domingo, 12 de junho de 2016

S. António, suas palavras, ensinamentos e bênçãos perenes

                                      

Se te mantiveres simples e humilde, se o teu coração estiver contente e amoroso, à tua volta a Natureza reverdecerá e a centelha divina Menina emergirá...
"O coração e a criança, em S. António", quadro recente da Maria de Fátima Silva...
If your heart is in aspiration or contemplation of the Sun of Love, the Divine children will arise and Nature will bloom...
Painting of Maria de Fátima Silva: "On the Rose of your heart the Divine Love Child..."
This month of June, Lisbon, but not only, celebrates this European (from Portugal and Italy) saint or master, clairvoyant and astral traveler, ascetic, matchmaker and finder of lost things, in many ways: from sardines and drinks to dances, marches, processions, prayers and joyful expansions of conscience... 

No imenso espaço interior onde as almas vivem ou são realmente e onde os níveis de circulação de informação são também infinitos, não é fácil a nossa consciência perseverar lá e numa comunhão mais profunda e duradoura com o que seja, tão encadeados somos ao quotidiano que nos envolve.
Certamente que cada ser tem a sua capacidade própria de navegar no mundo espiritual mesmo antes de morrer e passar para lá, mas contudo alguns seres já em vida desenvolvem certas capacidades cognitivas especiais e tanto diremos que são nobre viajantes do espaço hiperfísico como comungantes da matriz ou campo unificado de energia-consciência e informação que nos une a todos.
Podemos mesmo dizer que cada mente tem uma rede infinita de circuitos de comunicação que partem de janelas de informações que recebidas continuam vivas e subitamente nos fazem fazer esta ou aquela relação insuspeitada. Claro que quase sempre não obedecem imediatamente ao nosso eu consciente ou ego, mas medram ou desabrocham quando querem, em associações de imagens e ideias, intuições ou sonhos...
E assim, por exemplo, quando nos falta algo e o queremos encontrar acabamos por poder pedir ao S. António, sujeito e inspirador deste texto, afamado descobridor dos objectos perdidos e dos casamentos benéficos, podendo-se usar algumas fórmulas orativas, tal como esta segundo um tradicional responso transmontanto, que transcreve o diálogo que o santo teria tido já em corpo espiritual, com o mestre Jesus, depois de morrer:
«Santo António se alevantou, Suas santas mãos lavou,
Na sua varinha pegou. E o Senhor lhe perguntou:
- E tu, António onde vais? - Ó senhor, eu ao Céu vou.
- Tu comigo não virás; Tu na Terra ficarás;
Quantas coisas se perderem, Quantas tu encontrarás."
Pede-se depois a graça ou ajuda, ou inspiração, usando-se fórmulas como : "Querido, Sábio ou, simplesmente, Ó Santo António, fazei com que...» Amen.
                                    
                                          Destemor, Amor... 
                                    
                 Do Princípio Feminino da Divindade brota o Menino, ou do casamento espiritual                                              exterior e interior que devemos ir fazendo: E os dois serão um só.... 
Ora como explicar a ocorrência repetida em muitos devotos de, feita a oração a ele, logo os olhos se abrirem e o objecto emergir?
Há várias explicações possíveis mas cremos que uma com a sua causalidade ou plausibilidade será a de que quando oramos a ele estamos a elevar-nos a um ser que consideramos santo, ou mais agraciado pela Ordem do Universo e a Divindade, ou dotado de poderes taumaturgos e assim algo de nós entra em ressonância ou actividade no plano vibratório superior por onde ele e a informação cósmica circulam, também denominado numa linguagem religiosa antiga e em certo sentido o Corpo Místico da Humanidade, pelo que mesmo sem intervenção dele podemos imediatamente ter uma certa intuição e descobrirmos o objecto perdido, podendo mesmo dizer-se que nós próprios nos intensificámos vibratoriamente e despertámos certas capacidades...
Intuição que é certamente complexa de se caracterizar e explicar mas que implica uma apreensão de conhecimento que não é recebido nem pelos cinco sentidos nem pelo pensamento consciente, pela actividade mental dedutiva, mas antes aponta para uma capacidade do ser humano ver com o olho espiritual ou ainda de comungar com uma inteligência reveladora omnipresente...
Certamente que em certos casos podemos crer ou mesmo saber que houve uma intervenção de S. António, seja dele propriamente seja do seu campo energético, e com o qual podem mesmo colaborar certos seres ou entidades, tais as angélicas.
E sabemos quão capaz era ele de viajar ou captar ou enviar informação nesse campo de informação que subjaz o plano físico dos cinco sentidos, havendo histórias ou milagres do seu dom de ubiquidade que talvez se possa compreender melhor hoje graças aos avanços da ciência moderna em relação ao tal campo unificado de consciência e de informação...
                                
               Recomendo a contemplação e oração desta imagem de S. António, como perito na                                  viagem astral, para quem se sente nos sonhos e corpos subtis mais chamado a tal... 
Assim quando precisar de encontrar algo que perdeu ou que lhe falta medite bem e intua certeiramente, de preferência em comunhão com a Tradição Espiritual de Portugal, onde certamente S. António, com Afonso Henriques, a Rainha Santa Isabel, Nuno Álvares Pereira, D. Pedro das 7 Partidas, Infante D. Henrique, Vasco da Gama, Damião de Góis, Camões, Jorge Ferreira de Vasconcelos, Antero de Quental, Jaime Magalhães de Lima, João de Barros, Fernando Pessoa, Jaime Cortesão, Agostinho da Silva, etc, é um dos elos mais activos, e tão fortemente comemorado ou mesmo cultuado não só em Lisboa e em Pádua mas por muitas partes do mundo...
                             
Trono popular (na montra do antiquário Ricardo Hogan, à rua de S. Bento) de ascensão ao sétimo céu, seja o do pedido do casamento feliz, seja o da comunhão com o santo, a criança e centelha, a Paz, a Divindade.. 

Partilhamos ainda algumas imagens e lemas que publiquei nestes últimos dias e uma parte dum sermão de S. António sobre Amor, pois fala-se muito do nome dele, bebe-se muito na sua celebração, mas do vinho mais preciosos e extático do conhecimento interior e para a vida eterna pouco se fala ou lê. E contudo S. António foi um asceta simbolista e místico e um orador notável e de grande sucesso não só com os peixes mas ainda hoje com os que aspiram ao amor e à verdade, à felicidade e à justiça, à Divindade...
                               
Sermão de S. António sobre a Caridade e para o 1º Domingo de Pentecostes:
«É um e o mesmo amor com que se ama a Deus e o próximo. Este amor é o Espírito Santo porque Deus é amor ou caridade. O amor, como refere S. Agostinho, recebe de Deus esta regra: que ames a Deus por si e de todo o coração e ames o próximo como a ti mesmo. Isto quer dizer que deves amar o próximo em vista do mesmo fim e pelo mesmo motivo porque te amas a ti mesmo. De facto deves amar-te no que é bem, e por Deus. No que é bem, portanto, se deve amar o próximo, não no que é mal, e por Deus. Por próximo deve entender-se todo o ser humano. Não há ninguém a respeito do qual se deva fazer mal. A modulação do amor divino é assimilada quando se diz: Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, ou seja, com toda a inteligência, com toda a tua alma, isto é, com a vontade, com todo o teu entendimento, isto é, com a memória. Todos os pensamentos, toda a vida e toda a inteligência devem ser referidos àquele que no-los deu. Segundo estas palavras, parte alguma da nossa vida é deixada livre, tudo o que surgir na alma é levado para donde corre o impulso do Amor»...
                                 
"Ó Santo António lê, escreve e medita connosco, faz-nos subir na frequência vibratória da árvore consciencial e inspira-nos no desvendamento e comunhão da centelha e criança Divina...

In this days of S. Antony of Lisboa and Padua we invoke his inspirations and blessings not only in the streets and foods but also in the spiritual hearts and trees... 
                              
                      Se receberes as energias puras da Natureza e as trabalhares bem conseguirás                                                  levar a criança e a divina bem irradiante no teu coração...
                               If you keep the lily shining in your soul, the spark of Divine  Love that you are                                                     will shine from your heart, lo, even from your hands... 
                                   
             "Santo António e a criança abençoando Portugal", por Maria de Fátima Silva.
O peito aberto ("aperto pectore", adágio de Erasmo) coração à vista, como queria o nosso dramaturgo Jorge Ferreira de Vasconcelos, pela voz do deus Momo, no prólogo da Ulysipo, que a Silvina Pereira e o teatro Maizum tanto têm feito para ressuscitar nas auras e almas lisboetas...
S. Anthony of Lisbon and Padua, of Lebanon and India, or the mystical body of saints, masters, humanists, fraternal and spiritual beings, working for the fostering of a culture of peace, wisdom and harmony with All

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