segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Ensinamentos sobre os cavaleiros e cavaleiras ou fiéis do Amor e do santo Graal.

                                                        

I - É uma fonte montanhosa o coração do ser no caminho espiritual e, embora não se veja, ao aproximar-nos saboreamos inesperada e inconscientemente a sua frescura, limpidez e cores luminosas e radiantes.
Não podemos abrir ou encostar muito o peito pois o sentimento ou líquido que brota é tão saboroso e puro que se sente ameno, quase quente e logo nos torna alma ardente. Fala-se então da água transformada em vinho ou néctar...
Os místicos do Amor comunicam fortemente pela proximidade corporal, de olhar ou de voz mas também conseguem sentir e comunicar nas brisas e nas linguagem dos pássaros, atravessando extensas regiões ou distâncias graças à chama unitiva que arde neles e os liga.
A qualquer momento, dadas certas condições, o cavaleiro ou cavaleira do Amor pode comungar interiormente no cálice, e  comunicar com os que vibram na mesma frequência de aspirações, intenções, pensamentos e sentimentos, certamente com mais ou menos consciência conforme o seu grau de despertar espiritual.
O nosso coração é um fogo mesmo na noite escura, mesmo nas épocas de pandemias ou desânimos. Só temos de nos aproximarmos dele e fazermos sair as neblinas de dúvidas e medos pela fé, a vontade de sermos o espírito e o fogo de amor que está em nós...

II - Os seres raramente se vêem e sentem como templos da Divindade, e mesmo as pessoas que amam ou se amam pouco realizam tal sacralidade de si mesmos. Cada encontro devia ser uma celebração, um culto, um despertar intensificado, mas pouca gente está atenta e aspira a tal...

Diariamente pelos nossos esforços e meditações, sentimentos e vivências vamos purificando o nosso interior anímico e configurando a nossa alma subtilmente, ora como templo, ora santuário ou graal, e em certos momentos realiza-se mais a religação...

O Graal é um símbolo do coração espiritual, tornado cálice de amor, cálice de aspiração, cálice de comunhão.

Os seres que querem pertencer à cavalaria do santo Graal devem estar conscientes de que é uma grande obra manterem o cálice do seu coração ardente de amor, no meio do dia a dia e de todas as suas tarefas e dificuldades. Por isso evitam ou cortam mesmo com televisões e noticiários, ou pessoas noticiaristas... 

Face a tanta agitação dos eteres e particulas anímicas devem desabrochar ou dedilhar no seu peito com frequência apelos, orações, afirmações e cantos  espirituais e musicais, com os quais se fortificam, elevam, invcam, ajudam, comungam e emanam.

Não são necessárias muitas palavras, uma, duas, três, ou poucas mais,  e bastam para constituir uma oração ou um mantra capaz de harmonizar e acalmara as vagas das energias anímicas e dos pensamentos, os astais negativos e para estabelecer um ritmo que se torna ponte para o nosso corpo espiritual e as ligações a que ele aspira ou pode receber.

   III - A cavalaria do Amor é uma arte de esculpir a alma, tão rica quão dispersável,  e de ligá-la ao espírito, aos mestres, anjos, ao arcanjo de Portugal e à Divindade, e que pela sua dificuldade exige perseverança, fidelidade, e por isso se chamam também aos seus pares  Fiéis do Amor. 

Ser-se fiel ao Amor não é fácil nos nossos dias em que por tantos motivos vemos vacilarem tantos valores éticos e conviviais da sociedade humana, em que tanto grassa a ignorância, a insensibilidade, a corrupção, o salve-se quem puder... Sabermos ser tanto justos como amorosos é a grande obra...

O Amor é então um fogo de esperança na noite escura e que precisa de ser soprado, cultivado, interiormente, perseverantemente, para que o nosso relacionamente social seja também banhado pelos raios de Amor que desentranhamos para vencer as dificuldades, sofrimentos e obscuridades que nos rodeiam.

Podemos concluir consciencializando-nos mais que  o fogo do Amor Divino é a vibração vivenciada ou a vivenciar mais importante dos seres que fazem parte da demanda  do santo Graal, ou mesmo da sua cavalaria e certamente do seu sacerdócio, os Mestres...

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