quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Dugin: Vitória para o Mundo Russo. Uma luta travada em duas frentes: Ucrânia e dentro da própria Rússia. Texto de 26/11/25

                                    
Mais um texto fervente de idealismo futurante de Alexandre Dugin,  pai Daria Dugina, a jovem filósofa mártir (mas por assassinato) desta guerra que parece avizinhar-se do seu desfecho, embora o empedernimento dos políticos ocidentais mais avençados à oligarquia infrahumanista ou diabólica de Davos, do Fórum Económico Mundial e da Open Society continuem com os megafones do ódio  e da guerra à Rússia.
Contudo até que ponto é que será tão fácil findar ou transmutar os elementos mais nazis e anti-russos das zonas fronteiriças da Nova Rússia é um enigma, que Alexander Dugin parece antever como difícil mas inevitável. Esperemos que corra bem e que a justiça, o amor e a fraternidade limpem as memórias traumáticas de tanta gente que, pela ambição desmedida do Ocidente oligárquico e woke. dos USA de Joe e Hunter Biden, Victoria Nuland e Anthony Blinken,  da NATO, de Stoltenberg e de Rutta,  de Boris Johnson, e de Zelensky e dos nacionalistas banderitas ucranianos, sofreu, ficou ferida e viu morrer tantos seres próximos ou de família. E que possa findar o ódio à Rússia, o criptonazismo e a hubris do Ocidente e dos extremistas ucranianos, e quem sabe a existência da imperialista NATO, derrotada nesta tentativa mas ainda a querer lutar, continuar, nomeadamente pelos monstros Merz, Starmer, Macron e mais alguns..
Oiçamos Alexander Dugin, uma das mais importantes vozes do mundo Russo, da multipolaridade equitativa mundial (que o BRICS incarna) e do optimismo escatológico, que a sua filha Daria Platonova tanto desenvolveu e inspira do além:
                                         
Vitória para o Mundo Russo. Uma luta travada em duas frentes: Ucrânia e dentro da própria Rússia. Texto de 26/11/25
«Na Ucrânia, derrotaremos o Ocidente, que está a lutar contra nós, precisamente na mesma altura em que derrotarmos e expulsarmos o Ocidente de dentro de nós mesmos—o liberalismo e a traição que nos dominaram na década de 1990, submetendo ao julgamento aquela realidade histórica, aqueles erros e aqueles crimes que cometemos quando destruímos uma grande potência e traímos o Mundo Russo.
Portanto, o julgamento que realizaremos depois a nossa Vitória sobre os criminosos nazis ucranianos também será um tribunal sobre a nossa própria história, sobre os anos 1990, sobre tudo o que levou a esta guerra civil fratricida e sangrenta.
Hoje, o destino da nossa Vitória lá e o destino da cura, renascimento e despertar do nosso povo aqui estão inseparavelmente conectados. Só podemos prevalecer quando esta guerra se tornar verdadeiramente uma guerra do povo, uma guerra russa, e quando nela conseguirmos vencer ou prevalecer sobre nós mesmos.
Depois da nossa Vitória, teremos inevitavelmente de relançar o Estado—não apenas o Estado das nossas terras antigas, mas o nosso próprio também. Porque será um Estado diferente, um povo diferente, uma sociedade diferente, um ciclo histórico diferente.
É claro, quando essa transição for concluída, encontrar-nos-emos num novo mundo. E teremos que pôr em ordem não apenas o que hoje é chamado de "Ucrânia", mas também o que hoje é chamado de "Federação Russa".
Seremos simplesmente compelidos a criar algo diferente: o Mundo Russo. Devemos fundamentá-lo, estabelecer as suas bases e conceber as suas novas instituições; adoptar uma nova constituição; e, em essência, simplesmente reconstituir o nosso Estado, que se tornará uma restauração plena daquela realidade histórica e daquele princípio histórico que é a Rússia Eterna, Grande e Boa. Devemos realmente despertar para cumprir o que nos foi legado desde o momento da formação de nossa estatalidade e o Baptismo da Rus'.
  O povo Russo vive no futuro. E nós existimos não "porque," mas "pela causa ou bem de." O nosso ser está à nossa frente. É por isso que respondemos tão rapidamente aos ensinamentos sobre a fraternidade universal, sobre o Paraíso na Terra. O "centro de gravidade" da pessoa russa está no futuro. Em direção a esse futuro, estamos a aproximar-nos cada vez mais. Esse futuro chama-se "Vitória."
 Neste momento o plano para esta Vitória está a ser forjado: como derrotar tanto a eles quanto a nós próprios, e como reviver, restaurar e ressuscitar tanto a eles como a nós próprios. Simultaneamente. Porque a abolição da "Ucrânia" (e isso é extremamente importante) implica a abolição simultânea da "Federação Russa" dos anos 1990. Essas duas realidades falsas e caricaturadas são o produto do colapso de uma grande potência orgânica, um Império (a União Soviética estragou muito nele também, embora também contivesse muitas realizações boas).
Por hora, contudo, não devemos argumentar acerca do passado, mas avançarmos para o futuro. Neste futuro, não haverá nem Ucrânia nem Federação Russa, mas um Grande Mundo Russo renascido, a nossa nova potência mundial com uma nova global Ideia Russa, que restaurará tudo o que é o melhor, tudo o que é antigo, e finalmente cumprirá os mandamentos dos nossos grandes santos e dos heróis de nossa história.
                                      
Teremos de mudar muito, e claro os habitantes das antigas terras devem desempenhar um papel muito importante nisso. Um papel muito mais importante do que o de uma população submissa, derrotada e colocada sob domínio estrangeiro. Mas tudo isto se tornará realidade quando a nossa Vitória se tornar realidade—não apenas sobre os outros, mas sobre nós mesmos.»

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