Numa outra oferta da arte da oração, Bô Yin Râ apresenta-nos uma prece pela iluminação, pela aspiração a sairmos da noite escura da alma, com a ajuda das mãos, bênçãos ou correntes de sabedoria e amor dos mestres, santos e anjos que nos possam orientar ou impulsionar na senda escarpada da comunhão com a graça do Espírito Divino e a sua Luz e Amor.
Pela Iluminação. Um Erleuchtung.
«De toda a consolação abandonado Chamo eu, Chamo eu por Ti: - Tu Luz da Eternidade! Tu Luz da Vida, - Luz do Amor!
Não deixes Em negra falta de luz Obscurecer A alma E o sentido.
Aclara O nebuloso! Ilumina A escuridão! Deixa-me A iluminação Alcançar Em Ti.
Envia Os que na Tua Luz Iluminam
Me No meu Caminho!
Dizei-lhes que olhem Pela minha procura: A minha procura De Luz.
De boa vontade sigo eu A mão orientadora! De boa vontade subo eu A escarpada senda.
Levai-me Para longe Da terra sombria! Conduzi-me Na Luz: - Ao brilho Da Graça!»
L'Homme aprés la Mort, O Ser humano após a Morte, é o título de uma obra colectiva publicada nas Éditions Montaigne, Paris, em 1926, e na qual colaboraram dezassete pensadores, embora o coordenador Fernand Divoire no prefácio tenha ainda referido quinze nomes que por uma razão ou outra acabaram por não participar, dos quais se destacam Maurice Blondel (por questões de saúde), Chesterton («extremamente ocupado»), Chestov («a questão posta é muito delicada e complexa») e G. Wells ( põe-me uma grande questão»)...
Das dezassete colaborações destacam-se a do prof. Ehrhardt, teólogo protestante, com uma boa tentativa de leitura espiritual das visões cristãs do além, rejeitando a concepção materialista da ressurreição dos corpos carnais, o breve e intenso texto metafísico de Nicolas Berdiaev e os extensos textos teosóficos de B. P. Wadia e de Eduard Caslant, embora certamente outros haja também valiosos. Seleccionei Paul Masson-Oursel (5-IX-1882 a 18-III-1956), por o conhecer há já algum tempo, por ser um valioso e pioneiro comparativista das religiões, um orientalista com bons conhecimentos linguísticos e filosóficos, e por a amiga Ana Salema ter aberto um portal dedicado a ele, onde recenseou e digitalizou centenas de documentos, livros, artigos.
Como têm morrido recentemente algumas pessoas directa e indirectamente conhecidas, como refiro na gravação, tendo o livro, resolvi ler o texto e simultaneamente traduzir, comentar, gravando, em três vezes, das quais partilho neste espaço do blogue a 1ª delas, onde Paul Masson-Oursel refere brevemente a visão judaico-cristã e
a da Grécia e detém-se um pouco no Egipto e na China, entrando finalmente
na Índia, a civilização e filosofia que conhecia mais profundamente.
Destaquemos dois momentos do texto e gravação, o 1º quando diz: «Os mistérios helénicos, como os mistérios egípcios, visavam imortalizar o indivíduo por ritos [e ensinamentos, iniciáticos]; mas os Cristãos, herdeiros do teocracismo judaico, fizeram depender do arbítrio divino a sorte dos seres humanos; eles deram tanta importância[ao ser humano] que aos olhos deles não era demasiado uma criação especial para explicar a sua chegada ao ser com o nascimento, nem uma duração sem fim para retribuir as acções realizadas durante esta vida. Brotando de uma seita que esperava com muita brevidade o fim do mundo, é certo que o Cristianismo admite um julgamento último com a ressurreição dos corpos, mas não vê nisso senão uma selecção de diversos valores humanos, sem fazer resultar a persistência ou o desaparecimento das almas criadas. O Islão trouxe uma nova afirmação da dependência absoluta em que se encontra a criatura perante o criador». Vemos assim Masson-Oursel desvalorizar de certo modo o exagero de um absolutismo e determinismo Divino sobre o ser humano...
O segundo, quando refere o valor de harmonização do microcosmo com o macrocosmo realizado na China, não só pelo Imperador mas pelas práticas populares ou «procedimentos empíricos, tais os do Taoístas: cumprir ritos, certamente, e sobretudo aqueles que sustentam ou nutrem a vida universal, através da alternância os dois princípios antitéticos, o yang masculino e quente, o yin feminino e frio; mas também economizar, mesmo capitalizar a vida do Filho do Céu; fazer que os seus sopros vitais [chi, prana] sejam conservados o mais longamente possível por uma ginástica respiratória apropriada, que o harmonizam ao Tao [Ordem cósmica] universal; e obter por uma droga ou preparado alquímico o indefinido prolongamento da existência. Aqui nenhum monopólio real da imortalidade; cada um pode recorrer a ritos, à ascese, a preparações mercuriais para prolongar a sua vida [e desenvolver luminosamente a sua alma], e correr o risco de aceder às Ilhas Bem-aventuradas».
Anote-se que entre nós subsistem alguns textos medievais alcobacenses, com raízes célticas, que falam dessas viagens imaginárias ou astrais pelos mares até às ilhas misteriosas ou paradisíacas, e que a notável escritora portuense Dalila Pereira da Costa estudou algumas delas, tal a Visão de Tundâlo, o Conto do Amaro, e a Viagem de S. Brandão, em especial numa das suas melhores obras Dos Mundos Contíguos. Todavia, chegar ou passar por tal não é um
risco, mas algo que todos devemos querer, já que elas
significam não apenas a imaginação de paraísos que compensam a violência egoísta, mas a sobrevivência no além, e sobretudo a entrada consciente e
interactiva em níveis subtis harmoniosos do Universo quando deixarmos o corpo
físico. E para isso as práticas taoístas e indianas, de respirações e concentrações meditativas ou contemplativas, que encontramos também nos místicos cristãos e islâmicos, são essenciais... Boas orações e meditações imortalizantes, nomeadamente para os espíritos amigos partidos nestes dias, em especial o pai do Nuno e o Manuel Afonso, mestre do Gerês...
Mais uma oração de Bô Yin Râ, com um segundo verso bem difícil de se traduzir, apontando para o auto-conhecimento mais profundo, o da estrela espiritual em nós e que somos, e a quem Bô Yin Râ ora, e que nós, persistentemente, dia e noite, devemos apelar, aproximar, aspirar e unificar. E mais do que nunca nestes tempos de tão grande desilusão da civilização ocidental, cada vez mais manipulada e oprimida... Perseveremos... Invoquemos as bênçãos Divinas... Vençamos...
Para uma pessoa se encontrar...
Vida mais íntima! Meu próprio Ser! Vós, brilhante Estrela, Luz primordial Divina, Na escuridão terrena! Vós,
Cuja "Imagem", Eu sou,- Terrenamente entrelaçada No terreno, - De mim próprio Não compreendido: - Apenas em ti Por ti Afirmado!
Longínquo Tornei-me eu, - Assim, tal como sou Em vós, - Para longe de mim me Afastei.
Onde está o meu Caminho? - O meu caminho Para mim, - Tal como eu Eternamente Sou Em ti!?
Ó ajudai-me! Não deixai a vossa "Imagem" Pelo terrestre Deformar-se!
Ó deixai-me de novo A mim próprio Me encontrar!--- Em direcção a vós, Vós, Luz em mim!
Desprende O meu auto-entrelaçamento! Liberta Da servidão do erro, O que apenas convosco Unido A Vida pode encontrar ...
Natana
Gopal, ou de seu nome completo Sriman Natanagopala Nayaki Swamigal, foi
um notável místico, yogi, poeta e músico do sul da Índia, nascido a 9 de
Janeiro de 1843 na Palmal Cross Street, em Sourashtrapuri, parte sul da
famosa cidade de Madurai, em Tamil Nadu, filho de Rengariyar e Lakshimi
Ammal, uma família de brâmanes Sourashtra,
os tecelões, tendo recebido o nome de Rama Bhadran.
Desde cedo foi atraído para o mundo espiritual não ligando muito à
escola, nem depois, aos dez anos, ao trabalho de tecelão que
naturalmente no modo de vida das castas lhe pertenceria, já que não
queria estudar. Aos dezasseis anos resolveu desprender-se do trabalho, para o
qual não sentia vocação, sentindo-se chamado para outros voos e,
despedindo-se dos pais, retirou-se para a natureza e as montanhas a fim
de se dedicar mais plenamente à renúncia do mundo e à realização
espiritual. A
dado momento, por sonho, recebeu a indicação de procurar um guru, Nagalinga Adigal, em Paramakuti, onde foi bem recebido, aprendendo
rapidamente o dialecto sindhi e recebendo na iniciação o nome de Sadhananda
Siddhar.
Teve contactos com personagens públicas importantes que, atraídos
pela sua fama ou o queriam ver ou testar, saindo bem sempre dos testes.
Foi também iniciado na tradição já não dos Sidhas mas dos Vaishnavas,
os devotos de Vishu. O mestre ou acharya foi Vadapathraararyar, que na
iniciação lhe deu o nome de Natana Gopal, com o qual ficará conhecido, e manteve
pelo mestre grande amor ou respeito, acrescentando o seu nome em quase todos os
poemas devocionais que foi compondo, e dos quais poderemos ouvir um no fim. Leu muito os poemas dos 12 místicos
Alvares, contidos na famosa compilação, do séc. IX, Divya prabandam, que alberga 4.000 versos de alta devocionalidade e espiritualidade yogi e vaishanava, isto é, devotos de Vishnu Narayana, Krishna, Radha, caracterizados por muita Ananda, beatitude...
A sua rotina diária em Madurai no seu ashram, onde recebia discípulos, devotos e visitantes, incluía, cantos, música e satsanga,
isto é, diálogo ou palestra em grupo e sob a invocação da verdade. Um
dos nomes divinos que mais utilizava e recomendava era Govinda, que significa tanto o Deus Krishna como o Senhor da terra e das vacas, ou ainda dos Vedas. Sendo levado
nos dois anos antes de morrer, no dia de anos, em procissão de
elefante e de palanquim, anunciou então que no próximo ano já o iriam
levar morto. E assim foi libertou-se do revestimento físico, no mesmo dia em que nascera, a 9 de
Janeiro, de 1914.
O meu mestre de Madras, Shudhanda Bharati, na fotografia em cima (em jovem, tendo-o eu conhecido já bem mais tarde), escreveu um livrinho sobre Natana Gopal, e começa-o assim: «Fui
convidado a escrever sobre um santo que viveu em Madurai, a cidade das
artes e da beleza. Eu vi este santo e os seus êxtases espirituais na
minha infância. Ele vivia, movia-se e tinha o seu ser em Deus. Ele
despertara Deus na argila humana. Eram dias em que a educação inglesa
apressava-se a tornar os homens meros robots pragmáticos. O ozono do
fervor espiritual estava viciado pelo gás da impertinência agnóstica. O
sexo era em excesso. O espírito era enterrado no estômago. O estudo era
sem alma, a vida era sem espírito. A escola era enganar as pessoas
levando-as a pensarem que a vida era feita para ganhar e gozar, comer e
beber, guiar carros, e afirmar: Eu sou rico, e o que tenho é grandioso.
Os intelectuais estavam apanhados no beco sem saída de desespero moral. A
civilização era mecânica, como um carro guiada por um obstinado
condutor embebedado em direcção a uma crise grave. As pessoas estavam
hipnotizadas pelo colorido exterior da vida, pondo de lado as delícias
ontológicas e os níveis profundos de consciência psíquica.»
Narrando
depois como o irmão do seu avô, o yogi Purnananda o iniciara na via espiritual
e na busca do contacto com mestres, Shudhananda Bharati relembra-se de
tê-lo visto com Natana Gopal no jardim onde aquele dispunha de uma pequena
cabana, e conta o episódio quando tinha 11 anos: «de repente uma alma
emocional entrou no jardim, luminosa, ágil e cheia de vida. Tinha um
fogo subtil nos seus olhos e um encanto doce feminino na sua face. Era a
verdadeira imagem da devoção fervorosa a Deus. Hari Om, exclamou
o meu Mestre erguendo-se para o abraçar. Era Swami Natana Gopal. Eu já
vira este Swami. As suas canções devocionais e danças extácticas
tinham encantado a minha alma. Natana Gopal sorriu para o meu ser.
Durante cinco minutos, ele sorria e olhava-me e, batendo-me as nas
costas, disse: Lopala undi pandu, Recolhe-te interiormente e
amadurece. Falava num excelente Telugu com o meu Mestre e foi uma
festa para o coração escutar a conversa deles.»
Em
seguida narra parte da conversa e como o seu tio avô, e seu mestre
inicial, Purnananda, que afirmava que o caminho espiritual se deveria basear
na Gita, Jnana e Nama, algo bastante comum nos mestres indianos, ou seja, lerem-se e meditarem-se os valiosos ensinamentos do poema em diálogo BhagavadGita, depois Jnana, discernimento, conhecimento, sabedoria acerca de quem somos realmente e o que usamos transitoriamente e, por fim, Nama,
nome, subentenda-se de Deus. Ou seja, recomenda praticar a invocação de
Deus numa ou noutra face, ou nome divino, que nos mais atraia, pondo em
acção o amor e a aspiração, e conseguindo uma certa unificação das
forças anímicas e uma religação ao espírito e a Deus, que se manifestará
eventualmente por algum tipo de graça. Sem dúvida uma boa base
programática, por exemplo também muito praticada e recomendada por guru
Ranade, um mestre acerca de quem já escrevi neste blogue.
Por fim
«Natana Gopal cantou um kirtan melodioso emocionalmente e cuja substância era: "Canta o nome de Hari ( Harinam) incessantemente e
caminha humildemente para os seus pés"», conselho que Shudhanada
Bahrati seguiu à letra, peregrinando muito e praticando bhakti e
kirtans, e que me transmitiu também, já que durante os três meses que
estive com ele encaminhou-me com cartas de recomendação para o ashram de
Tiruvanamali, de Ramana Maharishi, para a comunidade de Auroville e
para o centro de Aurobindo em Pondichery, onde dialoguei e meditei.
Alguns ensinamentos desse seu livrinho biográfico de Natana Gopal mostram bem a qualidade devocional da sua via yógica, a da bhakti,
ou da devoção, em que o amor a Deus na forma escolhida pelo discípulo é
perseverantemente dedilhado, cantado: «Pára a mente que passeia e fixa-a no
coração do amor... Medita no que habita no coração, noite e dia e
vencerás a morte... A repetição do nome de Deus (japa, namdev, satnam) abre o
coração... Mantém a Luz do Amor de Deus ardendo com brilho no coração...
O corpo murcha sem comida. A sabedoria tremeluze sem a devoção
amorosa...».
Nestes tempos em que tanta mentira e opressão política, científica e mediática nos envolve, saibamos acender e erguer mais em nós e à nossa volta, o amor, tanto em discernimento como devocionalmente, isto é, em aspiração aos seres celestiais, aos mestres, santos e santas, ao espírito, ao Amor e à Divindade, sob que forma ou nome mais A amarmos e adorarmos...
Segue-se mais uma prece do livro Das Gebet, A Oração, de Bô Yin Râ. Nela se exalta a Divindade, fonte de todas as alegrias e a sua Luz e o seu Amor eternos que se derramam pelo Cosmos e a Humanidade, nomeadamente com a ajuda dos Espíritos celestiais e Mestres. Que possamos merecer a sua ajuda, tão necessária nos nossos conturbados dias, em que o discernimento da verdade é bem difícil de se manter a menos que pratiquemos bem a oração, a meditação e a contemplação, e neste último sentido juntámos as duas pinturas de Bô Yin Râ...
Boas inspirações. E, claro, ao orar (...), pode alterar a ordem de um ou outro verso, já que fiz uma tradução bastante literal... Lux!
NUMA GRANDE ALEGRIA
Agradeço-te Fonte de toda a Alegria, - Luz primordial eterna Amor doador da Vida, - Causa Do que eu Posso vivenciar, O que hoje Me torna feliz,- De toda a queixa Liberto agora, - Preenchidos estão Esperanças e sonhos!
Porém mal compreendo Como o obtido Se tornou realidade.
Vós porém: Seres de Amor, No Espírito, Vós, Que o vosso Caminho E veredas conhecei Vós, Que o Vosso Amor Chama a ajudar Enviai-me, Ajudantes, A vossa força.
Ensinai-me A discernir Como eu A minha alegria Posso merecer!
Deixai tornar-se-me uma bênção O que neste dia me iluminou!
Ó não me deixais Só! Só com a minha Alegria! Protegei, Protectores, A minha alma, Para que de presunção
Eis mais
uma oração do livro Das Gebet, A Oração, de Bô Yin Râ (escrito em alemão e logo algo se perdendo na tradução), esta diante do berço e o olhar de uma criança e invocando as bênçãos divinas, dos anjos e dos mestres, para que
o espírito oriente a alma e esta seja feliz e protegida no seu
caminhar, até por fim um dia ressuscitar luminosa nos mundos
espirituais.
Diante de um Berço.
«Interrogadores olhos, Nunca tendo existido, Nunca retornando, - Ainda não compreendeis O que vos é mostrado Na Luz terrena!
Que as bênçãos Impulsionem-o, Cheio de confiança Para ver em breve, Iluminado pelo Sol, O seu Mundo!
Possa o espírito puro prevalecer no desenvolvimento da alma em si , - Do que ainda “dorme” no seu desabrochar!
Guardiões amantes, Protegei esta criança!- Encaminhai o seu devir Aqui na Terra No caminho luminoso!
Dirigi esta Vida! Guiai o seu esforço Através de longo, Alegre Tempo na terra Sempre mais perto Da Luz Eterna! - Protegei-a Em todos os caminhos Até ela se tornar feliz, Um dia, - Da Terra arrebatada, - Convosco unida, Na Luz ressuscitada Para toda a Eternidade!»
Mais uma pequena oração (e pinturas) de Bô Yin Râ, esta diante da morte, mostrando uma oração e visão que podemos assumir ou praticar, benéfica a quem partiu e a nós, melhorando-se assim a aura da Humanidade, religando-a melhor com a verdade, os mestres e a Divindade.
Diante de um caixão
Frio, – Rígido, – Silencioso, – Amo eu Porém O que antes Amei: – Então quente Animado, – Boca eloquente… Antigamente Alma de luz, De vida longa Portadora, E capaz de expressão Cheia de estilo.
Horrível – Ainda sem aceitar, – O que agora Tem de apodrecer! – – – Que estas Formas queridas Serão agora aniquiladas! – – – Terrível Sinto eu A transitoriedade terrena:
Agora porém Pede Meu amor Por ti Tu Alma de luz, – Que este frio, Imóvel, Não te pode mais servir, – Que a ti rapidamente Os elevados Auxiliares Se mostrem reconhecíveis, Afim de que tu Sem demora Teu caminho para a Luz encontres: – Luz própria te tornes, Tal como a Luz Do começo primordial Outrora foste! Encaminhai, Conduzi, E ensinai, Vós mestres irradiantes da Luz Da mais sublime Luz do mundo! Dirigi Ao mais elevado objectivo: – À perfeição da luz No eterno espírito, – O que eu amo Com toda a força do Amor, Agora, – como outrora!»