segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Da demanda dos nomes, sons, orações ou mantras sagrados harmonizadores e que nos religam à Divindade e geram paz no mundo.

                                                         

O que é que procuramos mais na vida : são os prazeres, são as realizações profissionais, é a saúde, é o Amor, é a alma gémea, é a harmonia consigo próprio ou com a natureza, é ajudar os outros,  é a nossa criatividade, é o aperfeiçoar-nos, é o conseguirmos meditar melhor e iluminar-nos mais, é o mestre, é o anjo, é Deus?

Seja o que for, e haverá centenas de objectivos, metas, prioridades possíveis, devemos ter mais presente a realidade misteriosa da Divindade e tentar aprofundar a nossa relação com Ela, seja pela auto-consciência, seja pela respiração, seja pela contemplação, seja pela oração e meditação, ou mesmo por algumas orações que gostemos e que com regularidade fazemos ecoar e vibrar no nosso ser e até ambiente, invocando as ligações superiores e inspiradoras, ou gerando estados modificados de consciência benéficos. 

O sentir mais os outros neles mesmos, com simpatia ou compaixão, é outra meta valiosa tal como agir mais pelos outros ou por todos do que só por nós, pois nesta intenção  de servir, cooperar, partilhar,  vamos vencendo o ego e as suas limitações e expandimo-nos para o mundo da fraternidade e multipolaridade.

Mas é  interiormente que temos de invocar mais Deus no coração  e para isso recomendaram os mestres ascéticos e místicos o repetirmos o seu nome, amá-lo, cantá-lo...

Mas que nome de Deus escolhermos, o do nosso Deus de nascimento e educação infantil, o de um Deus com quem sentimos mais afinidade entre muitas outras designações ou concepções da Divindade,   omnipresente e omnipenetrante, ou o Absoluto, ou mesmo a Primordialidade inefável, a Unidade, ou simplesmente o Ser? 

Não é fácil tal escolha, muito contribuindo para isso a nossa poucaedução espiritual, a instabilidade psíquica e social, o excesso de informação alienadora e perturbadora, e assim cada um terá bastante dificuldade em demandar o seu Graal, a sua taça de receptividade à luz, ao fogo, ao amor, à energia espiritual e divina, a não ser que encontre quem lhe indique o caminho e depois com perseverança, dia após dia, meditação após meditação, trabalho após trabalho, procure reatar tal fio luminoso de comunhão.

Talvez por causa da  dificuldade ou mesmo  incapacidade do ser humano normal  descobrir ou acertar no nome de Deus que mais o religará a Ele, e de meditar com alguma profundidade, surgiu o costume dos mestres transmitirem aos discípulos na iniciação um nome de Deus, um mantra sagrado, com que podem controlar melhor a mente e gerar mais amor à Divindade.

Chama-se Japa à repetição ou invocação dum nome de Deus ou de o mantra ou som sagrado invocador dele, e esta prática deve ser feita umas vezes em voz alta e depois  ficar-se mais no sentir e pensar substancial, numa repetição silenciosa e que pode desaguar  por fim só no silêncio e numa sensação de presença, ou mesmo num estado de absorção ou união na devoção amorosa a Deus...

Esta capacidade de escolhermos por nós próprios o nome de Deus é pois difícil mas muito valiosa, mas infelizmente pouca gente a pratica perseverantemente, e em geral fica-se na repetição frequentemente já muito mecânica das orações mais simples que nos ensinaram na infância, que certamente têm a sua utilidade, em certos aspectos e  que um dia poderemos desenvolver, ou então dos nomes-mantras de Jesus e Maria, ou Rama e Krishna, ou Ali e Fatimah, ou Pan e Helios, ou Budha Om, Shanti Om... 

Que maravilha de diversidade ou multipolaridade na Unidade do som, palavra, sermo ou verbo Divino...

Mais original e criativo será até pronunciarmos a partir da nossa alma profunda alguns sons que não tenham necessariamente um sentido na nossa língua mas que ressoam  purificadoramente e pacificadoramente para nós e para o mundo, ou que intensificam a nossa aspiração, devoção, fé, amor, concentração, religação, ou mesmo podem fazer merecermos, pela nossa entrega e amor, a descida dos planos espirituais e divinos dalgum influxo ou bênção, e irradiante para a Humanidade tão sofredora por alguns seres e governos mais diabólicos, palavra que vem de diabolus, adversário, do bem, do amor, de Deus.

Eis alguns desses sons, com alguma influência do Oriente, onde estive alguns anos de vida e ao qual devo muita sabedoria e algumas iniciações: Razul, Arjai, Kund, Narai, Shandri...

Boas criatividades e sons, orações, meditações e religações espirituais e divinas, para o Bem e felicidade de todos, para a libertação da Humanidade fraterna, multipolar e justa.

                                  Lux, Justitia, Pax, Amor. 

Sem comentários: