sábado, 6 de setembro de 2025

A beleza dos postais antigos, num album de 1905, de casa de um amigo. Alguns da Exposição Internacional de Paris, 1900.


 
















A Roda do tempo, a roda da carruagem, a roda da Lei, a roda da Fortuna vai rodando, vamos passando, vamo avançando, realizando mais ou menos as nossas missãos e auto-realizações,  e dando graças à Divindade por podermos viver e morrer, e renascer. pela Beleza, o Amor, a Justiça, a Verdade, a Multipolaridade, a Unidade...

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Um texto português inédito do movimento "Iniciativa Planetária para o Mundo que nós escolhemos"

                                                                 

Em 1981 foi lançado e dinamizado um projecto de encontros, em vários países, de pessoas, comunidades e grupos   alternativos que trabalhassem para o que ficou como título do movimento, Iniciativa Planetária para O Mundo que nós escolhemos, o qual culminou num Festival com comunicações, exposições e seminários entre 19 e 21 de Maio de 1983 em Bruxelas e, num Congresso em Toronto,  de 17 a 21 de Junho, onde cerca de 475 pessoas de vinte países geraram conclusões e recomendações para os responsáveis políticos mundiais.

 Divulguei-o em Portugal no C.A.L., Comité anti-Nuclear de Lisboa, que, como grupo, dinamizado sobretudo  pelo António Fonseca e a Gertrudes Silva, assumiu o desafio, no qual o Afonso Cautela, e com a sua  "Frente Ecológica", também participou, realizando-se algumas reuniões no C.A.L., e um encontro alargado a 6 de Fevereiro de 1983,  no Centro Nacional de Cultura, do qual o Afonso deu notícia num comunicado da Frente Ecológica. Na dinâmica da Iniciativa Planetária em Portugal  geraram-se vários textos, uns que ficaram em manuscrito e outros dactilografados e policopiados. Este, ficou em manuscrito inédito, tendo-o eu escrito em Março de 1983, pouco antes da celebração do solstício no Jardim da Estrela e dois meses antes do encontro em Bruxelas do Festival pelo Mundo que escolhemos, da Iniciativa Planetária. Já depois de o ter transcrito agora em Setembro de 2025  encontrei uma versão muito semelhante, aperfeiçoada, dactilografada por mim, e que reproduzo no fim.

«Nós que andamos nesta vida a procurar sobreviver harmoniosamente com a Natureza, com os outros, com nós próprios, e com a Divindade, encontramos muitas dificuldades para o realizar. Ora o cansaço ora o desânimo ora a violência, ora a agitação ora a precipitação tomam conta de nós, [ainda que momentanemente,] toldando ou frustrando a nossa consciência.
Estes sofrimentos impostos à nossa alma (ao nosso ser interior) resultam pois (ou vêm) de relações incorrectas seja por nossa causa seja por causas exteriores e que estamos conscientes ou não.
Tem-se então erguido seres, grupos, métodos, para diminuir os factores negativos ou anti-vitais e fazer crescer os produtores de vida na sua pluridimensionalidade. Tal é a origem dos mais diversos trilhos naturais (naturistas), económicos, espirituais, culturais, sociais, ecológicos que têm procurado possibilitar aos seres humanos a sua libertação da ignorância, do sofrimento.
Se no nosso país a natureza não foi ainda totalmente destruída, e se os valores qualitativos e humanistas estão ainda vivos nas pessoas,  é motivo para darmos graças, ainda é mais urgente é agirmos para que as nossas crianças não sejam habitantes duma civilização de cimento, de fábricas e todos os artificialismos e alienações que a sociedade (consumista) vai largando nos anzóis que pescarão os peixes para separativismos, prisões e hospitais [doenças e fanatismos].
São então observáveis (Assim observam-se) em vários países reformulações da maneira de compreender e viver apropriada ao ambiente local, nacional, planetário e espiritual do momento presente. Assim têm nascido vários movimentos alternativos, entre os quais os de ecologia é um deles mas que poderemos citar, na base dos sectores do Festival da Europa para o mundo que nós escolhemos, a realizar em Bruxelas 27 a 29 [19 a 21] deste mês, os seguintes: consciência ecológica, auto-gestão, crescimento pessoal, não violência, dimensão comunitária, etc.»
Entre parênteses (.. ) estão variantes entre os dois textos e entre [..] um acrescento actual. O texto dactilografado foi escrito já depois do Festival de Bruxelas, pelo que desapareceu tal menção. É possível que os sectores não especificados no final manuscrito e já nomeados no texto dactilografado possam corresponder ainda a algum encontro no C.A. L. 


 
                           

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Emmanuel Macron, o avençado-mór da oligarquia e do Fórum Económico Mundial, de tanto mentir, odiar e drogar-se começou a delirar. Quando dobrará a sua cerviz e hubris?

                                  

Emannuel Macron, ainda que protegido pela poderosa máquina do Estado francês, que tentou e conseguiu impedir, por exemplo, que o grande público percebesse que ele consome cocaína, como foi visto e filmado recentemente no comboio a caminho de Kiev, com Merz e Starmer,  começa a dar cada vez mais sinais do seu desequilíbrio mental, ou mesmo das suas qualidades negativas, do seu lado maléfico,  que lhe têm grangeado a pior popularidade dum Presidente francês nas últimas décadas, apesar de todo o cor de rosa que possa transmitir... 

Como ele é muito hipócrita e vive de fingir e do faz de conta, mesmo que o apupem ou insultem vai-se virando para um lado e outro, acenando como se estivesse a ser aplaudido, sem se lembrar que muita gente já vê com clarividência as sua mãos tintas de sangue, nomeadamente  pela repressão dos coletes amarelos, pelas privatizações e inflação e, mais recentemente, pelo apoio à mortandade ucraniana e russa.

 Como sabemos, Macron foi um agente de negócios de topo  da família Rothschild, uma das grandes bancas oligarco-sionistas manipuladoras dos mercados e aí fez fortuna e provavelemente na sua ambição se deixou corromper e tornar-se um dos políticos mais próximos e queridos dos Rothschild, de Klaus Schwab e do Fórum Económico Mundial, inimigos de morte da Rússia e de Vladimir Putin. Logo não nos admiremos com  o persistente ódio que Macron tem mantido contra a Rússia e logo a grande amizade com Zelensky e Keir Starmer, outro avençado da finança oligarco-sionista.
                                        

As suas últimas declarações raiaram porém tanto  o ridículo que levaram-nos a escrever esta introdução e traduzir e transcrever o texto, sem sequer perder tempo a relembrar todo o tipo de declarações falsas ou propostas enganadoras que tem feito neste mandato já desesperadamente longo para tanta gente, que gostariam de fazer com ele o que o jovem mestre Ibrahim Traore, grande esperança de África, e outros líderes africanos, disseram e cumpriram:

- Terminou a exploração dos nossos recursos, ou da nossa  boa vontade ingénua. Fim do neocolonialismo ocidental, borda fora.

                                                        

Que declarou ele, na linha do corruptíssimo Zelensky, que há meses garantia que a Ucrânia tinha tido apenas umas 180.000 baixas e a Rússia mais de 500.000?
 
 Macron, um dos porta-vozes da União Europeia mais ousado na mentira,  na hipocrisia e na manipulação das massas, veio afirmar na última reunião da "Coligação dos dispostos a serem vencidos da vida" e talvez continuarem no poder cocainómanos e até ao último ucraniano, que a Rússia já perdeu mais de um milhão  dos seus militares e que só conquistou 1% do território ucraniano...
Como é possível mentir tanto, querer cegar tanto, quando mesmos os observadores e especialistas ocidentais reconhecem que  as baixas ucranianas são pelo menos o dobro das russas, e que mais de 20% do território do Leste ucraniano já foi liberto da opressiva e péssima administração do regime extremista de Kiev, para grande alegria da população predominantemente etnicamente russa . 

Surgiu-me no Vk.com, a rede social russa alternativa ao Facebook, e onde entrei por o Facebook bloquear-me algumas vezes e pressionar outras, um valioso comentário de Christelle Néant sobre "a declaração delirante de Emmanuel Macron de que a Rússia teria perdido um milhão de soldados para conquistar menos de 1% do território ucraniano". Eis o irónico comentário, ao estilo do valioso comentador Sebastien Sas, que recomendo, no Youtube...

                        

«Quando leio uma declaração tão fora da realidade, não sei se devo rir ou chorar pelo povo francês que tem de suportar todos os dias este palhaço como presidente.
A Rússia não perdeu um milhão de soldados para começar. Se fosse esse o caso, sabendo que ela não realiza uma mobilização activa permanente como a Ucrânia [e que a faz criminosamente à força], tais perdas significariam simplesmente que já não haveria exército russo...
Se fosse esse o caso,
 quem avança por toda a linha de frente? Os fantasmas dos soldados russos? Soldados russos ressuscitados por necromantes? Pás de drones autónomas? E se não há já exército russo, por quê entrar em pânico com uma potencial invasão da Europa se não há mais ninguém para invadir [como tanto avisam Zeelensky, pedinchando, Ursula, com os seus kits lucrativos da Pfizer, o vampiro Rutte, com os 5%, com comissão do Dady,  e Macron assustando com os hospitais já mobilizados para acolher os soldadinhos que vão obedecer e morrer pelo novo Napoleão da oligarquia infrahumanista]?

 
                                                             

                                                            
E ainda assim, esse primeiro ponto não é o mais delirante. O pior é a segunda parte da sua frase. Basta ver um mapa da Ucrânia e colorir de vermelho as áreas actualmente sob o controle russo para perceber que a sua superfície é bem mais do que 1% do território ucraniano (estamos mais perto de 20%, e isto faz uma "pequena" diferença).

                               

Há motivos para nos preocupar quando ouvimos um presidente em exercício dizer tais disparates [como acontecia com o norte-americano Joe Biden]. Ou a cabeça de Macron se encontrou acidentalmente no caminho de uma interferência GPS de alta intensidade, dirigida por soldados russos zombificados pelo uso de máquinas de lavar e de pás [como a Ursula von der Lying e os nossos reputados Milhazes e Rogeiro garantiam), 

                                     

ou ele abusou de substâncias ilegais [cocaína, como o T-shirt verde, o alpaca Friederich Mertz e sir Keir Starmer]. Mas, em ambos os casos, é  hora de ele se reformar.»

                                  

Estamos todos, os que ainda estão lúcidos e lutam pela Verdade e o Bem da Humanidade, creio, de acordo: Emmanuel Macron deve ser removido e tratado, antes que provoque mais sangue, sofrimento, morte e caos, como ele parece tanto desejar, como servo das forças diabólicas, ou seja, adversárias da verdade, da fraternidade, da multipolaridade, da sacralidade da vida una...

                                      

                                         

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

A Iniciativa Planetária. Um movimento alternativo ao sistema. Um texto de Fevereiro de 1982, escrito no C:A.L. Comité anti-Nuclear de Lisboa.

                                                                

Em 1981, a partir de "personas" como Donald Keys, Ben Benson e Harley Miller e as organizações internacionais a que estavam ligados, tal a Planetary Citizenship e a comunidade de Findhorn, foi lançado e dinamizado um projecto de encontros, em vários países, de pessoas, comunidades e grupos   alternativos que trabalhassem para o que ficou como título do movimento, Iniciativa Planetária para O Mundo que nós escolhemos, o qual culminou num Festival europeu com comunicações, exposições e seminários entre 19 e 21 de Maio de 1983 em Bruxelas e, depois, num Congresso mundial em Toronto, Canadá, de 17 a 21 de Junho, onde aproximadamente 475 pessoas de vinte países geraram várias conclusões e recomendações para os responsáveis políticos mundiais poderem governar e agir mais em harmonia com os melhores anseios da Humanidade e os princípios do Universo.

Tendo sabido dele em França em  novembro de 1981, divulguei-o em Portugal no C.A.L., Comité anti-Nuclear de Lisboa, que, como grupo, dinamizado sobretudo  pelo António Fonseca e a Gertrudes Silva, e no qual o Afonso Cautela, e com a sua  "Frente Ecológica", estava e participou, assumiu o desafio, realizando-se algumas reuniões no C.A.L., e um encontro alargado a 6 de Fevereiro de 1983,  no Centro Nacional de Cultura, do qual o Afonso deu notícia num comunicado da Frente Ecológica. Na dinâmica da Iniciativa Planetária em Portugal  geraram-se vários textos, uns que ficaram em manuscrito e outros dactilografados e policopiados. Este, dos primeiros, ficou em manuscrito inédito, tendo-o eu escrito, na minha linha mais espiritual, em Fevereiro de 1982. 

Resolvi transcrevê-lo ao encontrá-lo, quando escrevia um contributo para  In Memoriam do Afonso Cautela (a ser editado pelo José Carlos Marques) e pesquisava nos meus diários antigos referências a ele. Tem as limitações da juventude mas também forças de transformação e os ideais e valores sempre actuais, nomeadamente nestes tempos de resistência à manipulação e  opressão da oligarquia globalista, da União Europeia e da NATO, com as suas agendas infrahumanistas e de hegemonia ocidental a todo o custo. Oiçamos:

«É através dos humanos que Deus se manifesta e que nós podemos também sentir o divino. Daí a nossa procura de comunicação e de encontro. Daqui a nossa obrigação de [tentar evocarmos ou] irradiarmos Deus e a sua plenitude através dos nossos actos e pensamentos. Que devemos assumir com a intencionalidade criativa que os distingue de actos mecânicos, adormecidos, violentos. É esta iniciativa de transformação dos nossos seres e dos ambientes que nos rodeiam que fez surgir o movimento Iniciativa Planetária e que agora surge aqui em Portugal e chega às tuas mãos. Movimento de comunicação vital do que se está a passar no campo das alternativas  aos métodos e estados [conscienciais] do passado.

Estamos a entrar numa nova era, numa época em que a consciência planetária, ou ecológica, ou espiritual ou [verdadeiramente] humana começa a despertar em cada vez mais seres. E é para aprofundar esta tomada de consciência, efectivá-la na prática e ligá-la entre todos os que a [vivenciam e] partilham que surgem as redes locais e nacionais com todos os seus métodos de comunicação e transformação dinâmica. [E o que se poderá dizer da actual intensificação tremenda e como ela é usado tanto para alienar e manipular como para formar e harmonizar? O que estamos nós a fazer nas redes sociais? Usamos-as sempre bem?]

Se bem que já lançada em vários países, em Portugal é agora que ela começa a surgir, aberta portanto a todos os que quiserem nela participar. Grupos estão a começar a funcionar que tratam de temas específicos como a informação, contactos internacionais, acções concretas e imediatas, estudos ambientais e transformação de consciências, curas alternativas, agriculturas biológicas.

Se sentes que de qualquer modo qualquer que seja a tua idade, riqueza, conhecimentos, te identificas um pouco com esta nova Era luminosa que está a nascer nos que para ela se abrem, então escreve-nos ou aparece no C.A.L. [então na BASE-FUT, à r. de S. Bento, Lisboa] porque a Iniciativa Planetária, ou seja, o Planeta Terra e com ele todo o Sistema Solar contam contigo para o ajudar a equilibrar-se perante os desvarios constantes que se realizam ainda diariamente.

A união faz a força, as forças da ignorância devem desaparecer perante os raios da luz e da verdade. Para isto te convidamos.

Na Iniciativa Planetária. »

terça-feira, 2 de setembro de 2025

A Iniciativa Planetária para mundo que escolhemos, em 1983, a Fundação do Espírito da Europa, de 1985, belas utopias dos anos 80.

 O Congresso da Iniciativa  Planetária para o Mundo que escolhemos realizou-se de 17 a 21 de Junho de 1983,  em  Toronto, Canadá, após dois anos de reuniões em diversos países, como aconteceu em Portugal, no C.A.L. embora não houvessem propostas enviadas nem portugueses presentes. 

Das Conclusões e das considerações  sobre  a crise mundial e suas agravantes,  conteúdos de valores, projectos específicos de construção de paz, a ecologia, ambiente, energia e recursos, algumas páginas foram traduzidos por mim à mão, e o Afonso Cautela  fez correções e sublinhados a cores. Como foi um movimento alternativo da sociedade civil valioso e hoje é ignorado, e porque o Afonso o apoiou, transcrevo a parte inicial  da Declaração e do texto das Conclusões do Congresso: 

                                   

«De 17 a 21 de Junho, aproximadamente 475 pessoas de vinte países encontraram-se num Congresso em Toronto, Canada, com o propósito de desenvolverem um mandato extensamente sufragado para um mundo unido, humano e sustentador da vida.
Elas  juntaram-se através da participação na Iniciativa Planetaria para mundo que escolhemos, um projecto de coligação dum conjunto de grupos, organizações e indivíduos.
Durante um período de
dois anos este projecto estimulou em comunidades locais grupos de exploração de soluções com o propósito de encorajar a auto-educação na saída de crises e de contribuir para o mandato global.
Os representantes trouxeram ao Congresso inúmeras declarações consensuais e estas, com as contribuições individuais dos participantes, foram destiladas através de três estágios posteriores de consensus.» 

Seguiam-se as conclusões sumárias atingidas pelo Congresso, das quais transcrevo a primeira:  
«O Congresso realiza que é necessário uma visão dum futuro preferido para a humanidade e para o mundo a fim de providenciar uma direcção e um objectivo e afastar a ansiedade e o pessimismo presentemente tão largamente sentidos Está convencido que não só devem ser tratadas as soluções, mas também os valores subjacentes, motivações, percepções e atitude
s que dão nascimento a políticas ou negadoras da vida ou servidoras da vida.» [Acrescentarei ou transcreverei ainda outras das conclusões].

Comentário: Estas aspirações e dinâmicas, algo utópicas face às máquinas dos partidos, dos grupos de pressão e dos Estados, prolongaram-se no Encontro da Humanidade Europeia em Findhorn, em Maio de 1985, e logo a seguir na tentativa de se criar, através da Fundação do Espírito da Europa, liderada pelo Harley Miller, de Findhorn e nascida em Maio-Junho de 1985, uma realidade europeia mais ecológica, pacifista, fraterna e em especial que ligasse mais profunda e plenamente a CEE ou a Europa Ocidental com o COMECON ou Europa Oriental. Era uma  intencionalidade de unidade europeia muito pioneira na época e constitui nos nossos dias de histérico belicismo anti-russo uma chapada na inepta e vendida direcção da União Europeia. Brevemente transcreveremos mais documentos destas duas sagas unitivas e multipolares algo perdidas e quase olvidadas nestes tempos de uma União Europa anti-Europa multipolar...

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Da demanda dos nomes, sons, orações ou mantras sagrados harmonizadores e que nos religam à Divindade e geram paz no mundo.

                                                         

O que é que procuramos mais na vida : são os prazeres, são as realizações profissionais, é a saúde, é o Amor, é a alma gémea, é a harmonia consigo próprio ou com a natureza, é ajudar os outros,  é a nossa criatividade, é o aperfeiçoar-nos, é o conseguirmos meditar melhor e iluminar-nos mais, é o mestre, é o anjo, é Deus?

Seja o que for, e haverá centenas de objectivos, metas, prioridades possíveis, devemos ter mais presente a realidade misteriosa da Divindade e tentar aprofundar a nossa relação com Ela, seja pela auto-consciência, seja pela respiração, seja pela contemplação, seja pela oração e meditação, ou mesmo por algumas orações que gostemos e que com regularidade fazemos ecoar e vibrar no nosso ser e até ambiente, invocando as ligações superiores e inspiradoras, ou gerando estados modificados de consciência benéficos. 

O sentir mais os outros neles mesmos, com simpatia ou compaixão, é outra meta valiosa tal como agir mais pelos outros ou por todos do que só por nós, pois nesta intenção  de servir, cooperar, partilhar,  vamos vencendo o ego e as suas limitações e expandimo-nos para o mundo da fraternidade e multipolaridade.

Mas é  interiormente que temos de invocar mais Deus no coração  e para isso recomendaram os mestres ascéticos e místicos o repetirmos o seu nome, amá-lo, cantá-lo...

Mas que nome de Deus escolhermos, o do nosso Deus de nascimento e educação infantil, o de um Deus com quem sentimos mais afinidade entre muitas outras designações ou concepções da Divindade,   omnipresente e omnipenetrante, ou o Absoluto, ou mesmo a Primordialidade inefável, a Unidade, ou simplesmente o Ser? 

Não é fácil tal escolha, muito contribuindo para isso a nossa poucaedução espiritual, a instabilidade psíquica e social, o excesso de informação alienadora e perturbadora, e assim cada um terá bastante dificuldade em demandar o seu Graal, a sua taça de receptividade à luz, ao fogo, ao amor, à energia espiritual e divina, a não ser que encontre quem lhe indique o caminho e depois com perseverança, dia após dia, meditação após meditação, trabalho após trabalho, procure reatar tal fio luminoso de comunhão.

Talvez por causa da  dificuldade ou mesmo  incapacidade do ser humano normal  descobrir ou acertar no nome de Deus que mais o religará a Ele, e de meditar com alguma profundidade, surgiu o costume dos mestres transmitirem aos discípulos na iniciação um nome de Deus, um mantra sagrado, com que podem controlar melhor a mente e gerar mais amor à Divindade.

Chama-se Japa à repetição ou invocação dum nome de Deus ou de o mantra ou som sagrado invocador dele, e esta prática deve ser feita umas vezes em voz alta e depois  ficar-se mais no sentir e pensar substancial, numa repetição silenciosa e que pode desaguar  por fim só no silêncio e numa sensação de presença, ou mesmo num estado de absorção ou união na devoção amorosa a Deus...

Esta capacidade de escolhermos por nós próprios o nome de Deus é pois difícil mas muito valiosa, mas infelizmente pouca gente a pratica perseverantemente, e em geral fica-se na repetição frequentemente já muito mecânica das orações mais simples que nos ensinaram na infância, que certamente têm a sua utilidade, em certos aspectos e  que um dia poderemos desenvolver, ou então dos nomes-mantras de Jesus e Maria, ou Rama e Krishna, ou Ali e Fatimah, ou Pan e Helios, ou Budha Om, Shanti Om... 

Que maravilha de diversidade ou multipolaridade na Unidade do som, palavra, sermo ou verbo Divino...

Mais original e criativo será até pronunciarmos a partir da nossa alma profunda alguns sons que não tenham necessariamente um sentido na nossa língua mas que ressoam  purificadoramente e pacificadoramente para nós e para o mundo, ou que intensificam a nossa aspiração, devoção, fé, amor, concentração, religação, ou mesmo podem fazer merecermos, pela nossa entrega e amor, a descida dos planos espirituais e divinos dalgum influxo ou bênção, e irradiante para a Humanidade tão sofredora por alguns seres e governos mais diabólicos, palavra que vem de diabolus, adversário, do bem, do amor, de Deus.

Eis alguns desses sons, com alguma influência do Oriente, onde estive alguns anos de vida e ao qual devo muita sabedoria e algumas iniciações: Razul, Arjai, Kund, Narai, Shandri...

Boas criatividades e sons, orações, meditações e religações espirituais e divinas, para o Bem e felicidade de todos, para a libertação da Humanidade fraterna, multipolar e justa.

                                  Lux, Justitia, Pax, Amor.