quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O caminho até à Gruta do Índio, em Santa Cruz do Sul

Partir de manhã cedo do Hotel Charrua, em Santa Cruz do Sulonde estive bem hospedado para I Simpósio internacional de Literatura, Comunicação e Mídia, realizado na Universidade, e rumo à floresta que alberga a grande Gruta do Índio. 19/8/2015
Flores e pisco cantam o fogo do Amor Divino
Uma árvore bem desenvolvida num jardim do Caminho
Tronco e raizes que querem sustentar, andar, voar, tal com nós que devemos trabalhar mas também aspirar e elevar-nos
Perfume tão delicioso o que emana desta árvore e dulcifica o ambiente e as almas que o inalam...
Orquídeas que brotam subitamente de um tronco e quereriam ser oferecidas por ti...
Uma espécie de Pisco, maior e mais rápido. Evolução das espécies. E a humana, e a nossa? Pelo coração mais aberto e a mente mais expandida...
Aves lembrando-nos que quem canta seus males espanta, e que a Palavra ou Verbo são bem poderosos e responsáveis
Da minha seiva cortada brotou sangue em cogumelo que parece tanto chaga como lábio e beijo
Trasmutações subtis: Não há morte plena mas sempre metamorfose...
Na curva da estrada, um belissimo Ipé que se deixa admirar, um bafo quente de amor que enche a rua e acelenta o entusiasmo da alma
Voa, voa e leva à alma mais amada a alegria e a aspiração pura da Unidade

Rituais subtis, templos secretos, perpassam potencialmente
Eis-nos por fim chegados ao parque da Gruta do Índio..
Árvores tão enlaçadas que até parecem protegidas, tal como no Japão se faz...
Enlaçes profundos e duradouros podem gerar mais saúde, amor e força...
Águas e repressas harmonizam e dulcificam almas e vida...
Voos razantes aos reflexos transparentes
Passou, passou, para além da ponte e entrou na outra margem...

Da floresta bordejante do riacho, das veredas nossas luminosas
Seres que falam por gestos e formas...
O Caminho faz-se caminhando, isto é, com firmeza e auto-consciência, sempre ligando a terra e o céu.
Um Torii ou pórtico-portal no meio da trilha, sinaliza para mudarmos de caminho
Cipós serpentinos enlaçados aos troncos axiais, ou da circulção lenta mas segura
Anjo, deva, fada, árvore mestra, quem quer que seja que por aqui habita alma nobre e bela é...
Here the first Kami tree and being has appeared..
Um dos mais belos seres da mata da Gruta do Índio em Santa Cruz do Sul num desvio da trilha que me levaria ainda a outra árvore mestra e à Gruta do Índio.
Deva ou Espírito sorridente, que nos faz sorrir...
Avança alegre e destemidamente, ligado a Deus pela aspiração do coração...


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

As nuvens belas da Universidade de Santa Cruz do Sul

Uma frente compósita de grande beleza e intensidade interior
Céu oriental com multiplos níveis heremenéuticos

Ex Oriens Lux
Chama vertical, qual asa de grande Anjo ou Deva



O quadrante ocidental onde o Sol descia

Quadrante norte...



Seriam Anjos, Devas ou Espíritos da Natureza ou mesmo o próprio Turner que modelavam e coloriam as nuvens?



Vera, além de poetisa e professora em Perúgia, é também uma amante da nuvens












Apresentação de livros num bungalow seguido de degustação de Cucas. As professoras Eunice, uma das organizadoras e a quem agradeço muito o convite, e Vera, da Universidade de Perúgia...
Aspectos do magnífico campus universitário, com uma das mestrandas ou doutorandas que deram muita alma futurante ao ao excelente Simpósio de Literatura, Linguagem e Mídia, não só nos cursos e palestras como nas suas comunicações e debates delas, a que assisti e dialoguei luminosamente

Tal como a palmeira sejamos seres que ligama harmoniosamente a Terra e o Céu, a Humanidade e a Divindade, isto é com a as melhores qualidades do Universo: o Amor e a Sabedoria, a Justiça e a Comunhão...
Por fim, Dona Luna, qual barquinha de Isis no céu anilado brasileiro., abençoando-nos: Crescei...
   
 Link para um vídeo:    https://youtu.be/oPTN-DESXP8

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Livro do Sossego Clarificante, 3. Do som transpessoal e da árvore axial

Sabermos no meio de múltiplas actividades em que nos envolvemos sossegarmos a agitação mental e usufruirmos da paz profunda da alma espiritual não é fácil, tanto mais que muitas vezes além da actividade mental e das preocupações do futuro, o ruído nos envolve e mesmo uma boa música pode estar-nos a projectar demasiado para fora do nosso próprio som interior, cuja audição, mais ou menos atenta e prolongada, é ainda um dos mais directos meios de nos ordenarmos e harmonizarmos, de nos recentrarmos e elevarmo-nos ao campo unificado de energia-consciência em que temos o nosso ser ora íntimo ora transpessoal.
E se fecharmos os olhos, então vemos mais claro todos os múltiplos fios que ora saiem ora chegam até nós e podemos então, calmamente, respiratoriamente, consciencializá-los, clarificá-los e ir mais além deles
E então ao concentrarmo-nos mais no olho espiritual, na sua direcção natural de aspiração ao alto, podemos ser agradavelmente surpreendidos com uma visão ou vista desafogada e luminosa, a qual permite ao coração ser mais sentido, ou mesmo adentrado, por nós...
E como é nele e dele que brota o Amor e o Divino, sossegamos, aumentamos a irradiação luminosa na nossa aura e assim dissolvemos sombras de algumas precupações ou indecisões e estaremos prontos a agir sábia e corajosamente...
Adentrar-nos no coração, uma palavra tão prenha ou rica de significações, é então sinónimo da difícil arte da interiorização, a que nos leva até ao centro de nós próprios, à pulsação rítmica e desabrochamento da nossa especificade e à desvendação do Graal da nossa aspiração.
Certamente que nestes níveis não estamos apenas só, pois facilmente o coração pode-se abrir ou estender horizontalmente e comungar com os que amamos ou nos amam mais.
No meio do dia a dia, enovoado, fatigante ou dispersante, estes momentos de recolhimento axializante são  certamente uma fonte de sossego clarificante, uma audição a ser retomada, uma graça a ser cultivada, partilhada, aprofundada,  sentida então mesmo como um antídoto ao stress do quotidiano e das suas crises forjadas pelo Sistema para fazer diminuir o despertar mais radioso da Humanidade...
Não nos deixemos então manipular e ficar nos baixios da vida. Corajosamente, subamos a árvore da vida, eixo dos mundos, escapemos da inconsciência em que tanta gente dorme ou sonha as imagens que os media lhes põem nas cabecinhas, e desfrutemos por fim da vista desafogada, das brisas do Oriente íntimo...

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Livro do Sossego Clarificante, 2º texto. A consciência das horas nos sinos. É a hora!

As badaladas sonoras dos sinos, mesmo elas, adquirem consciência, ou seja, forma-se nelas ou sobre elas o seu sentido e mensagem e mesmo antes de terminarem já nos anunciaram a hora. É como se as badaladas das sete horas estivessem a dizer mesmo logo na primeira delas que são sete horas. Assim, ao ouvirmos o sino começar a tocar podemos ouvir e logo adivinhar a mensagem da hora que é. Por isso aqui e acolá foi muito realçado este dito: É a Hora, apelando-se a sabermos participar na mensagem da hora ou momento, pessoal, nacional, internacional, axial, vertical...
São os sons badalados, é a maquinaria, são as energias psico-magnéticas, é o percurso invisível entre a torre sineira e a minha casa que está cheio do conhecimento, ou sou apenas eu que sentindo o percurso do Sol no ar acerto na tentativa de saber a hora, abrindo o meu sentido interior e intuindo o resultado do que se está ainda a formar no ar e na minha mente-consciência, e que uma funda memória neuronal e anímica tem já sulcada em si?
Há uma consciência particular em tudo, desde o objecto dito inanimado aos olhos físicos até à estrela ou planeta distante só aos grandes telescópios visível? 
Há sobretudo um campo de consciência universal que subjaz os universos e galáxias na sua constituição energética de partículas e ao qual temos algum acesso propiciador de comunicações suprafísicas e intuitivas?
Em cada dia, a cada nova hora badalada, a minha alma estende-se pelo campo psico-energético que nos envolve, capta mensagens, projecta-se no Cosmos e, com uma gratidão imensa por estar viva, concentra-se e desabrocha mais no meu peito como uma chama de amor-sabedoria que, através do espaço e do tempo geopsíquico, voa quer a uma destinação particular quer até ao Sol e ao Sol dos Sóis, a Divindade, invocando-a também.
A badalada é então uma, curta, um quarto de hora, uma divisão quaternária do tempo, e diz-nos do instante único em que vivemos e temos o nosso ser, numa ardência imensa, grata e unitiva.
É a Hora. 
Ama, Sê.