terça-feira, 14 de outubro de 2014

Das livrarias e das últimas inundações lisboetas que mataram muitos livros. 13/10/2014


OS SINAIS APOCALíPTICOS DOS LIVROS E DAS LIVRARIAS AS ÚLTIMAS INUNDAÇÕES LISBOETAS TAMBÉM MATARAM...
Foi a 13 de Outubro de 2014 que mais uma chuvada se abateu por algumas curtas mas intensas horas não em Fátima mas em Lisboa, o suficiente para lançar o caos no trânsito e na vida das pessoas... Nada que não se esperasse, dado o seu acontecimento quase já crónico ultimamente, ao qual se acrescenta a passividade e a grande capacidade de sacrifício ou de amochamento dos lisboetas, que tudo aguentam sem nada fazer e pouco protestar ou votar...
Não morreram pessoas nem animais, pelo menos de porte maior pois dos outros não reza a história, mas os danos colaterais foram grandes, sobretudo na Cultura, com a morte de centenas de livros desfeitos em água e talvez desfazendo algumas partes das almas em lágrimas...
Houve sinais dados quase que profeticamente para os entendedores, ou para os subconsciente deles, na Livraria do Bernardo Trindade, à rua do Alecrim,
                                       
pois ao lado de uma gravura de homenagem ao grande feito da união do Oriente e do Ocidente, que foi o descobrimento do caminho marítimo para a Índia, por Vasco da Gama e os seus corajosos companheiros, fora colocado um cartaz moderno que, em sintonia com o profético aviso e clarim de Fernando Pessoa: "É a Hora", e que declarava: "O Apocalipse é Agora"...
                                   
Duas jovens livreiras, a Gabriela Gouveia e a Ana Cruz, manifestavam alguma preocupação nos seus campos de ressonância psico-mórfica, face às crises que tem caído sobre os portugueses pelas múltiplas causas político-financeiras que todos sabemos, mas pouco podemos...
                                    
A funda livraria, os livros secos e até pousados delicadamente no chão, o olhar lúcido do Bernardo Trindade e do Filipe Feio, garantiam que nesta zona semi-alta uma livraria funciona bem e preserva e transmite cultura, com livros para todos os gostos e bolsas... Situada numa zona de descida acentuada do solo lisboeta, e logo protegida de acumulações do caudal das águas que emigram fora das sarjetas, entupidas ou inscoavéis pela proximidade do Tejo, ela é poupada aos apocalipses que revelam as fragilidades das instituições e saneamentos, que nunca são o que todos desejaríamos...
                                         
Já no Rossio, local onde se tem verificado as grandes inundações nos últimos tempos e dias, uma pomba sobre a cabeça do libertador augurava-nos que tudo já passara e que a Arca livreira, tal a a famosa Arca do Fernando Pessoa, estaria incólume...
                                                
Contudo, visto de outro ângulo a coluna de homenagem ao D. Pedro IV mostrava algumas nuvens em descida, o que poderia ser um sinal de borrasca ou paspalhice (de paspalhão, nome que os marinheiros dão a algumas nuvens baixas que se podem tornar chuva...)
                                          
E eis-nos que, chegados à Arca que demandávamos, um dos templos mais frequentados na capital, a livraria do Carlos Bobone, na rua das Portas de S. Antão, junto ao mítico Coliseu, não de Roma mas de Amor (sobretudo da petizada ao longo de muitos anos) nos vimos subitamente envolvidos num rescaldo apocalíptico, assim se efectivando os pressentimentos inconscientes ou mesmo avisos proféticos...
                           
Sacos e sacos a acumularem-se fora da livraria, a Sónia forçada ora a saltar ora a carregar e a descarregar para o olho da rua toda uma quantidade imensa de livros afogados nas últimas inundações e onde ninguém mais porá os olhos enlevada ou clarificadoramente...
                                     
Será que esta apreciada tradução portuguesa (e António Sérgio foi um dos tradutores, tal como Jaime Cortesão) de Axel Munthe, um dos mais belos livros do séc. XX, O Livro de San Michele, sonharia que o papão da reciclagem se abateria sobre ele?
                                 
Baldes ou ondas de água fria e humidade nos livros não fazem bem, não....
                                              
Em suma, fechemos os sacos, pensará a Sónia, lancemo-los ao mar do esquecimento, e esperemos que um dia chegue o D. Sebastião camarário que resolva o saneamento da zona baixa de Lisboa...
                                          
Uma jovem violinista italiana, sentindo o estado sofrimento não só dos livros como dos seus autores já mortos ou dos bibliófilos desencarnados, e dos livreiros (aqui a Ana, a Sónia e o Carlos, a quem apresentamos desde já e daqui as nossas sinceras condolências), resolveu intervir no local e com a sua arte maviosa dispersar os eflúvios mais traumatizantes e bloqueantes da aceitação do que já sucedera e do optimismo profissional e nacional....
                                                
O interior da tão arrumada e recheada livraria parecia mais uma dispensa de obras, ou um dispensário generoso para o papelão, o sucedâneo do receado papão...
Mais um, bem pesado, ... O que devemos sentir, pensar, fazer?
As bibliotecárias da Sociedade Histórica da Independência, nesta imagem a poetisa Maria João Nunes, que sobreviveram calmamente a todas as vicissitudes históricas, lá do alto, não deixaram de expressar solidariedade com os livros atingidos, levados pelas águas, e com as almas mais afectadas ou sensíveis, como os peregrinos da Sabedoria que por ali passavem e se condoíam ou indignavam...
Enquanto alguém, que não sabemos se era um mirone se um amante dos livros, com a mão em pala para desviar reflexos ou embaciamentos, espreitava para o interior da casa de cultura ferida ou inundada, a Arianna Luci continuva sorrindo e tangendo melodiosamente o seu espírito e violino, vindos de Itália sempre bela e humanista...
Uma poça de água interroga-nos: está a Câmara a tentar resolver estas inundações quase crónicas, em que se podem perder centenas de livros e ideias, e de euros, sem que haja o mínimo de ressarcimento, quando os desvios fraudulentos dos banqueiros são pagos pelos contribuintes?
O bibliófilo firme a rezar pela alma dos livros mortos e a violinista na rua ainda encharcada lançando acordes harmoniosos fazem-nos pensar, querer ou crer que a Cultura triunfará, embora haja naufrágios e os Lusíadas terão escapado de um deles...

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Da Árvore no mundos físicos e subtis e da Árvore Cósmica. Tradições clarividentes que as defendem...

                
              Paisagem subtil com cedros e árvores, pintada por Bô Yin Râ, notável pintor e                                         escritor alemão, em homenagem a quem criei uma página no Facebook.
Um dos aspecto da nossas amigas árvores pouco conhecido e menos ainda documentado é a presença delas nos sonhos, nas visões e no mundos do além, subtis e espirituais. Há contudo inúmeras lendas e contos que nos mostram as árvores a moverem-se ou a falarem, e há muita gente a vê-las nos sonhos, e muitos de nós já tivemos a visão da Árvore Cósmica que liga a Terra e o Céu, os humanos e animais e a Divindade, tão representada na Arte pré-histórica e antiga ocidental e oriental...
                              
Sri Tathata, um sábio yogi da Índia testemunha aqui a meditação iluminativa sob a figueira sagrada, tal como Sidharta Gautama, o Budha, e tantos outros mestres ao longo dos tempos.. 
                                                         
                     Lenhador do Extremo Oriente, num desenho nipónico....
Quanto a tradições populares há uma curiosa, que até pode ter acontecido algumas vez em Portugal, pois está associada às festas dos mortos, ou seja, quando cultivamos mais a ligação com os mundos subtis, e o seres que já partiram, e que ocorrem no início de Novembro: 
Joaquim Alberto Pires de Lima, na sua bem interessante obra No Crepúsculo, 1951, cita Olavarria y Huarte, no seu Folklore de Proaza e conta-nos que “no dia dos Fiéis defuntos, vêm à terra os mortos, depois das doze badaladas da meia noite, e que os que roubaram alguma coisa na vida, a trazem às costas: assim por exemplo, os que roubaram uma árvore, trazem-na ao ombro, estendida e com a copa para a frente, de maneira que a primeira coisa que se vê são os ramos. Se isto fosse possível, em Portugal, poderia assistir-se, no baixo Minho, à meia noite do dia 2 de Novembro, a uma grande parada de milhares e milhares de almas do outro mundo com os pinheiros às costas, pois que os ladrões de árvores são vulgaríssimos nessa terras. Seria um espectáculo fantasmagórico e de um realismo surpreendente...”
                                    
 Árvore já sem a copa, pois desapareceu por ser ramagem sem grande valor ao arder num instante e não dar dinheiro. Contudo, na tradição do mundo subtil ou da vida depois da morte física, a árvore virá com a folhagem verde à frente, talvez para lembrar as esperanças que cortamos com os nossos actos egoístas, irreflectidos ou insensíveis.... 
Despertarmos mais a nossa ligação com a Árvore Cósmica ou Primordial e com as árvores, bosques e jardins do Cosmos visível e invisível é uma demanda a tempo inteiro e que passa pela verticalização da nossa coluna vertebral e a sua sintonização, alinhamento ou mesmo "sub-coincidência" com a Cósmica, pela consciencialização de que estamos a alimentar as raízes da nossa árvore interior (pela respiração e posturas, por exemplo) e pela preservação e culto de uma boa qualidade-quantidade de relacionamentos com as árvores no fio da nossa história temporalizada, mesmo que seja agora no leve tocar numa delas, num passeio de uma rua de Lisboa (nas que houver, pois os arboricídios no país continuam), ou num bonsai ou vaso caseiro...
Quanto aos sonhos e clarividências há que merecê-las, e não está bem discernido nem consciencializado os factores que mais contribuem para tais graças da contemplação das árvores nos mundos subtis e espirituais. Talvez outrora com os vigilantes das florestas, nessa tarefa meritória, ou com os que iam trabalhar para matas e lá ficavam a dormir, tal acontecesse com mais facilidade. Resta-nos sempre a meditação e a consciência interior da árvore cósmica, invertida ou não...
                                  
                                      Caminhar por entre carvalhos alvarinhos transmontanos no Gerês.
Sim, há que merecer e reclamar, admitir e receber mais, nas paisagens ou cenários dos sonhos, a presença das árvores e dos seus ensinamentos e benefícios medicinais psico-somáticos, não tanto por roubos delas, como vimos na legenda ou por estarmos indignados com mais uma poda ou  abate criminoso municipal, e porque possamos intuir o karma de tais actos, mas porque as amamos, as estudamos, e invisivelmente cultivamos as ligações subtis com elas e com a Arvore Cósmica.
Certamente plantá-las, potegê-las e comungar mais amiúde com elas, nos jardins citadinos ou na Natureza e seus vales, montanhas e aldeias, quintas e quintalecos....
                           
                       Carvalho alvarinho erguendo-se ao céu e elevando-nos também.... 

domingo, 12 de outubro de 2014

Sri Tathâta em Portugal.

Sri Tathâta em Portugal. 4, 5 e 6 de Novembro, em Lisboa.
                             
Pela primeira vez em Portugal este autêntico yogi e rishi (sábio) da Índia estará em Portugal para transmitir os seus ensinamentos e iniciação a quem estiver interessado
O local da conferência ou satsanga será na Rua Castilho, nº 14, às 20:00 do dia 5. No fim dela Sri Tathata transmitirá a sua bênção pelo olhar, rito tradicional da Índia onde é denominado darshan, e  oferece algumas pétalas de rosas...
No dia seguinte haverá a iniciação para quem cumprir as condições de merecimento, aspirar à luz e estar disposto a fazer uma prática espiritual e a adoptar uma forma de vida harmoniosa, nomeadamente de pureza alimentar e de motivações
Para este importante momento da iniciação será necessário inscrever-se... (Tem. 918222175. Ema.)

                                  
Com cerca de 74 anos, nascido no Sul da Índia, com uma vida extraordinária de ascese e de peregrinações, meditações e revelações, nos principais locais espirituais da Índia, Sri Tathata, recebeu a missão de transmitir o Dharma, começou desde 2007 a vir ao Ocidente partilhar os seus ensinamentos, impulsos e bênçãos...
                              
      "É uma oportunidade extraordinária de conhecermos uma grande alma. Sri Tathata viveu muitos anos retirado nos Himalaias, e por muitas vezes em estados prolongados de samadhi. Embora esta experiência pouco tenha a ver com a nossa realidade, ele quer oferecer o fruto da sua realização à Humanidade. É no propósito desta dádiva que se desloca a Portugal ao nosso encontro. Inspirador do caminho espiritual, iniciando quem quiser numa prática de meditação." 
Ema Blanc de Sousa, a discípula de Sri Tathâta e de Maitreyi Amma e organizadora deste evento a que eu aderi e que tenho estado a ajudar.
Sri Tathâta apresenta-nos nos seus livro a visão que tem do processo evolutivo, presidido pela Verdade primeira e última, Deus, Agni, o Fogo e cuja Vontade quando é activada cria, manifesta e lança o Universo numa evolução no decorrer do qual a matéria se transforma em criatura viva, depois em ser pensante e finalmente em ser consciente.
Assim a consciência humana actual e de cada um de nós deve deixar a escravatura dos desejos e do mental social e colectivo e passar ao plano humano superior, ou seja, ao plano dos devas e deuses, e, por fim à Consciência divina, vivendo então naturalmente ou dharmicamente, ou seja, de um modo justo e adequado ao objectivo ou propósito da manifestação cósmica que é manifestarmos a Divindade e as suas qualidades.
              
«Os que querem sinceramente praticar a espiritualidade devem conhecer o segredo do prana ascendente: eles devem receber de um mestre autêntico a iniciação numa técnica de respiração consciente (pranayama). O fio que liga a alma individual (jiva) à Consciência Universal é o prana ascendente (urdhva prana). Quando os praticantes espirituais conseguem ligar-se a Consciência universal, a Presença desce sobre eles e também sobre a Terra-Mãe. A Presença espiritual permite realizar tanto a vida espiritual como a material. O segredo de tudo  está ligado a esta verdade e dela depende o acesso à riqueza imensa a que temos direito».  
O Apelo do Dharma.
«Como prelúdio ao verdadeiro conhecimento espiritual, uma etapa preliminar deve ser franqueada: ela é conhecida sob o nome de Dharma Snana [Iª iniciação]. Trata-se de um ritual que acontece pela força da intenção do Mestre e da Graça Divina, com o objectivo de purificar o aspirante e permitir-lhe elevar-se a uma vida mais nobre. Nos tempos antigos, o despertar da alma individual (jiva) pela iniciação espiritual era dada somente aos discípulos merecedores e que tivessem acabado uma aprendizagem de muitos anos ao pé do Mestre. Como este modo de fazer hoje não é facilmente realizável, o método de iniciações posto em prática permite a purificação do aspirante num tempo curto de modo a que ele possa em seguida receber o verdadeiro conhecimento espiritual. Os que desejam receber o Dharma Snana devem ter uma vida e uma alimentação puras...”

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

"O Amor é cego". Love is Blind. Máximas do Amor Cego. Manual....

                        O Amor é cego.   Love is blind.

O AMOR É CEGO foi o lema de uma exposição organizada em Março de 2010 por Carlos Barroco e sua mulher Nadia Baggioli, na sua Galeria Novo Século, em Lisboa e em que colaboraram diversos artistas, cabendo-me a mim a redacção de alguns textos e poemas, o que fiz  em papel antigo, aguarelados...
Como pessoas amigas que apreciaram os meus últimos  poemas escritos me pediram que publicasse mais, eis as fotografias de alguns de tais contributos para a exposição de 2010 sobre o dito tão glosado quanto infinito e perene: O Amor é Cego...
O primeiro livro intitula-se: Máximas do Amor Cego...
Segue-se em inglês esta apresentação e a tradução das sete páginas do livro Máximas do Amor Cego...

Love is Blind was the motto for an Art exposition organized by Carlos Barroco and Nadia Baggioli at his gallery Novo Século, in Lisboa, in March 201o, for which I made some poems and texts in my own kind of manual books, some of them with small paintings.
As two days ago  I made three more poems on Love appreciated by some friends who asked me if I could publish more, let us share this ones written four years ago...
This first one, is called Maxims of the Blind Love...

Maxims on the dictum: Love is Blind
Love is blind because in this way we feel and love more deeply...
Love is blind because the he can touch, caress and merge, to be One.
Love is blind to the imperfections but clairvoyant for the expansions.
When you want to find a great Love then you have to become blind to lesser loves...
Love is so clairvoyant that it blinds himself to love better...
Love disappear when he is not more blind to the appearances...
Love blinds itself, closes his seeing, to refresh himself in the divine fountain internal and external omnipresent...
Love is blind because then he really needs the other...
Love has to become blind to shine invincibly...
Love is blind, sacrifice, suffer, kills itself, just for Love, for loving
Although blind, says Love:/- with the wings of imagination/ I can fly and find you./
Love is blind in us/ until someone comes and makes/ his heart one with us...
Love becomes blind in the blindness of the love's sight of the other...
Of so much searching and studying,/ my eyes became blind/ for what is not Love...

From so much suffering, searching and/ wishing, I become a/ burning fiery of Love..
Blind to the dangers and fears,/ perseverant in exercise and/ art, I know that I will contemplate thee, or embrace thee,/ says Love...
Love is blind and is clairvoyant,/ unites the heaven and earth,/ harmonizes the pleasure and pain,/ good and bad, gnosis and ignorance./ Knows how to see and not see,/ how to Be and not be...
Last page:  «Blind, thousand times blind, to loose you Oh Love, says love...
I will cross the Divine Ocean, rowing with you, oh Love..

The lover, of so much loving the beloved, becomes one alone and the same with her...
Blind and deaf by Love I dash the breast and he, bright and fiery, spurt out: Be the Fire of Love...
Os 1ºs quatro textos. The first four texts...
Os últimos três... The last three...
Alpha and Omega, the first and last pages...
Be a Lover in all levels, but specially on the higher levels...
A primeira e última página, 
Sê um ser de Amor, irradiante e comungante, divinamente harmonizando o Cosmos...

domingo, 5 de outubro de 2014

Poemas de Amor, no Amor, para o Amor.. Love Poems... Poémes sur l' Amor, pour l'Amour...


Poemas de Amor, no Amor, para o Amor..
Love Poems...
Poémes sur l' Amor, pour l'Amour...

Como todos sabemos a chama ardente do Amor é a força vital e a essência psíquica criativa da Divindade e dos seres e, portanto, de quando em quando, comungarmos mais intima e poeticamente com ela origina uma sintonização e elevação da nossa alma a níveis mais luminosos do Universo e do Ser, e que é também em si uma irradiação ou mesmo comunhão com os seres que mais amamos e que mais nos amam. Ela pode ser sentida como um banho refrescante no grande Oceano primordial, uma aproximação e intensificação do coração espiritual, uma abertura à Divindade, alegria e beatitude.
Deveríamos cultivar mais esta sintonização com o Amor Primordial.

As we all know, the fiery Love is the same Life Force and creative Psychic Essence of the Divinity and of beings, and so, time to time, to have more communion by meditation, poetically and intimately with Love is a important way of the soul ascend to more luminous levels of the Universe and Being, and also a communion with the beings we love more or that love us more, and a refreshing and purifying bath in the Primordial Ocean. It is also an approach and intensification of the spiritual heart in us, a opening to the Divine Being and His blessings...
It is good to cultivate that attunement...

                  

Lê-se da direita para a esquerda, 1º Inglês, 2º em Português, 3º em Francês...
We read from right to left, first English, 2º Portuguese, 3º French...
On lit de la droite vers la gauche, 1ª en Anglais, 2ª en Portugais, 3ª en Français.

                         

Os mesmos poemas, já pontuados e num sítio corrigido, tirada fotografia com luz de lâmpada...
The same three poems, with the punctuation and one correction, already the photo taken with artificial light...

                                   

Noite e dia o meu coração está a chamar por ti.
Por vezes flores desabrocham e Amor é sentido com felicidade.
Outras vezes distraio-me de ti e não sou.
Pelo teu nome e sorriso a minha alma recebe 

A luz que brilha do teu coração

E até mim chega e me abraça, nos abraça.

                                

I know you are far away, still, from the blood of love, the immortal tree is nurtured, the one that grows in the middle of us and make us birds of her. I wanted to sing thy name in the secret affinity of souls, but only a whisper of the stream that unite us I could hear.
I asked then to the East breezes to bring me news from you and that  thy interweaved hair enveloped me in the parfue of thy precious aspirations, and I felt in a smile that the doors of our hearts communicate in light and I revered thee lastly and lovely...

                              
Através do coração do ser eu ardia pela tua presença em mim/ e assim acendi este fogo na noite/ para que o teu ser seja guiado/ a este alto da montanha/ onde permaneço orando ao Eterno/ para que Ele nos desabroche./
O Mestre e o Anjo vêem-nos/ e nas criatividades nossas o sopro/ divino impulsiona-nos para/ estes cimos da Consciência/ onde a Unidade, a Luz, a Verdade e o Amor são verdadeiramente nós...

Through the heart of the being in me I really aspire to your presence and so I lighted this fire in the night for the guidance of thy being to the spiritual mountain  where I stand invoking the Divine blessings to make us bloom...
The Master and the Angel see us and the divine Shakti or energy of Love intensify us to towards the higher levels of Consciousness, where Light, Truth, Love and Unity are really us and blessing us....
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AMA * LOVE * AMOUR
SÊ AMOR * BE LOVE * AIME
VIVE EM AMOR * LIVE IN LOVE * VIT EN AMOUR
CELEBRA O AMOR * CELEBRATE LOVE * CELEBRONS L'AMOUR
INVOCA O AMOR ** INVOKE LOVE ** INVOQUE L'AMOUR
AMA O AMOR ** LOVE THE LOVE ** AIME L'AMOUR
ARDE NO AMOR ** BURN IN THE FIRE OF LOVE
DANS TON COEUR, EN TOUT TON ÊTRE, SOIT et RAYONNE L'AMOUR....

Pedro Teixeira da Mota 5-X- 2014, Lisboa, pelas 16:30...

sábado, 4 de outubro de 2014

Das árvores sagradas lisboetas. Jardim da Estrela, video e imagens. 4-11-2014

                       
                             
         Jardim da Estrela, Lisboa, sábado à tarde, com uma feirinha...
                           
Fadas e crianças atravessam a cantar as veredas que levam aos lagos e árvores, pedras e gnomos, flores e fadas...
                               
O lago como espelho humano e terrestre do céu, por vezes limpo e reflectindo o Azul imenso ou o cintilar da Estrela, outras vezes varrido pelo vento ou obscurecido pelas intempéries...
                                      
Descem os cabelos da figueira sagrada que pede que a deixemos enraizar-se ou então que a acariciemos, penteemos, levemos à boca, ao abraço ou então que por ela subamos até ao Céu..
                                       
Escorre a resina, seiva e sangue arbóreo sobre o tapete da primeira cama de folhas outonais amarelas...
                                  
Um espírito da natureza, um deva, um deus, surge e olha-nos com amor, qual um Shiva ou Anjo subtil que nos convida a estarmos mais em amor....
Ondulações centenárias, enraizamentos profundos, aspirações infinitas ao Sol e ao Amor, a grande religação entre a Terra e o Céu divino, assim no exterior como no interior...