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| Leonardo Coimbra (1883-1936) e Teixeira de Pascoaes |
Sabemos como o Saudosismo Panteísta foi uma das expressões escolhidas por Teixeira de Pascoaes para caracterizar o Génio Lusitano, enquanto feliz união entre o Espírito e a Matéria, entre Jesus e Pan e, como na época, após uma adesão de parte da intelectualidade portuguesa consubstanciada no envio de colaborações para revista Águia, os embates com António Sérgio e Raul Proença, as revistas lisboetas Orpheu e Seara Nova e o próprio afastamento de Fernando Pessoa (após uma aprovação entusiástica inicial do «transcendentalismo panteísta» de Pascoaes; embora no fim da sua vida, na Mensagem, se mostrasse tão impregnado de saudosismo messiânico), fizeram com que lentamente os eixos do Saudosismo e da Palavra-Verbo de Teixeira de Pascoaes se tornassem menos ouvidos e cultivados na cultura e sociedade portuguesa, cada vez mais pragmaticamente positivista-racionalista, seja de modo conservador seja socialista ou revolucionário, mas incapaz, à parte uns poucos que sempre consubstanciam a heterodoxia do ser livre ("homem sem partido" se disse de Pascoaes, como antes de Erasmo…), de alcançar o respeito e amor da Natureza, o abraço do mundo invisível, ou de inscrever no cubo da matéria o círculo do espírito divino, que tem o seu centro em toda a parte e a circunferência em parte alguma…
Face a obra tão fulgurante e vasta (embora desigual, dada uma certa verbosidade ainda mais presente em Guerra Junqueiro, mais discípulo de Victor Hugo), que hoje em dia terá apenas um ou outro conhecedor mais profundo (que eu conheça pessoalmente), tal o Manuel Ferreira Patrício (que aliás no Verão de 2021, tendo-o eu entrevistado, ou com ele dialogado ainda uns meses antes, conforme pode ver no Youtube, acabou por partir para o além) e o António Cândido Franco, entraremos em alguns dos seus livros, e ousaremos sondar certas forças valiosas de auto-conhecimento humano, telúrico e cósmico que o animavam.
Esta capacidade de tornarmos ou preservarmos a nossa voz, murmúrio, sussurro da natureza ou luz de estrela, em puro amor e cor, é um dos desafios contemporâneos, sobretudo para os que reflectem, escrevem, poetizam, meditam e silenciam e tentam não ser submergidos pelo aluvião da informação mental moderna digital, para tal Pascoaes guiando-nos não só com o exemplar distanciamento da "leviandade" citadina e a riqueza da sua vivência telúrica e leitura simbólica da vida, mas também recomendando à triste voz dos nossos lábios que se retempere na Natureza e seja ora rasteira e humilde, ora dotada de asas, «verbo ressuscitado, voz em brasa», pois há palavras «que representam as supremas cristalizações da alma universal» e é pela escrita, na abertura à Palavra, que as pessoas mais se conhecem e libertam. E assim, já no fim da sua vida, caracterizará mesmo a sua obra como revelação ou confissão.
Realidade bem profunda também em Pascoaes são as Sombras, título até de um conjunto de poemas publicado em 1907. Ao ouvirmos a Senhora da Noite considerar «sombra irradiante, tudo o que és em espírito e em desejo», compreendemos que o mar das forças anímicas de Pascoaes era tão grande, e tão nutrido pela Natureza, o Marão e o culto dos simples, dos heróis e dos poetas, acerca dos quais afirma magistralmente «entre a Humanidade e a Divindade existe aquela região em que habitam os Heróis e os Poetas. São eles que forçam as portas do Cárcere onde o demónio aprisiona as almas divinas», in Os Poetas Lusíadas, (um dos seus melhores livros), que não podia deixar de transbordar e investir ou impressionar comovidamente tudo o que rodeava.
Este recado de olhar com amor, com imaginação fecunda e santificante, de transformar ou comover seja as partículas da matéria, seja as partículas e ondas quânticas e energéticas, seja as consciências que se ocultam por detrás ou dentro das formas, faz hoje parte da grande dança do conhecimento moderno, com contributos valiosos a estimularem-nos, como os da física quântica com a sua interpenetração do observador e o observado, os da inteligência emocional das neurociências ou ainda os dos mestres espirituais que, na linha de uma sabedoria perene de que Orfeu foi um dos primeiros avatares conhecidos, afirmam como a Palavra, Verbo, ou Sermo (tal como Erasmo traduzia a palavra grega Logos, nomeadamente no prólogo do Evangelho de S. João), é mágica, criativa e divina, e logo a exercem bem na cogitação, na fala e na escrita.
| Desiderio Erasmo, 1466-1536. Sancte, Ora pro nobis |
São pois a metanóia ou conversão das consciências e a transfiguração constante “auroral” os caminhos apontados para o Regresso ao Paraíso (título de uma das suas obras mais apreciadas) ao "saudoso" estado Primordial, presente ou melhor referido em várias Tradições, e que é imaginado panteisticamente como captável por aquelas «Nereides, junto às águas que murmuram,/ Inclinam suas frontes pensativas;/ E seus olhos extáticos procuram/ Idades d’ Oiro, as Eras Primitivas…».
Esta vivência amorosa e contemplativa, constatada também frequentemente por Teixeira de Pascoaes nas oraculares Sibilas, é mais sensível e transmissível pela «ternura espiritual que aflui/ À flor da minha voz… silêncio em flor…» e perpassa o poeta, o diálogo e a nossa sábia utilização da Palavra, pelo que devemos trabalhar sem desânimos numa Europa tão centrifugada, tão manipulada, tão a ficar escravizada, de modo a que saibamos seja discernir na voz o que vai de verdade ou mentira ( observar tal nos comentadores e políticos é bom exercício) , seja a proferi-la de forma amorosa, instrutora, curativa e libertadora, algo tão necessário nos nossos dias de "aterrorização" e de lavagem ao cérebro que lideres e locutores exercem satisfeitos da sua importância e aparência, pedestal e autoridade. Temos de ter os nossos mantras e tempos de antena interior, para contrabalançarmos os slogans e as propagandas daninhas com que eles, algo viciadamente e bem pagos para enganarem e manipularem, afectam ou infestam os ares, tímpanos, almas e discernimento...
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| Agostinho da Silva (1906-1994). Muita luz e amor na sua alma! |
Poderemos realçar que na expressão “o nosso Fantasma”, mais do que uma entidade imaginativo-saudosa gerada por nós nos outros (e seria interessante discernir nas amizades tais intencionalidades de reprodução mnemónica imortalizantes, como por exemplo, momentos de criação a dois de pontes para a eternidade…), deveríamos conseguir ver o nosso ser em corpo espiritual, em interacção graças à ligação das almas e o qual se pode tornar presença viva e perfeita, se existir mesmo essa intensidade de amor entre dois seres a qual acontece subitamente em certos momentos de devoção-lembrança-esperança-comunhão.
Bem mais discutível será o parágrafo seguinte: «Uma Criatura não pode criar a sua própria forma anímica, porque a força que opera a transformação misteriosa da matéria em espírito, é o amor; e o nosso amor só se torna fecundo, quando incide sobre as outras criaturas que se eternizam em nós. De resto, o ser animal é um meio e não um fim. O homem cria espírito, mas não é o espírito».
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| Pintura de Bô Yin Râ |
Neste sentido é bem mais correcto dizer-se que o homem ou a mulher é um espírito e que deve criar a manifestação plena do Espírito em si, o que aliás perpassa ocultamente na nossa tradição no culto do sempre enigmático ou arcânico do Espírito Santo, que em geral fica apenas no exterior e em crenças e costumes festivos, embora a solidariedade fraterna sentida e manifestada toque ou possa tocar sensivelmente várias dimensões das pessoas...
No parágrafo final temos uma daquelas afirmações fulgurantes de Teixeira de Pascoaes: «”Onde quer que estejais reunidos em meu nome, eu serei convosco”, disse Jesus, referindo-se à sua presença de saudade…»
Este dito profundo do mestre Jesus, que muita tinta criativa fez correr e que normalmente é interpretado no sentido de confessar-se a crença na sua presença ressuscitada, ou, por vezes, mais intimamente, como a auto-consciencialização que os discípulos conseguem do estado de ungimento ou de ligação Divina alcançado por Jesus e que eles actualizam então em certo grau, é interpretado valiosamente por Pascoaes como núpcias da alma humana com o que, pelo amor saudoso, se imortaliza em nós como: ser, presença, ou mesmo sopro e corrente viva, seja de Jesus seja de um ser mais normal ou não tão iluminado espiritualmente ou mesmo ligado divinamente.
Talvez acrescentemos que a corrente ígnea do desejo-esperança faz com que as distâncias do tempo e do espaço diminuam e em certos casos sejam abolidas, e se entre numa dimensão mais elevada, e que o Mestre possa surgir enquanto princípio e energia divina e aperfeiçoadora nos discípulos. E que nos cenáculos, grupos e conversas presenciais ou virtuais (ou mesmo na relação escritor-leitor), em que é a consciência ou a abertura à verdade a presidir ou a circular, então o Logos, o Cristo, a Inteligência Sabedoria divina (ou «essa nuvem de emoção que envolve e trespassa o Cosmos», no dizer pascoalino), tão bem manifestada em Jesus, torna-se mais presente ou animante.
Eis linhas de força que cada um de nós, ou em pequenos grupos, deve aprofundar e vivenciar, contribuindo para uma melhor epifania ou descida do espírito e da sua universalidade, bem como para um ressurgimento da grande Alma Portuguesa, à qual Teixeira Pascoaes (tal como depois Agostinho da Silva) associa o génio aventureiro, com a sua capacidade de iniciativa, e o temperamento messiânico, enquanto confiança num destino superior.
Aqui, a sincronia ou mesmo uma certa anterioridade de Pascoaes em relação a Fernando Pessoa (este mesmo assim desde 1912 colaborando com os seus proféticos artigos na revista Águia) é evidente, tanto mais que Fernando Pessoa reconheceu em alguns apontamentos soltos, sobretudo com afirmações que no séc. XXI se pensariam ser dele mas que provém de Teixeira de Pascoaes: nessa busca do «Atlântico etéreo além do qual existe uma outra Índia…» e, «rasgando o nevoeiro da manhã sebastianista», a tristeza, a lembrança do Passado, iluminada de Esperança, prometendo a nova Era Lusitana…
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| Natália Correia (1923-1993) Muita luz e amor na sua alma! |
Só que esta potencialidade criadora individual ou nacional, hoje bastante sepultada pela União Europeia e o globalismo desequilibrado, anti-natural, uniformizador, massificante ou escravizante que domina os meios de comunicação e os governos, para existir razoavelmente ou minimamente implica sempre e cada vez mais o trabalho iluminativo, gnóstico, de auto-conhecimento que Pascoaes realça bem (como aliás Fernando Pessoa), considerando-o mesmo, na linha de um dos últimos mestres português, Antero de Quental, como "trabalho para a nova geração":
| Antero de Quental (1842-1891). Muita Luz e Amor em si! |
«Dar à Pátria portuguesa a consciência do seu ser espiritual, é dar mais relevo, nitidez e vida à sua presença entre outras nações e prepará-las, sobre tudo, para o cumprimento de um alto destino.
«Nosce te ipsum, diziam os latinos, referindo-se ao homem; a mesma frase se deve aplicar à vida colectiva de um Povo. A criatura que se não conhece, procede sempre ao acaso; o seu labor hesitante; os seus passos vacilam sobre a terra; os seus gestos não se imprimem no ar; as suas atitudes não se desenham e a sua alma é incaracterística, amorfa, trabalhada em névoa.
«É preciso, antes de tudo, que o País se conheça, para saber quem é e o que deseja.
«Eis o trabalho da nova geração, cujo aparecimento corresponde à renascença espiritual da Raça [leia-se hoje povo ou nação]. Atravessamos um período genésico, de criação anímica, a que há-de suceder fatalmente um período de realidades fecundas.»
Se é verdade que algumas ideias-forças de Teixeira de Pascoaes, dependentes da época, tal como "raça", hoje posta de parte, ou mesmo "saudosismo", tinham limitações e perigos em si, e logo pouca eficácia, «para embebedar a nação desse sonho», por exemplo, dum V. Império, como afirmou Fernando Pessoa, um ano antes de morrer, ao jornalista Augusto Costa, no seu Inquérito Literário, todavia, resistirmos a um globalismo uniformizador e aspirarmos aos níveis espirituais a partir dos nossos psicomorfismos, ou linhas de força próprios ou tradicionais, é bem importante face à perda de referências passadas para que tendem, e provavelmente intencionalmente, a informação e a desinformação dos meios de comunicação e de muitos dos agentes das plataformas digitais.
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| Fernando Pessoa (1888-1935) e Augusto Costa. Muita luz e amor nas suas almas! |
«A Saudade é a essência do Cosmos, o Fiat, o Verbo, a Alma do mundo, a forma lusitana da Criação, para me servir de uma bela frase de Leonardo Coimbra.
«É por simpatia cósmica que a nossa alma transborda de nós, inundando de amor as coisas mortas que ficam a viver». E até talvez possamos dizer de que não há coisas mortas, tudo está interligado numa dança das partículas e da informação e até da misteriosa consciência…
Tendo eu realçado a necessidade da passagem do paradigma competitivo das religiões para o da convergência, em várias ocasiões, tal como no nº 3 da Nova Águia, constato que que a unidade intuída ou buscada de uma Religião Universal, que teve alguns afloramentos mais visíveis (tal o da época de Alexandria, ou na Índia a tentativa do imperador mogol Akbar, ou mais modernamente e levemente na harmonia das religiões de Ramakrishna), perpassa também forte em Pascoaes (e virá a desenvolver-se mais em Agostinho da Silva), o qual tece no Génio Português considerações e antevisões dignas de serem aprofundadas e escutadas como a voz de um dos vates da Tradição Espiritual Portuguesa falando à Europa, e com uma actualidade tremenda face à organização União Europeia, cada vez mais materialista, artificializada, hipócrita e vendida a infrahumanismos opressivos, disfarçados sob o slogan de uma Nova Ordem mundial transhumanista, e que no fundo é anti-natural, anti- tradicional, anti-divina:
A palavra Religião, como se vê, toma novo sentido. O Paganismo, o Judaísmo, o Cristianismo e as suas variantes, afastam-se, envoltos já na névoa do Passado, da concepção religiosa contida no Saudosismo».
Mas esta clarividência da desvalorização das religiões antigas ou mesmo do Jeová que definha, não corresponde apenas a uma valorização do Saudosismo mas também à consciência e vivência da unidade evolutiva do género humano e planetário, o que, se bem estudado, aprofundado e vivido (e quão insuficientes são ainda as aulas de moral ou as de educação cívica ecuménicas e universalistas…), evitaria muitas das causas dos conflitos e guerras, crises e sofrimentos da humanidade:
«A atitude de uma alma perante outra alma, é sempre religiosa, embora pareçam hostis os corpos que as separam. As palavras que se dizem, são orações, os beijos que se trocam, são estrelas… É que se reconhecem umas nas outras, como duas Aparições da mesma figura.
«Compete ao progresso moral, fomentado pelo verdadeiro sentimento religioso, revelar, exteriorizar, cada vez mais, esse íntimo e divino estado das almas.»…
| Sant'Anna Dionísio, Jaime Cortesão e Teixeira de Pascoaes. Lux! |
E tais transformações anímicas, portuguesas e europeias, para Teixeira de Pascoaes, teriam de ser acompanhadas de uma consciencialização espiritual, admitindo mesmo algo ingenuamente que um novo Ungido, um novo Messias ou Cristo surgisse para liderar como mestre tal processo purificador e iluminativo, e que exigia uma metanóia ou conversão dos humanos, de modo a se desprenderem e deixarem o pensar dualista e conflituoso e passarem a viver menos sectariamente e mais fraterna e integradamente no Todo:
«Sente-se, na verdade, que o espírito humano está desejoso de se libertar do cárcere estreito, escuro, asfixiante, em que o materialismo o enclausurou. A alma entorpecida reanima-se. Somos à beira de uma novo período genésico que vai dar ao mundo uma nova fisionomia.
«Eu creio que as forças a operarem a próxima transformação do mundo serão religiosas, de natureza espiritual, talvez reencarnadas num novo Cristo. Se esta transformação fosse efectuada pelas forças da matéria, teríamos sempre as más paixões, os brutos instintos, o feroz egoísmo a dominar.
«É preciso que o poder, mudando de mãos, se transcendentalize. A Humanidade nada lucraria em que a Justiça mudasse apenas de local, passando do primeiro andar para o rés do chão.
«É essencial que ela exista em todos os andares.
«Felizmente, o renascimento religioso é inegável. Encontra-se bem claro, não só na obra de Édouard Schuré, como nas obras dos modernos Filósofos, William James, [Rudolf] Steiner, [Henry] Bergson, [Emille] Boutroux, etc., e ainda no progresso das várias sociedades esotéricas espalhadas.
Estas sociedades são também um dos sinais dos tempos. Correspondem, nos dias de hoje, às antigas associações filosóficas da Palestina e do norte de África, entre as quais se contava a dos essénios, donde saiu Jesus Cristo…».
Atento observador dos sinais que anunciavam ou testemunhavam a rotura dos paradigmas materialistas ou dogmáticos exclusivistas, o crescimento tremendo da procura da verdade, o desabrochamento de uma gnose ou espiritualidade livre e o desenvolvimento imparável da tecnologia (de que foi um pioneiro no uso do automóvel, como relata no seu trepidante livro A Beira (num relâmpago), certamente com todas as limitações que a primeira metade do século XX herdara do XIX e dos seus ocultistas mistificadores e que levaram-no a considerar ter Jesus Cristo saído da seita essénia, provavelmente influenciado pelo seu amigo Édouard Schuré (1841-1929), Teixeira de Pascoaes era um optimista quanto a uma nova Era numinosa, para a qual contribuiria o renascimento da espiritualidade portuguesa, ou a força da saudade divina:
«Uma nova escada de Jacob prende a terra ao céu. A Divindade volta a estar em correspondência directa com criatura humana.»
«Salvamo-nos em esperança ou em lembrança, que a lembrança também incide sobre o futuro na poesia camoniana. E que é a lembrança incidindo sobre o passado e o futuro? É a alma lusíada, a Saudade».
Perguntemos por fim, de coração, como poderemos nós orar e meditar algo no veio da saudade-esperança e de Pascoaes? Talvez entrando na nossa alma e, sob o subtil espírito irradiante, no íntimo, e sentirmos silenciosa e em aspiração algo que poderemos exprimir orando: - “Oh Divindade, Oh Espírito primordial, Oh Fonte Divina, sede por nós mais conciencializada e manifestada”, assim nos abrindo uma maior sintonização e religação amorosa e logo beatífica com o mundo Espiritual e a Divindade.









