quarta-feira, 30 de julho de 2025

Donald Trump sanciona os países do BRICS e ameaça atacá-los para manter a hegemonia do dólar e do imperialismo norte-americano e sionista. O BRICS saberá resistir e florescer libertadoramente!

                                                     

As cobardes sanções e agora tarifas: como se os países não  pudessem ter acesso aos mercados e energias que necessitam...

 Uma notícia breve mas substancial da tão valiosa agência informativa russa Tass.com, da sua página na internet:

«WASHINGTON, 30 de Julho. /TASS/. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que acredita que os BRICS buscam contrariar os EUA e querem diminuir o estatuto do dólar como moeda de reserva mundial.
"Eles têm o BRICS, que é basicamente um grupo de países que são anti-Estados Unidos, e a Índia é membro disso, se você pode acreditar,"  disse 
ele aos repórteres na Casa Branca ao discutir as tarifas que quer impor à Índia.
Falando sobre os BRICS, afirmou ainda: "É um ataque ao dólar, e não vamos deixar ninguém atacar o
 dólar."
                                   
Donald Trump, com tais afirmações
que revelam a sua mentalidade dualista e superficial, violenta e arrogante,  a que acrescentou depois várias sanções e tarifas fortes contra Irão e Brasil,  lançou mais achas para a fogueira da guerra  directa ou indirecta com a Rússia, a China, e o Irão (e outros) que está a ser preparada desde há muito pelo pantanoso Deep State norte-americano sionizado, que sente no crescimento de uma economia livre entre os povos uma ameaça ao seu domínio opressivo. 

Aliás foi quando decorria no Brasil, a 6 e 7 de Julho, a XVII cúpula dos dez estados membros do BRICS (mas com 40 Estados participantes nas negociações) e que englobam 40% da população mundial, que Trump pareceu acordar para o perigo que eles representavam para a sua mente conflituosa ou algo paranóica, dizendo a 6 de Julho: «Quando ouvi falar desse grupo dos Brics, seis países [contou-os mal, ou manipuladoramente quis diminuir o número], basicamente, eu atingi-os muito, muito fortemente. E se eles algum dia realmente se formarem de uma maneira significativa, isso acabará muito rapidamente. Nunca podemos deixar ninguém jogar jogos connosco.» E horas depois acrescentava: «Qualquer país que se alinhar com as políticas anti-americanas do Brics será cobrado uma tarifa adicional de 10%. Não haverá excepções a esta política.» Que arrogância opressiva face a uma organização basicamente económica e respeitando o direito internacional e que não é anti-americana mas apenas multipolar, com paridade dos membros, e que se norteia pela boa vontade e o bem comum...
                                          
Sabemos poré
m, depois das bravatas com o Canadá e a Gronelândia, como os próprios aliados dos USA têm sido explorados por Donald Trump, mais recentemente e escandalosamente os países da NATO e da União Europeia, tornando este Presidente e no fundo os USA ainda mais detestados no Ocidente, quando já o eram para muita gente que sofreu com eles  e não está corrompida pelo petrodólar e o sionismo, como é caso de alguns países árabes.
                                         
Todavia, cada vez mais
possuído pelas forças do mal da hegemonia opressiva impune, Donald Trump, ao ter sido desmascarado quanto às aliciadoras promessas de acabar com os conflitos, ao afastar de junto de si, ou desvalorizar, algo oportunista ingrato, as pessoas que o levaram ao triunfo nas presidenciais, tais Elon Musk, Tucker Carlson e Tulsi Gabbard,  ao estar descoberto como um dos participantes das criminalidades sexuais da ilha de Epstein, com Bill Clinton, Bill Gates, Príncipe André (do Reino Unido), Ehud Barak (ex-1º ministro de Israel) e outros, ao deixar-se controlar pelo sionismo, aprovando e apoiando o diabólico regime genocida de Netanyahu, Donald Trump, dado a sua hubris, e pressionado por tantos warmongers, acaba por ter quase um só caminho: o de avançar contra tudo o que se opõe aos seus instintos primitivos de lucro a todo o custo e que o guindaram a milionário, ou o que se opõe à hegemonia unipolar e cruel do império sionista-americano. Encontrará porém resistências firmes e justas de alguns líderes e povos  que a História enaltecerá, tais como a Rússia, a China, o Irão, o Brasil e a Índia, cujos líderes, e em especial Lula e Medvedev, já responderam corajosamente às ameaças deste Julho quente de 2025...
                                                         
O tão egóico Donald Trump vai assim provocar mais sofrimento, com o aumento constante do custo da vida em todo o planeta decorrente das suas egoístas e absurdas sanções e tarifas, que chegam a ser de mais de 30, 50 ou 100%, querendo serem só eles os donos do acesso e comércio do petróleo e gás, com  Israel e os países árabes e ocidentais subjugados à prosperidade americana, cabendo aos restantes povos serem marginalizados, sancionados, roubados, explorados ou mesmo bombardeados e destruídos, o caso mais evidente tendo sido o da próspera e justa Líbia de Gaddafi, que os famigerados Obama e Hillary Clinton arrasaram.

 Lucrará o povo norte-americano, para além dos assalariados das fábricas de armamento que vão começar a trabalhar em força para os militares da Ucrânia e da Europa morrerem pelo império norte-americano e israelita, ou isso é uma gota de água no panorama das miséria e pobreza duma parte imensa da população norte-americana em contraste com os biliões que uns milhares de milionários detêm anti-socialmente, tanto mais que a inflação norte-americana tem crescido bastante pois as tarifas repercutem-se sempre nos preços dos bens?

Lucrará a economia mundial, a circulação harmoniosa dos bens, diminuindo a pobreza e o subdesenvolvimento dos povos, ou o que se pretende é manter a hegemonia e o controle sobre eles para os explorar impiedosamente e se for preciso criminalmente com todos o tipo de ameaças, pressões, assassinatos e golpes de estado?
                                                                 
Temos de constatar que tendo-se destruído crescentemente ou  por completo a credibilidade da ordem democrática ocidental, durante décadas considerada o modelo civilizacional e que nesta terceira década se desvenda como uma fraude, uma hipocrisia, como vemos no seu globalismo neo-liberal selvagem e infra-humanista bom apenas para os ricos e os que os servem, ou no regime genocida e urbanocida de Israel que era considerado como o mais democrático do Médio Oriente, uma falsidade agora desmascarada a céu aberto com o genocídio que praticam com requintes de crueldade extrema, com o apoio pleno dos USA e muito do Reino Unido sionizado de Keir Starmer ou do governo  semi-nazificado alemão de Ursula e Joachim Merz, que acabou agora de fornecer secretamente os mísseis Taurus ao regime de Kiev, com uma capacidade de penetração de 500 Km no interior da Rússia, sem dúvida o que será uma fonte de intensificação desta III grande Guerra ainda não declarada mas tão desejada pela direcção da União Europeia e os mais extremistas e nazis e sua comunicação social, entre nós tão baixa...
                                              
Se começarmos a reco
nhecer e admitir  que Donald Trump, por diversas pressões dos doadores e neo-cons, e chantagens israelitas, desviou-se do que prometera no processo eleitoral e está a ficar semi-possuído por tais grupos de pressão e entidades das trevas, do ódio, da violência, do mal, naturalmente interrogamo-nos: até onde poderá ir a sua megalomania mental, ou se conseguirá pará-la, num até silenciar algo da voz da consciência que ainda lhe possa chegar, ou terá de, para acalmar-se e dormir, usar de comprimidos e ir começando a aumentar a desagregação alzeimeriana?
                               
Quanto tempo aguentará a fazer bullying a tanto
s povos e governos, sem qualquer tipo de respeito, educação, diplomacia, mostrando bem a decadência a que desceu a violenta sociedade norte-americana, ainda que nas aparências, nutridas pelo dólar infinito, brilhe tão glamorosa pelos seus filmes, revistas, modas, festas, etc?
Tendo arrasado ou estuprado (caso de Ursula e
 do vampiro roto Rutte, o caixeiro viajante da propaganda militar, e farmacêutica pelos mortos e feridos que vai causar) quase todos os governantes que vai encontrando na sala oval da Casa Branca, que devia ser chamada Casa Vermelha pelo muito sangue que os sucessivos presidente norte-americanos e suas Administrações têm causado no mundo, o que sucederá quando se encontrará com a determinação do sábio e até religioso Vladimir Putin, tão  apoiado e amado pelo seu povo?
                                         
                                             Celebrações do Natal, em Moscovo, de 2023
Pensará que o atemorizará com o seu físic
o e cor de cabelo de jogador da luta livre norte-americana, ou perderá a sua arrogância e curvar-se-á à cordialidade que deve existir entre dois líderes mundiais que presumivelmente civilizados, prudentes, conscientes das consequência dos seus actos e procurando o bem comum dos seus cidadãos e povos, da Humanidade e da Terra num Cosmos regido pelo Logos?
                                            
A necessidade histórica justa de qu
e o dólar deixe de ser a moeda padrão ou de reserva da economia mundial é mais do que evidente: usaram mal e abusaram de tal poder, corromperam muitos governos e pessoas, levaram a morte e o sofrimento a biliões e continuam a ser manifestamente arrogantes nas suas sanções cobardes, e insensíveis às necessidades dos outros, ou cruéis e sádicos mesmo como se tem visto no modo como têm tratado inimigos, presos, ou então as crianças palestinianas abatidas nas bichas, ou que morrem à fome lentamente, nestes últimos dias tantas...
                             
O crescimento ou expansão da adesão
 de muitos povos ao  BRICS (40 delegações presentes na última cúpula no Rio de Janeiro) e a diminuição da opressão da arma do dólar na economia e na geo-estratégia mundial é  imperiosa para a melhoria da Humanidade pois o imperialismo americano-sionista e o globalismo neo-liberal são claramente uma vampirização que urge terminar, permitindo que os povos troquem os seus bens directamente nas suas moedas e sem necessidade de serem exploradas por todas as instituições económicas e monetárias mundiais, desde bolsas e acordos, que servem apenas para manter a hegemonia ocidental, a pobreza e a fragilidade das outras economias emergentes e que se desejam livres, prósperas e fraternas.
                                       
Por isto tudo só podemos orar ao
s santos, mestres, anjos e Divindade para que Trump desperte e se arrependa, ou então que seja mais um maldito, mais um zombie como já era Joe Biden, e que no seu caminho diabólico, tal como Zelensky e Netanyahu e de certo modo a Ursula von der ódio à Rússia, sejam derrotados, apeados e substituídos por seres humanos de coração e fraternidade.

                                            
E que as sanções ou guerras mais declaradas que provavelmente virão contra os valiosos líderes e povos do Irão, da Rússia, do  Yémen, do Brasil ou até da China lhes corram ao contrário, para vitória das forças do Bem, da Luz, do Amor e da multipolaridade fraterna e a ligação à Divindade, imanente e transcendente...

terça-feira, 29 de julho de 2025

Da meditação nos tempos actuais: métodos e linhas de força neste tempo de grande luta entre o Bem e o Mal...

                                            
 Cada meditação, ao longo de toda a vida, é única embora assente em ingredientes ou passos em parte comuns: o silêncio observador é fundamental e a respiração, que pode realizada em vários sentidos ou direcções ou modos. Depois, há nela as orações ou invocações e intenções que fazemos e que demoram mais ou menos tempo, ou seja, que tingem ou ocupam a nossa atenção, atraem energias, e geram estados de consciência, dando ou não sinais. resultados.

Podemos concentrar-nos no anjo, no mestre, no espírito, em Deus. Podemos tentar desenvolver o Amor, pela devoção ao mestre, ao anjo e sobretudo à Divindade, pelo seu nome que sentirmos mais, e deste modo podemos tanto erguer o santo graal intimo, como sermos acima das limitações da identificação corporal e projectados ou elevados no cosmos infinito pelo nosso corpo subtil e seus órgãos e capacidades. 
 Cada ser deve descobrir o que lhe é mais adequado para estabilizar as ondulações da sua mente, tão afectadas pelas vivências, informações e vibrações do quotidiano (e quão nocivíssima é a manipulação pela televisão), e conseguir gerar e sentir estados psíquicos úteis ou benéficos a si e ao universo, tais como paz, amor, aspiração, e na perseverança ou aprofundamento dessas linhas de força obter compreensões, intuições, visões, abrindo mais os órgãos subtis espirituais... 

As orações para as almas que já partiram, ou mesmo pedindo o encontro ou estabelecimento de ligações entre algumas que não se conheceram enquanto incarnadas na Terra, são também valiosas de serem introduzidas, ou de surgirem, nas nossas orações-meditações.

Nestes tempos de grande luta entre as forças e seres do bem e do mal, que incluem em si todos os seres, mesmo que estes desconheçam ou não queiram reconhecer o que é o mal: a falta de respeito pelos outros, o não aceitar o livre-arbítrio pacífico de cada ser, o exercer o ódio, a mentira, o roubo, a violência, a crueldade, o sadismo, o genocídio, importante é tentarmos vibrar, aprofundar, meditar, irradiar energias benéficas para as pessoas, regiões, povos que estejam mais sofrendo em conflitos, ou sejam vítimas das manipulações, o que se pode fazer ainda sentindo mais a aspiração à justiça e ao fim da crueldade e dos cruéis, e orando, mantrizando e criando artisticamente em tal intencionalidade luminosa....
Jesus Cristo abençoando o Estado da Palestina e Jerusalém como a capital das três religiões
A meditação no Bem e na Justiça visualiza o que deveria suceder de bom nesses locais e nega, varre ou dissolve as formas de pensamento dos mais violentos, fanáticos, ignorantes e genocidas, e pode utilizar ainda gestos, bênçãos, irradiações. E depois concretiza-se com um activismo nas redes sociais, ora em amor de partilha de conhecimentos de seres e povos valiosos, ora em esforço de participação nas manifestações públicas, nomeadamente pelo fim do alinhamento corrupto de políticos, partidos e governos e da sua submissão aos grupos de pressão mais assassinos da Humanidade.

A meditação liga a Terra e o Céu, mas para isso se realizar melhor as pessoas têm de se libertar mais da ignorância, do egoísmo e do ódio, os três inimigos principais da alma, por Fernando Pessoa muito glosados, e vibrar corajosamente em Sabedoria, Amor e Unidade, só assim se podendo religar a Humanidade multipolar com a Divindade imanente, fonte íntima do Bem, do Belo e da Verdade e que os antigos sábios pitagóricos e platónicos consideraram ser a trindade divina que deve ser incarnada e desenvolvida pelas mãos e pés, cabeças e corações humanos e suas famílias, grupos e povos.
 Trabalhemos pois criativamente  para realizar o pentagrama sagrado e a quadratura do círculo da Humanidade e da Divindade, em irradiação benéfica, iluminante, pacificante.

segunda-feira, 28 de julho de 2025

Entrevista a Daria Dugina Platonova, sobre o femininismo na Rússia e no Ocidente e seus contextos e linhas de força, por Tim Kirby. Maio de 2021. Tradução da versão francesa.

 Apresentamos um testemunho da jovem jornalista e filósofa mártir Daria Dugina (1992-2022), sobre a questão histórica do feminismo na Rússia e no Ocidente, sob a visão religiosa ou a laica, e como a polaridade existe no Universo e no ser humano não para ser  causa de competição invejosa ou opressão das potencialidades de cada um dos géneros mas sim fonte de amor,  fecundidade, criatividade e harmonia cósmico-divina, e para o desabrochar  de uma multipolaridade mundial antropológica, económica, cultural e espiritual  renovadora da Humanidade.  Nos seus livros (e em alguns artigos deste blogue) encontrará bastante mais do seu valioso pensamento,  intuições e linhas de força da Tradição Perene...
Tim Kirby [1]: A "bola" está realmente nas mãos dos russos, para nos mostrarem como será a família, como serão as relações entre homens e mulheres no século XXI... A Rússia vai aproveitar essa oportunidade ou simplesmente desperdiçá-la? Ora bem, vamos ver.... Mas para já o que podemos fazer é ouvir Daria Dugina Platonova, que é uma personalidade do feminismo Ortodoxo. Ela vai-nos falar sobre a verdadeira natureza do feminismo na Rússia. Senhora Platonova, de um modo geral, quais são as principais diferenças entre o feminismo na Rússia e no Ocidente?
Daria Platonova Dugina: Vejo  diferenças enormes, porque tudo depende do contexto. No Ocidente, há um processo de secularização, e  a religião está muito afastada do Estado, e portanto os problemas do feminismo não estão de forma alguma [em  geral, pois há países bastantes mais católicos]  ligados à problemática religiosa.

Tim Kirby: É importante saber que a Rússia não pratica a separação entre Igreja e Estado, mas sim a simbiose entre Igreja e Estado, onde as entidades permanecem separadas, mas trabalham muito frequentemente juntas — essa é uma nuance importante e uma grande diferença entre a Rússia e, digamos, os Estados Unidos da América. 
Daria Platonova: Na Rússia, assistimos a um fenómeno muito interessante onde o contexto ortodoxo influencia de certa forma o feminismo. Isso significa que todos os temas que são descritos de maneira geral no feminismo ocidental, como a luta pela igualdade e a luta pelos direitos, têm um outro grau na Rússia, porque a Rússia é mais tradicional e a influência da religião ortodoxa é forte nela. Estamos, portanto, diante de um fenómeno muito interessante no feminismo russo, que surgiu com Tatiana Goritcheva, e que se chama "feminismo cristão".
Tatiana Goritcheva, nasce em 1947
Tim Kirby: Tatiana Goritcheva converteu-se ao Cristianismo  Ortodoxo aos 26 anos, no auge da Guerra Fria e do comunismo na Rússia. Esteve em seguida na origem da ideia do feminismo ortodoxo e foi obrigada a sobreviver como dissidente no Ocidente nos anos 1980. Quando a oportunidade de retornar ao país surgiu nos anos 1990, ela voltou e ainda está ainda hoje cá, embora infelizmente, hajam muito poucos escritos sobre ela em inglês, como é sempre o caso com todas as coisas boas que vêm da Rússia.
Daria Platonova : Penso que isto é um caso merecedor de atenção. É muito interessante falar sobre isto no Ocidente, pois ninguém entende como é que a religião, que, segundo o feminismo ocidental, é um meio de instalar a dominação do homem sobre as mulheres, possa estar ligada ao feminismo, como é o caso aqui na Rússia.
Tim Kirby: Sim, é interessante, pois no Ocidente parece quase natural que o feminismo e o cristianismo estejam sempre opostos. Mas será que é realmente assim? Poderão talvez trabalhar juntos e encontrar um terreno comum?
Daria Platonova: Na verdade, a própria Tatiana Goritcheva observa que, no cristianismo, não há uma relação hierárquica entre a mulher e o homem, mas um diálogo. Ela cita a Bíblia e vê na Virgem Maria o verdadeiro protótipo da mulher, e afirma que não há hierarquia entre ela e Cristo. Ela o deu à luz, ele é seu filho. Não há desigualdade, há um equilíbrio. Existem dois mundos: o mundo da mulher e o mundo do homem. Em seguida, Tatiana Goritcheva faz uma análise das biografias de mulheres santas, destacando que muitas delas superaram uma grande guerra existencial e que esta é realmente similar ao caminho assumido e superado pelos homens santos. Ela afirma que o sofrimento das mulheres desempenha um papel particular na ortodoxia cristã e acredita que nela não pode haver um único mundo, o do homem com a mulher como uma redução desse mundo, mas dois mundos.
Tim Kirby: E aqui está o ponto-chave. Quando a sociedade ocidental passou da monarquia ao liberalismo, quem foram os primeiros a obter seus direitos? Os proprietários de terras, brancos! Eles eram os actores políticos e todo o resto do mundo era um não-actor, você sabe, um pouco como os menores que estão sob tutela hoje, ou, pior, os escravos. Mas com o passar do tempo, outros tipos de homens, outras etnias e os que não eram proprietários foram de certa forma admitidos na categoria dos homens actores políticos. O interessante que aconteceu foi que as mulheres quiseram ser levadas em conta pela lei, pela constituição, mas em vez de terem uma entidade distinta, foram empurradas para a categoria dos homens. O que é interessante é que, quando as mulheres conquistaram seus direitos, elas não os obtiveram passando do status de não-entidade para o de entidade feminina distinta dos homens e de valor igual, mas elas essencialmente se tornaram homens. É provavelmente aí que o feminismo tomou um rumo muito errado e é por isso que há tanto desejo entre as horríveis feministas de hoje de substituir os homens, de tomar o lugar dos homens ou simplesmente de se tornar homens. Considera isso pertinente?
                             
                                            Simone de Beauvoir (1908-1986)
Daria Platonova: Si
mone de Beauvoir diz que a mulher é outra, uma outra, ela é a figura de uma outra e essa outra é criada pelo mundo do homem, pelo que então as mulheres devem fazer uma revolução contra o mundo do homem. Simone de Beauvoir é a segunda onda do feminismo na história. Tatiana Goritcheva, por sua vez, observa que é fantástico que a mulher seja uma outra e que essa outra não tenha sido criada pelos homens, mas por Deus. E aí, ela observa que essa outra tem um outro mundo e não há nenhuma possibilidade de hierarquização entre o mundo dos homens e o das mulheres, pois esses mundos são diferentes. Aqui, o que Tatiana Goritcheva diz baseia-se na religião cristã: quando vão a Deus, o homem e a mulher são iguais. Mas eles não são iguais quando uma mulher tem os mesmos direitos que um homem, e um homem não é igual a uma mulher e não tem os mesmos direitos que uma mulher. Eles pertencem a dois mundos que não se cruzam, a dois mundos separados.
                                                       
Tim Kirby: É irónico constatar que o facto de homens e mulheres sejam de valor igual, mas de naturezas completamente diferentes, seja uma versão demasiado radical  do feminismo para a sociedade ocidental de hoje.
Daria Platonova: Esta ideia existe não apenas no feminismo cristão, mas também no feminismo não ligado à religião, e está amplamente presente no Ocidente.
Mas eis o ponto principal: o mundo das mulheres não tem nada em comum com o dos homens. Eles são diferentes. É muito paradoxal, pois a ideia é bastante evidente: nós somos realmente diferentes, mesmo ao nível da consciência, da psicologia ou da aparência física somos diferentes. Mas o problema é que o feminismo liberal, o feminismo que domina o Ocidente, se concentra na igualdade entre mulheres e homens, considerando que a igualdade real entre mulher e homem será atingida quando eles tiverem a mesma aparência psicológica e física, tal como a figura do andrógino.

Tim Kirby: A tendência actual para a androginia, forçando os homens a serem um pouco insípidos e passivos ao mesmo tempo que  elogia as mulheres que são dominantes fortes, realmente mergulhou a sociedade ocidental na confusão. É como se todos nós fôssemos peões quadradas inseridos à força em buracos redondos. Porque deveremos nós fazer isso e porque é que tal não acontece na Rússia, que está aberta às grandes tendências cool  [ou aparentemente certinhas, descontraídas] dos filmes de Hollywood? Porque é que a Rússia tem uma espécie de imunidade estranha?
 Daria Platonova: Bem, para a Rússia, é um caso muito interessante, porque quando olhamos como o feminismo se desenvolveu no mundo, vemos que na Rússia o voto das mulheres foi aceito logo em 1906, ou seja, no início do século XX, enquanto na França, isso só ocorreu em 1944. É uma situação incrível e isso significa que já vivemos no mundo feminista e que agora estamos passando para a nova estratégia desse feminismo cristão, o feminismo ortodoxo. Quanto à Rússia de hoje, a Rússia contemporânea, eu acho que ainda tentamos copiar o Ocidente. Nós ainda tentamos ser liberais como o Ocidente, mesmo que na geopolítica vejamos o desenvolvimento do início da multipolaridade, mas ainda estamos nesse mundo onde há a dominação dos homens e onde a mulher é uma espécie de uma outra criada por um homem. Portanto não acho que já tenhamos superado o feminismo liberal na Rússia. Penso simplesmente que estamos ainda no paradigma liberal. Mas devemos sempre entender que a Rússia estava na vanguarda do feminismo. Hoje, temos uma regressão desse liberalismo. Portanto, temos um feminismo soviético de vanguarda, como um cyborg, com a ideia da resistência real da mulher contra os liberais burgueses e contra a hegemonia totalitária, e estamos de certa forma diante de um discurso de modelo liberal, que está em regressão, e ao mesmo tempo diante desse feminismo cristão que nasce.
                                                             
Tim Kirby: Mas porque é que as próprias mulheres russas, sem mesmo qualquer coerção, escolhem voluntariamente rejeitar o feminismo?
Daria Platonova: Na verdade, eu acho que é por causa do contexto. Nós somos mais clássicos e as mulheres talvez tenham decidido salvar o patriarcado, talvez tenham começado a sentir que os homens estavam perdendo um pouco de terreno e decidiram salvar os valores do patriarcado. Talvez possa ser essa a explicação.
Ao mesmo tempo, o facto é que a Rússia era comunista mais no plano geopolítico do que em outro plano e não tenho certeza que possamos dizer que conhecemos o marxismo cultural. O Ocidente não sofre com o comunismo. Quando leio os meios de comunicação conservadores dos Estados Unidos, vejo muito discurso anti-comunista, mas, na realidade, eles não são anti-comunistas, mas opostos ao marxismo cultural. Tínhamos um comunismo que era principalmente económico. Mas a política cultural comunista, nós não a sofríamos, não tínhamos o foco no feminismo, nos direitos LGBTQ e em tudo o que vemos actualmente no Ocidente. O nosso comunismo era realmente diferente.
                                            
Tim Kirby: é interessante, mas então porque será que a Rússia, outrora nação marxista, parece estar a salvo dos efeitos da cultura marxista?
Daria Platonova: É possível que o comunismo nunca tenha podido existir na Rússia e que ele só pudesse florescer lá na forma de socialismo cristão. O que se passou foi que a nossa mentalidade não aceitou o com
unismo como ele fora concebido no Ocidente, e fizemos então uma pequena revisão. O fato é que, por enquanto, para os russos, é bastante interessante ver as feministas ciborgues que podem existir nos partidos comunistas ocidentais e que são a favor da destruição da mulher, enquanto nós não vemos o comunismo como a destruição das mulheres.
Tim Kirby: Em conclusão, existem diferenças fundamentais entre as mentalidades das mulheres ocidentais e das mulheres russas de hoje, diferenças nos desejos, esperanças, sonhos e opiniões políticas?
Daria Platonova: Eu só acho que não temos essa obsessão. Penso que gostamos do diálogo e da harmonia entre os homens e as mulheres. Pensamos que quando um homem nos ajuda na rua, para carregar algo, por exemplo uma mala pesada, isso não é uma forma de dominação sobre nós, é apenas uma ajuda e é normal. Isso significa que uma pessoa ajuda-nos dessa maneira e nós ajudamos os homens de outras maneiras.
                                                               
Se constituímos uma família, então criamos um equilíbrio psicológico, ajudamos com nossa "magia da cozinha", você sabe que existe esse tipo de magia; você pode até encontrar livros no Ocidente que falam da bruxa no jardim ou da bruxa na cozinha! Então, ajudamos de todas essas diferentes maneiras, e eu acho que na Rússia essa ideia de um diálogo entre os dois sexos, as mulheres e os homens, é amplamente aceita, enquanto no Ocidente, o diálogo entre o homem e a mulher é problemático, porque as mulheres no Ocidente pensam que se podem ser dominadas pelos homens, então elas serão dominadas por eles, e elas têm esse problema na cabeça, o que não cria um diálogo, mas uma guerra. O feminismo no Ocidente concentra-se na guerra contra os homens, enquanto o feminismo russo, como tal como eu e os meus amigos o vemos, concentra-se na felicidade da mulher.
As mulheres no Ocidente que lutam pelos seus direitos e sobre o modo de os obter não são felizes, porque vivem em um paradigma no qual não há diálogo, apenas uma guerra sem paragem. Tornam-se mulheres instrumentalizadas. O problema é que o Ocidente politizou o problema da mulher. O feminismo liberal está a tentar instrumentalizar as mulheres e apresentá-las como únicas, mas há várias mulheres. Se devemos criar um feminismo, precisamos de um feminismo multipolar, onde todas as mulheres de todos os países teriam o direito de se expressar. Penso que há um diálogo e uma guerra permanentes entre mulheres e homens, e não creio que seja necessário eliminá-los. Nesta guerra, os dois sexos se constroem. Portanto, se ganharmos esta guerra, isso significará que os dois sexos terão perdido, porque não haverá mais dinâmica. A vitória está no diálogo, de uma maneira suave como o tango. A dança do tango é um óptimo exemplo, porque por um lado é agressiva e por outro é uma história de amor. É um compromisso.
Estes mundos nunca serão os mesmos, pois a guerra entre um e outro não criará um mundo, mas destruirá os dois, como se passa no Ocidente. Quando a mulher luta contra o homem, ela destrói o homem, e no fim não haverá mais nem mulheres nem homens.»
                                                    
[1] O presente texto é uma transcrição abreviada e revista de uma entrevista em língua inglesa concedida a Tim Kirby para o canal do YouTube Tim Kirby Rússia, em maio de 2021.
[2] Dari Dugina Platonova faz aqui referência à lei de 1906 do Parlamento da Finlândia que concedia o direito de voto aos homens e às mulheres em que era então um território do Império Russo. O sufrágio universal foi instituído na Rússia como um todo pouco tempo depois da Revolução de 1917, dois anos antes dos Estados Unidos (nota do editor).
 Saibamos  prosseguir com coragem e criatividade o caminho do Amor Sabedoria que  Daria Dugina trilhou e aprofundou...

domingo, 27 de julho de 2025

Estrelas e medalhas, amuletos e bentos, desenhados amadoramente, espiritualmente...

 Medalhas e estrelas e amuletos e bentos desenhados em 26 e 27 de Julho, na alba, em contacto com eles e invocando-os luminosamente, para quem os quiser contemplar e assimilar. E, em gratidão, oferecido às almas mais afins ou queridas, na Terra ou nos mundos espirituais, tal a Sandra Pinheiro... Lux Dei!

Medita e torna a meditar, sem olhar aos frutos, perseverante, amante, controlando a mente e aspirando ao espírito.

Par le Coeur vivant, Pelo coração vivo e o amor entre nós, Par Amour entre nous





sábado, 26 de julho de 2025

Conseguirá à "Coligação dos Dispostos" provocar o confronto directo da NATO com a santa Rússia?



          Diz-se que o povo russo é dos que mais ama a sua mátria-pátria, e que é longa, extensa e gloriosa na sua história a tradição heróica, e mártir mesmo, como a I e a II grande guerra mais recentemente provaram e o actual conflito comfirma..

 Transcreve-se uma notícia da tão valiosa agência de informação russa,  Tass.com, com os nossos comentários entre colchetes [*..*]: «Moscovo, 26 de julho. /Tass/. A chamada «Coligação dos Dispostos» está a tomar medidas maníacas que podem levar a um confronto entre a Rússia e a NATO, afirmou Leonid Slutsky, presidente da Comissão de Assuntos Internacionais da Duma Estatal e líder do Partido Liberal Democrático russo, comentando a afirmação do primeiro-ministro polaco Donald Tusk de que a Rússia  está preparar-se para um conflito com a NATO que poderá acontecer antes de 2027.

Leonid Slutsky

«A “coligação dos dispostos” está a bater freneticamente o tambor de uma grande guerra. <...> As Forças Armadas russas estão em alerta máximo, mas não têm intenção de atacar a Polónia ou qualquer outro país da NATO. Estamos a defender as nossas fronteiras e a nossa segurança sem agressão externa. Ao contrário da NATO», escreveu Slutsky no Telegram.



A Coligação dos Dispostos, que se devia chamar tal como a fotografia transmite, a Coligação dos Vencidos, quatro deles algo cocainómanos.

Acrescentou ainda que o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o presidente francês, Emmanuel Macron, juntamente com outros «russofóbicos da Europa Ocidental», estão a alimentar a narrativa da «ameaça russa» para escalar o conflito na Ucrânia e minar os esforços para as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia realizadas em Istambul. 

[*Embora Zelensky e seus extremistas e banderitas não estejam também interessados, por orgulho de não quererem aceitar que foram derrotados e porque estão a receber muito dinheiro; e quem morre é o povo ucraniano, muito dele alistado à força e enviado para operações suicidas, sendo  já mais de um milhão os ucranianos mortos, talvez para gosto dos eugenistas do Fórum Económico Mundial*]

                                                        

De acordo com o líder do LDPR,  Partido Liberal Democrata da Rússiaa Ucrânia e os seus apoiantes europeus têm medo da paz. Os mitos anti-russos e as novas provocações resultam da cegueira deliberada da Europa em relação à corrupção e ao regime neonazi na Ucrânia, tudo em nome da preservação da hegemonia regional.

[*E hegemonia mundial, pois tal é a hubris do imperialismo norte-americano e ocidental através da NATO, uma das principais causadoras do conflito em  curso no leste russo da Ucrânia e que vai terminar provavelmente em breve com o afastamento de Zelensky e o reconhecimento do ressurgimento da Nova Rússia, com as terras libertadas pela operação especial: Kherson, Donbass, Zaporijia e Kherson, 

 Anote-se que a luta  a ser prolongada demasiadamente, como parecem querer a NATO e UE, além de Zelensky e os seus extremistas, e não tanto Trump que deu cinquenta dias aos russos para avançarem o que poderem, poderá vir a causar o alargamento da operação até  à histórica cidade portuária de Odessa.

                                       

O que poderemos então interrogar futurantemente: os fanáticos da desforra semi-nazi da União Europeia (tão alemã e de Ursula e Kallas), bem como da NATO do roto Rutte, sobre a Rússia conseguirão provocar os russos a contra-atacar (como   acontecera em 2022 entrando pelo território ucraniano embora de terras e gentes russas a serem chacinadas), e a bombardear  as tropas da NATO postas declaradamente na Ucrânia, ou até nos países adjacentes, para atacarem a Rússia? Pensarão que podem derrotar a Rússia, ou estão até indiferentes aos perigos nucleares, nos seus bunkers bem apetrechados?*]

                                   

Esperemos que o megalómano comediante, cocainómano e totalmente insensível à mortandade de cerca de um milhão e meio de ucranianos, Zelensky, seja apeado, com os seus mais extremistas, e que uma nova governação chegue a  acordos pacificantes, tanto mais que há um relativo desapoio dos republicanos norte-americanos à guerra, e que os movimentos de cidadania europeia estão mais activos contra o ódio à Rússia da direcção da União Europeia e da NATO. Por fim, cada vez mais é evidente o valor da liderança russa na tão desejada Humanidade multipolar e fraterna e já não sujeita à hegemonia unipolar ocidental liberal globalista infrahumanista.....  Pax. Lux, Amor....