domingo, 24 de agosto de 2025

Um poema espiritual: Como partir para o mundo onírico subtil e espiritual?

Escrito há já algum tempo e transcrito agora... Sê!

Pouso à borda da nau
da minha cama
os despojos do dia.

A camisa aberta escorrega
e o  corpo jazerá por fim.

O silêncio da noite é aparente:
as almas estão cheias da vida
e das vistas e emoções do dia.

Vou passear em torno da nave
antes de a abordar,
  desprender-me de todos os fios
e correntes inúteis
e lançar as energias para o alto,
para bem longe,
Lá para o Infinito e para Deus,
mistérios das origens
e dos destinos finais, 
que desejo melhor conhecer.

Por isso luto, escrevo, medito, 
durmo e restauro a Vida.

Dispo a camisa na noite fria,
 esfrego os braços tímidos
e arremesso bem longe
os pesos e tensões.

Invoco o fogo do Alto
e assimilo-o intimamente.

Percorro os cantos do quarto
e os símbolos que são janelas
por onde saúdo e chamo 
esses seres e energias
que nos antecedem e guiam.

Não estou só no Cosmos
e com o corpo e alma firmes,
  saúdo os mestres do passado
e vou sonhar e despertar para o futuro. 


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