[1994, dum diário] Aurora.
PINGOS FLUIDOS
Os jardins da Lisboa recatada
são despertados pelas odisseias e laudes
desferidas pelos anónimos cantores
que, na linguagem dos pássaros,
se inebriam nos píncaros de suas visões
do resplendor solar e divino.
Quando tentamos com eles vibrar
sentimos o peso do nosso intelecto
incapaz de sublimar todo o cérebro
numa simples canção de amor e louvor.
Fremem de alegria, esfuziantes,
transmissores de ocultas mensagens
que silfos e elementais do ar
lá fabricam com o invisível Espírito.
Nós, adormecidos ou fatigados os corpos,
temos de despertar, aspirar e batalhar
para que a circulação irrompa de novo
Os jardins da Lisboa recatada
são despertados pelas odisseias e laudes
desferidas pelos anónimos cantores
que, na linguagem dos pássaros,
se inebriam nos píncaros de suas visões
do resplendor solar e divino.
Quando tentamos com eles vibrar
sentimos o peso do nosso intelecto
incapaz de sublimar todo o cérebro
numa simples canção de amor e louvor.
Fremem de alegria, esfuziantes,
transmissores de ocultas mensagens
que silfos e elementais do ar
lá fabricam com o invisível Espírito.
Nós, adormecidos ou fatigados os corpos,
temos de despertar, aspirar e batalhar
para que a circulação irrompa de novo
e corpo, alma e espírito se realinhem.
Braços e coração abertos ao astro divino,
Cresce no nosso peito oculto resplendor:
Saibamos no dia vencer as limitações
e gerar belas e divinas manifestações!
Braços e coração abertos ao astro divino,
Cresce no nosso peito oculto resplendor:
Saibamos no dia vencer as limitações
e gerar belas e divinas manifestações!
2 comentários:
Tão belo e delicado poema, alvorecer rosado da alma!
Graças muitas. Boas inspirações e realizações!
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