O Non nobis Domine, non nobis, sed Nomini Tuo da gloriam [um dos principais cantos ou mantras templários ao longo dos tempos, e que significa Não a nós, Senhor, não a nós mas ao teu Nome dá glória] pode ser sentido e realizado a muitos níveis, e um deles diz-nos que com tal afirmação, oração ou mantra bem acesso em nós, poderemos sentir e exclamar: - Eu não direi, não atribuirei a glória, a luz, a minha honra e valor a outrem que a vós, ó mestre, ó Divindade e aos espíritos, santos e mestres mais ligados a vós.
O dito antigo de que conforme nos despimos da criatura assim nos aproximamos do Criador ou Fundador, recomenda-nos a identificação meditativa com o espírito e com a Divindade, esta recebida não de imagem ou livro mas provinda da realização sentida interiormente, e que brota espontânea no nosso sentir e ver ao meditarmos e vivermos bem ou harmoniosamente.
d'ou s'élancent tant des aspirations
que je me vois tant en l'Iran Shia
comme dans l'Inde des ashrams.
Mon âme s'envole comme une aigle
et elle plane sur les régions conflitueuses
et se devérse en energies de justice et harmonie.
A minha alma por vezes no crepúsculo ainda quente ergue-se em oração, meditação, gratidão à Divindade e gostaria de partilhar a imensa sabedoria realizada em tantas viagens distantes e nos diálogos com grandes seres, e em leituras e meditações de tanto livro maravilhoso de sábios e místicos, sorores e criadores, artistas e impressores de todos tempos.
Tento que os meus pensamentos, escritos e palavras façam jus a toda a sabedoria perene e à plêiade de seres, de amigos, de antepassados, de mestres que me ajudou a formar, e me constitui e inspira. Luz e amor para eles e para todo o Universo.
Quando pela nossa a aspiração e amor a Deus a graça da sua presença ou influência é sentida em nós, então Ele pode quase falar-nos ou dirigir-se-nos, pelo menos fazendo-nos sentir: «Eis-me aqui, sente-me nesta alegria, devoção e amor no teu peito.»
O Amor é o canal principal de ligação da Divindade com os seres humanos e quando circula entre eles a Divindade está presente, certamente em função da nossa maior ou menor sensibilidade a Ela, algo que se trabalha, conquista e merece, mas sem qualquer automatismo obrigatório da resposta ou graça divina.
Assim, pelo amor, mesmo os que já partiram, os mortos em relação ao corpo físico, não estão muito mais longe e podem receber de nós as vibrações ou emanações em que estamos e sobretudo lhes dirigimos, lhes enviamos, por pensamentos e orações, e podem pelo seu lado igualmente transmitir-nos sinais, sons, perfumes, ou ainda conselhos a nível mental da sensibilidade ou discernimentos sobre as pessoas, ambientes e suas qualidades em que estamos envolvidos e que por vezes nos escapariam.
Os seres que se tornam seguidores de ideologias e preceitos rígidos e limitadores deformam-se nas suas atitudes e comportamentos e fossilizam-se em relação a certos crescimentos e realizações que exigiriam receptividade e fluidez. Criam barreiras, círculos fechados, petrificam-se. Frequentemente é a criança inocente, a jovem despreocupada e a pessoa curiosa e aberta as que escapam dos muros e formatações, furam as limitações, mergulham nas profundezas, fazem brotar e circular as energias renovadoras. É o valor da espontaneidade, da pureza, da sinceridade, da aspiração, da humildade, da demanda...
As meditações mais profundas são aquelas em que o nosso ser se torna um cálice, cheio de aspiração, de reverência, de amor e, perseverando, se ergue acima das vibrações e preocupações horizontais do quotidiano e tanto irradia o seu espírito como é intensificado ou enchido pelos raios e bênçãos das correntes cósmicas e os raios dos guias, santos, mestres da Divindade.
Quando conseguimos estar mais abertos à subtil e misteriosa Divindade, ou melhora, às suas correntes, então a simples respiração do éter-prana-ar pode tornar-se uma comunhão com as energias cósmicas e divinas
Estamos sempre em simultâneo no plano físico e no espiritual, que poderemos chamar de plano búdico [do sânscrito buddhi, luz e sabedoria], mas não estamos suficientemente abertos a ele, nem conscientes, pois só vemos o plano físico e sentimos os energéticos e psíquicos, o resto superior, à parte algumas pessoas mais gnósticas, místicas ou devocionais, ficando quanto muito acessível de modo condicionado ou limitado aos seguidores de religiões ou seitas sobretudo em crenças e auto-sugestões, fé e devoções, mesmo assim contra-corrente com o Ocidente científico positivista e materialista, em geral considerando o espiritual como apenas imaginações ou conceptualizações geradas por coordenações cerebrais, neuronais e não por percepções subtis reais.
Se tentarmos tornar-nos um pouco mais conscientes destes planos em que temos o nosso plurimensional ser, expandiríamos bastante a nossa consciência e já não estaríamos tão sujeitos à manipulação da oligarquia capitalista, da ciência materialista e dos meios de informação para os quais somos apenas corpos físicos e cérebros geradores de emoções e pensamentos, e logo bastante mais facilmente apanhados pelos mecanismos do sistema e da sociedade consumo e de informação, que sabe explorar muito bem as carências profundas espirituais, criando substitutos artificiais ou distractivos, e gerando dependências, seguidismos, alienações que vão infra-humanizando as pessoas, diminuindo-as das suas potencialidade e virtudes, baixando-as nos níveis vibratórios culturais, éticos e espirituais.
Grande é a luta nos nossos dias. Não se deixe apanhar ou influenciar demasiado pela informação desinformante-deformante dos canais televisivos. Escolha bem o que quer receber de informação do mundo pela internet e trabalhe com as mãos e os pés, cultivando a terra, lendo os livros, dialogando ao vivo com as pessoas e não tanto em online e avançando na peregrinação da vida de modo a intensificar e aperfeiçoar a sua ligação interna espiritual e divina e a realização do amor sábio e criativo, fraterno e multipolar.
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