![]() |
| Mãos em oração. Dürer. |
| Verso, ou face, do poema. |
Está a chover, ó Deus,
faz frio na minha alma.
Até quando me deixarás tiritar
sem o calor do Teu subtil influxo?
Os pássaros cantaram na aurora
e agora esconderam-se nos ninhos.
Chamei-Te na meditação matinal,
agora é a Tua vez de me abrigares.
- Ó Pedro, tem calma e paz,
tudo muda, tudo passa.
É a ligação Comigo que fica,
firma-a bem, não se desvaneça.
Gosto que Me acendas fogo em ti
e abras a tua mente ao Infinito,
repetindo o Meu Nome com amor,
em aspiração perseverante do coração.
A tempestade já passou,
pinga só na memória.
Pega na tua manta,
cobre-te com o meu mantra
e queima a inércia e o sono.
A humidade e o cansaço aliados
o que são para o espírito poderoso,
mesmo que caído do céu
ainda filho da Fonte do Universo?
- Deus, Deus, apela o Pedro:
Porque me originaste,
ilumina-me agora,
pois devo-te o que brota em mim
e busca a religação íntima a Ti.


Sem comentários:
Enviar um comentário