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Pouso à borda da nau
da minha cama
os despojos do dia.
da minha cama
os despojos do dia.
A camisa aberta escorrega
e o corpo jazerá por fim.
O silêncio da noite é aparente:
as almas estão cheias da vida
e das vistas e emoções do dia.
Vou passear em torno da nave
antes de a abordar,
desprender-me de todos os fios
e correntes inúteis
e lançar as energias para o alto,
para bem longe,
Lá para o Infinito e para Deus,
mistérios das origens
e dos destinos finais,
que desejo melhor conhecer.
Por isso luto, escrevo, medito,
durmo e restauro a Vida.
Dispo a camisa na noite fria,
esfrego os braços tímidos
e arremesso bem longe
os pesos e tensões.
Invoco o fogo do Alto
e assimilo-o intimamente.
e assimilo-o intimamente.
Percorro os cantos do quarto
e os símbolos que são janelas
por onde saúdo e chamo
esses seres e energias
que nos antecedem e guiam.
Não estou só no Cosmos
e com o corpo e alma firmes,
saúdo os mestres do passado
e vou sonhar e despertar para o futuro.


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