quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Diários, meditaçõe e reflexões revolucionárias. Do dia 17-VII-2021, no Gerês transmontano, e revisto. Do Sol e da Religião Perene..

 Dia 17, 8:07. Acordara às 6 e pouco, com sonho de dificuldade de estacionar o carro. Noutro, as pessoas estavam em pares e eu não. Muita gente vejo eu nos sonhos. Não sei se é só da inter-relacionalidade do plano astral ou se é a internet, o Facebook, as redes sociais, os telemóveis a intensificarem esta quase que globalização das almas, que fez com que sonhos em que esteja completamente só sejam raríssimos.

                                 

Resolvi ir ver o nascer do Sol e foi muito bom, com boas comunhões com as energias solares divinas, nomeadamente via Amaterasu o mi kami (a divindade solar nipónica), e em comunhão também com penedos milenares, sempre a contemplarem mudos o nascer solar, enquanto eu posso orar e gravar até um vídeo.

Nascer do sol  há a uma hora, enquanto o dormir se faz em qualquer hora.

Absorver o ouro líquido solar pelo interior do corpo físico e subtil. Ainda agora o meu interior exclama: - Meu Deus, meu Deus... 

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Pensamentos Revolucionários mas Espirituais:

A monoteização das três religiões do livro foi uma tarefa de certo modo desnecessária e daninha, pois fez perecer muita gente e criou mentalidades monomaníacas, monoteístas e fanáticas, pois o paganismo e os cultos de diferentes faces da Divindade continuam fortes, bastando ver a Índia.

Primeiro, foram os judeus a matarem os fiéis de cultos de deuses e deusas diferentes do seu primitivo e violento Jehova, ainda hoje gerando algo disso em aqueles que o aceitam, seguem ou cultuam. Podemos vê-lo nos seus extremos e extremistas como um demónio astral exclusivista e sem amor.

 Anterior ao Javé judaico, houve no Egipto a reforma de Akhenaton, e o culto solar de Ra Atoum, mas era apenas o reconhecer-se que o Sol era a maior e melhor fonte da Divindade e dos seus raios subtanciais para os seres humanos na Terra, ou ainda a melhor imagem da Divindade Primordial que poderíamos ver no mundo físico...

 Os Cristãos, que acabaram por afogar bastante a mensagem de Jesus ao misturarem-na forçadamente com o Antigo Testamento, algo,  que ele repudiara, tal como a concepção de Jeohova, na sua missão libertadora espiritual, acabaram  por pouco compreender o Pai de Jesus e, quanto ao Espírito divino, após muitas hesitações e controvérsias inventaram uma Trindade, mas sem Mãe, pelo que depois viram nascer mil deusas, as Nossas Senhoras, além dos santos e santas, uma das mais conhecidas sendo a nossa de Fátima, que acabou por ganhar graça também dos Shiias, por tal ser o nome da mulher de Ali.

 O Islão, nascido no deserto, aceitando partes do Judaísmo e do Cristianismo mas repudiando o endeusamento de Jesus, tendendo na sua secura a um paraíso que o compensasse e a um monopensamento, certamente com valor concentrativo, ao estar rodeado de outros deuses e deusas, e das duas religiões anteriores, teve de fanatizar de certo modo os seus seguidores ou fiéis para andarem a impor a sua crença à ponta da espada, embora também por diálogos o conseguissem. Mas no Irão e Iraque rapidamente desenvolveram-se linhagens mais místicas e abertas aos mestres e suas iniciações, tanto nos sunitas como nos Shiaa, estes tendo quase epifanizado os 10 imans, a linhagem de Ali e de Fátima, a filha do profeta Maomé. E na Índia também os sufis, enquanto místicos, conseguiram verdadeiramente atrair e converter hindus, ou então fazerem sínteses valiosas, como as de Kabir,  Dadu, Guru Nanak, Akbar e o seu bisneto Dara Shikoh, este um dos grandes pioneiros do estudo comparativo e vivencial das religiões e suas espiritualidades, realçando muito as meditações, a devoção, os mestres.

Akbar e a sua corte ecuménica de demanda do valor das religiões

Hoje em todas as religiões há muito seres que recebem  graças místicas, seja a luz interior seja estados de amor e de expansão de consciência, e que sabem por experiência própria que são mais que o corpo e o cérebro, mas a ignorância é ainda muito grande, bem como os fanatismos, tanto mais que seres, algo diabólicos no seu egoísmo, crueldade e ambição, tentam manipular e controlar a humanidade.

O que se poderá fazer então neste século XXI que se acreditava ser mais harmonioso e espiritual e vemos cada vez mais oprimido e manipulado, violentado e desumanizado? 

Educarmos mais as novas gerações na sensibilidade e estética, na ética e na bio-ecologia, no conhecimento histórico e científico,  e em especial na n história das religiões, espiritualidades, psicologias, sem cair em demasiados laicismos e materialismos como é moda ou ordem na União Europeia e no Ocidente. E com liberdade para praticarem as suas religiões mas sem se deixarem explorar por falsos pastores nem enveredarem por extremismos. 

E finalmente valorizarem-se as práticas espirituais, as ligações aos mestres e anjos, para que as pessoas despertem mais a auto-consciência espiritual, abram os seus sentidos subtis e possam começar a relacionar-se mais íntima e verdadeiramente com a Divindade (o que constitui a essência da religião perene e universal), de modo a que uma vida mais biológica e harmoniosa possa cuidar e melhorar este ar e estar em que temos de inspirar e expirar....

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