domingo, 19 de junho de 2016

Festa do Japão em Lisboa, 18 Junho de 2016. Imagens de muita gente, com Kimino Chiyo e a arte do kimono..

A festa do Japão, um breve cheirinho do longínquo extremo Oriente nipónico, ocorreu na borda dágua ribeirinha lisboeta, ao Parque das Nações, com diversas actividades e a convivialidade de todos os que de um modo ou outro sentem mais amor por tão subtil civilização...
Destacaremos, entre as várias partilhas, actividades  e tendas presentes, e porque as acompanhei mesmo ou mais, a demonstração de Kimono que a Kimino Chiyo realizou com grande mestria e delicadeza, numa verdadeira iniciação a esta arte de bem se envolver nos tecidos naturais, coloridos e simbólicos e a valiosa lição sobre a arte poética dos Haiku, da Leonilda Cavaco Alfarrobinha...
Numerosas representações ligadas ao Japão atraíram os filonipónicos ou mesmo japoneses, nas suas vestimentas tradicionais ou nas mais modernas de cosyplay
Bonsai, uma  misteriosa arte ou caminho, difícil e que nunca se sabe que duende ou espírito da natureza habitará tais miniaturas do grande cosmos arbóreo
Origamis e a geometria sagrada nipónica, na Storygami...
Da Sónia Oliveira e da sua empresa Storygami, postais e cadernos muito queridos, e inspiradores de uma escrita mais bela...
Um mandara ( a adaptação japonesa da palavra sânscrita mandal, que significa círculo, orbe e logo diagrama) florido e um dos poucos livros portugueses de haikus, O Respirar das Flores 
Leonilde Cavaco Alfarrobinha a dedicar-me o seu belo livro de Haikai, O Respirar das Flores, nascido do seu contacto profundo com a Natureza e os haikai, bem ilustrado por uma japonesa, Takae Nitahara..
Certamente, uma das actividades mais pedagógicas e que mereceria em eventos próximos mais espaço próprio, tempo e cadeiras...
As regras por que se regem os Haikai ou Haiku. A última, que no fundo é também a primeira, Haim, que impressione, sentida e que faça sentir...
Com originalidade sorteou um exemplar do livro do seus belos haikus, gratuitamente, pelos presentes...
As artes marciais, em várias linhas, estiveram bem presentes, tal como os tambores...
Kimino Chiyo e a arte do Kimono, certamente o momento mais delicado de todo o festival




Kitsune, a raposinha consagrada a Inari, o Kami ou espírito divino da agricultura, do arroz, da fertilidade
                 A especialista de Kimonos em Portugla, Kimino Chiyo elucida pessoas...
Kitsune, a mensageira da deidade ou Kami Inari, irradia esperança de vitória para um mundo mais pacífico e em que as vozes dos animais e dos Kamis (o que está em cima e o que está em baixo) sejam de novo mais ouvidas e atendidas, dialogadas e amadas
Um trabalho feito com muita concentração e saber...



Explicação detalhada da utilização de cada peça do Kimono, aqui o famoso Obi...
                        A beleza da Kimino Chiyo sobressaiu entre a muita gente bela amante do belo Japão




A banca da Câmara Municipal de Sintra, responsável por um inspirador intercâmbio juvenil com a cidade nipónica de Omura, foi animada por momentos pelo diálogo substante entre o Rodrigo Sobral Cunha e eu, com as duas responsáveis a interagirem mais de perto com os que demandavam explicações da Cyntia nipónica....

A vida é uma escola, a alma está sempre a aprender e a partilhar a sua e íntima aspiração de Luz e Amor primordial
Beniko Tanaka, uma das grandes dinalizadoras da festa do Japão e artista consumada em várias artes nipónicas, que vai divulgando com grande qualidade...
                                Uma praticante de artes marciais, o caminho da espada,  Kendo...
Koinoboris, carpas ao vento, dialogantes e auspiciosas
Uma mulher samurai, do Jisei Dojo, a lembrar grandes sagas...
Wasabi, e ervilhas fritas com ele, entre vários produtos, onde se destacavam ainda as fatias de gengibre, infelizmente com demasiados preservativos que diminuirão os seus miraculosos dons de cura para tantas maleitas e que deveríamos saber usar mais...
A Arte do Chá, Chaido, tão cultivada, desenvolvida ou descrita por mestres como Sen Rikyu e o nosso Wenceslau de Moraes, nesta imagem com algumas variedades da preciosa erva e de utensílios..

Uma bela representação da belíssima face divina principal no Japão, Amaterasu omikami...Yom..
Uma Alma na demanda do caminho da Paz e da Felicidade, num mundo tão violentado por alguns dos grandes poderes políticos e financeiros... Coragem e Esperança...
Ichi go, ichi e, diz-nos esta Koinobori, a carpa flutuando no vento e na água, para que a nossa vida e atenção plena integre harmoniosamente todas as dualidades ou opostos na Unidade e com a  Divindade, seja íntíma seja na sua bela ou maravilhosa face solar de Amaterasu omikami:

domingo, 12 de junho de 2016

S. António, suas palavras, ensinamentos e bênçãos perenes

                                      

Se te mantiveres simples e humilde, se o teu coração estiver contente e amoroso, à tua volta a Natureza reverdecerá e a centelha divina Menina emergirá...
"O coração e a criança, em S. António", quadro recente da Maria de Fátima Silva...
If your heart is in aspiration or contemplation of the Sun of Love, the Divine children will arise and Nature will bloom...
Painting of Maria de Fátima Silva: "On the Rose of your heart the Divine Love Child..."
This month of June, Lisbon, but not only, celebrates this European (from Portugal and Italy) saint or master, clairvoyant and astral traveler, ascetic, matchmaker and finder of lost things, in many ways: from sardines and drinks to dances, marches, processions, prayers and joyful expansions of conscience... 

No imenso espaço interior onde as almas vivem ou são realmente e onde os níveis de circulação de informação são também infinitos, não é fácil a nossa consciência perseverar lá e numa comunhão mais profunda e duradoura com o que seja, tão encadeados somos ao quotidiano que nos envolve.
Certamente que cada ser tem a sua capacidade própria de navegar no mundo espiritual mesmo antes de morrer e passar para lá, mas contudo alguns seres já em vida desenvolvem certas capacidades cognitivas especiais e tanto diremos que são nobre viajantes do espaço hiperfísico como comungantes da matriz ou campo unificado de energia-consciência e informação que nos une a todos.
Podemos mesmo dizer que cada mente tem uma rede infinita de circuitos de comunicação que partem de janelas de informações que recebidas continuam vivas e subitamente nos fazem fazer esta ou aquela relação insuspeitada. Claro que quase sempre não obedecem imediatamente ao nosso eu consciente ou ego, mas medram ou desabrocham quando querem, em associações de imagens e ideias, intuições ou sonhos...
E assim, por exemplo, quando nos falta algo e o queremos encontrar acabamos por poder pedir ao S. António, sujeito e inspirador deste texto, afamado descobridor dos objectos perdidos e dos casamentos benéficos, podendo-se usar algumas fórmulas orativas, tal como esta segundo um tradicional responso transmontanto, que transcreve o diálogo que o santo teria tido já em corpo espiritual, com o mestre Jesus, depois de morrer:
«Santo António se alevantou, Suas santas mãos lavou,
Na sua varinha pegou. E o Senhor lhe perguntou:
- E tu, António onde vais? - Ó senhor, eu ao Céu vou.
- Tu comigo não virás; Tu na Terra ficarás;
Quantas coisas se perderem, Quantas tu encontrarás."
Pede-se depois a graça ou ajuda, ou inspiração, usando-se fórmulas como : "Querido, Sábio ou, simplesmente, Ó Santo António, fazei com que...» Amen.
                                    
                                          Destemor, Amor... 
                                    
                 Do Princípio Feminino da Divindade brota o Menino, ou do casamento espiritual                                              exterior e interior que devemos ir fazendo: E os dois serão um só.... 
Ora como explicar a ocorrência repetida em muitos devotos de, feita a oração a ele, logo os olhos se abrirem e o objecto emergir?
Há várias explicações possíveis mas cremos que uma com a sua causalidade ou plausibilidade será a de que quando oramos a ele estamos a elevar-nos a um ser que consideramos santo, ou mais agraciado pela Ordem do Universo e a Divindade, ou dotado de poderes taumaturgos e assim algo de nós entra em ressonância ou actividade no plano vibratório superior por onde ele e a informação cósmica circulam, também denominado numa linguagem religiosa antiga e em certo sentido o Corpo Místico da Humanidade, pelo que mesmo sem intervenção dele podemos imediatamente ter uma certa intuição e descobrirmos o objecto perdido, podendo mesmo dizer-se que nós próprios nos intensificámos vibratoriamente e despertámos certas capacidades...
Intuição que é certamente complexa de se caracterizar e explicar mas que implica uma apreensão de conhecimento que não é recebido nem pelos cinco sentidos nem pelo pensamento consciente, pela actividade mental dedutiva, mas antes aponta para uma capacidade do ser humano ver com o olho espiritual ou ainda de comungar com uma inteligência reveladora omnipresente...
Certamente que em certos casos podemos crer ou mesmo saber que houve uma intervenção de S. António, seja dele propriamente seja do seu campo energético, e com o qual podem mesmo colaborar certos seres ou entidades, tais as angélicas.
E sabemos quão capaz era ele de viajar ou captar ou enviar informação nesse campo de informação que subjaz o plano físico dos cinco sentidos, havendo histórias ou milagres do seu dom de ubiquidade que talvez se possa compreender melhor hoje graças aos avanços da ciência moderna em relação ao tal campo unificado de consciência e de informação...
                                
               Recomendo a contemplação e oração desta imagem de S. António, como perito na                                  viagem astral, para quem se sente nos sonhos e corpos subtis mais chamado a tal... 
Assim quando precisar de encontrar algo que perdeu ou que lhe falta medite bem e intua certeiramente, de preferência em comunhão com a Tradição Espiritual de Portugal, onde certamente S. António, com Afonso Henriques, a Rainha Santa Isabel, Nuno Álvares Pereira, D. Pedro das 7 Partidas, Infante D. Henrique, Vasco da Gama, Damião de Góis, Camões, Jorge Ferreira de Vasconcelos, Antero de Quental, Jaime Magalhães de Lima, João de Barros, Fernando Pessoa, Jaime Cortesão, Agostinho da Silva, etc, é um dos elos mais activos, e tão fortemente comemorado ou mesmo cultuado não só em Lisboa e em Pádua mas por muitas partes do mundo...
                             
Trono popular (na montra do antiquário Ricardo Hogan, à rua de S. Bento) de ascensão ao sétimo céu, seja o do pedido do casamento feliz, seja o da comunhão com o santo, a criança e centelha, a Paz, a Divindade.. 

Partilhamos ainda algumas imagens e lemas que publiquei nestes últimos dias e uma parte dum sermão de S. António sobre Amor, pois fala-se muito do nome dele, bebe-se muito na sua celebração, mas do vinho mais preciosos e extático do conhecimento interior e para a vida eterna pouco se fala ou lê. E contudo S. António foi um asceta simbolista e místico e um orador notável e de grande sucesso não só com os peixes mas ainda hoje com os que aspiram ao amor e à verdade, à felicidade e à justiça, à Divindade...
                               
Sermão de S. António sobre a Caridade e para o 1º Domingo de Pentecostes:
«É um e o mesmo amor com que se ama a Deus e o próximo. Este amor é o Espírito Santo porque Deus é amor ou caridade. O amor, como refere S. Agostinho, recebe de Deus esta regra: que ames a Deus por si e de todo o coração e ames o próximo como a ti mesmo. Isto quer dizer que deves amar o próximo em vista do mesmo fim e pelo mesmo motivo porque te amas a ti mesmo. De facto deves amar-te no que é bem, e por Deus. No que é bem, portanto, se deve amar o próximo, não no que é mal, e por Deus. Por próximo deve entender-se todo o ser humano. Não há ninguém a respeito do qual se deva fazer mal. A modulação do amor divino é assimilada quando se diz: Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, ou seja, com toda a inteligência, com toda a tua alma, isto é, com a vontade, com todo o teu entendimento, isto é, com a memória. Todos os pensamentos, toda a vida e toda a inteligência devem ser referidos àquele que no-los deu. Segundo estas palavras, parte alguma da nossa vida é deixada livre, tudo o que surgir na alma é levado para donde corre o impulso do Amor»...
                                 
"Ó Santo António lê, escreve e medita connosco, faz-nos subir na frequência vibratória da árvore consciencial e inspira-nos no desvendamento e comunhão da centelha e criança Divina...

In this days of S. Antony of Lisboa and Padua we invoke his inspirations and blessings not only in the streets and foods but also in the spiritual hearts and trees... 
                              
                      Se receberes as energias puras da Natureza e as trabalhares bem conseguirás                                                  levar a criança e a divina bem irradiante no teu coração...
                               If you keep the lily shining in your soul, the spark of Divine  Love that you are                                                     will shine from your heart, lo, even from your hands... 
                                   
             "Santo António e a criança abençoando Portugal", por Maria de Fátima Silva.
O peito aberto ("aperto pectore", adágio de Erasmo) coração à vista, como queria o nosso dramaturgo Jorge Ferreira de Vasconcelos, pela voz do deus Momo, no prólogo da Ulysipo, que a Silvina Pereira e o teatro Maizum tanto têm feito para ressuscitar nas auras e almas lisboetas...
S. Anthony of Lisbon and Padua, of Lebanon and India, or the mystical body of saints, masters, humanists, fraternal and spiritual beings, working for the fostering of a culture of peace, wisdom and harmony with All

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Dia de Portugal de 2016. 10 de Junho. Reflexões sobre a crise e esperanças e votos...

                                                           PORTUGAL
No século XXI, no ano de 2016, a 10 de Junho deveremos dizer nós algo sobre Portugal, quando o país está há tanto tempo tomado em grande parte por diversos grupos de pressão e partidos que se apropriaram do Estado e tanto o têm retalhado e corrompido?
Não valerá a pena referir nomes para o quadro de honra dos que mais envergonharam ou roubaram o Estado Português e Portugal. Encontrá-los-emos ora ainda em funções públicas nacionais ou internacionais, ou já bem instalados seja nas parcerias publico-privadas que tanto têm roubado a nação, seja nas grandes empresas, nacionais ou multinacionais, que vivem bem com todos os governos e todas as crises.
Ponhamos uma pedra sobre este nível, ainda que certamente as recentes eleições, com um governo de esquerda e teoricamente de ecologia e defesa dos animais e um novo Presidente anos de luz acima dos anteriores na velocidade e capacidade de diálogo, nos dêem algumas esperanças que diminuirá a corrupção e a sujeição ao capitalismo neo-liberal internacional, que comanda a maior parte das instituições europeias, desde a União Europeia à Nato (sempre em bulying com a irmã Rússia muito mais europeia que os USA), até às Nações Unidas, como há dois dias o próprio secretário Geral Ban Ki-moon afirmou em relação à Arábia Saudita e aliados...
Cumprimentemos então os Portugueses, sobretudo os que não desistiram de perseverar seja na sobrevivência difícil, seja na solidariedade generosa, seja na múltipla criatividade artista, cientifica, industrial, empresarial, cultural, ou ainda no activismo pelas minorias, doenças graves, animais, natureza, etc...
Tornado finalmente um país invadido pelo Turismo mundial, há que proteger os monumentos nacionais da sua entrega de mão beijada a empreendimentos turísticos, há que velar pela protecção das costas e reservas territoriais de mais atentados, e há que valorizar todos os que tentam resistir à invasão conquistadora das grandes casas ou marcas e das importações massificadas que tomam conta ora das melhores lojas ora das múltiplas lojinhas de gente séria que sobrevivia com dificuldades e que foi varrida do mapa, empobrecendo-se assim as almas locais tradicionais.
Sabermos apresentar a nossa tradição agrícola, artesanal, industrial, cultural e espiritual com produtos de qualidade, sem destruirmos o que é são as nossas especificidades, é então o grande desafio que temos diante de nós, vigiando-se e denunciando-se seja a alteração inestética, seja a delapidação, seja a privatização do património público a que temos vindo a assistir em tantos aspectos, diminuindo-se, por exemplo, lamentavelmente o contacto da população portuguesa com muitos dos seus locais de culto.

Muitos são na realidade os casos que mostram como a ganância do lucro tem estado a enfraquecer paulatinamente a cultura geral em Portugal: os Museus que deviam estar abertos livremente para as crianças, jovens e reformados, passaram dos quatro Domingos em que se podia entrar gratuitamente até às 14 horas, para uma mera entrada mensal gratuita e em que tudo se acotovela perante a mesma tela...
O claustro dos Jerónimos, onde tantas vezes meditei diante do túmulo de Fernando Pessoa, implica hoje em dia um pagamento substancial se alguém quiser fazer tal acto de culto, comunicação ou inspiração, para além do contacto com Alexandre Herculano e todo o simbolismo e carga vibratórias que as pedras esculpidas conservam.
O castelo de S. Jorge, que sempre fora gratuito, foi tomado de assalto há uns anos por uma das tais entidades público-privadas de qualidade suspeita e geradas no âmbito do retalhamento da túnica crística nacional, e assim um português ou mesmo um lisboeta que já não resida em Lisboa tem de pagar bastante para entrar. A falta de empatia por quem lá passa é tal que há poucos dias fui escorraçado porque não consegui, apesar de ter o bilhete de identidade, provar que morava em Lisboa, apesar de terem internet, estarem bem instalados e poderem confirmar o que eu alegava e que ficou registado no Livro de Reclamações...
É caso para dizer-se: - Bons tempos quando os ditos Infiéis controlavam Lisboa e o castelo de S. Jorge, ou mesmo a Sé então mesquita, pois esses não eram infiéis nem aos seus, nem aos cristãos, nem a si próprios.
Lisboa Antiga
O que se passa nas outras cidades e vilas do país a este nível não sei, mas tudo isto contribui para a incultura geral, para a desilusão e deve estar em sintonia com o lixo televisivo e a bebedeira de futebol e de doutores da bola que impingem aos incautos que ainda têm televisão em vez de a criarem por si mesmos, selectivamente, com a internet.
O que poderemos desejar mais para Portugal senão que o capitalismo financeiro nacional e internacional não continue a sangrar a população em geral com as negociatas túrpidas e as gestões e falências fraudulentas dos bancos, sejam os privados seja o Central, em tantas ocasiões conivente com o que se passou e pagando a factura quem nada a ver tinha ou lucrara, ao contrário dos que arrecadaram os milhões por fora ou pelo Panamá... E que a Justiça melhore, não usando dois pesos e duas medidas e não permitindo tanta impunidade dos altos quadros e dos políticos...
A falta que faz o rei D. João II e o seu lema: "Pela Lei e pela Grei"
Deixando essa zona tão minada, triste e revoltante, desejemos mais apoio às pescas e à construção naval portuguesa, tão abatida com a entrada na UE, mais apoio à agricultura biológica e mais controle das sinistras actividades da Monsanto, da Sygenta e da Bayer, no fundo da indústria agro-química, em tantos aspectos destruindo as terras e a saúde dos utilizadores e consumidores, valorizando-se e implementando-se antes a Harmonia com o Planeta que a agricultura orgânica, saudável, biológica e respeitadora das nossas sementes proporciona, como podemos ver em algumas explorações modelares no Alentejo, tal como a Herdade do Freixo do Meio, ou o Pedro Baptista no Vale do Tejo,  dentro de uma política de preservação e fomento das características próprias do montado e do olival, da mata e do bosque nacional, como tanto tem falado o arquitecto Gonçalo Ribeiro Teles.
Burros na Herdade do Alfredo Cunhal Sendil, em Freixo do Meio, Montemor, Alentejo
Bastante mais investimento no ensino público, menos burocracia para os professores, maior adaptação ao conteúdos necessários nos tempos presentes e mantendo-se uma cultura humanista, parecem também evidências...
Protegerem-se os direitos dos trabalhadores e reduzir-se ao mínimo as situações de precariedade;  apoiar-se mais a saúde pública, a rede hospitalar e os seus profissionais, investindo-se mais na prevenção e na educação; controlar-se o lobie cimenteiro e eléctrico para que não destrua mais rios e eco-sistemas; e maior apoio ao teatro, à literatura, às artes, à música, ao culto do Espírito Santo, com que tanto poderemos evoluir e dinamizar a consciência colectiva, serão ainda desejos sinceros de todos nós...
Peregrina, pacificadora e devota do culto do Espírito Santo, tão valorizado por Jaime Cortesão e Agostinho da Silva, ainda hoje nos inspirando... 
E, finalmente, formulemos os votos que os Portugueses não se deixem enganar por tantas organizações e pessoas nas yogas, curas e espiritualidade e aprofundem o auto-conhecimento de si próprios enquanto corpos, almas e espíritos e vivam mais harmoniosamente uns com os outros e com a Natureza, inseridos na Tradição Espiritual Portuguesa onde tantos grandes seres já brilharam e que nos mundos espirituais continuam a acompanhar-nos e a inspirar-nos, sob a égide do Génio da Nação ou do Arcanjo de Portugal, e que neste dia se comemoram como eixos exemplares de ligação com a Humanidade e a Divindade, A qual invocamos e evocamos dando graças...
S. António e o menino do Espírito Santo, por Maria de Almeida
Lisboa, 10 de Junho. 13.34 m, junto ao Tejo e às nuvens e céus de Portugal...

quinta-feira, 9 de junho de 2016

No S. António, na terra e nos corações, mas quem vencerá a luta nos céus? Hermenêuticas antonianas...

      Nestes dias quentes e noites cálidas do começo do Verão, quando Lisboa entra nas suas auras mais aprazíveis, se ergueram as festividades de S. António graças quais o povo lisboeta sai das suas casas e quotidiano e mergulha numa unidade franciscana amorosa, calcorreando as várias capelas e capelinhas, prestando culto tanto ao Divino transcendente como ao deus Pan imanente, à natureza santa e à natureza humana, bebendo a haustos a luz amorosa ou o vinho generoso, e apenas mencionaremos mais de tradicional, além dos peixes que o ouviam por sardinhas que se comem, as bilhas de água fresca que, sendo substituídas por garrafas de plástico, não estimularão um dos clássicos poderes do espírito sobre a matéria que Frei António de Lisboa tanto manifestou, o de remediar as quebraduras, o de refazer a obra do oleiro, o de desamolgar o coração e aura das suas almas devotas...
Santo António, tornado com Viriato, Afonso Henriques, Dom Dinis e a Rainha Santa, Pedro e Inês, Nuno Álvares Pereira, Infante D. Henrique, D. Pedro das VII Partidas, Vasco da Gama, Camões, Camilo, Antero de Quental e Fernando Pessoa um dos principais mestres de Portugal, no seu duplo culto de santo que responde aos pedidos e de santo festejado baquicamente, merece contudo que seja revisitado na sua paranética (sermões) já que foram os rascunhos ou modelos do que ele pregou o que nos resta da sua obra de pensador e escritor. Por isso nunca será demais de inserirmos o Santo no meio dos livros, e das estantes das bibliotecas, para que também daí desçam inspirações. 
                         
Santo António, por Maria de Fátima Silva. O coração à vista, como queria o nosso Jorge Ferreira de Vasconcelos, que a Silvina Pereira e o teatro Maizum tanto têm feito para ressuscitar nas auras lisboetas... 
Não falaremos das muitas obras sobre S. António que ao longos dos séculos foram sendo escritas e que transmitem ora biografias comoventes, ora narrativas legendárias e miraculosas, ora iconografia muito bela, seja a popular dos tronos de rua seja a mais erudita e particular, como por exemplo o antiquário Ricardo Hogan nos partilha à rua de S. Bento e que se nestas noites, com outros antiquários devotos da Tradição Espiritual Portuguesa, quisessem franquear seus espaços ao público, elevariam certamente ainda mais o nível vibratório da Olisipo e a ligação com o corpo místico da Humanidade e de Portugal.
                                  
                                   
Realçaremos apenas as publicações da sua obra, ou alguns livros mais fundos no aprofundamento da gnose ou conhecimento de S. António, para que os lendo ou folheando possamos receber algumas inspirações de religação espiritual, compassiva e divina que é para isso que Santo António ainda hoje trabalha, conforme um responso transmontano regista: 
«Santo António se alevantou,
Suas santas mãos lavou,
Na sua varinha pegou.
E o Senhor lhe perguntou
- E tu, António onde vais?
- Ó senhor, eu ao Céu vou.
- Tu comigo não virás;
Tu na Terra ficarás;
Quantas coisas se perderem,
Quantas tu encontrarás."
Pede-se depois a graça ou ajuda, ou inspiração, usando-se fórmulas como : "Milagroso, Amado, Querido, sábio Santo António, fazei com que....»
                              
Neste século séc. XXI de alto consumismo e alienação no mundo da comunicação, dos espectáculos, dos desportos e da política o nosso pedido a S. António deve ser sobretudo o de discernimento e de sobriedade, de justiça e de fraternidade, ou seja que a nossa alma adquira e manifeste mais tais qualidades.
E, portanto, nos dias de Santo António, que não seja só na bebida e comida que haja mais (ou apenas) vibração intensificada nossa, mas também ou sobretudo nas conversas (convergentes e elevativas...), nas danças e marchas, nas procissões, orações e meditações e nas criatividades artísticas, intelectuais ou de solidariedade...
                                
Um belo trono de ascensão à esfera planetária do santo, já com alguns anos, e apresentado pelo Ricardo Hogan, à rua de S. Bento, nº 281... 
Quanto ao título deste artigo, ele alude à estranha passagem de aviões que deixam rastos prolongadíssimos e que se transformam em verdadeiras nuvens e que parecem os famigerados "chemtrails... Mas de facto nestes últimos dias, apesar do calor, os rastos tem-se intensificado e quase ameaçado a luz do dia e causando mesmo pequenas refracções coloridas em nuvens...
                                                 
Daqui a nossa questão: quem manda nos céus, os santos, mestres e anjos da Providência Divina, ou os que eventualmente estão a querer alterar a Natureza, seja pela poluição dos aviões, seja pela em geo-engenharia suspeita e perigosa?
Vejamos algumas fotografias destes dias 8 e 9 e como o céu azul de 7 e 8 tem vindo a desaparecer, a partir de rastos e nuvens suspeitas, poluindo Lisboa, a qual ainda há dois dias se banhava no tal céu azul atlântico e mediterrânico que tanto nos abre ao infinito e ao bem estar e ser:
                                 
Dia 8. Formações suspeitas de nuvens e das ruas embandeiradas antoninamente 
                                       
Minutos e minutos que se mantiveram estas formas estranhas... Se nuvens fossem, levava-as o vento... 
                                     
Os jacarandás da Ribeira nem querem crer que deixem de dialogar com o céu azul e seu néctar lácteo nos presentearem... 
                                
Esqueçamos....
                              
Um Santo António e a criança, da Maria de Almeida, numa fotografia singular de fusão com a calçada típica alfacinha...
                           
Em Lisboa, à Calçada do Combro, uma montra alfarrabista devota de S. António, a Antiquária do Calhariz, de José Manuel e Catarina Rodrigues, com dois quadros de Maria de Fátima Silva...
                             
No peito e coração o Amor e o Divino, na Rosa da relação e do Mundo o Menino.