quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Do que religa mais a Terra e o Céu e como participarmos em tal unificação. Com duas imagens russas e duas portuguesas.

Estrela do Herói  (um cometa e foi dedicado ao seu filho George,) óleo do mestre russo Nicholai Roerich (1874-1947), notável explorador dos Himalaias, do Gobi, da Sibéria, autor de milhares de pinturas e de livros valiosos em indicações psico-espirituais. .
Ligando a Terra e o Céu encontramos de mais notável os meteoritos, os raios, as tempestades, as quedas de água, os arco-íris, os lagos, os mares, as montanhas, a agro-floresta, as árvores, arbustos e seus frutos, as aves, monumentos, templos, estátuas e colunas, pirâmides e obeliscos, grande penedos, menhires e falos, fogos, velas e incensos, sinos e Angelus, símbolos, armas e báculos, casas, terraços e chaminés, anjos e espíritos celestiais, devas da Natureza e os seres vivos, em si mesmos ou em trabalhos, lavouras, consagrar e dar graças pelos alimentos, funerais e velórios, estados beatíficos, poesias e cantos, compaixões, uniões, yogas, iniciações, comunhões e adorações, que tanto elevam as energias telúricas na aspiração ao alto como recebem as forças celestiais que correspondem às suas invocações e merecimentos, e com elas fecundam as almas, terras, seres e ambientes.
                             
O lago Balkai na Sibéria, óleo do russo Kuindzhi Arkhip Ivanovich,
(1842-1910), contemplável no Museu estadual de St. Petersburg, espelhando o céu e intensificando os seus raios e cores
A música e o canto são das mais criativas e dinâmicas participações e intensificações da religação entre a Terra e o Céu, por vezes ecoando neles a mítica música das esferas, o canto dos espíritos celestiais, ou o som subtil interno.
Os livros são também poderosos vórtices de energia subtis, tanto em si e na sua beleza e forma, como ao serem lidos ou ao serem escritos, mas poucos seres se consciencializam desta operatividade, desta irradiação subtil e mágica, dos fios a seres ou a planos elevados que eles contém.
Mesmo os livros parados, deitados sobre uma mesa, encostados num auxiliar de leitura ou de pé numa estante estão vivos cumprindo a sua missão de albergarem de poderosas potencialidades para quem os abrir e ler, ou apenas contemplar na capa ou numa ilustração, que por vezes em si é mais eficaz que muitas páginas, e deixar a sua alma seja fortificar-se, seja elevar-se na sabedoria e forças psíquicas, de várias fontes, que elas contêm, emanam, suscitam, impulsionam.
                                   
Do Afonso Cautela (biografia em: https://pedroteixeiradamota.blogspot.com/2018/07/afonso-cautela-vida-e-obra-com-um-video.html ), uma das publicações artesanais, cheia de formas vibratórias curativas.
Todavia poucas pessoas conseguem sentir essa unidade com o que contemplam, ou intuir as emanações que as rodeiam, ainda que não poucas ao longo da vida, ao abrirem um livro e encontrarem algo que lhes interessa muito, se têm admirado, dado graças e questionado sobre a sincronicidade, a comunhão psíquica e a Providência divina sábia que os faz abrir um livro na página que mais lhe interessa, embora não se interrogando se uma clarividência inconsciente os levou a abrir o livro em tal página.
Ligando a terra e o céu constante e especialmente estão ainda todas as imagens de seres que já viveram na Terra que agora se encontram nos mundo espirituais e que nós contemplamos, sintonizamos, saudamos. E por imagens entendemos quadros, bustos, estátuas, gravuras desenhos, fotografias. Todos deveríamos ter em nossas casas algumas imagens que cultuássemos com regularidade ou diariamente, lembrando-nos, dialogando, irradiando, recebendo. E muito se poderia dizer sobre esta valiosa comunhão, nomeadamente o que diz respeito a nossa vida no além, e com quem teremos convivialidade luminosa, no grande corpo colectivo espiritual da Humanidade e no nosso corpo espiritual que vamos desenvolvendo em terra...
E por fim devemos relembrar os exercícios interiores ascendentes e descendentes, as contemplações dos céus, do sol, da lua, estrelas e planetas, as comunhões com os mundos distantes, as invocações do Anjo da Guarda e do Arcanjo de Portugal, as orações e meditações os escritos e ritos, as peregrinações e subidas às montanhas ou descida às grutas, as concentrações, posturas, gestos (o principal, orar de braços abertos) e cerimónias que fizermos ou em que participarmos com tais propósitos de sentir, consciencializar e intensificar tal religação e união...
                                                
               O Arcanjo, ou Anjo Custódio, de Portugal, no mosteiro dos Jerónimos, Belém. Lux, Amor, Pax!

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