terça-feira, 2 de setembro de 2025

A Iniciativa Planetária para mundo que escolhemos, em 1983, a Fundação do Espírito da Europa, de 1985, belas utopias dos anos 80.

 O Congresso da Iniciativa  Planetária para o Mundo que escolhemos realizou-se de 17 a 21 de Junho de 1983,  em  Toronto, Canadá, após dois anos de reuniões em diversos países, como aconteceu em Portugal, no C.A.L. embora não houvessem propostas enviadas nem portugueses presentes. 

Das Conclusões e das considerações  sobre  a crise mundial e suas agravantes,  conteúdos de valores, projectos específicos de construção de paz, a ecologia, ambiente, energia e recursos, algumas páginas foram traduzidos por mim à mão, e o Afonso Cautela  fez correções e sublinhados a cores. Como foi um movimento alternativo da sociedade civil valioso e hoje é ignorado, e porque o Afonso o apoiou, transcrevo a parte inicial  da Declaração e do texto das Conclusões do Congresso: 

                                   

«De 17 a 21 de Junho, aproximadamente 475 pessoas de vinte países encontraram-se num Congresso em Toronto, Canada, com o propósito de desenvolverem um mandato extensamente sufragado para um mundo unido, humano e sustentador da vida.
Elas  juntaram-se através da participação na Iniciativa Planetaria para mundo que escolhemos, um projecto de coligação dum conjunto de grupos, organizações e indivíduos.
Durante um período de
dois anos este projecto estimulou em comunidades locais grupos de exploração de soluções com o propósito de encorajar a auto-educação na saída de crises e de contribuir para o mandato global.
Os representantes trouxeram ao Congresso inúmeras declarações consensuais e estas, com as contribuições individuais dos participantes, foram destiladas através de três estágios posteriores de consensus.» 

Seguiam-se as conclusões sumárias atingidas pelo Congresso, das quais transcrevo a primeira:  
«O Congresso realiza que é necessário uma visão dum futuro preferido para a humanidade e para o mundo a fim de providenciar uma direcção e um objectivo e afastar a ansiedade e o pessimismo presentemente tão largamente sentidos Está convencido que não só devem ser tratadas as soluções, mas também os valores subjacentes, motivações, percepções e atitude
s que dão nascimento a políticas ou negadoras da vida ou servidoras da vida.» [Acrescentarei ou transcreverei ainda outras das conclusões].

Comentário: Estas aspirações e dinâmicas, algo utópicas face às máquinas dos partidos, dos grupos de pressão e dos Estados, prolongaram-se no Encontro da Humanidade Europeia em Findhorn, em Maio de 1985, e logo a seguir na tentativa de se criar, através da Fundação do Espírito da Europa, liderada pelo Harley Miller, de Findhorn e nascida em Maio-Junho de 1985, uma realidade europeia mais ecológica, pacifista, fraterna e em especial que ligasse mais profunda e plenamente a CEE ou a Europa Ocidental com o COMECON ou Europa Oriental. Era uma  intencionalidade de unidade europeia muito pioneira na época e constitui nos nossos dias de histérico belicismo anti-russo uma chapada na inepta e vendida direcção da União Europeia. Brevemente transcreveremos mais documentos destas duas sagas unitivas e multipolares algo perdidas e quase olvidadas nestes tempos de uma União Europa anti-Europa multipolar...

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