segunda-feira, 29 de maio de 2023

Comunicar e aprender, convergir e comungar e irradiar na Terra Lúcida e na Unidade Divina...

De Nicholas Roerich...Pelos pés, as mãos e a palavra do coração entramos no Templo...

Falar, comunicar, conversar é uma arte, um trabalho, de certo modo  uma agricultura (cultura do campo), mesmo nas cidades em que as terras foram abafadas pelo cimento, pedra ou alcatrão,  que assenta no  contacto dos pés e raízes com o húmus da terra e, simultaneamente, na humildade de sabermos sentir, ouvir e simpatizar com o outros, abertos ainda  às associações de ideias que pelo alto circulam, pois tanto nós como os astros  resplandecemos  num espaço vivo inter-comunicativo infinito, outrora chamada anima mundi, ou inconsciente universal e hoje campo unificado de energia consciência informação que a todos  entretece e influi.
Infelizmente vemo-nos e conhecemos imperfeitamente nestes níveis, seja a nós seja aos outros, pois a nossa visão e conexão interna e externa é muito condicionada pela manipulação informativa
omnipresente; mas se a aspiração e o amor da verdade são mais acesos, tudo o que vier de obstáculo ou acontecer mesmo de desencontro ou negatividade será uma acha ou sopro para a lareira, um desbastar da pedra bruta, um perder de ilusões, um desmascarar de hipocrisias ou opressões, um desprendimento libertador, uma fonte de renascer e perseverar.
Caminhamos e avançamos com as aprendizagens que fazemos e é a misteriosa essência, ignorada ainda na sua subtileza pela própria ciência moderna, e que é cada um de nós em si mesmo, misteriosa consciência e sentir sub
jectivo ou pessoal, quase impenetrável mas presente em todos os seres e unificando-os,  o que no mais íntimo galvaniza o verdadeiro conversar e despertar, que é então unificar ou convergir para a mesma taça ou graal, para o mesmo campo unificado no aqui e agora e que a palavra, os olhos, o sorriso, o pensamento, a aspiração ígnea da alma e o sentimento geram, enchem, intensificam e, por vezes subitamente, transfiguram e metamorfoseiam.
E assim  saímos das periferias labirínticas e das conversas e redes sociais superficiais, para encontros reais e geradores de estados mais iluminados, conscientes, abnegados, ainda que em geral tudo esteja depois sujeito a oscilações temporárias.
Na sua pluridimensionalidade imensa a vida é relação dinâmica, ora mais amorosa e unitiva, ora mais conflituosa e repulsiva, ora mais estabilizada e rítmica e e são o discernimento justo, a palavra sentida, o ideal ou intenção elevada que determinam a eficácia ou poder gerador da magia da conversa, da meditação, da palavra e no fundo do criatividade, alegria,  graça, amor, plenitude que cada um pode sentir ou despertar em si e nos outros.
E assim sob os raios de uma conjunção planetária lá no alto, dos Deuses antigos e espíritos de sempre, e que são arquétipos, raios e influxos sempre actuais, vou escrevendo com as mãos descalço na Terra Lúcida, e respirando fundo nela de alívio ao comungar assim da Unidade do Cosmos.
E, se vibrar mais tempo nesta Unidade, reconhecendo-a como um Todo de Beleza, de Amor e de Verdade, ergue-se da
profunda gratidão a taça ou cálice do coração e do Graal, e que é fonte e acção hábil na solaridade diurna e de recolhimento silencioso no céu nocturno azulado, tépido e tingido pela luz leitosa dourada que Dona Lua derrama reflecte nos rios, tágides, mares, ondas e veias. 

E como ela se veste por vezes numa grande aura ou auréola de três ou quatro círculos concêntricos, à sua semelhança e unidade gero em mim a palavra perfeita e reverberante, Aum ou Amen, e que, de perdida e seca, desabrocha como flor e fruto de subtis colorações que no coração resplendem e pela boca pronunciadas aos outros e ao Cosmos são transmitidas .
Assim, através da nossa especificidade única e missão swadharma, e pelo nosso corpo subtil e espiritual,   podemos e devemos pela arte da palavra, da oração e da conversa transfigurar-nos e na ampla auréola comungarmos mais no Amor desvendante da essência e dos outros, na Unidade e mais abertos à Divindade.

Aum, Amen, Hum, Hri.

Speech by Zeinab Al Saffar at the Global Conference on Multipolarity, 29 April 2023..

                                                          Speech by Zeinab Al Saffar at the Global Conference on Multipolarity, 29 April 2023

An important speech on the present fight for a multipolar and human world by Zeinab Al Saffar at the Global Conference on Multipolarity, 29 April 2023: «We may argue that one will not be able to grasp the size of the accelerating repercussions of the end of the US unipolar hegemony over our region, nor can one explain the forms of accelerating positioning among the active players in the region, if we remain at borders drawn by politics, direct interests and wars, all of which were a reflection of deeper transformations that made the emergence of these repercussions inevitable. 
Like Saudi Arabia’s position in the energy sector and what this dictates of vital interests with both Russia and China, the American failure in Afghanistan leading to the recognition of this failure and the decision to withdraw, the wars of the Resistance and the steadfastness of its forces and governments in Syria and Iran and elsewhere and the rise of Russia and the rise of China are all real and correct elements that played a pivotal role in the political manifestation of the transformations since the collapse and disintegration of the Soviet Union and the advancement of America as the sole dominant global power, waging wars without an opponent facing it, and imposing sanctions without international law preventing it, until the American graphic curve began to decline and retreat and steeply fall and move from crisis to crisis. Yet one might ask what are the profound transformations that we are talking about here and which led to the ebb of unipolarity?

Washington waged and fought the battle to control the world under the rubric of transforming globalization, as it is an expression of a technological revolution that weakened the importance of the separating distances in geography into a source of abolishing geography, with what it holds of the characteristics and capabilities that distinguish peoples, nations, and states, and Globalism was the political version of globalization, meaning the Global government, which does not recognize geography, and the globalized individual whose cultural, religious, historical and national peculiarities are abolished to become a follower of the global government and who participates in the race for well-being, instead of sticking to the roots, but globalization as a technological revolution granted platforms, capabilities and opportunities for the race between the concepts of the individual belonging to cultural peculiarity and religious roots and the Globalist government. 
Thus the Technological globalization, which shortened & lessened the distances of geography, was a major cause of the transformation that rehabilitated geography as the bearer of cultural, religious and national peculiarities. The Americans ignored the simple rule that says that the door you enter through, cannot prevent others from entering through too. And here we are today where the whole West in the war on Ukraine, waging war against Russia under the same headings it had previously announced its death, when it said that the time for sovereignty and patriotism had ended in light of globalization and what resulted from globalism.
In the same way that the individual has become the unit on which the globalization of technology is based, where communication with technology is individual and does not pass through the gateway of a state, nationality or religion, the importance of the individual in confronting the machine has regained its importance, as the individual has become the backbone of wars, so geography has returned to fighting the end of history, as history is an industry of geography- the multi-cooperating and warring belligerent geography, and emerged from the womb of cultural, religious and national specificity, the fighter individual in Spirit versus the globalized individual belonging to the shadows of the global government based on the supremacy of the machine, and thus the theory of zero-cost war fell apart, and likewise the theory of no wars on land anymore and the war is to be decisive from the air, which DonaldRumsfeld spoke about during the Iraq war, and the July 2006 Israeli aggression against Lebanon war came as a clear expression of the first complete confrontation between the two models, and the victory of the resistance in this war was an utter and complete declaration of the failure of the armies of globalized individuals in confronting the armies of individuals of cultural, religious and national specificity, and the matter was repeated in Gaza yet Afghanistan was the decisive issue here.
What completed the new scene was the emergence of the national state capable of steadfastness and resistance in the face of the extremely fierce American wars, which culminated in the war on Syria, where the Syrian national state stood with its National background, and the Iranian national state with its Islamic background, expressing the two great characteristics in the region, Arabism and Islam, and Hezbollah (Hashed other resistance movements) as a double expression of these two characteristics, was the added value in resolving the direction of the war, which reaffirmed the status of the national state in the face of the global government, and converged with this equation and the Russian national state with its tsarist and Orthodox background. 
Then the change continued in the war in Yemen, where the new war technology that invested in globalization appeared as a technological revolution, capable of overthrowing the old law of war, and the drones and small and accurate guided missiles were able to defeat the giant aircraft carriers. And here is the Ukraine war saying the final word in terms of the superiority of this technology and its placement in the place of the technology of tank and aircraft wars that ruled the First and Second World Wars. Among the most prominent changes also is the change introduced by the economy to the concept of the economically important country, so that the sanctions against Russia show that the countries that cannot be dispensed with are those that have an irreplaceable position in providing energy resources, and this is true in the case of Russia and is also true in the case of Saudi Arabia.
The world is changing rapidly under the influence of irrevocable laws, until the impact of rising countries grows to the limits of saturation determined by their sources and resources of population, economic and military strength, and consequently the influence of the hegemon countries ebbs.
Yes, we welcome you all to this multipolar world that consists not only of powerful states or geography but also of powerful resistance movements that have tipped the balance in many confrontations in the last 3 decades and which have become a winning focal chip and an integral element and a quintessential prop and support that delivers in shaping this new vibrant multipolar world. Resistance movements from Lebanon, Palestine, Iraq, Yemen and elsewhere paving the way for this New World.

Thank you and Salam.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Poema ao Sol, escrito na serra da Estrela, num nascer do Sol, há já uns anos.

Poema escrito num nascer do Sol na serra da Estrela, em Junho de 1987, quando ensinava Yoga na Covilhã, agora levemente melhorado.
 

Ó Sol, que renasces cada manhã aos nossos olhos,
que mistério é o teu que enche os nossos peitos
e inebria os voos matinais dos pássaros cantores?
Que seres e energias albergas no teu seio,
Ó doador dos raios cósmicos fortificadores?

Que Luz é a tua, donde vem, a que vem
e que Amor é este que sinto por ti?
A força trazida pelo Vento é o teu Espírito Santo,
E serás o Deus e fonte do Amor do sistema Solar?

Cerro os olhos, na fronte calma teu ser impacta,
 vasto espaço de infinita calma na alma se modela,
e no meu coração arde o fogo da aspiração 
enquanto respiro e assimilo da tua força,
Ó Divindade pura, Deus todo poderoso.

Sobre a neblina matinal entrevejo as energias
despertas pelos antigos guerreiros nos seus esforços,
pois ainda agora grandes lutas se travam e clamam
para se chegar à justiça e paz  da unidade Divina.
 
De Nicholas Roerich, Alexander Nevsky, 1942.

quinta-feira, 25 de maio de 2023

Qual é o fim supremo da vida? Com pinturas de Bô Yin Râ e Nicholas Roerich.

Luz no Caminho, por Nicholas Roerich.

Qual é o fim supremo da vida, o que é o mais importante de se realizar, eis uma questão que pouca gente pensa ou medita, mesmo que uma vozinha ou um pensamento fugidio a interrogue sobre o valor da sua vida e a ilumine de quando em quando...
Mas se pararem e pensarem, ou se auto-examinarem, para uns, mais pragmáticos, é sofrer o menos e gozar o mais possível.
Para outros é terem saúde, conseguirem os meios de sobrevivência necessários pelo trabalho e ambiente, e gerarem família com a qual possam ser felizes.
Para outros, o fim supremo é uma vida correcta, justa, bem vivida ética e consciencialmente, criativamente se possível.
Para outros é a salvação religiosa, cumprirem os preceitos, desenvolverem virtudes, receberem a graça e conseguirem assim na vida depois da morte serem e estarem abençoados.

Unio Mystica, por Bô Yin Râ

Para outros é a realização espiritual ou divina, estas contudo podendo apresentar-se ou configurar-se de diferentes modos, conforme as tradições em que se foi iniciado, ou que se optou, neles se destacando algumas linhas: a do desprendimento e desapego, a do controle, renúncia ou mesmo aniquilação do ego, a do amor e devoção, a da gnose ou auto-conhecimento espiritual e realização espiritual, as da entrega a um mestre e seu caminho e, finalmente, as que valorizam mais a religação à Divindade, a comunhão ou união com Ela, esta variando também bastante desde o ser-se templo Dela, a amigo, a amante, e a mística cristã e indiana desenvolveram-na muito com Jesus Cristo e Krishna.

Há ainda os que valorizam sobretudo a Verdade, a Justiça, o Bem, o Belo, o Amor, e este seja no incondicional, no da alma-gémea e no universal, e tentam realizar nas suas vidas o mais possível tais qualidades, níveis, estados do ser.
Há os mais simplificadores para os quais o mais importante é viver-se saudavelmente, generosamente, criativamente, com o máximo de paciência, amor, sabedoria e alegria.
Há ainda os muito abnegados para os quais o fim supremo das suas vidas é defenderem os mais fracos, desprotegidos, explorados ou os eco-sistemas ameaçados, contra a exploração, opressão, a injustiça, a violência infundada, a mentira, a calúnia, alinhando-se portanto com a visão dos  Santos e Anjos guerreiros e justiceiros dos quais os denominados S. Jorge e Arcanjo Mikael se tornaram ícones. 

S. Jorge, por Nicholas Roerich.
Naturalmente há muitos que seguem e demandam várias destas vias e fins, talvez adoptando o princípio de que "o caminho faz-se caminhando", ou que "não é tanto o fim ou meta mas sim o percurso ou caminho que conta mais", e assim trilham uma via sintética, com vários fins ou objectivos a serem demandados, o que é certamente bom dada a nossa pluridimensionalidade e a constante mutabilidade da vida e mesmo do dia a dia, algo que foi simbolizado na roda da Deusa Fortuna...
Nestas décadas iniciais do séc. XXI, face ao incremento grande da informação, do barulho ou ruído, da corrupção, das tensões políticas mundiais à beira da 3ª grande Guerra assumida ou declarada, da inflação e crises monetárias, das pandemias e medidas opressivas de vacinação e controle, tudo se torna mais complexo e um fim que para alguns sempre foi muito importante, a liberdade e a libertação (na Índia e no Budismo muito importantes) torna-se muito difícil, já que a rede de obrigações opressivas que os Estados têm criado, ora mais ora menos, são bastante intrusivas, pelo que inegavelmente cada pessoa terá de equilibrar-se entre o que desejaria ser ou realizar e o que a sociedade lhe permite, embora certamente o mais importante, o foro interior, ainda vá relativamente escapando a tal controle, desde que uma pessoa esteja na sua casa ou ambiente e não se deixe influenciar ou sujeitar a opressões e manipulações, tais as que tanto escorrem mais ou menos descaradamente das televisões, e seus comentadores, internet e redes sociais, mas mesmo das outras pessoas já apanhadas ou coisificadas no que a CNN ou um político ou comentador semi-ignorante e vendido garantiu.
Há consequentemente, desde a artificial pandemia de 2020 e a crescente utilização de vacinas, chips e formas de controle através da inteligência artificial ao serviço da Nova Ordem oligárquica, o perigo grande de crescimento do controle mental e do que as pessoas pensam, sentem e querem, o enfraquecimento de órgãos e sistemas psico-somáticos, as alterações absurdas e suicidas do género sexual e até as mutações no ADN, sob a capa de um transhumanismo, que é um infrahumanismo e, em termos antigos, diabólico... Resistamos lúcidos..
Anjo de resiliência, ou de justiça, por Nicholas Roerich
Será portanto uma tarefa diária essencial a resistência ou resiliência à alienação e ao "hubrico mal",  e a meditação ou sintonização tanto do nosso fim supremo como diariamente dos fins ou objectivos que devemos prosseguir e demandar mais, para não nos desalinharmos das rotas e estações adequadas ou convenientes, para nos ligarmos com os níveis superiores nossos e do Cosmos, e tal faz-se sobretudo no contacto com a Natureza pura e interiorizando, respirando conscientemente, orando e meditando, e recebendo disso tanto uma harmonização geral como intuições, nomeadamente das prioridades, e ainda energias das dimensões espirituais.

Despertar da Alma, por Bô Yin Râ
Lembremo-nos, para finalizar, da ideia ou conceito indiano do swadharma, do dever ou missão de cada um, para nos alinharmos ainda mais com o fim supremo, pois tal como reza o ditado, "mais vale realizar o seu swadharma mal do que o dos outros bem", o que nos orienta para uma vida mais autêntica, de acordo com a nossa individualidade e com a sua missão, ou sucessivas missões, que deve ir realizando, tanto externa como internamente, sendo então bem importante compreendermos as estações espirituais em que estamos e vamos avançando.
Devemos pois abraçar bem e cultivar o que vamos realizando de compreensões e visões ocorridas nas conversas convergentes, nas meditações, sonhos, ao acordarmos, no banho ou em outros momentos em que o espírito e o mundo espiritual sopram como querem sem que se saiba bem donde...

A Estrela do Espírito, por Bô Yin Râ, e tingimento meu. Aum...

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Vladimir Soloviev. Vida e iluminações, a santa Sophia. Com gravação de leitura sobre Soloviev da "Alma da Rússia", por Helen Iswolsky.

Vladimir Sergueïevitch Soloviev, 16.I.1853 a 31.VII.1900.
Teillard Chardin, Helena Iswolsky e a poetisa Marina Tsvetaeva, final dos anos 30.

 Helena Iswolsky, uma tradutora, jornalista e escritora russa (1896-1975), nascida na Alemanha onde o pai, antigo ministro do Czar, era diplomata, e de  mãe alemã, emigrou para Paris com ela, no começo da 1ª grande Guerra, e aí se deu com Jacques Maritain, Teillard Chardin e outros intelectuais e padres católicos e ortodoxos,  que circulavam à volta do movimento do personalismo da Action Catholique e da revista Esprit, significativamente aonde a nossa Dalila Pereira da Costa publicou o seu primeiro ensaio em 1970, Expérience de l'extase, já abordado neste blogue. E conheceu e colaborou mesmo com Nicolas Berdiaev (1874-1948),  na época o principal filósofo russo emigrado em França, expulso da Mátria em 1922, com outros intelectuais considerados inimigos ideológicos do comunismo pelas autoridades soviéticas. A sua obra foi vasta, tanto mais que as vicissitudes da Fortuna caíram sobre a família e foi obrigaram a ganhar a vida através da escrita, o que não foi difícil porque era uma boa poliglota, cristã e de coração.

                                                            

O seu livro Soul of Russia, Alma da Rússia, publicado em Londres, em 1944, já que ela no dealbar da 2º grande Guerra, em 1941, emigrara da França para os  USA, está dedicado a sua mãe e dividido em dezasseis valiosos capítulos, oferecendo-nos uma boa visão da evolução histórica da religião e da espiritualidade russa, sintética nas suas 159 páginas, acrescentadas de uma razoável bibliografia para cada capítulo. Entre eles destacamos o XIII, A Procura de Deus, onde se acerca de Dostoievsky e de Tolstoi, e o XIV, o Profeta da Universalidade, onde nos partilha a sua compreensão da vida e obra de Vladimir Soloviev, que fora grande amigo de Dostoievsky e de certo modo o mestre de Nicolas Berdiaev, Pavel Florensky e Sergei Bulgakov, estes dois últimos profundos filósofos, isto é, amantes da Sabedoria, como foi bem captado pelo pintor Mikahil Nesterov:

                                 Ficheiro:Nesterov Florensky Bulgakov.jpg

 O capítulo dedicado ao genial filósofo e teólogo Vladimir Soloviev (1853 a 1900), em dez páginas, partilha resumidamente o essencial do percurso da sua vida e alma, tendo eu lido as três primeiras páginas, comentando-as, tal como pode ouvir na gravação vídeo, destacando-se nelas a sua visão e compreensão da Sabedoria Divina, a Hagia Sophia, a alma divina do Mundo e que ele tanto aprofundara em vida, com grande originalidade, tal como fez em relação à Trindade, sendo reconhecido mesmo por cristãos católicos (tal Osvaldo Lira, no seu prólogo à Rusia y la Iglesia Universal, 1946), já que Solovief, após uma evolução abrangente e investigadora de vários caminhos,  reafirmou o pensamento religioso ortodoxo e tradicional da Rússia, aberto ou fundado pelos primeiros padres do Oriente mas por ele exponenciado magnificamente, profeticamente mesmo,  na sua visão da missão universal da grande alma russa.

V. Soloviev, S. Trubetskoy, N. Grot e L. Lopatin, em 1893
Foi  muito fracturante o seu famoso discurso em 1881 contra a pena de morte, e embora amigo de Tolstoi e discutindo bastante com ele não apoiava o princípio  da não-violência na sua radicalidade, ou seja, a não resistência ao mal. Foi  ainda um crítico fundamentado  do Positivismo de Augusto Comte, conforme a tese defendida brilhantemente em 1874 na Universidade de S. Petersburg, e do Darwinismo, mas também do nacionalismo exagerado dos Eslavófilos, a que chamava um nacionalismo zoológico. Quanto a afinidades de fontes de inspiração,  apreciava muito os poetas simbólicos Alexander Bloc, místico, e Andrei Biely.
No veemente discurso contra a pena de morte, em 1881, face ao assassinato do czar Alexandre II, e pedindo ao filho Alexandre III clemência, afirmou ainda  a sua visão espiritual: «A natureza tende para a unidade absoluta; a natureza humana e o mundo externo têm a mesma alma, e esta alma procura dar à luz o divino».

Helena Iswolsky resume bem alguns aspectos da teodiceia e aspiração espiritual de Soloviev: «A encarnação da Palavra [Sermo, Logos ou Verbo] aconteceu na Pessoa de Jesus Cristo, mas há uma encarnação de Deus em cada ser humano, criado à sua imagem. Cada pessoa é um homem-Deus, um membro do Corpo Místico. Deus está também incarnado na sociedade Cristã, reflectindo a justiça Divina.
Soloviev descreveu Deus como um absoluto e perfeito todo. O mundo é a expressão do pensamento e amor Divino. Há uma plenitude, uma totalidade do ser: a pluralidade dos seres criados mergulha numa suprema unidade. A unidade do mundo é a sua alma. Soloviev chama-a também Sabedoria Divina (Sophia na Grécia) que é descrita no Livro dos Provérbios

Mais misteriosa e profética é a sua visão de que as várias igrejas se unirão na luta contra o Antecristo e que a Rússia tinha ou tem "a sua palavra por dizer" (ideia também de Dostoievesky) na impulsão ou mesmo liderança na missão de universalidade religiosa e espiritual, justa e fraterna, da Humanidade, muito presente metamorficamente nos séculos XX e XXI, sobretudo na terceira década em que estamos...

Visão da Mãe do Mundo e Hagia Sophia protectora nossa, por Nicholas Roerich
Anote-se em português  dada à luz pela Guimarães Editora, como de costume sem data, A Verdade do Amor, traduzida do francês e prefaciada sobriamente em dezassete páginas  por Álvaro Ribeiro, um dos mestres da escola da Filosofia Portuguesa, que se enraíza bastante em Leonardo Coimbra, autor dum valioso ensaio onde Soloviev e Berdiaef estão bem presentes, a Rússia de Hoje e o Homem de Sempre, 1935. Noutra linha da nossa tradição espiritual temos a tradução prefaciada que José V. de Pina Martins, ainda com o nome de Duarte Montalegre, fez de Nicolas Berdiaeff, O Marxismo e a Religião, Coimbra, 1948. Esperamos acercar-nos ainda de parte da extensa obra de Vladimir Soloviev...
Oiçamos então agora a descrição, com pathos, ou emoção,  feita por Helen Iswolsky da vida e visões iluminativas de Vladimir Soloviev, lida e comentada por mim:

                        

terça-feira, 23 de maio de 2023

Alastair Crooke: A UE está demasiado investida no projeto de guerra ucraniano, 22.V.23. Via António Gil.

                                         

Alastair Crooke nasceu na Irlanda em 1949 e veio a tornar-se um diplomata agente dos serviços secretos ingleses, o MI16,  cerca de 30 anos, retirando-se depois para formar o Fórum dos Conflitos, sediado em Beirute, Líbano, sendo uma das vozes mais lúcidas, sábias e cordatas dos Ocidentais, em especial dos ainda capaz de apreciarem e dialogarem com conhecimento de causa os conflitos mundiais, e em especial com o Oriente e o Médio Oriente. Os seus artigos são sempre bons e muito certeiros e apreciados, embora por vezes longos para o tempo disponível dos leitores. O António Gil costuma divulgá-lo nas redes sociais, o que sucedeu quanto a este no Vk.com, (que recomendo pois não há as censuras e bloqueios do Facebook) e resolvi partilhá-lo, para abrir a consciência e o discernimento a alguns e porque que a direcção da União Europeia, inepta e provavelmente vendida, está não só a desgraçar o futuro dos cidadãos que vivem na União Europeia, como a contribuir para a hecatombe eslava no conflito no Donbas e, por este andar, pela destruição de grande parte da Ucrânia. Para estes insensíveis e vaidosos que dirigem a UE, USA e NATO, a morte, os ferimentos e os sofrimentos de milhões de seres não contam. Apenas as aparências de estarem no topo do poder político e viverem na ribalta  da elite oligárquica, à qual servem contra os interesses e fins últimos dos cidadãos e do planeta.

George Soros e Klaus Schawb, duas das maiores sombras opressivas, e os seus "avençados"

 Segue o texto, e as imagens não existiam no texto original.

 A União Europeia está demasiado investida  no projeto de guerra Ucraniano.

por Alastair Crooke, 22 de Maio de 2023. Via António Gil, no Vk.com, com pequenas modificações; e os acrescentos em colchetes.

«A Ucrânia não é uma questão autónoma de política externa, mas sim o pivô em torno do qual as perspectivas económicas da Europa irão girar. 

 "no seu romance com Zelensky", e o padrinho embevecido.

A União Europeia, por qualquer padrão, está super-investida no projeto de guerra ucraniano – e também no seu romance com Zelensky. No início deste ano, a narrativa ocidental (e da UE) era de que a próxima ofensiva pós-inverno da Ucrânia "quebraria" a Rússia e daria um "golpe de misericórdia" na guerra. As manchetes do MSM [Main stream media, a corrente principal ou dominadora dos media]] contaram uma história regular da Rússia que estaria já na sua última perna. Agora, no entanto, as mensagens do Establishment [Sistema estabelecido, oligárquico] deram uma volta de 180°. A Rússia não está 'na sua última perna'...
Dois meios de comunicação anglo-americanos do establishment no Reino Unido (nos quais as mensagens do establishment americano frequentemente vêm à tona) final e amargamente admitiram: ' Falharam as sanções contra a Rússia '. The Telegraph lamenta : Elas “são uma piada”; “A Rússia já deveria ter entrado em colapso ”.
Tardiamente também, vem surgindo em toda a Europa a percepção de que as ofensivas da Ucrânia não serão decisivas, como era esperado semanas antes.
Foreign Affairs, num artigo de Kofman e Lee, argumenta que, dada uma ofensiva ucraniana inconclusiva, a única maneira de seguir em frente – sem sofrer uma derrota historicamente humilhante – é 'pontapear a lata no caminho' e focar na construção de uma coligação profissional de guerra para o futuro, que possa igualar o potencial de sustentação económico-militar de longo prazo da [santa] Rússia.
“Kofman-Lee constrói lentamente o caso de que qualquer tipo de sucesso dramático ou decisivo não deve ser esperado e que, em vez disso, a narrativa precisa de mudar para a construção de infraestrutura de sustentação de longo prazo para a Ucrânia ser capaz de combater o que agora provavelmente será um conflito muito longo e prolongado”, observa o comentador independente Simplicus.
Simplificando, os líderes europeus enterraram-se num buraco muito fundo. Os estados europeus, esvaziando o que restava nos seus arsenais de armas antigas para Kiev, esperavam sombriamente que a próxima ofensiva da primavera/verão resolveria tudo, e eles não teriam mais que lidar com o problema – a guerra na Ucrânia. Errado de novo: eles estão a ser convidados a "ir ainda mais fundo". 



Kofman-Lee não aborda a questão de saber se evitar a humilhação (NATO e EUA) vale um 'conflito prolongado'. Os EUA 'sobreviveram' à retirada de Cabul [tanto mais que se abotoaram, como já é costume, com milhões de dólares do Afeganistão e que não querem devolver, tal como com a Venezuela e Irão].
No entanto, os líderes europeus não parecem ver que os próximos meses na Ucrânia serão um ponto de inflexão chave; caso a UE não recuse firmemente o "escalonamento da missão" agora, haverá uma série de consequências económicas [ainda mais] adversas. A Ucrânia não é uma questão autónoma de política externa, mas sim o pivô em torno do qual as perspectivas económicas da Europa irão girar.
A blitz [viagem rápida] do F-16 de Zelensky pela Europa na semana passada é indicativa de que, enquanto alguns líderes europeus querem que Zelensky acabe com a guerra, ele – inversamente – quer (literalmente) levar a guerra para a Rússia (e provavelmente para toda a Europa). 

“Até agora”, relatou Seymour Hersh, “[segundo um funcionário dos EUA], “Zelensky rejeitou o conselho [para acabar com a guerra]; e ignorou ofertas de grandes somas de dinheiro para facilitar a sua retirada para uma propriedade [bilionária]que possui na Itália. Não há apoio no governo Biden para qualquer acordo que envolva a saída de Zelensky, e a liderança política na França e na Inglaterra “está muito agradecida” a Biden por contemplar tal cenário”. 


“E Zelensky quer ainda mais”, disse o funcionário. “Zelensky está a dizer-nos que se queremos ganhar a guerra, temos que lhe dar mais dinheiro e mais coisas: “Eu tenho que pagar aos generais”. Ele diz-nos, segundo o funcionário, se ele for forçado a deixar o cargo, “ele vai para o lance mais alto. Ele prefere ir para a Itália do que ficar e possivelmente ser morto por seu próprio povo”.
Os líderes europeus vão recebendo coincidentemente – segundo Kofman-Lee – uma mensagem que ecoa a de Zelensky: a Europa deve atender às necessidades de sustentação de longo prazo da Ucrânia, reconfigurando a sua indústria para produzir as armas necessárias para apoiar o esforço de guerra – muito além de 2023 (para igualar a formidável capacidade de fabricação de armas logísticas da Rússia) e evitar depositar as suas esperanças em qualquer esforço ofensivo isolado.
A guerra está agora, desta forma, projectada como uma escolha binária: 'Terminar a guerra' versus 'Ganhar a guerra'. A Europa vem interagindo, parada na encruzilhada: começando hesitantemente por uma estrada, apenas para reverter e indecisamente dar alguns passos cautelosos na outra. A UE treinará ucranianos para pilotar F-16; e ainda é tímida quanto a fornecer os aviões. Cheira a tokenismo [aproveitamento disfarçado de minorias]; mas o tokenismo costuma ser o pai da invasão da missão. 


Tendo-se aliado sob o governo Biden, a liderança irreflectida da UE abraçou avidamente a guerra financeira contra a Rússia. Também abraçou irrefletidamente uma guerra da OTAN [NATO] contra a Rússia. Agora, os líderes europeus podem-se sentir pressionados a abraçar uma corrida pela linha de suprimentos para equiparar a 'logística' com a da Rússia. Ou seja, Bruxelas foi instada a comprometer-se novamente a 'vencer a guerra', em vez de 'terminá-la' (como vários Estados desejam).
Esses últimos Estados da UE agora estão a ficar desesperados por uma saída do buraco que cavaram. E se os EUA cortassem o financiamento da Ucrânia? E se a equipa de Biden mudar [o seu warmongerismo] rapidamente para a China? O Político publicou uma manchete: O fim da ajuda à Ucrânia vem-se aproximando rapidamente. Recuperá-lo não será fácil. A UE pode ter de financiar um “conflito eterno” e o pesadelo de uma nova inundação de refugiados – esgotando os recursos da UE e exacerbando a crise de imigração que já perturba os eleitorados da UE.
Os Estados-Membros parecem ainda pensar novamente, acreditando parcialmente nas histórias de divisões em Moscovo; acreditando nas 'omeletes mentais' de Prigojine (líder do reputado exército Wagner] ; acreditando que o cozimento lento russo de Bakhmut é um sinal de exaustão de força [já terminado a 21, embora a 23 Kiev continue a dizer que não], em vez de uma parte da paciente degradação incremental realizada pelos russos  sobre as capacidades ucranianas e que está em andamento, em todo o espectro.
Esses Estados cépticos da guerra, fazendo a sua parte simbólica do 'pró-ucranianismo', para evitarem ser castigados pela nomenclatura de Bruxelas [e esta por Biden e os USA], apostam na improvável noção de que a Rússia aceitará algum acordo negociado - e mais do que isso, um acordo que seja favorável à Ucrânia. Por que razão eles acreditariam nisso?
“O problema da Europa”, diz a fonte de Seymour Hersh [notável investigador independente], em termos de um acordo rápido para a guerra, “é que a Casa Branca quer que Zelensky sobreviva”; e 'sim', Zelensky também tem seu quadro de columbófilos de Bruxelas.
A dupla de Relações Exteriores prevê que uma corrida armamentista seria - novamente - bem, 'slam dunk' [boa tacada no basebol]:
“A Rússia não parece bem posicionada para uma guerra eterna. A capacidade da Rússia de consertar e restaurar equipamentos armazenados parece tão limitada que o país depende cada vez mais dos equipamentos soviéticos das décadas de 1950 e 1960 para preencher os regimentos mobilizados. À medida que a Ucrânia adquire melhores equipamentos ocidentais, os militares russos assemelham-se cada vez mais a um museu do início da Guerra Fria”.
Realmente? Esses jornalistas americanos alguma vez conferiram os fatos? Parece que não. Mais tanques foram produzidos na Rússia no primeiro trimestre de 2023 do que em todo o ano de 2022. Extrapolando, a Rússia já tinha fabricado mais de 150-250 tanques por ano, com Medvedev prometendo aumentar isso para 1600+. Embora esse número inclua tanques reformados e atualizados (que na verdade constituem a maior parte), ainda é indicativo de vastas produções industriais.

A UE não discute publicamente essas decisões cruciais que afectam o papel da Europa na guerra. Todos os assuntos delicados são debatidos à porta fechada na UE. O problema com esse déficit de democracia é que as sequelas dessas questões relacionadas à Rússia afectam quase todos os aspectos da vida económica e social europeia. Muitas questões são colocadas; pouca ou nenhuma discussão se segue.
Onde e quais são as “linhas vermelhas” da Europa? Os líderes da UE realmente 'acreditam' em fornecer a Zelensky os aviões F-16 que ele procura? Ou eles estão a apostar nas próprias 'linhas vermelhas' de Washington – deixando-os fora de perigo? Questionado na segunda-feira se os EUA mudaram sua posição sobre o fornecimento de F16s para a Ucrânia, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse: “Não”. Esta edição do F-16 não muda o jogo; no entanto, pode-se tornar a fronteira fina da 'guerra eterna'. Também poderia ser a fina fronteira para a 3ª Guerra Mundial.
A UE encerrará militarmente o apoio ao projecto da Ucrânia (de acordo com as advertências anteriores dos EUA a Zelensky), à medida que a ofensiva ucraniana se esgota – sem quaisquer ganhos?
Qual será a resposta da UE, se convidada pelos EUA a entrar em uma corrida de fornecimento de munições contra a Rússia? Só para esclarecer: reestruturar a infraestrutura europeia para uma economia voltada para a guerra traz enormes consequências (e custos).
A infra-estrutura competitiva existente teria que ser redirecionada de manufacturas para exportação para armas. Existe mão de obra qualificada hoje para isso? Construir novas linhas de abastecimento de armas é um processo técnico lento e complicado. E isso seria um acréscimo à Europa trocando infra-estrutura de energia eficiente por novas estruturas Verdes que são menos eficientes, menos fiáveis ​​e mais caras.
Existe uma saída para o 'buraco' que a UE cavou para si mesma?
Sim – chama-se 'honestidade'. Se a UE deseja um fim rápido para a guerra, deve entender que existem duas opções disponíveis: a capitulação da Ucrânia e um acordo nos termos de Moscovo; ou a continuação do desgaste total da capacidade da Ucrânia de travar a guerra, até que as suas forças sejam ultrapassadas pela entropia.
A honestidade exigiria que a UE abandonasse a postura delirante de que Moscovo negociaria um acordo nos termos de Zelensky. Não haverá solução seguindo este último caminho.
E a honestidade exigiria que a UE admitisse que entrar na guerra financeira contra a Rússia foi um erro que deve ser corrigido.»

domingo, 21 de maio de 2023

Imagens e extratos em vídeo de intervenções na manifestação internacional "We are ready", de unidade anti-Bilderberg, 20-5-23, com destaque para Fernando Nobre.

Fernando Nobre, conhecedor e destemido, transmite o seu verbo e logos.
A manifestação, organizada internacionalmente em mais de 250 locais no planeta, "We are Ready", contra o globalismo nocivo do grupo  Bilderberg (reunido em Lisboa a 20 e 21 de Maio), realizou-se pela tarde de 20-V, nas imediações da Torre de Belém, palco já de tantos eventos valiosos, e teve sem dúvida uma intervenção muita madura, fundamentada, incisiva, realista e utópica, a de Fernando Nobre, um persistente no destemor da defesa cívica da verdade. Nela pôs em causa tanto a ganância e maldade dos líderes políticos e financeiros do Ocidente na pandemia como ainda na geo-engenharia climática, com as "fumigações" (chemtrails) dos jactos e que secam as terras e destroem culturas, acentuando a hubris anti-natural e anti-divina que os rege e os desfigura animicamente, para quem ainda sabe discernir a verdade sob as aparências e luzes artificiais da ribalta e dos media...
 Infelizmente, por falta de bateria, faltaram os dez minutos finais da sua excelente intervenção, que  encontrará certamente noutros vídeos no youtube.   
Destacaram-se também nas suas intervenções de apresentação os  organizadores portugueses, bem como a entusiasta australiana Monique, de quem se podem ouvir no vídeo os minutos finais. Ainda ouvi a valiosa intervenção do grupo espanhol de Direitos Humanos, Liberium, lançado por alguns advogados e que têm realizado uma obra importante de desmascararem as ilegalidades e os crimes cometidos aquando da recente pandemia, pelo governo espanhol e as farmacêuticas, tendo tido oportunidade de ouvir de um deles, particularmente, muitas das causas da mortandade inicial em Espanha e Itália, bem como os pormenores da provável corrupção de Ursula von der Leyder, a quem puseram recentemente um processo em tribunal. 
César Augusto Moniz, o director e realizador do canal Conversas d Alma, falou também bem, transmitndo a sua visão mais de ciclicidade histórica quanto a esta tentativa de nova Ordem global, já que teria existido na Atlântida, chamando mesmo às figuras mais conhecidas ligadas ao Fórum Económico Mundial e ao clube de Bilderberg, seres reptilianos, apanhados por forças das trevas, numa linguagem algo esotérica e de conhecedor das dimensões (sempre algo nebulosas) dos extraterrestres (que estão certamente muito acima dos pretensos controles de humanos), que mesmo assim colheu bastantes aplausos. Estudioso das descobertas cinetificas actuais, Contrapôs ainda a dimensão do campo unificado de energia consciência, bem como a importância do quase omnipresente ADN e que está sob ameaças de controle e manipulação pelos novos aprendizes de feiticeiros da pretensa Nova Ordem, com as suas vigilâncias, controles e manipulações digitais e orgânicas.  Terminou optimisticamente, tal como Fernando Nobre, apelando à nossa dimensão espiritual e divina invencível e que está no nosso coração, com o qual devemos sintonizar mais.
Estiveram presentes cerca de 400 pessoas, e entre algumas poucas pessoas conhecidas e amigas encontrei um casal amigo antroposófico, resistente às manipulações vacinais e transgêndricas,  e à  narrativa oficial parolada por Milhazes, Rogeiro e Mendes, discernindo o papel fundamental da Rússia na defesa da natural e verdadeira civilização humana. As intervenções seguintes já não ouvi.
Seguem-se algumas fotografias e o pequeno vídeo, recomendando ouvir-se por inteira a intervenção de Fernando Nobre, que ainda cumprimentei no fim da intervenção...
 
Chegar mais cedo, e presenciar  a preparação e a afluência moderada...






Monica, australiana, co-organizadora...

Um dos organizadores portugueses, ambos com bons discursos...


                        











Duas grandes almas, uma já mártir, John Lennon, e outra em vias de se tornar, numa crucificação lenta em prisão inglesa, Julian Assange. É um dos mais evidentes sinais e provas da maldade opressiva do imperialismo anglo-americano e dos seus aliados e comparsas... Vergonhoso... E ainda falam de democracia e liberdade de jornalismo... Lutemos nós corajosamente por elas!