sábado, 24 de agosto de 2019

Bô Yin Râ, "O Caminho dos meus Discípulos", 6º cap., resumido por Pedro Teixeira da Mota.

                                     
No 6º capítulo do seu livro Der Weg Meiner Schüler, Le Chemin de mes disciples, O Caminho dos meus Discípulos, intitulado " O Obstáculo mais grave ", Bô Yin Râ alerta para uma das maiores barreiras dos discípulos no Caminho espiritual, a angústia, que sob formas insidiosas acaba por minar as forças das pessoas que se deixam prender por tal espantalho, que assume numerosas formas, muitas das quais bem difíceis de discernir.
E como de um estado de ansiedade nada de bom provém, ao contrário do receio ou medo, que é algo temporal e que frequentemente suscita uma reacção enérgica, Bô Yin Râ desaconselha a atenção ao desenvolvimento ou trabalho interior quando se está vítima de tal estado quase hipnótico, propondo que se dêem injunções fortes, enérgicas, mental e emocionalmente, para se dissipar tal estado o mais rapidamente possível.
Mostra várias formas de angústia nas pessoas tais como a de ser ridicularizada, a de ter de rever a sua imagem, a hipertrofia de consciência com escrúpulos e mais escrúpulos, ou condenando-se a si própria, quando o caminho espiritual está sempre aberto a quem verdadeiramente aspira.
A falta de confiança em si é a causa principal da angústia e quem está no Caminho não se deve deixar cair em tal, tanto mais que têm sempre as ajudas superiores espirituais que o fortificam e o defendem.
                                      
Afirma mesmo que há muitas mortes provocadas pela angústia e que esta nem sequer é da alma mas sim da «compressão ou câimbra de certos nervos extremamente finos, provocados pelas reacção de certas representações sobre a actividade cerebral».
A luta contra a angústia implica então discernir que representações a engendram e, graças a uma análise sóbria, dissolver os factores de angústia, o que pode que ter que ser feito mais de uma vez e por diferentes factores ou causas. No século XXI temos de acrescentar os noticiários tão violentos, a internet e os telemóveis, com a excessiva informação.
Muitas pessoas, mesmo desenvolvendo ou exercitando bem as forças físicas ou intelectuais, ou mesmo a sensibilidade da alma, não trabalham suficientemente o corpo substancialmente espiritual e logo deixam-se cair sob o domínio de certos espantalhos angustiantes.
Controlar os verdadeiros motivos dos pensamentos, actos e palavras, diariamente, mais do que exames de consciência que ainda podem provocar mais angústias, é a melhor forma de irmos reconhecendo e desmascarando a angústia na suas diferentes formas, para vencê-la ou dissipá-la.
                                   

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