Duas pinturas do russo Nicholai Roerich, acrescentadas ao passar o poema para o blogue |
Os guerreiros têm por vezes de parar
mas eles nem sabem bem porquê:
Muitas vezes são-no sem realizar
que toda a vida é incessante lutar.
Escrevias o texto e
o vaticínio certeiro
recolhido na torre meditativa mais alta,
Esquecias-te que eras ainda assim guerreiro
e de quando em quando o sangue tem de voar.
O grito do ulema e do alcorão da mesquita,
ou o sino grave do esguio campanário,
não cantam mais alto ou longe no seu fadário
que o teu grito lancinante, ò alma no caminho.
É tão difícil chegar à Terra dos Imortais
Que os seres a colocaram num distante céu,
Mas é no sofrimento e aspiração, ò peregrino,
que galgas limites e te aproximas do Templo.
Na tua imobilidade forçada e ao meditar
sente a tua espada
retemperar-se e vibrar
para o teu corpo-alma na Luz ressuscitar.
Sendo tantas as lesões e as manchas roxas,
que a serenidade
amarela da face e da mente
acolha a visitação da morte e renascimento.
Ao passares pelas memórias acumuladas
e nódoas de sangue a esponja do Amor,
Conseguirás doar ao teu
corpo o seu frescor
e à mente a finura transparente ao Espírito?
Luta e medita, escreve e ama, ajuda e adora!
De Nicholai Roerich, um dos notáveis representantes da grande alma Russa, Hagia Sophia na Euroásia... | |
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