terça-feira, 15 de julho de 2025

Arte religiosa em casa de um pensador e embaixador, já no Além. Muita Luz e Amor na sua alma.

 Aproveitando alguns dias para  rever e ordenar memórias externas, eis-me a partilhar aspectos artísticos de um embaixador, pensador e escritor desmistificador, que conheci através do comum amigo  José Vitorino de Pina Martins, graças às fotografias que nesse ano de 2018  me permitiu captar na sua bela casa. Agora com o embaixador Carlos Fernandes  já nos mundos espirituais, que muita luz e amor estejam na sua alma espiritual em ascensão, para nós misteriosa pois a nossa face conhecedora tem ainda o olho espiritual pouco aberto, e em geral apenas nos sonhos recupera algo da sua dimensão e identidade  original, como a pintura mostra...

 

Corajoso na defesa da verdade, o embaixador escreveu sobre algumas polémicas, e retemperava forças no ambiente tão sacralizado da sua casa

Uma estátua já não facilmente identificável, mas que pode ser um jovem Jesus Cristo ressuscitado, indicando-nos o caminho para o alto...

Sorrisos interiores, ananda ou beatitude interna aflorando subtilmente
As mãos ao alto indicariam já o caminho para fora do tribalismo violento de Jehova, e que foi a sua mensagem original, antes de se perder na fusão do Antigo e do Novo Testamento?
Gestos,  olhares, sentimentos e vigias doces: a criança dorme e sonha, ou apenas contempla intemporalmente do mundo espiritual a terra violenta, santa e genocidada?

No interior do geodo de quartzo ametista, a invocação do nascimento de  Jesus, e do espírito divino em nós e na Humanidade.Que demanda e luta ainda nos nossos tempos...
Cada alma deve gerar a sua criança e, seja como tu e ela forem, trabalha sempre para te ligares mais ao espírito e a Deus, e para seres melhor, mais auto-consciente, pleno, solidário.
        
Anjo da Guarda, minha subtil companhia, guia a minha alma, à religação Divina!

Ó Anjos e Arcanjos, ó presenças tão subtis,  guiai-nos nas dúvidas,  inspirai-nos nas criatividades
Sente Maria a flor perfumada  do amor no coração, e já o menino interpela os vindouros discípulos enquanto ouve o cantar dos pássaros como bom pastor e mestre...

Bem aventurados os que souberem falar com as aves e desabrochar as flores no seu peito em amor, pois saberão discernir  o bem a fazer aos outros e a luz a realizar e a assimilar em si.

A alma sensível, madura e devota delicia-se na gestação alquímica da sua criança, o puer eternus, que é também o corpo de glória imortal, e o seu testamento anímico espiritual derramado  pelo mundo e Cosmos a que pertence.   

Gerez transmontano em Junho de 2013, zona de Sirvozelo, Paradela. Fotografias, recuperadas agora de uma memória externa

Algumas imagens dos principais seres que mais amei da Natureza, e do Gerês,  e com quem comunguei nas últimas décadas...


















Carvalho centenário, com teu musgo perfumado, quantas vezes te abracei e dei ou recebi energias, quantas vezes encostado a ti contemplei a dona Luna e as estrelas, ou ouvi o canto das corujas e das cigarras?


O Príncipe, já partido para os outros mundos. Muita luz divina desça sobre a sua alma...

O Rucas, já partido.  Que companheiro de caminhadas, que calmo quando eu meditava, que olhos doces e gratos quando recebia alguma comida. Andarás em correrias nos prados astrais?



Andorinhas (com quem podemos "dialogar"), que vindes de tão longe para alegrar com vossos vôos e trinidos casas e gente, recebei ondas coloridas de gratidão-amor


Tantas faces esculpidas nos granitos, pelo Tempo, e os cinco elementos e seus espíritos da Natureza

Campos cultivados, a cornucópia da Natureza derrama-se sobre quem trabalha e ama...

O tanque do fio de água permanente, as furtivas rãs por entre os limos, as línguas dos bois e vacas pachorrentos dessedentando-se

As poucas ovelhas e cabras que restavam dos outrora enormes rebanhos,serra acima serra a abaixo




Nascer ou Por do Sol, sobre o vasto horizonte, em uníssono com os atlantes que ligam imperturbavelmente há séculos ou milénios a Terra e o Céu e tanto nos transmitem...

Adeus.... Recuperação fotográfica do que, amado, contemplado, sentido, está e estará no coração espiritual, embora já há dois anos separado. Saudações gratas à vida e força divina na Natureza e aos seus espíritos! Até um dia destes... 

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Um breve apontamento de realizações espirituais, cristãs e universais.

Um apontamento de meditações e compreensões, já de há uns bons  anos e que foi agora relido e melhorado.[AINDA EM FINALIZAÇÃO]

 "Ninguém vai ao Pai senão através de mim". Eis cruz. Eu sou a minha.

Quando crucificamos ou controlamos os nossos desejos e instintos, consumamos bastante da grande obra. Já não nos deixamos prender nos vários centros de interesse. E conseguimos levantar a serpente no deserto, ou elevá-la  do chacra da raiz, dos instintos e reacções básicas para a pluridimensional criatividade harmonizadora. E nesta unificação, silenciar-nos, abrir-nos ao infinito, ao ser divino.

Nestes momentos ou estados de consciência a presença do Pai, ou  a subtil Presença divina pode-se intuir, ou deixar-se sentir. O Espírito vai crescendo ou manifestando-se, em si ou pelas suas qualidades.

"Eu e o Pai somos um", dito também por Jesus quer dizer que em nós o espírito está ligado à Divindade, e por tal corrente viva somos ou tomamos consciência de que somos filhos ou filhas de Deus, ungidos...

Ao purificarmos a alma recebemos as graças do Espírito, e a dimensão divina sente-se ou desvenda-se mais em nós, tornando-se uma força importante no centro de gravidade da alma individual, que já não é o homem ou a mulher velhos e egoístas mas o ser novo, justo, de amor e de Deus, vibrante num corpo espiritual ou de glória.

[Motorzinho a trabalhar com a energia hereditária e de vida.] 

Poema, antigo e agora melhorado, à Paz.

Desenho do genial Ivan Bilibin (16-VIII-1876 a 7-II-1942)

No milagre da Unidade,
quem galvaniza e alegra os outros,
sobretudo quando é partilhada
com travo delicioso na boca,
deixando traços paralelos na testa
e rasgando horizontes luminosos,
é a Paz que reina nos corações,
serena e elevada como a montanha,
branca e leve como a ave
luminosa e ágil como a criança.

A Paz é como  a mulher 
que se lhe baterem na face,
entre outras dificuldades
com que seja posta à prova,
faz a sua luz mais íntima
descobrir-se do seu centro
e abrir-se para os outros.
  E se
 cultivada e perseverada 
com discernimento, amor e aspiração
 ela mantém a terra e o céu em união.


A Paz viva é
 uma semente 
fértil, frondosa e deliciosa
que acalma, refresca e alegra
quem medita à sua sombra e jeito,
quem vive com a sua presença,
quem luta pela Justiça e a Verdade
quem comunga com seu fogo no peito. 

Ame mais a frágil Paz, esteja na subtil Paz! 

sábado, 12 de julho de 2025

O mistério dos Anjos ou Arcanjos das quatro direcções no globo pedestal duma escultura de Maria com o menino crístico...

As imagens de Nossa Senhora  com o Menino, com raizes egípcias, são das mais abundantes na escultura devocional cristã,  estando assentes em geral no globo terrestre ou o mundo cósmico, e envolto ou protegido pelos anjos
Esta escultura portuguesa do séc. XVIII, duma família amiga, ainda com uma boa policromia, embora sem as mãos, destaca-se pela face de Maria em marfim, muito perfeita, alongada, preocupada, face ao desgaste desvanecedor da face do Menino, talvez em sincronia por ter sido ungido ou cristificado,  e depois crucificado porque o seu reino de Deus Pai e de Amor não conseguiu destronar o do tribal e violento Jeová, ainda hoje adorado por tanto ignorante e fanático, que não quer ouvir e compreender o que Jesus teria dito aos seus perseguidores e que S. João relata no seu Evangelho, VIII-44:«vocês têm como pai o Diabo»...
Já como estariam no menino Jesus  as mãos, simples, abençoando, ou com o globo da terra, não podemos saber, pela ausência delas, embora a volumetria da esquerda pareça ecoar o globo-mundo...


 
É no entanto no espírito celestial que está na face dianteira do globo em que trona Maria que somos confrontados com  certo mistério, pois parece ter nas suas mãos, algo espiralizadas, no centro do peito, um tesouro enigmático, uma caixa aladínica, um santo graal, talvez o coração espiritual em amor e adoração...  
Embora não se vejam nas fotografias, as outras três direcções estão cobertas ou protegidas por outros três anjos ou arcanjos, provavelmente na linha tradicional dos arcanjos  das quatro direcções do espaço e das quatro estações do ano, Rafael - Primavera, Uriel - Verão, Miguel - Outono, Gabriel - Inverno, tendo sido Rudolfo Steiner (1861-1925), com a sua clarividência mais ou menos acertada, quem mais ou melhor teorizou sobre eles.
Quem conseguirá decifrar tal enigma, talvez comparando até com outros exemplares? Será o coração espiritual? Será um livro? Será o vaso aladínico que contém os ventos das quatro direcções ou as energias das quatro estações? Ou indicará a sua firme abertura à visão e ligação divina?