segunda-feira, 1 de maio de 2023

Um poema espiritual, num diário de 1990, Maio.

 Escrito em Maio de 1990, sob uma indicação: Encontros com algumas pessoas ao acaso.



Discorreram-se páginas da história,
invocaram-se altas teorias,
socorreram-se os atarantados dogmas,
esbracejamos pelo não naufrágio
nas águas turvas dos hábitos.


Recolhemos memórias do passado,
Comungamos em certos momentos
em que os olhares puderam dizer amor
e sentir e admirar o ser humano real.


Cada ser tem a sua vocação
e ela é plena e autêntica,
se é sentida e vivida
        e em atitude espiritual assumida.


Cresce a consciência pela união dos 3,
corpo, alma e espírito,
Cresce o Amor subindo do desejo,
vencendo violências e egoísmos,
já sem prazeres nem sacrifícios
antes chama calma e inteligente.

Muitos mistérios rodam o mal,
não será possessão nem diminuição,
antes uma falta de consciencialização
do que é verdadeiramente o melhor.

Corremos horas e horas sem fio
Ora velando-nos ora desvelando-nos.
Caíremos por fim nas areias exaustos
enquanto os barcos aportam às praias
trazendo consigo mensagens e convites
que nos remoçam e nos fazem partir.


Aventureiros, messiânicos todos o somos
mas é em nós que temos de erguer a Luz.
Não basta a erudição nem a tradição,
é preciso a experiência e a comunhão
com o espírito, anjos, mestres e Deus.

Transmitimos ensinamentos espirituais
pelos pesquisadores descobertos,
pétalas da rosa da alma,
sangue do cálice sagrado,
raios e ondas do Sol Eterno,
       comunhão na Unidade Universal. 


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