Realizou-se na Academia Tubuciana de Abrantes, a 18 de Outubro de 2025, uma bem interessante sessão com a presença de alguns académicos, os oradores convidados e algumas poucas pessoas, com comunicações e diálogos valiosos. Nesta gravação podemos ouvir a apresentação do tenente-coronel Pedro Tinoco de Faria (n. 2-II-1962), que interviu ainda algumas vezes, gravadas posteriormente, numa dela expondo mesmo o seu programa político, a sua visão do que deveria ser um verdadeiro Presidente da República. Oiçamos esta candidato que tem sido menoprezado pelos meios de informação tão alinhados ou vendidos a outras figuras ou partidos, mas que merece o nosso voto, não útil, mas consciencial, espiritual...
Livros, Arte, Amor, Religião, Espiritualidade, Ocultismo, Meditação, Anjos, Peregrinar, Oriente, Irão, Índia, Mogois, Japão, Rússia, Brasil, Renascimento, Simbolismo, Tarot, Não-violência, Saúde natural, Ecologia, Gerês, Nuvens, Árvores, Pedras. S. António, Bocage, Antero, Fernando Leal, Wen. de Morais, Pessoa, Aug. S. Rita, Sant'Anna Dionísio, Agostinho da Silva, Dalila P. da Costa, Pina Martins, Pitágoras, Ficino, Pico, Erasmo, Bruno, Tolstoi, Tagore, Roerich, Ranade, Bô Yin Râ, Henry Corbin.
domingo, 19 de outubro de 2025
quinta-feira, 16 de outubro de 2025
O prefácio de Pina Martins ao "Marxismo e Religião", de Nicolas Berdiaeff. Ou como o Liberalismo globalista e ateísta é o adversário actual principal da religião e do cristianismo.
Nestes tempos de cacofonia provinda de tanta gente impreparada, de tanta democracia que é mais uma ruídocracia (como lhe chamava Afonso Cautela), manipulada de interesses e partidos espalhafatosos e conflituosos, há que tentar elevar-nos a níveis mais filosóficos ou doutrinários e apresentar e redescobrir análises, ideias valiosas e valores primordiais e perenes que tornam os seres humanos persona, isto é, por onde soa o espírito, e que ao longo dos séculos tantas vezes
brilharam, embora estejam hoje encobertos, esquecidos ou mesmo
perseguidos por um pragmatismo relativista e niilista que podemos
chamar infrahumanista, ao reduzir o homem ao animal consumidor e manipulado e automatizado, sem identidades ou referências tradicionais de género, família, nação, religião.
Se nos anos trinta a cinquenta se podia traçar um campo de batalha entre o Ocidente e o mundo soviético, ou mesmo entre o Cristianismo e o Materialismo ateísta, com o desabar da comunismo soviético, não vimos crescerem os valores cristãos nas sociedades ocidentais mas sim os económicos neo-liberais pragmáticos e em grande parte indiferentes à justiça social e internacional e à situação psíquica e espiritual das pessoas.

Quem reflectiu com grande acuidade e profetismo sobre tal confronto, pois conheceu-o in loco desde o seu início, foi Nicolas Berdiaeff (1874-1946, biografado sumariamente em https://pedroteixeiradamota.blogspot.com/2025/08/os-mestres-universais-russos-nicolas.html ), e que, depois de uma trajectória marxista evoluiu para o espiritualismo e anti-materialismo, foi convidado a sair da Rússia em 1922, com mais alguns intelectuais valiosos, tais Sergei Bulgakov e Ivan Ilyin, assim destinados a exportar a grande alma russa para o Ocidente. Passando pela Alemanha será em França onde estabilizará desde 1924 e se relacionará fecundamente com intelectuais, teólogos e editores tornando-se uma voz importantíssima da Rússia sagrada, um filósofo existencialista, esoterista e místico cristão ortodoxo e universal muito lido e discutido.
Até às praias lusitanas chegaram as suas mensagens e delas fizeram eco, entre outros Leonardo Coimbra e José Vitorino de Pina Martins, que traduziu mesmo o Marxismo e a Religião em 1948, ainda sob o pseudónimo de Duarte de Montalegre, para a colecção Mensagem, iniciada em 1941, com Pergunta de Pilatos, do mesmo Duarte Montalegre, isto é, José V. de Pina Martins. Sabe-se pouco desta aventura editorial, Mensagem. Pensamento e Doutrina, que assinalava na folha preliminar ter a direcção de José Charters e José Vitorino de Pina Martins, e o fino livrinho leva o prefácio da página 9 à 30, seguindo-se a obra de Berdiaeff, até à página 118. O exemplar consultado foi oferecido por Pina Martins numa dedicatória na sua letra espraiada, jovem de 28 anos, ao Dr. Pinheiro Torres, Ilustre Director da Ordem.
O prefácio, hoje em dia
em várias partes datado ou ultrapassado, pois, por exemplo o espectro do comunismo avassalante esfumou-se, ainda que alguns pobres diabos ocidentais mais gananciosos explorem a russofobia e o insuflem, ganhando algum dinheiro e apoio com isso, contém porém bastante idealismo cristão, sabedoria perene e crítica corajosa, que anunciavam o grande humanista português que ele viria ser, que vale a pena meditar.
José V. de Pina Martins, ao traduzir e prefaciar a obra de Berdiaeff clama sobretudo pela reabilitação do homem, denunciando a via perditionis, anti-humana e anti-divina do totalitarismo, então do comunismo e hoje o do imperialismo e globalismo ocidental do petrodolar e do sionismo, das indústrias farmacêuticas e dos armamentos, que acabaram por se tornar entidades opressivas, tirânicas, ou mesmo "diabólicas" ao serem adversárias, ou negarem o princípio da liberdade individual, forçando as pessoas a serem vacinadas, a alistarem-se para a guerra, a suportarem os gastos públicos extraordinários para armamentos, em detrimento da saúde física e psíquica e a prosperidade equitativa.
As análises das causas, na linha do que Berdiaeff e de Jacques de Maritain teciamam, discenidas por Pina Martins no crescimento de aceitação do materialismo histórico no Ocidente nos anos quarenta, continuam hoje aplicáveis em grande medida ao neo-liberalismo, ao imperialismo norte-americano, ao sionismo. Transcrevamos então algumas delas da sua valiosa introdução:
«Fácil foi aos agitadores comunistas realizar este trabalho de propedêutica psicológica e demagógica, dado que o mundo capitalista oferecia e ainda oferece o desolador panorama de uma hierarquia injusta e ilógica, com nítido pendor oligárquico, que leva à plutocracia, por um lado, e à escravização daqueles que nada possuem. O facto dos representantes do poder espiritual se terem esquecido, tantas vezes, de cumprir a sua missão, pelo que diz respeito à assistência dos humildes, e ainda estoutro facto de, frequentemente, se aliarem com as forças do capitalismo e do poder temporal no desrespeito ou esquecimento dos mais sagrados imperativos divinos- e a religião resume-se na caridade – contribui muito para a condensação do clima revolucionário em que se geram ou podem gerar todos os atropelos e todas as inversões, ainda os mais monstruosos, quais sejam os do materialismo económico.
Continuando a comentar a «demonstração brilhante e meridiana» do filósofo russo Berdiaeff, Pina Martins não se detém na crítica ao marxismo e materialismo e aponta certeiro, embora algo inflexível na sua ardência militante e de apostolado cristão juvenil ao Ocidente de então (e de hoje o liberalismo, a iniciativa liberal: «a perigosíssima heresia do individualismo liberal deixou, ao homem, a falsa liberdade de profissão religiosa, segundo o critério arbitrário de cada um, como se, perante a Verdade incriada e as inumeráveis mentiras fantasiadas pelo capricho humano, houvesse direito de opção. Isto estava na lógica rigorosa da essência agnóstica liberal e redundou, efectivamente, no sobredomínio do laicismo ante o magistério tradicional da doutrina cristã. Porquanto, partindo do pressuposto de que a religião é um problema de carácter apenas particular, fatalmente se há-de seguir e prosseguir no sentido de luta religiosa [ou talvez apenas menosprezo ou desprezo dela], pois a concepção cristã é absorvente e não admite, de modo algum, transigência, vacilações ou quebras morais.»
| Pina Martins, jovem |
Considera pois Pina Martins o liberalismo (expressão que usa sempre em vez de social-democracia, a qual Berdiaeff, mais crítico e até profético, utilizava bastante) um "escalracho daninho da heresia", e cita a condenação que o papa Pio IX lhe fez ou ainda o que Giovanni Gentile confessou na Mia religione: «O erro da Reforma, como viram bem os nossos pensadores do Renascimento, foi aquele de terem querido fazer da religião um assunto privado daquele indivíduo fantástico [ou fantasmático], que não é homem, espírito, mas um simples fantoche do homem colocado na espacialidade e temporalidade da natureza.»
E continuando na sua crítica forte e profética do liberalismo: «Eis o motivo por que, no nosso tempo, e mais perigosa do que a própria propaganda comunista, a doutrinações de certos católicos responsáveis, alguns com a cotação de pensadores e até filósofos, os quais não hesitam fazer a profissão de fé do seu cristianismo liberal, esquecidos, pelo menos, de dois factos: 1º que é em nome do liberalismo ideológico que a Igreja tem sido perseguida tantas vezes através da história e que o liberalismo é de natureza herética, perante o lídimo sentido da ortodoxia católica; 2º que pregar o liberalismo como adjuctório ou panaceia da cristianização é cair no paradoxo sacrílego de querer aliar Deus com o diabo, a Verdade com a mentira e preparar destarte, sob o pretexto de espalhar a fé e a caridade, o advento do anti-cristianismo que, na hora presente, se confunde com a ideia marxista-leninista»
Substitua-se hoje a ideia marxista-leninista pela do neo-liberalismo ou mesmo a social-democracia, na sua dimensão oligárquico globalista, e compreenderemos como o Ocidente se deixou infiltrar e tomar por tal ideologia relativista que na sua última versão foi denominada woke e que até há dois anos, comandada pelo presidente dos USA e a sua agência USAID corrompia e degenerava tantos grupos e nações, e ainda hoje se mantendo forte nas agendas da União Europeia.
Após citar algumas linhas do fantasmático e zelota Apocalipse, que não foi escrito pelo apóstolo João, valorizado como profético, aceitando a errada identificação de passagens do (Mosch) e Tobol (Tobolsk, na Sibéria), com a pretensão invasão da Europa pelos príncipes de Moscovo, algo que os que odeiam mais a Rússia invocam com regularidade (por vezes mesmo sacerdotes), José V. de Pina Martins aproxima-se do filósofo russo na contemporaneidade, citando Michel F. Sciacca que «chama a Nicholas Berdiaeff o pensador da transfiguração e divinização do homem", mas esclarece que é necessário «confessar, todavia, que essa transfiguração e essa divinização só podem efectivizar-se mediante Cristo, cabeça do corpo místico de que o homem é uma participação limitada", travando ou recusando assim excessivas ou exageradas divinizações do homem, ou melhor, realizações espirituais.
Do livrinho de Nicolas Berdiaeff, dividido em O Marxismo (A Origem filosófica do marxismo, A Ideia fundamental do marxismo, A Religião, ópio do povo, As Contradições do marxismo) e a A Religião do Marxismo (A Ideia do messianismo proletário, A Religião não é um assunto particular), transcrevamos dois dos passos mais ardentes ou significativos, e meditemos para os assimilar ou realizar intimamente melhor: «A personalidade humana tem, para o cristianismo, um significado absoluto: a alma humana tem mais valor que todos os reinos do mundo. A vida espiritual do ser humanos não pertence já, no seu todo, à sociedade; qualquer que seja a sua forma, está ligada à Igreja e não Estado, pertence ao Reino de Deus e não ao Reino deste mundo. Na base do cristianismo há o amor ao próximo, o amor do homem», e o parágrafo final: «Novos métodos são necessários para proteger o cristianismo, porque os antigos o comprometem. Só um cristianismo purificado, espiritualizado, aprofundado, que tome consciência dos seus deveres criadores tanto na cultura como na vida social, poderá vencer o espírito anti-cristão». Assim seja...
quarta-feira, 15 de outubro de 2025
A Utopia de Thomas More, por José V. de Pina Martins. Vídeo da tradução comentada do prefácio ao livro. João de Barros e o valor das fábulas e utopias.
José Vitorino de Pina Martins, em 1983, homenageou Thomas More, publicando em francês Thomas More au Portugal, onde reúne dois estudos, um mais breve do seu amigo Fernando de Mello Moser, intitulado La Très ancienne renomée de More au Portugal, e outro seu, L'Utopie de Thomas More au Portugal (XVI et début du XVIIª siècle), prefaciando-os com um texto também valioso, que resolvemos lê-lo e traduzi-lo em simultâneo, como pode ouvir em duas partes no Youtube. Muitos outros textos dedicou ele a Thomas More, que se tornou mesmo o seu humanista preferido, logo após Pico della Mirandola, Erasmo, Sá de Miranda e Damião de Goes, mas acabou por ser este em francês o que escolhi para traduzir e acrescentei-lhe alguns breves comentários que me brotaram espontaneamente.
À introdução de nove páginas, assim lida e traduzida, segue-se no livro transcrição do texto de Fernando de Mello Moser de nove páginas, onde apresenta os elogios de sete humanistas portugueses a Thomas More, e depois em trinta e seis páginas o ensaio de José V. de Pina Martins. As últimas quatorze páginas contêm textos de Damião de Goes e Jerónimo Osório, sobre Thomas More, em latim, e traduzidos em francês.
Por fim, conclui-se com a defesa do valor das fábulas e utopias que o historiador e admirador de Erasmo, João de Barros (1496-1570) teceu no seu culto prefácio à Década Terceira, da Ásia, e que pela sua grande qualidade resolvemos em sintonia com o nosso querido amigo e sábio José de Pina Martins transcrever para este blogue e para a net. até pela afirmação da cavalaria de Amor e da Philosophia Perenis: «Fábulas são as de Homero em nome, e argumento; mas nelas vai ele enxertando o discurso da vida activa e contemplativa, e por isso o proémio das Pandectas do Direito Civil lhe chama o Imperador Justiniano pai de toda virtude. E Macróbio diz dele, que é fonte, e origem de todas divinas invenções, porque deu a entender a verdade aos sapientes debaixo de uma nuvem de ficção poética. Fábula é a Ciropédia de Xenefonte; mas nela quis ele debuxar, que tal havia de ser um Rei em o governo do seu Reino, e por isto era este livro o familiar por que [ou onde] estudava Cipião, e Cícero andando na guerra. Fábula moderna é a Utopia de Thomaz Moro; mas nela quis ele doutrinar os Ingleses como se haviam de governar. Fábula é o Asno de ouro de Apuleio; mas no discurso dele mostra quão brutos animais são os homens que andam ocupados e envoltos em vícios, e fora deles ficam racionais em vida. Fábulas é a multidão das que escreveu o Filósofo Esopo; mas nelas estão pintados todos os afectos humanos, e como nos havemos de haver neles. Fábula é a Tábua do Filósofo Cebes ; mas nesta pintura está todo o processo da vida justa, e perfeita. Todas estas, e outras escrituras, ainda que sejam profanas, e de argumento fingido, quando vão verdadeiras em todas as partes, e afectos, que lhe convém, são muito aceitadas e recebidas de todos os doutos Barões; porque vendo eles com quanto fastio das gentes se recebiam a moral doutrina em argumento descoberto,e grave, ao modo de Platão, e Aristóteles, entenderam que os Escritores, que seguiram este género de escritura tiveram por fim dar na doçura da fábula o leite da doutrina; e por isso quando liam as tais escrituras, lançavam a casca do argumento fora, e gostavam do fruto da interior erudição. Mas escrituras, que não têm esta utilidade de lição, além de se nelas perder o tempo, que é a mais preciosa coisa da vida, barbarizam o engenho, e enchem o entendimento de cisco com a enxurrada dos feitos e ditos que trazem. E o que é mais para temer, escandalizam a alma, concebendo ódio, e má opinião das partes infamadas por eles. (...)»
Fiquemos a relembrar os doutos Barões, designação que nos reenvia para os Cavaleiros de Amor da tradição espiritual perene, europeia e portuguesa, e que devemos continuar e ser, e um dos passos de Pina Martins sobre a Utopia:«Nada impede evidentemente um socialista ou um comunista de ver na organização ideal da Utopia o anúncio maravilhoso dos amanhas que cantam. Os cristãos, mesmo aqueles que se batem mais arduamente pela justiça social, pensam que ela só existe no Reino de Deus, e Thomas More - não enquanto autor da Utopia mas em quanto cristão autêntico - partilhava a fé deles, a ponto de morrer por ela, e o seu martírio testemunha-o. Os que não creem no papel soteriológico da Fé, dessa Fé, mas pensam que a Justiça pode reinar no mundo, esses consideram a Utopia uma previsão dos tempos novos e incluem-na entre os textos percursores duma sociedade perfeita. Também Thomas More, santificado pela primeira Roma, também o é pela terceira pois o seu nome foi glorificado pelos construtores do socialismo soviético.» Nesta linha de pensamento se inclui nos nossos dias o filósofo e geoestratega russo Alexandre Dugin, tal como a sua filha e também ela mártir Daria Dugina.
Possam todos os grandes seres nomeados, doutos barões e sapientes, influenciar e inspirar mais os portugueses e europeus nestes tempos de crise forte do humanismo no Ocidente algo infrahumanizado.
terça-feira, 14 de outubro de 2025
O Festival Europeu "O Mundo que nós Escolhemos". Catálogo. Participantes, actividades e conferências. Linhas de força alternativas duma nova Era esperançosa consciencial e ecológica
Tendo participado durante os três dias e convivido com várias pessoas valiosas, e tendo partilhado algumas das suas mensagens em escritos, cartas e conversas, mesmo assim muitas não foram mencionadas, e basta lembrar que havia cerca de 500 pavilhões.
Tendo finalmente encontrado o catálogo do Festival, um in-4º de 85 páginas, vou resumi-lo e mencionar as pessoas, actividades e pavilhões ou stands, pois na internet quase nada se encontra e a História humana preserva-se e aprende-se na transmissão dos registos mais ou menos fidedignos dos acontecimentos e seus intervenientes...
Nos agradecimentos iniciais do catalogo é muito bem exposta a visão causal do que se estava a celebrar e debater: «Se as vias são múltiplas e diversificadas, por vezes mesmo contraditórias ou inconciliáveis, parece claramente que a melhoria das condições de vida sobre a Terra devem necessariamente responder às cinco condições que por ocasião do Festival desejamos afirmar claramente: consciência ecológica, crescimento pessoal, não-violência, dimensão comunitária da vida (e promoção dos mais desfavorecidos), autogestão.
Pertence a cada um de nós, através do nosso empenho pessoal na vida diária, de fazer a demonstração e de participar na irreversível conspiração em doçura, que levará firmemente o nosso mundo, em crise de crescimento, para um futuro à altura do seu destino».
Segue-se um pequeno texto, com algumas diferenças, em inglês, flamengo e francês, valioso também de ser transcrito para vermos a consciência holística então em grande força na Europa mais culta e avançada consciencialmente. Infelizmente sabemos como o capitalismo, o liberalismo e o imperialismo sabotaram quase todas as melhores semente e realizações mundiais.
«The present decade is a period of high tension, crucial chalenge and change for mankind. If disaster is to be avoided, major adjustment are necessary in global economy, ecology, food production, ressource use, disarmment, as well as in education and personal development. Because so many problems are becoming acute at the same time, they blend in a mega crisis in which no problem can be dealt separatly. A new approach is needed, which involves a major shift in our ways of seeing and doing things. Now more than ever, there is an oportunity to propose, develop and build new creative policies and structures more responsive to global huma need and to the long term requirements of the planet's ecosystem. Thousands of organizations of concerned people throughou the world have been conscious of the global crisis and have been respondding with activities to increase awareness and to offer positive alternative sugestions for a humane world... Their convergence can greatly strenghten their impact. It is time for the collective voices to be heard.»
Tradução: «A presente década é um período de alta tensão, desafios cruciais e mudanças para a humanidade. Para o desastre a ser evitado, são necessários grandes ajustamentos na economia global, ecologia, produção de alimentos, uso de recursos, desarmamento, bem como na educação e desenvolvimento pessoal. Dado que tantos problemas estão a tornar-se agudos ao mesmo tempo, eles misturam-se numa mega rise na qual nenhum problema pode ser tratado separadamente. É necessária uma nova abordagem, que envolva uma mudança significativa nas nossas formas de ver e fazer as coisas. Agora, mais do que nunca, há uma oportunidade de se propor, desenvolver e construir novas políticas e estruturas criativas que respondam mais às necessidades humanas globais e aos requisitos de longo prazo do ecossistema planetário. Milhares de organizações de pessoas preocupadas em todo o mundo têm consciência da crise global e têm respondido com atividades para aumentar a consciencialização e oferecer sugestões alternativas positivas para um mundo mais humano... A sua convergência pode fortalecer enormemente o seu impacto. É hora de as vozes coletivas serem ouvidas.»
Segue-se a descrição das Animações que se realizaram: Novos Jogos, com a norte-americana Janet Spector que vivia na Holanda./ Animação para Crianças, com Janet Spector e Lex Van Someren, que dinamizou também mímicas, palhaço e movimentos./ Danças Folclóricas, com o grupo Courtraisten "Den Eglantier"./ Danças Sufis com Sarawasti e Prajapati O'Neil./ Tai Chi, com o mestre Kuo-Chi/ e Aikido, com o Sugano Senzei./
Das Conferências, registemos: Ordem dos Rosa Cruz./ As transformações segundo Y Ching e a Sabedoria Chinesa, por Ezechiel Saad./ Unidade e Diversidade, por Solange Demeyer./ Ecologia, Alimentação e Vida moderna, por Bernardo Gentil./ Silva Mind control ou psico-orientologia Silva./ A Vida serviço, a Trindade da Esperança, por Michael A. Daddio./ A Árvore da Vida, Rowena Pattee./ - Pompedia de diálogo planetário, por Harrie Smeets./ "A Fome, eu jamais?", filme realizado por Irmãos dos Homens, Internacional e Terra dos Homens./ Escolher ou sofrer a informática, por Edouard Houtart, director do CREDOC./ O caminho da vida opera, ou A maneira na vida funciona, por Lindsay Rawlings, co-presidente da Human Unity Conference./ Como a publicidade mata o interhumano, por Luís Darms./ A imagem das mulheres e dos homens nos manuais escolares, por Rita Demonceau-Bonjean./ Homeopatia, medicina para o Mundo que nós escolhemos, por Jacques Grosjean./ A comunidade de Findhorn, uma vila planetária, por Michael Lindfield./ Para uma outra defesa pelo transarmamento, Robert Dedouai./ Uma economia extra Nações Unidas, para todos os seres, Peter Kooistra./ Esperanto, um instrumento de comunicação transnacional, por Marc Demont./ A drenagem linfática segundo o Dr. Vodder, por Evelyne Selosse./ Resiliência não-violenta, por Patricia Patfoort./ Os benefícios dos vegetais crus, por Jan Dries./ A importância das palavras neste mundo que nós escolhemos, por Jeannine e Guerino./ Cura por um modo de vida natural, pela irmã Myrian Verwilghen./ Existe um esoterismo científico: a resposta é a psicologia, por Pierre Lux, neuro-psiquiatra.
Vídeo: A Natureza da Mente: Discussão entre Krishnamurti, David Bohm, John Hidley./ Conferências: As cooperativas, um corrente que se reinicia, pelo Ita Gassel./ A comunidade de Eourres em França, por Gilles Roy./ Ser à escuta das pessoas, por Alfredo Vanesse./ A escravatura [ou tirania, asservisement] médica, pela Liga Nacional para a liberdade das vacinas da Haute Garonne, na qual se questionava: "Podemos libertar-nos da escravidão médica? Sim, por uma procura de informação séria e por uma tomada de consciência das verdadeiras causas da doença."/ Saúde da Pessoa, Saúde do Mundo, por Georges Demaitre, presidente do centro Gandhi em Bruxelas./ O Método natural de planeamento familiar, por Gerard Loriaux./ O Yoga e o Ocidente, por André van Lysebeth, com demonstração./ A Luz interna consciência, o meta-humano, por Michel Greeman, coordenador da Inner Light Consciousness na Bélgica [fundada por Paul Salomon, educado nos Baptistas e dava mensagens em transe; organização algo pró-sistema]/ A Luz Interna Consciência [do mesmo], a meta-mens, por Gerda Van Wenen./ Trabalhando no conhecimento e no ser, por Eric Mayeur./ O trabalho, a sabedoria e o Homem, por Ignace Vandaele./ A árvore da vida, filme de animação por Rowena Pattee./ Quarto Mundo, referência dum mundo para o homem, por André Modave.
Conferências e filmes no grande auditório, no Palácio 7, hall 7: Filme de longa metragem, "L'Homme aprés l'Homme", da televisão indiana, com intervenção de Satprem [discípulo de Sri Aurobindo e da Mother] e Indira Gandhi. [https://www.youtube.com/watch?v=l4bWn3g5BsI]
Conferência de Jean Charon, "Rumo ao homem do plano duplo: racional e intuitivo." Sobre as propriedades neguentropicas dos electrons que seriam o elemento espacio-temporal portador do espírito no nosso universo.
Conferência de Bernard Benson, "Guerra ou Paz, a escolha pertence-nos", onde transmitiu a sua convicção de que podemos escolher a paz, e os seus projectos de levar crianças aos chefes de Estado com mensagens de paz.
Conferência dos professores Agnes Lejnowicz, e de Allain Gauthier , "O Sol, como modelo de inteligência para a organização da vida." Ligados ao ensinamento de Omraam Mikael Aivanhov.
Conferência de Peter Schmidt: "A Arquitectura na emergência duma cultura nova".
Música e canções de hoje. Espectáculo musical do grupo EPISODE, com Maria de Martynoff, Yves Uzureau e o grupo flamengo SNAAR.
Meditação criativa: Luz e Paz. animada por Michael A. Daddio, Herman Elegast e Gudo Cassiman.
Interpretação teatral do Livro da Paz de Bernard Benson, por cinquenta crianças.
Debate: Passagem à Planetarização, moderado por Michael Greenman, e com Donal Keys, o Iniciador do Congresso Planetário a realizar em Toronto, em Junho; Michael Lindfield, da Fundação de Findhorn, coordenador da Iniciativa Planetária na Europa; Raymond Dury, membro do Parlamento Europeu, Thomas Okelo Odongo [faltou], e Bernard Benson, autor do Livro da Paz.
O debate quer explorar por um lado a necessidade de um reforço do poder real dos organismos internacionais como meio para assegurar a segurança e a cooperação internacional, por outro lado, a educação global ou o desenvolvimento duma consciência planetária indispensável à emergência duma nova atitude permitindo a síntese entre a autogestão e a cooperação.
Segue-se no catálogo a apresentação biográfica dos principais conferencistas. Jean Charon, Bernard Benson, Peter Schmidt (Roma, 1935) Donald Keys, Thomas-Okelo-Odongo, Raymonde Dury, Michael Lindfield, o coordenador europeu dos Planetary Citizens.
A Participação das Escolas constava de desenhos, dissertações, inquéritos, poemas, que foram resumidos em duas páginas.
Lista dos expositores por ordem alfabética e com o número do stand.
Houve também diariamente os networking meetings, os encontros de rede, numa sala, divididos pelos temas: paz e não-violência, crescimento pessoal, consciência ecológica, vida cooperativa ou comunitária e auto-gestão.
Por fim, da pág. 49 à 81 do catálogo, a lista, directório ou reportório dos participantes, onde destacamos Brunner, Ruth (Institute for Planetary Syntesis, e com quem fiz amizade e correspondência); Goetmann, Alphonse e Rachel (centro Betâmia, onde fui estar uns dias depois); Greenman, Michael & Donna (Inner Light Consciousness); Michel, Yves (Editora Soufle d´Or e Evéil a la Conscience Planetaire, bom amigo e em cujo centro em Chamarande estive duas vezes); Melikina, Monik, artista, pintora;/ Mota, Pedro (professor de yoga e militante ecológico); Patte, Rowena, artista (com quem dialoguei bem); Pelissier, Helene (Findhorn, Evéil a la Conscience Planetaire, e com quem fiz amizade e diálogos); Thelman, Key en Niko (Iniciativa Planetária).
Duas das páginas dos participantes, e onde estou mencionado.
E eis o catálogo resumido, e um pouco da história das movimentações e ideias alternativas valiosas dos anos oitenta, tão esperançosas mas que politicamente iriam ser algo marginalizadas dos centros de poder político. Já publiquei alguns artigos no blogue relacionados com a Iniciativa Planetária e este Festival O Mundo que nós escolhemos...
segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Macron escondeu ou roubou milhões. O acordo Rothschild para a Pfizer/Nestlé. Um escândalo do Estado. Video de um inquérito explosivo, pelo L' Actu integrale.
Este vídeo baseia-se em investigações jornalísticas sérias para analisar as suas declarações de património, as suas transações e o desaparecimento da sua carteira de ações.
Plano
[0:31] – Capítulo I – Declarações de património anormalmente baixas
2014: Macron substitui Arnaud Montebourg como ministro da Economia e deve declarar seu património à HATVP, Haute Autorité pour la transparence de la vie publique.
Declaração oficial mostra um património muito baixo e permite que ele escape do ISF, até uma correção fiscal.
Histórico: Macron entra no grupo Rothschild em 2008 como banqueiro de investimentos, e torna-se sócio-gerente graças a David de Rothschild, o que lhe permite receber dividendos significativos.
Apesar de um património considerável (apartamento no 15º bairro, casa de Brigitte Macron em Le Touquet).
As explicações de Macron sobre suas declarações (trabalhos de Brigitte, reembolso de empréstimos) são desmentidas pela Off Investigation.
O advogado tributarista Jean-Philippe Delsol alerta a HATVP e o procurador François Molins, sem sucesso.
[7:26] – Capítulo II – O acordo Pfizer/Nestlé "esquecido"
Em 2012, Macron fechou um acordo no Rothschild para a Pfizer/Nestlé, uma transação no valor de 9 bilhões de euros.
Emmanuel Macron consegue realizar o negócio graças às suas relações com Peter Brabeck (Nestlé) e Jean-Michel Darrois (advogado), que ele conheceu da comissão de Jacques Attali de 2007.
Segundo as suas declarações oficiais, ele não teria recebido nada por essa operação. Mas a investigação realizada por Christian Savestre para a Blast afirma que isso não é credível.
Este especialista em evasão fiscal propõe três hipóteses:
Renúncia voluntária ao bónus
Pagamento antecipado
Pagamento através de outra entidade Rothschild num paraíso fiscal (Trust)
Nem o palácio do Eliseu nem os banqueiros Rothschild confirmam essas informações.
De 2008 a 2012, a carteira de ações de Macron desaparece.
Segundo Christian Savestre e a investigação do sítio jornalístico Blast, os montantes são consideráveis: milhões de euros!
A HATVP, a Haute Autorité pour la transparence de la vie publique, nunca teria pedido contas sobre essas transações.
Fontes principais:
Blast – Investigação sobre as ações ocultas de Macron no Rothschild:
https://www.blast-info.fr/articles/20...
Blast – Os milhões que se evaporaram no negócio Nestlé/Pfizer:
https://www.blast-info.fr/articles/20...
Vídeo de investigação Blast. Que Macron se demita rapidamente e convoque eleições....
domingo, 12 de outubro de 2025
Poesia russa contemporânea: Iulia Fedorinova, Lá onde os sonhos são feitos. Trilingue. Com uma pintura da "Tangla, canção de Shambhala" de Nicholai Roerich
Eis um valioso poema cheio de fogo de uma poetisa russa, Iulia Fedorinova, de Kursk. Está acompanhado de uma pintura de Nicholas Roerich intitulada Tangla: Canto de Shambhala, de 1943, na qual um monge budista contempla os Himalaias orientais, e entoa um canto ou invocação de Shambhala, o reino ou plano espiritual mais elevado, invisível, sobre os Himalaias. Inspirada por esta imagem, e uma frase dum livro do Agni Yoga, "Lá onde os sonhos são feitos", Iulia entoou a sua canção poema, entusiasmando-nos a avançar, por entre as dificuldades e ataques, para este plano de Luz, de Aurora...
Oiçamos esta voz bela e sábia da Rússia perene, numa frágil tradução portuguesa (e inglesa), baseada em tradutor automático, e aperfeiçoada por dicionário e bem dialogada com Iulia, e animada com o nosso (meu e de muitos portugueses) grande amor à Rússia sagrada e abnegada e às suas almas ou gentes tão luminosas.
Оттуда, где сны создаются. ЛСМ.
Вот
ценное, полное огня стихотворение русской поэтессы Юлии Федориновой из
Курска. Его сопровождает картина Николая Рериха под названием "Тангла:
Песнь Шамбалы", 1943 года, на которой буддийский монах созерцает
Восточные Гималаи и поет песнь или призыв к Шамбале, высшему духовному,
невидимому царству или плану над Гималаями. Вдохновленная этой картиной и
фразой из книги Агни Йоги "Там, где рождаются мечты", Юлия исполнила
свою песню-поэму, воодушевляя нас двигаться вперед, сквозь трудности и
атаки, к этому плану Света, к Авроре...
Послушаем этот прекрасный и
мудрый голос вечной России в хрупком португальском переводе, основанном
на машинном переводе и доработанном с помощью словаря, а также хорошо
прокомментированном, но одушевленном нашей (моей и многих португальцев)
великой любовью к святой России и ее таким светлым душам или
людям.Послушаем этот прекрасный и мудрый голос вечной России в хрупком
португальском (и английском) переводе, основанном на машинном переводе,
усовершенствованном с помощью словаря и хорошо обсужденном с Юлией, и
оживленном нашей (моей и многих португальцев) великой любовью к святой и
самоотверженной России и ее таким светлым душам или людям.
Оттуда, где сны создаются.
ЛСМ, 13 апреля 1922
Где жертвы возносятся в свет,
Оттуда, где латы куются,
Оттуда привет.
Оттуда, где в плеске воды
Рождаются чистые мысли
И вещие сны.
Среди бесконечных иуд,
Среди равнодушных и скорбных
Отыщешь свой путь
Где жертвы возносятся в свет,
Туда, где доспехи куются,
Туда — на рассвет.
"De lá, onde os sonhos são feitos".
Folhas do Jardim de Morya, 13-IV-1922
«De lá, onde os sonhos são feitos,
onde os sacrifícios são elevados à luz,
De lá, onde as couraças são forjadas,
De lá, saudações luminosas.
De lá, onde no sussurro das folhas,
De lá, onde no murmúrio da água,
Nascem pensamentos puros
E sonhos proféticos
Por entre todos os cruéis e trevosos,
Por entre os Judas infinitos,
Por entre os indiferentes e tristes,
Encontrarás o teu caminho.
Lá, onde todos os sonhos são feitos ou criados,
Onde os sacrifícios são elevados à luz,
Lá, onde as armaduras são forjadas,
Lá — rumo à Aurora.»
Abril de 2023
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| Photo from Iulia |
"From where dreams are made".
Leaves of Morya Garden,13-IV-1922
«From where dreams are made,
where sacrifices ascend to the light,
From where armour is forged,
Greetings from there.
From where in the whisper of leaves,
from where in the splash of water,
are born pure thoughts
and prophetic dreams
Among all the cruel and dark,
Among the endless Judases,
Among the indifferent and sorrowful,
You will find your way.
There, where all dreams are made,
where sacrifices ascend to the light,
to where armour is forged,
There — towards dawn.»
April, 2023
sábado, 11 de outubro de 2025
S. António, soneto de Oliva Guerra, em "Serenidade", 1933. Biografia, hermenêutica. Terá influenciado Fernando Pessoa?
Oliva Guerra, em 1933, quando publicou Serenidades, já dera à luz sete livros de conferências, versos, prosa e novela para crianças e, com 42 anos, amadurecida e serena, com a sua imensa sensibilidade, pode transmitir-nos neste livro vinte e um poemas de grande qualidade, vários, tal como o do Silêncio, merecendo a nossa leitura interiorizada e mesmo hermenêutica. Escolhemos o dedicado a Santo António de Lisboa, e que antecede S. Francisco de Assis, os únicos poemas expressamente religiosos, embora em todos vibre a sua grande sensibilidade e espiritualidade.
Nascendo em Sintra a 18 de Maio de 1891, como viveu longamente, certamente apoiada por ser pianista e musicóloga, professora de português e literatura, Oliva Guerra publicou ainda vários livros antes de partir para o além, que sempre sentira e poetisara, em 22 de julho de 1982. Foi condecorada três vezes, e desde 1992 o prémio literário da Câmara Municipal de Sintra tem o seu nome, homenagem a quem nascendo em Sintra muito amou tal terra encantada, e sobre quem escreveu o belo Roteiro lírico de Sintra. Relembremos que posteriormente em 1944 traduzirá de Gino Saviotti, o seu livro Santo António, e leiamos então o soneto...
S. António de Lisboa
Demandando as paragens mais incertas,
Semeando a luz das suas mão abertas,
Volvendo noites em perpétua aurora.
Percorreu terras bárbaras, desertas,
Pregou a fé, seu sonho de hora a hora.
Foi - quem sabe? - no Portugal de outrora
O génio místico dos Descobrimentos.
Santo mais santo deste grande povo,
Vem teus milagres repetir de novo,
Vem missionar a Fé mais uma vez.
Andam os nossos tempos à procura








