a luz, a justiça, a  sabedoria, o amor, a paz. E que neste ano de 2025 cada vez avançam e se afirmam na batalha pela Humanidade multipolar e equitativa, e logo fraterna e amorosa, que todos os grandes seres luminosos desejam e apoiam, e que a Rússia, os seus aliados e o  BRICS lideram sacrificialmente a concretização...

                                          Lux, Amor, Pax!

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

S. Pedro de Alcântara, e da Arrábida: Tratado da Oração e Meditação. Imagens, ensinamentos e marginália.



Frontispício duma impressão lisboeta já tardia (a 1ª edição fora em 1679) duma obra de sucesso da espiritualidade peninsular, ainda hoje se reimprimindo, dada a qualidade e popularidade de S. Pedro de Alcântara, (1499-1562), místico franciscano, mestre na serra da Arrábida e agraciado com dons espirituais ou sobrenaturais, tais os estigmas, a clarividência, a levitação.
Azulejo do séc. XVIII existente no convento franciscano da Arrábida

Uma assinatura de posse pouco clara, na 1ª folha de guarda.

Vinheta do culto angélico do nome de Deus, ou do som divino e das esferas, ou de Iehesus, Ihs,  na 1ª página de livro: invoquemos e adoremos,  com os anjos, e angelizados ou subtilizados no coração.                 «Alguns há tão tomados do amor de Deus, que apenas têm começado a cuidar nele, quando logo a memória do seu doce nome lhes derrete as entranhas».
Vinheta pacificadora de duas aves da vida unidas, que se repete ao longo do livro, sugerindo a paz entre as pessoas e os povos. "Deixo-vos a minha paz, dou-vos a minha paz". Quantos a acolhem?
                                                             

Uma página com valiosa doutrina, algo quietista, e que recebeu um sinal gráfico na margem de: perene, valioso, a reler.                                          Capítulo V. De como a alma se há de conservar em solidão, para que Deus obre nela.                                                                                   «Deves ter em grande estima tua alma, porque é Templo aonde Deus se aposenta, e mora. Tem-na em tanto preço, que não a deixes mesclar com alguma outra cousa: tem só tua esperança na vinda do Senhor, que de pensamentos a quer achar desocupada, de quereres, de desejos e sem vontade própria.»

 Além deste conselho de limpeza do coração e da alma para que se consiga receber a bênção divina, destaquemos outro que o tão valioso mestre do auto-conhecimento espiritual e divino nos dá:  não nos contentemos com lagrimazinhas ou ternuras do coração mas que «tomemos para este santo exercício o mais largo espaço de tempo, que podermos: e melhor seria um espaço largo, que dois breves: porque se o espaço é breve, todo ele se gasta em sossegar a imaginação, e quietar o coração; e depois de já quieto, levantamo-nos do exercício, quando houvéramos de começar. E descendo mais em particular a limitar este tempo, parece-me que tudo o que é menos de hora e meia, ou duas horas é curto prazo para a Oração...»  Ou, nos nossos dias tão apressados e mundializados, pelos menos perto duma hora será o indicado para podermos verdadeiramente ter mais efeitos e resultados

Pequena vinheta ou adorno religioso, que se encontrava, entre as páginas do livro, recortado neste formato em invulgar correspondência de verso e anverso.



Folha de guarda da contra-capa com desenho de aves ao estilo medieval. 

Voa (ou levita, tal como está representado na bela igreja do convento de S. Pedro de Alcântara em Lisboa), eleva e aperfeiçoa-te pela vida justa, a oração, a aspiração, a adoração, a comunhão.