quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Acerca do Amor e das suas características e missões actuais...

                                             

O Amor é uma energia, ou uma frequência vibratória da energia cósmica,  que nos atravessa e perpassa, ou que brota de nós ou em nós, e que pode ter muitas origens, ou ser gerado por diferentes causas, e se manifesta fundamentalmente tanto como um estado interior claro, forte, beatificante mesmo, como na vontade de sermos ao máximo prestáveis a, ou dar-nos ou unir-nos a alguém ou algo, seja pessoa, causa, família, grupo, ideal, terra, pátria, mátria, Humanidade, Cosmos ou mesmo  concepção Deus... 

Como dar-nos ou ligar-nos, a quem, quando, para quê, são desafios que nos atravessam e perpassam mais ou menos consciente e constantemente ao longo dos dias e anos da nossa peregrinação ou travessia terrena.

Este dar-nos é multidimensional, abrange corpo, alma e espírito, o mundo visível e o invisível e pouca gente consegue intuir e realizar os aspectos e níveis tão subtis e variados do amor, e quais os mais próximos e necessários ou harmonizadores.

 Na pluridimensionalidade do amor o aspecto sexual é certamente importante, pois faz parte do nosso corpo físico e do seu instinto genético, e é em si uma pulsão energética de fogo e de água, de querer conhecer  e unir-se mais com outrem, e assim se harmonizarem e plenificarem, religando-se à Divindade.

Todo o amor ou acto amoroso visa ou deveria visar a harmonização, a plenificação do ser amado, mas também do amante e mesmo do aumento e irradiação do Amor para o ambiente e a Terra dilacerada. E se dois seres sabem conhecer-se, harmonizar-se, querer-se e interpenetrar-se de modo profundo e bastante pleno, seja na meditação, seja no estar, seja no se unir, podem alcançar estados expandidos de unidade, realizações do subtil anímico, do sagrado e do Divino e seu Amor nas suas consciências e vivências. 

O Amor é uma irradiação ora forte e dissipadora, ora serena, ora alegre do coração, simpatética, harmonizadora, transformadora  pois do coração espiritual e de partes do corpo e chakras partem raios de força amorosa para quem tentamos curar ou  gostamos e adoramos.

O Amor pode também caracterizar-se como um estado de paz, de unidade, de não conflito, de gratidão: o ser é luz e amor, está em amor, irradia amor, ama o amor e tenta identificar-se com o fogo ou calor do amor que sente dentro de si e que por vezes tenta fazer circular e irradiar por, ou através do, seu ser e corpo.

Nos níveis mais elevados e unitivos, o amor impulsiona-nos a reconhecer-nos como espíritos luminosos e, em tal identidade e em unidade com a Fonte e os seus espíritos celestiais e humanos afins, respiramos e emanamos mais o amor, chegando a tais seres, intensificando-se assim a harmonia cósmica, ao fazer-se descer mais luz e amor para a Terra, unindo-se portanto mais ou melhor o Céu e a terra, o mundo espiritual supra-consciente com o terreno ainda tão inconsciente, ou mesmo ignorante, grosseiro e violento como vemos em certos países e seres mais diabólicos, mais opostos à fraternidade de origem divina.

Ao sentirmos, estarmos, realizarmos e respirarmos em amor harmonizamos e subtilizamos os nossos seres e suas relações com os ambientes, os outros, o mundo, e ao meditarmos mais damo-nos  conta de como pode haver ora tensões e apreensões excessivas derivadas de problemas pessoais e dos conflitos mundiais e nacionais, a par dos estados de serenidade ou mesmo das intuições que querem chegar até nós subtilmente da anima mundi, do mundo espiritual...

Nestes estados mais internamente conscientes  do Amor, ele torna-se ou assume-se mais facilmente como oração e invocação, pois tanto se sente o valor de se orar pelos que já partiram como invocar os grandes seres e a Divindade para que façam descer ou subir mais amor e fazem-nos compreender a necessidade da nossa energia ígnea psíquica, que subjaz os pensamentos e sentimentos, ser bem trabalhada, controlada, fortificada, irradiada dissipando o mal, intensificando o bem. 

Por vezes, por graças subtis, o estado interior de uma pessoa é o de amor ou grande amor e nem é preciso orar, invocar, trabalhar. Basta fechar os olhos e sentir tal presença, a qual pode desabrochar no tão raro subtil e  sentir sagrado da paz profunda e que tende para uma religação maior com a Divindade em nós.

Harmonizar, religar e unir o interior e o superior, o profundo e o elevado, o som e o silêncio, a solidão e a comunhão, o que se ignorava com o que se passa a saber, faz parte da grande obra para qual o amor , tende naturalmente ou a que é chamado ser o dinamizador. Talvez por isso se dizia na Grécia que ele era um daimon, um espírito alado, que une os humanos entre si e com os mestres, deuses ou seres celestiais.

Não desperdicemos pois demasiado o tempo nem a nossa energia psíquica e afectiva, não a deixemos ser enfraquecida pelas classes políticas e jornalásticas na generalidade do Ocidente mentirosas e nocivas. Trabalhemos e desenvolvamos o amor-sabedoria o melhor possível com discernimento, enquanto estamos vivo, na vida activa, nos dialogos ou satsangas, na relação afectiva e amorosa com o nosso par, a família,  pessoas amigas, o próximo, os elementos e seres da Natureza, anjos e arcanjos e na adoração invocadora divina.

Quando estivermos mais solitários, harmoniosos e recolhidos, e se o amor foi  bem trabalhado e no coração  concentrado, sentiremos e exclamaremos: - Oh Divindade, vem nascer mais em nós, vem nascer mais em mim.

Saibamos pois vivenciar mais os níveis profundos, elevados ou dinâmicos do amor e sobretudo estabilizar no coração espiritual a nossa consciência, ora em aspiração, ora em contemplação ou comunhão, ora de braços abertos, ora abraçados, ora os dedos em mudras meditativos ora em gestos abençoadores.

Que no recolhimento, na paz e no silêncio, que o teu ser se sinta feliz e em paz, no amor e na unidade que sentires, ou conseguires despertar, conservar e irradiar para um mundo tão sujeito ao egoísmo e à crueldade e que exige de nós um esforço grande para não desanimarmos nem nos alienarmos, e antes lutarmos e vencermos: "Amor, o conquistador".

Possamos ser elos da cavalaria do Amor,  fiéis na sua demanda e partilha, qualquer que seja o vaso ou Graal onde para cada um de nós ele se acende e resplandece, e satisfaz, sacraliza e eleva.

Possam as nossas ideias e pensamentos, palavras e sentimentos, actos e partilhas serem fiéis ao Amor, à Verdade, à Justiça, à multipolaridade libertadora, tão atacados e oprimidos pelas forças da mentira e do mal da oligarquia, e vencermos na unidade do corpo místico ou espiritual da Humanidade, ligada à Divindade.  Aum, Amen, Hum...

3 comentários:

Anónimo disse...

🙏🙏🙏

Anónimo disse...

Sinto, há já algum tempo, Pedro que a solução dos grandes conflitos da Humanidade tem de passar pelo Amor e oração que cada um de nós doa à vida e aos próximos pois é este acto de doação à nossa vida que tantos poderão somar e mudanças podem aparecer.

Pedro Teixeira da Mota. disse...

Graças pelas apreciações. Sim, sem dúvida a nossa acção abnegada em prol do Bem Comum, ou dos outros, ou baseada na paz, na sabedoria e no amor, são força que unidas às dos outros, agem na alma colectiva familiar, grupal, nacional e planetária. Pax, Lux, Amor!