Luz no Caminho, por Nicholas Roerich. |
Qual é o fim supremo da vida, o que é o mais importante de se realizar, eis uma questão que pouca gente pensa ou medita, mesmo que uma vozinha ou um pensamento fugidio a interrogue sobre o valor da sua vida e a ilumine de quando em quando...
Mas se pararem e pensarem, ou se auto-examinarem, para uns, mais pragmáticos, é sofrer o menos e gozar o mais possível.
Para outros é terem saúde, conseguirem os meios de sobrevivência necessários pelo trabalho e ambiente, e gerarem família com a qual possam ser felizes.
Para outros, o fim supremo é uma vida correcta, justa, bem vivida ética e consciencialmente, criativamente se possível.
Para outros é a salvação religiosa, cumprirem os preceitos, desenvolverem virtudes, receberem a graça e conseguirem assim na vida depois da morte serem e estarem abençoados.
Unio Mystica, por Bô Yin Râ |
Para outros é a realização espiritual ou divina, estas contudo podendo apresentar-se ou configurar-se de diferentes modos, conforme as tradições em que se foi iniciado, ou que se optou, neles se destacando algumas linhas: a do desprendimento e desapego, a do controle, renúncia ou mesmo aniquilação do ego, a do amor e devoção, a da gnose ou auto-conhecimento espiritual e realização espiritual, as da entrega a um mestre e seu caminho e, finalmente, as que valorizam mais a religação à Divindade, a comunhão ou união com Ela, esta variando também bastante desde o ser-se templo Dela, a amigo, a amante, e a mística cristã e indiana desenvolveram-na muito com Jesus Cristo e Krishna.
Há os mais simplificadores para os quais o mais importante é viver-se saudavelmente, generosamente, criativamente, com o máximo de paciência, amor, sabedoria e alegria.
Há ainda os muito abnegados para os quais o fim supremo das suas vidas é defenderem os mais fracos, desprotegidos, explorados ou os eco-sistemas ameaçados, contra a exploração, opressão, a injustiça, a violência infundada, a mentira, a calúnia, alinhando-se portanto com a visão dos Santos e Anjos guerreiros e justiceiros dos quais os denominados S. Jorge e Arcanjo Mikael se tornaram ícones.
S. Jorge, por Nicholas Roerich. |
Nestas décadas iniciais do séc. XXI, face ao incremento grande da informação, do barulho ou ruído, da corrupção, das tensões políticas mundiais à beira da 3ª grande Guerra assumida ou declarada, da inflação e crises monetárias, das pandemias e medidas opressivas de vacinação e controle, tudo se torna mais complexo e um fim que para alguns sempre foi muito importante, a liberdade e a libertação (na Índia e no Budismo muito importantes) torna-se muito difícil, já que a rede de obrigações opressivas que os Estados têm criado, ora mais ora menos, são bastante intrusivas, pelo que inegavelmente cada pessoa terá de equilibrar-se entre o que desejaria ser ou realizar e o que a sociedade lhe permite, embora certamente o mais importante, o foro interior, ainda vá relativamente escapando a tal controle, desde que uma pessoa esteja na sua casa ou ambiente e não se deixe influenciar ou sujeitar a opressões e manipulações, tais as que tanto escorrem mais ou menos descaradamente das televisões, e seus comentadores, internet e redes sociais, mas mesmo das outras pessoas já apanhadas ou coisificadas no que a CNN ou um político ou comentador semi-ignorante e vendido garantiu.
Anjo de resiliência, ou de justiça, por Nicholas Roerich |
Despertar da Alma, por Bô Yin Râ |
Devemos pois abraçar bem e cultivar o que vamos realizando de compreensões e visões ocorridas nas conversas convergentes, nas meditações, sonhos, ao acordarmos, no banho ou em outros momentos em que o espírito e o mundo espiritual sopram como querem sem que se saiba bem donde...
A Estrela do Espírito, por Bô Yin Râ, e tingimento meu. Aum... |
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