No trabalho que volta e meia faço de transcrever páginas de diários, ou de reler o que já transcrevi, para seleccionar textos com algum valor ou utilidade, deparei-me hoje com este, e, com duas ou três pequenas melhorias, partilho-o para o blogue e para algumas almas leitoras afins.
«2005. Abril, antes de saída para Paris e Bruxelas.
Algumas vezes há pessoas que atingem uma tal chama no seu coração que quem toca nelas ou se aproxima do coração descobre esse amor quase infinito e sente como seria bom partilhar dele.
É como uma chama num alto monte atraindo peregrinos, como o canto do cisne num lago, que apela à companheira.
Há como uma dor do coração já presente nesse estado de amor, quase final duma vida.
É possível até que quem amar ou se enamorar dessa pessoa possa contribuir para a sua morte, pois é como que ela estivesse já com coração tão subtil, tão fino, que se possa derreter e deixar escapar os espíritos ou alentos vitais para o céu.
O meu coração está assim ígneo, imenso, e ao mesmo tempo compassivo, extasiante e doador.
Na solidão da vida surgem-nos estas ou aquelas pessoas perante a nossa alma e para elas o nosso olhar espiritual, reflexo da nossa essência, projecta certas energias, que a voz, os gestos, a concavidade ou convexidade da aura espelham.
Prestes a deixar Portugal, quem sabe que rumos tomará meu ser neste universo tão incerto e rico?
Como peregrino partirei. Como estará meu coração, lá e quando regressar?
Quantos de nós conseguem na sua gnose diária descortinar a forma ou estado do seu coração?
«2005. Abril, antes de saída para Paris e Bruxelas.
Algumas vezes há pessoas que atingem uma tal chama no seu coração que quem toca nelas ou se aproxima do coração descobre esse amor quase infinito e sente como seria bom partilhar dele.
É como uma chama num alto monte atraindo peregrinos, como o canto do cisne num lago, que apela à companheira.
Há como uma dor do coração já presente nesse estado de amor, quase final duma vida.
É possível até que quem amar ou se enamorar dessa pessoa possa contribuir para a sua morte, pois é como que ela estivesse já com coração tão subtil, tão fino, que se possa derreter e deixar escapar os espíritos ou alentos vitais para o céu.
O meu coração está assim ígneo, imenso, e ao mesmo tempo compassivo, extasiante e doador.
Na solidão da vida surgem-nos estas ou aquelas pessoas perante a nossa alma e para elas o nosso olhar espiritual, reflexo da nossa essência, projecta certas energias, que a voz, os gestos, a concavidade ou convexidade da aura espelham.
Prestes a deixar Portugal, quem sabe que rumos tomará meu ser neste universo tão incerto e rico?
Como peregrino partirei. Como estará meu coração, lá e quando regressar?
Quantos de nós conseguem na sua gnose diária descortinar a forma ou estado do seu coração?
Regressado
Pelo menos que estejamos mais atentos, mais chegados a ele, e ele significa o ser interior que habita na nossa alma e que tem no coração a via de acesso principal.
Caminhemos então na vida sabendo adorar a Deus em nós, e a termos paciência com todas as contrariedades que encontrarmos na vida, de modo a que as pessoas que se encontrem connosco sintam que a sua felicidade e bem estar melhoraram, por estarem connosco.
Para isto é preciso não estarmos a impor aos outros ideias, nem ir contra o que pensam. Sabermos o que elas precisam ou desejam. Estarmos ligados verticalmente, e irradiarmos até mais silenciosamente.
Todos os seres estão na Terra a evoluírem e todos desejam amor, saúde, riqueza, felicidade, só que sendo os bens exteriores escassos temos de cultivar ou fazer mais culto dos bens interiores, não tão dependentes do exterior.
Que bens são eles? Os antigos chamavam-lhes virtudes, outros sabedoria, outros amor, discernimento, piedade (a docta pietas, de Erasmo), a empatia solidária e libertadora...
Escolhamos os que nos parecem ser melhores e desenvolvemo-los com discernimento e eficácia transmutadora.
E irradiemos mais amor do nosso coração, ou através da nossa alma, para todos os seres e dimensões.
Toda a gente anda a ensinar, frequentemente pouco sabendo, uns mais por compaixão, outros mais por necessidade de ganharem a vida.
Muitas pessoas estão num ego trip acentuado e não gostam de ser criticadas ou diminuídas, ou mesmo apenas suportarem quem sabe mais.
Vibrarmos então numa energia-consciência de amor, de unidade, de fraternidade, procurando não esmiuçar diferenças e defeitos, antes dando espaço livre aos outros na grande seara, é importante.
Trabalharmos na nossa ligação à Divindade, estarmos conscientes dela mais momentos no dia a dia, sobretudo quando estamos em conversa com outros, é importante.
Deus, a fonte de amor, a amada como a incarnação do eterno feminino e da Deusa mãe, o trabalho fecundo de aprofundamento psico-espiritual e da sua transmissão a algumas pessoas, a constante religação justa e harmonizadora entre o céu e a terra, na aura e alma ora interiorizada ora interrelacionada na demanda ou comunhão da verdade e do amor, eis as linhas de consciência e dinamismo que assinalei em 11-10-2005 e confirmo em 27-5-2022.
1 comentário:
Pedro, quando leio os seus textos, é como se um barómetro me equilibrasse no sentido do bem, do caminho certo, no sentir do coração- Muitas graças carissimi amicum.
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