sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Bô Yin Râ, O Caminho dos meus Discípulos, 5º cap., resumido

                                                         
No 5º capítulo do seu livro Der Weg Meiner Schüler, Le Chemin de mes Disciples, O Caminho dos meus Discípulos, intitulado " Fé dinâmica", Bô Yin Râ tenta dar uma visão e estimulação à nossa Fé, à confiança em nós próprios, à certeza de que atingiremos a realização espiritual, pois ela é indispensável no Caminho.
Fé que é vontade e não desejo, e que é imaginação activa e não fixação ou crença numa imagem.
Lembra como ao longo dos séculos houve locais especiais, citando o templo de Esculápio em Epidauro e   mais modernamente,
em França, Lourdes, e seres mais taumaturgos ou curadores, atribuindo tal à capacidade de eles despertarem nas pessoas a fé na cura, a vontade de se curarem, a fé libertadora de energias, imagens e pensamentos sãos que curavam muitos, embora certamente não todos os que acorriam a tais locais e seres.                                             
A Fé em si mesmo, implica a vontade que está implícita no ditado popular: «Faz que Deus, te ajudará», algo, e diremos nós, que Fernando Pessoa glosou, com certa variação no seu famoso «o homem sonha, Deus quer e a obra nasce», na sua quase intemporal Mensagem.
Com efeito  «quando se diz que "a Fé é vontade" é preciso acrescentar que a vontade exigida não é senão outra que a elevada força da imaginação, graças à qual o ser humano  esculpe, no seu interior, a forma do seu destino, seja em relação à sua vida exterior seja a que prossegue na sua meta suprema no muno espiritual.»
Complementar à fé dinâmica, que é vontade e imaginação activa, está a descida das forças de ajuda divinas, através de correntes de energia de mestres ou outros agentes,  podendo
então acontecerem efeitos miraculosos seja no corpo humano seja também no corpo espiritual. 
É por isso  que é preciso estarmos muito atentos ao tipo de sugestões ou ideias religiosas a que nos expomos pois muitas delas atribuem e acentuam uma natureza humana pecaminosa ou então fraca, devendo nós antes imaginar e criar interiormente uma imagem de luz e de glória nossa espiritual, realidade para a qual caminhamos, tanto mais que todos somos chamados à união com Deus.
Fundamental é então esta fé ou confiança em nós próprios e na nossa capacidade de atingir os altos objectivos espirituais, querendo tal verdadeiramente e dinamicamente, sabendo que a nossa origem é o Espírito eterno e substancial.
E no antepenúltimo parágrafo deste capítulo Bô Yin Râ reafirmará: «Só a fé dinâmica, esta fé que é uma força e engendra uma força, pode
também dar  a certeza interior que cada um deve ter para percorrer o caminho que leva ao espírito».                                      

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