sábado, 2 de abril de 2016

Antero de Quental, Carlos Cirilo de Machado, Sárrea Prado, von Hartmann: o Magnetismo e a Unidade de Consciência.

Antero de Quental: o Magnetismo, os Pressentimentos, o Inconsciente de Eduard von Hartmann e a Unidade de Consciência ou Campo Unificado de Energia Consciência. A carta a Carlos Cirilo de Machado, 2º Visconde de Santo Tirso, as referências ao padre Chaves e ao deputado Ângelo Sárrea Prado. 1886, Vila de Conde.
                                     
           Antero de Quental, pintado segundo os sensíveis olhos do 2º Visconde de Menezes.
Numa carta a Carlos Cirilo Machado (1865-1919), enviada de Vila do Conde, em 1886, quando o destinatário era um "jovem amigo" de 21 anos, Antero partilha para a perenidade histórica da Tradição Espiritual Portuguesa vários dados que não receberam até hoje a necessária investigação e que tentaremos investigar e realçar em algumas das suas sementes, quem sabe se já sem poder germinativo e revelador de mais frutos e aspectos da vivência anímica e espiritual de Antero com os seus contemporâneos, uma vez que tantos anos se passaram e as referências são submergidas e as memórias, tal como os sonhos, dissolvem-se qual neblina ou nevoeiro matinal...
De Carlos Cirilo Machado, que foi o 2º Visconde de S. Tirso, no blogue Phalerae, de José Vicente de Bragança, a quem agradeço (bem como, pela fotografia desse amigo de Antero de Quental, aos descendentes de D. Maria Gabriel Cirilo Machado de Araújo França Pereira (1929-2006), neta do visconde de Santo Tirso), podemos ler um resumo biográfico, que abreviei um pouco e transcrevo em seguida. Quanto a sabermos se ele manteve ao longo da vida o interesse pelo "panpsiquismo", tal como Antero denominava, e a que resultados e conhecimentos terá chegado, pelo menos nas crónicas publicadas no Brasil na 2ª década do séc.XX, e  em 1923 e 1924 nos livros Cartas de Algures e De Rebus pluribus, encontramos algumas referências ou mesmo especulações com valor, ou então bem humoradas.
                                       
«Diplomata, escritor seguiu a carreira diplomática, tendo estado colocado nas Embaixadas de Portugal em Roma, Quirinal, Madrid e Londres, de 1891 a 1894. Eleito Deputado por Santo Tirso (1894). Encarregado de Negócios em Londres, em 1895, no impedimento do Embaixador Marquês de Soveral, foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros, na presidência de Hintze Ribeiro. Em 1896 é nomeado Ministro em Washington, USA, (1896-1901) e posteriormente Ministro em Bruxelas, cargo que exerceu até à implantação da República. De 1911-12 foi ainda Ministro na Rússia até que passou à disponibilidade em 13 de Abril de 1912.»
«Assentou praça em 18-8-1900, data em que foi nomeado Alferes de Cavalaria da Reserva (cf. Lista de Antiguidades de Oficiais do Exército de 1909)», já com alguma idade e certamente com algum objectivo de inserção social que nos escapa, sendo com a farda militar que se encontra fotografado, e com as numerosas condecorações diplomáticas recebidas em vida. Das suas obras destacam-se os já mencionados dois livros de crónicas jornalísticas, o De rebus pluribus (1923, duas edições) e Cartas de algures (1924).
A carta foi integralmente lida e comentada por mim e passada para o Youtube no dia 31-III-2016 e a ligação para se ouvir é esta, embora na altura não tivesse ainda alguns conhecimentos acrescentados neste texto, nomeadamente referentes ao posicionamento sobre espiritismo de Eduard von Hartmann e de Sárrea Prado:
                    
A carta, que só foi divulgada  pela primeira vez em Julho de 1961, por Galvão Carvalho, na revista Colóquio (e que eu ainda não consultei), como anota Ana Maria Almeida Martins no III volume da sua valiosa 2ª edição das Cartas de Antero de Quental,  tem considerações de grande valor filosófico-espiritual e revelam que Antero de Quental participou em experiências psíquicas pois, após começar dizendo: «Meu jovem amigo, Creio que o magnetismo é efectivamente alguma coisa, uma força orgânica, talvez a força orgânica», esclarece numa aproximação, aberta mas cautelosa, de verdadeira metodologia científica: «mas a este respeito nada mais sei e cuido que mais nada se sabe por ora (...) mas talvez  só daqui por mil anos se possa saber alguma coisa a respeito delas, digo alguma coisa que valha a teoria científica dessas forças», e prossegue: «Como quer que seja, eu ocupei-me em tempo com o magnetismo e vi coisas bem notáveis... Fez-mas ver um padre do Algarve, que por sinal tanto se embrenhou, e tão sinceramente, naquela pesquisa, que acabou por perder a fé católica e se despadrou, perdendo os meios que tirava do sacerdócio. Vivia há poucos anos em Lisboa, obscuramente, dando lições de Português, e chamava-se, se bem me lembro Chaves. O Sárrea Prado, deputado do Algarve, conheceu-o, ele, que também se dá às ciências ocultas, lhe pode contar muitos casos notabilíssimos de lucidez magnética.»
Destaquemos Antero de Quental afirmar que se interessou e ocupou com o magnetismo e que vira «coisas bem notáveis», afirmações estas bem valiosas e que eu saiba não equacionadas nem valorizadas ainda pelos sucessivos estudiosos anterianos. E repare-se que Antero equaciona magnetismo, ciências ocultas e lucidez magnética, com um ar, ou de um modo, de quem as conhece, tal como o eng. Ângelo Sárrea de Sousa Prado, deputado no Parlamento nos anos de 1880-81, 1882-83 e 1893 e que pertenceu à comissão africana da Sociedade de Geografia de Lisboa, tendo colaborado em projectos hidráulicos tanto em Luanda como em Portimão, como pude ler no blogue de Nuno Campos Inácio, Toponímia de Portimão e sua história, a quem agradeço. E que deixou duas obras ligadas aos seus trabalhos em Angola, como podemos ver na Porbase, da Biblioteca Nacional.
Será interessante sabermos mais das actividades ou dos conhecimentos ocultistas de Ângelo Sárrea de Sousa Prado [vim a descobrir posteriormente a sua participações nos começos do espiritismo e da sua organização, como pode ler no fim deste artigo], e talvez os seus descendentes possam acrescentar algo, sobre eventuais sessões ou diálogos com Antero de Quental. E, claro,  sabermos ainda dos grupos e pessoas que proporcionaram a Antero de Quental as várias experiências, nomeadamente o Padre Chaves (quem foi, com quem se ligou...), e a sonâmbula lúcida, ou que adivinhava.
Antero de Quental prossegue nesta carta, na qual se afirma como um pioneiro e quase mestre de Fernando Pessoa ocultista (que em jovem tanto o admirou e leu), considerando que o magnetismo, essa força orgânica que tudo liga pode ser a responsável do espiritismo, das mesas rodantes e dos pressentimentos. Oiçamo-lo, continuando a reproduzir a carta: «É fácil que pelo magnetismo se expliquem muitos dos efeitos maravilhosos do espiritismo e das mesas girantes, assim como toda uma classe de fenómenos, que muita gente nega, mas eu tenho por certo os pressentimentos. 
Agora como, isso não sei e penso que ninguém sabe.»
Vem depois uma explicação valiosa, pois além de assinalar que participou em vários casos, tenta justificar a lucidez ou clarividência por uma osmose anímico vibratória supra corporal: «O magnetismo parece estabelecer uma unidade de consciência entre várias pessoas, ainda que separadas por grandes distâncias, de sorte que o que uma sabe, sabem-no as outras logo. Pelo menos, em todos os casos de lucidez a que assisti nunca vi a sonâmbula adivinhar alguma coisa ignorada por todos os que se achavam em relação magnética com ela, mas só coisas que ela ignorava, mas que pelo menos um dos assistentes conhecia. 
A tal unidade de consciência é coisa que não repugna à razão filosófica. Se ler  [Eduard von] Hartmann, na Filosofia do Inconsciente  verá que essa é uma das pedras angulares do sistema daquele engenhoso e profundo alemão. Segundo ele, essa unidade, expressão da unidade fundamental das coisas, existe latente ordinariamente, e só se manifesta obscuramente nos factos do instinto. O magnetismo será, segundo esta ordem de ideias, o momento em que essa unidade de consciência de latente se torna patente».
  Como sabemos Antero de Quental apreciou bastante Eduard von Hartmann (na fotografia), colocando-o a par de Giordano Bruno e de Schelling como representantes do Panteísmo espiritualista e da busca de uma religião do futuro,  considerando até bem profeticamente «o seu pessimismo como um protesto da razão e até do senso moral contra o optimismo naturalista» então vigente, sem deixar de lhe apontar algumas limitações («conciso e deficiente em certos pontos», dirá a Oliveira Martins, em 13-5-1876), ou deixando pouco lugar na religião ao maravilhoso e ao imaginoso, e não discernindo e valorizando suficientemente o Absoluto ou o Inconsciente como Liberdade.  
Na carta, Antero de Quental parece dar o salto de considerar os fenómenos de conhecimento supra-sensorial como manifestações da tal unidade, ainda que não tente explicar como tal se passa: se por alargamento ou expansão da alma-consciência, se pela utilização de sentidos espirituais, se por acção de espíritos, embora quatro anos mais tarde no seu "testamento filosófico", como bem lhe chamou Sant'Anna Dionísio,  afirme a existência de uma substância ou "alma infinita das coisas" por onde tal comunicação acontece..
Limitações também expressas pelo próprio Eduard von Hartmann no seu livro já mais tardio, Spiritismus, 1885, onde, tratando do espiritismo e do magnetismo, confessa nunca ter assistido ou participado em experiências e conclui tratar-se apenas de magnetismo, mesmerismo ou sugestão o que está em acção nesses momentos. Tal não era a posição de vários filósofos e investigadores psíquicos (tal como Alexander Aksakof, traduzido em português), além de espíritas, que puseram em causa as contradições das suas explicações, propugnando a possível intervenção de espíritos, como aliás podemos ver no prefácio da tradução inglesa da obra e que está on-line.
E prossegue terminando a carta, atestando mais uma vez a sua vivência, conhecimento ou experiência (o Padre Chaves, o Sárrea Prado e a sonâmbula que adivinhava, a lucidez magnética e os pressentimentos): «Mas tudo isto é mera especulação, hipótese e filosofia: de positivo só temos por ora os factos, que muita gente lhe poderá atestar, como eu. E adeus, que acabou o papel. Antero de Q.»
Observemos ainda que a carta mostra o jovem Carlos Cirilo Machado a pedir esclarecimentos sobre o magnetismo a Antero de Quental. A que título, quais as razões que o levaram a fazer tal pedido na carta (hoje perdida) a Antero? 
Seria Antero  de Quental um nome de referência, um conhecedor e conhecido não só na Ética, na Filosofia, nas Letras e Poesia, mas também nas ditas Ciências Ocultas e Magnetismo? Ou seria pela sua aura de líder de estudantes e de mestre do pensamento e da demanda da Verdade? 
Ou seria de conversas anteriores, pois a amizade entre Carlos Cirilo Machado e Antero de Quental sabemos existe pelo menos desde 1881 e que então conversaram bastante, conforme está registado numa  carta de Antero a ele, de Dezembro, 1881: «pela minha parte, de entre os rapazes da última geração, está o Carlos no número limitado daqueles que eu estimo e de quem espero alguma coisa sã. Concebo que [eu] lhe tenha feito alguma falta: as nossas conversas não eram vãs, e o Carlos não é daqueles, que, por terem talento, se cuidam dispensados de ouvir e atender». (Ver ainda  http://pedroteixeiradamota.blogspot.pt/2018/01/a-casa-do-coracao-de-antero-de-quental.html ).
 Tentando aprofundar os aspectos ainda desconhecidos desta carta, descobri primeiro que um magnetizador esteve em Portugal nesses anos, suscitando naturalmente questões a muita gente. E segundo, que o engenheiro Ângelo Sárrea de Sousa Prado,  foi uns dos onze membros da Comissão Central Pró-sede da Federação Espírita Portuguesa nomeada em 26-8-1928, em Lisboa, conforme se pode ler na Revista de Espiritismo, nº 5, de Setembro-Outubro de 1928, presidindo ainda a duas conferências na Federação Espírita Portuguesa, em Setembro de 1928, as de Maria O' Neill (mestra de um dos meus iniciais dialogantes espirituais, o eng. Manuel Lourenço) e do médico António J. Freire. E, por indicação (conforme os comentários) do Luís Lyster Franco, que em 1927 pertencia aos corpos gerentes da Federação Espírita.
Mas voltemos, para finalizar, ao ponto essencial entrevisto ou pressentido por Antero de Quental: há uma força ou energia que se poderá denominar magnética, bem como uma unidade de consciência, ou ainda de vontade e inteligência-razão ainda que inconsciente (na linguagem de Hartmann), que permeia o Universo e os seres humanos, através da qual circula toda a informação e energia. 
A lucidez magnética, e seria valioso se ele nos explicitasse  melhor o que ele entendia e incluía mesmo com esta expressão, então usada por alguns como explicação do magnetismo e do hipnotismo, mas provavelmente é a visão psíquica interior ou, se quisermos, uma intensificação energética, uma sintonia e  receptividade subtil que permite a passagem, pressupondo a tal unidade, ou continuidade de circulação, de consciência e informação, de um estado ou um dado desconhecido, ou melhor latente, virtual a um estado patente, conhecido ou manifestado.
Nas Tendências Gerais da Filosofia da segunda metade do século XIX Antero de Quental faz algumas aproximações ao Espírito e à sua unidade universal que se podem equacionar com as descrições actuais da física moderna das partículas e ondas e que, na visão de Antero, são também psíquicas ou de ideias forças. Mas a este ensaio final de Antero de Quental voltaremos um dia dentro desta óptica ou visão, embora acrescentemos para já este passo significativo das Tendências Gerais de Filosofia na segunda metade do século XIX:
«O pensar moderno quebra essas prisões lógicas, faz circular através dos tipos pretendidos irredutíveis uma substância omnímoda, por virtude da qual todos os seres, momentos e modalidades dela comunicam continuamente entre si, influenciando-se mutuamente, opondo-se e, por essa constante e terrível oposição, realizando, não a recíproca anulação, mas a integração de todos os momentos na unidade, cujas diversas potências manifestam." 
 Chama-lhe ainda "a alma infinita das coisas",  considerando-a simultaneamente Divina e real...
Não seriam precisos mil anos, tal como Antero de Quental se lamentava, mas após cerca de cento e vinte anos de tal afirmação e ainda «que muita gente nega» tal, ou a telepatia (que está intimamente ligada com ela), cada vez mais se vai tornando mais clara a existência do campo unificado ou unitário de Energia-Consciência, ou seja, de uma matriz atómica e consciencial, denominado pelos antigos como o Logos (Inteligência-Amor), ou a Anima Mundi, a Alma divina do Mundo, a "alma infinita das coisas", na qual o Universo se constitui, e que modernamente é descrita ainda por alguns investigadores como o "emaranhamento das mentes", ou ainda os campos mórficos e psico-mórficos, e a partir do qual os pressentimentos, sincronias e visões se  manifestam, desde que haja as condições necessárias ou de afinidades e ressonâncias...
                                                       
No campo unificado da "substância omnímoda", ou de energia atómica e consciencial da Anima Mundi, ou do Absoluto, ou se quisermos da Divindade, saibamos continuar Antero de Quental e a Tradição Espiritual Portuguesa, com Cirilo Caros Machado, o Padres Chaves e Sárrea Prado, e conhecer melhor ou mais verdadeiramente a psique, o universo e a Divindade, com gratidão e em amor e para a  felicidade de todos os seres dos Universos...

segunda-feira, 21 de março de 2016

Dia Mundial da Poesia abençoa Lisboa e Portugal. Poemas. 21/3/2016.

                                                                Dia Mundial da Poesia...   

As primeiras andorinhas a silvarem os ares... E um arco-íris abençoador, divino.    
Um poema de invocação do arco-íris que liga os céus e a terra, vibrado e penteado pelas Palavras belas e verdadeiras, sábias e harmonizadoras...

Tocar o cimo da pirâmide de tantos momentos luminosos é abençoar a ligação da terra e do céu que em Lisboa se faz, aqui e acolá, em ti e em mim, em nós...
Belas e subtis palavras,
Que cantais no meu peito,
Donde vindes tão alegres,
Tão fortes na minha alma?

Não é da terra, nem do vento
A nossa origem misteriosa.
Somos espíritos, somos divinas,
Falamos-te em ti, escuta-nos atento.

Corremos as veias,
Enchemos os ossos,
Ressoamos no cérebro,
Saboreamo-nos na boca,
Aquecemos a circulação,
Expandimo-nos pelas auras,
Somos as palavras profundas.
Aquelas que curam e iluminam.


Ouvidos abram-se,
Olhos espantem-se.
Bocas sussurrem ou cantem,
Abraçamos na comunicação,
Ouve-nos no teu coração.


Somos silêncio e gratidão,
Somos amor e aspiração.
Somos a vida imortal,
Queremos-te neste Graal...

Belas e dançarinas somos nós,
Cantamos na noite e madrugada.
Poetas e poetisas saboreiam-nos,
Pobres e inspirados amam-nos.

Ó Belas palavras, clamo-vos...
Oiçam-me, sede benignas,
Quero-vos, aqui e agora:
Palavra Divina mostra-te,
Ressoe o teu Verbo em mim...

Ó Deus, Ó Nome Santo,
Ecoa no nosso ser,
Desvenda os mistérios
E os caminhos a seguir...


Om Amen Hum,
Om Amen IHS,
Canta em mim
O ardor sagrado.


Vinde, ó belas palavras,
Palavras de Deus e dos Anjos,
Ó Música das Esferas pitagóricas
Ó Hierarquias do Céu brilhante.


Abra-se a aura da Terra,
Limpe-se a baixeza dos homens.
Vinde belas e subtis palavras,
Harmonizai as nossas almas.

Belas palavras,
Hóstias sagradas,
Em nós entradas,
Almas iluminadas.


Belas palavras nós somos,
Perante ti surgimos em dança.
Anima-te, ergue a tua alma,
Arde no fogo de ti próprio...


Abre-te à alma do Mundo,
À Sabedoria Cósmica e perene.
Comunga de nós, altas montanhas
De sábias, subtis e belas palavras.

Tece a tua alma com os nossos ritmos,
Sacraliza os teus gestos nos nossos ritos.
Sê uma fonte que jorra as da vida eterna.
Sons de harmonia emanem do teu coração.
Abençoado sejas minha irmã, meu irmão.

 Para que Portugal e os Portugueses, e os da Lusofonia, continuem a cultivar as Musas e Génios poéticos, em comunhão com a sua tão longa e rica Tradição Poética e Espiritual, onde tantos grandes seres brilham e nos podem inspirar, para que mantenhamos luminosa e irradiante a grande Alma Portuguesa (parte da Universal), que é língua e cultura de tantos povos e por todos comungada, enriquecida, metamorfoseada, para que o Bem comum da Humanidade e a Graça da Divindade e suas faces e espíritos celestiais ilumine mais a Terra e desperte melhor em todos e tudo as forças da paz, da não-violência, da justiça, da ecologia, da educação, da espiritualidade, do Amor....

domingo, 20 de março de 2016

Equinócio da Primavera e suas energias celestiais, com um poema de Antero de Quental "Nuvens da Tarde"

Para acompanhar esta celebração da Primavera e das suas nuvens equinociais nada melhor do que um dos poemas escritos por Antero de Quental nos seus verdes anos (1861-1864) e dados à atmosfera em 1872 sob o título Primaveras Românticas, certamente o mais apropriado para o dia em que celebramos a entrada e sagração da Primavera....
Seguem-se fotografias das nuvens recolhidas há pouco e três pinturas do mestre russo Nicholai Roerich...
Fazemos a sugestão musical e visual da música, algo longa mas bela, do ballet de Igor Stravisnky, Sagração da Primavera.
https://youtu.be/jF1OQkHybEQ?list=PL0E08B786BE362959

E que bom seria haver gravação do momento histórico, com os cenários e roupas desenhados por Nicholai Roerich e que foram à cena em Paris em 1913, com coreografia de Nijinsky 
"Culto das pedras, das árvores e das águas" 
Sagração da Primavera: a serpente florida que na dança se eleva.  
Aspire e receba as bênção dos raios e correntes celestiais, equinociais ou as de sempre... Ore e dance, cante e crie....

Spring Equinox. Receive from the equinoctial clouds the celestial energies...
Nuvens da Tarde, por Antero de Quental

«Aquelas nuvens, que voam,
Ninguém pode pôr-lhes mão...
São como as horas que soam,
E as aves, que em bando vão...

Como a folha desprendida,
E como os sonhos da vida,
Aquelas nuvens que voam...
Às vezes o sol, que as doura,
Parece à glória levá-las...
Mas surge o vento e, numa hora,
Já ninguém pode avistá-las!

É um convite enganoso,
Um escárnio luminoso,
Às vezes, o sol que as doura!
Tantos castelos caídos!
Tantas visões dissipadas!
Gigantes, heróis perdidos,
Que mal sustêm as espadas!
Faz pena ver, lá do monte,
Nas ruínas do horizonte,
Tantos castelos caídos!
E as donzelas lastimosas,
Que vão fugindo transidas!
Quem fogem elas ansiosas?
Que buscam elas perdidas?

Ó romances fugidios!
Vejo os tiranos sombrios,
E as donzelas lastimosas!
Aquelas nuvens que vemos,
Esses poemas aéreos,
São os sonhos que nós temos,
Nossos íntimos mistérios!
São espelhos flutuantes
Das nossas dores constantes
Aquelas nuvens que vemos...
Nossa alma vai-se com elas,
À procura, quem o sabe?
Doutras esferas mais belas,
Já que no mundo não cabe...
Voando, sem dar um grito,
Através desse infinito,
Nossa alma vai-se com elas!
Destacaremos no belo poema de Antero a consciência da evanescência ou transitoriedade das nuvens, as quais como sonhos nossos são douradas por momentos mas pouco depois se dissipam, sendo contudo a nossa alma levada por elas ou nelas, talvez a procura de esferas, níveis, planos de existêncoa ou mundos mais belos...
Um senão, algo exagerado, o "escárnio luminoso"
Como sabemos a Psicologia, a Terapia e a Teologia, oculta e celestial, das nuvens ainda está muito rudimentar e cada um de nós participa dela sempre que as contemplamos, estudamos e amamos mais, e começamos a ver e a intuir o que está por dentro e detrás delas e os múltiplos ensinamentos e efeitos benéficos que podemos receber delas...
Página ou legenda em branco: o Evangelho, Boa Nova, ou Revelação, ou obra em aberto.. 

domingo, 13 de março de 2016

Cure-se da Depressão sem medicação pela Meditação...

Vídeo com a duração de 9:30, com aconselhamentos face aos problema de depressão,  tristeza e similares, provenientes em grande parte da desilusão, da falta de confiança e optimismo e ainda da falta de diálogos compreensivos com pessoas que estimulem a harmonização..
Aflorámos pouco as causas tão variadas, dos quais destacaremos as carências e frustrações orgânicas e psíquicas, e apontámos mais para alguns discernimentos e metodologias necessários para se clarificar a alma e fazê-la começar a sentir mais o poder espiritual que habita potencialmente nela...
É um pequeno contributo para se diminuir a uilização dos fármacos, sobretudo quando são desnecessários e nocivos à psique, diminuindo frequentemente a rapidez ou a fluidez das capacidades de interelacionamento tanto horizontalmente na sociedade como verticalmente na relação com os sonhos e os mundos e seres espirituais...
                      

sexta-feira, 11 de março de 2016

Dos Anjos no esoterismo "new age" actual: Monica Buonfiglio, um caso típico de pouco conhecimento angélico.

Na literatura das últimas décadas sobre os Anjos  há certamente de tudo, do pior ao melhor. Os aspectos e extractos que vamos referir não sabemos onde os classificar mas que contém superficialidades ou mesmo asneiras parece evidente e contudo provém de alguém que aparenta ter nome e obra: Monica Buonfiglio, com o seu livro Histórias, Dicas e Magias, S. Paulo, 1996. Pretende ela que é uma enciclopédia esotérica mas faz várias afirmações inconsistentes ou mesmo erradas, algumas das quais, humildemente, tentaremos clarificar um pouco, pois induzem em erros e podem tipificar um posicionamento egoísta ou mesmo arrogante, que por vezes faz parte de movimentos que visam o sucesso a todo o custo...
                                       
Após a primeira entrada, sobre as Almas-gémeas, e na qual de original nada transmite, começa a discorrer sobre os Anjos e em quatro páginas partilha algumas ideias bizarras que convirá esclarecermos: no 1º parágrafo dessa entrada da enciclopédia, depois de dizer que o Anjo acompanha a pessoa do nascimento à morte, acrescenta que o Anjo acompanha a pessoa, uma vez desencarnada, para aprender «junto aos grandes mestres ascensionados, para um possível retorno à terra», juntando logo dois conceitos de seres que não são assim tão facilmente explicáveis, seja o anjo sejam sobretudo os mestres "ascensionados", tão mitificados modernamente (sobretudo a partir da mistificadora Elizabeth Claire Prophet) e na visão dela exercendo a função de mestres escolas. E põe logo no horizonte um "retorno",  quando a "pobre" da pessoa mal se libertou da peregrinação terrena e muito provavelmente não terá que regressar...
No 2º parágrafo escreve: «Os anjos são seres inteligentes, lembra-se? Então para entrar em contacto com seu anjo da guarda, você não se pode fragilizar perante ninguém, e deve pensar. Mas pensar em coisas boas, é claro. Quando pensa você está com Deus, e faz uma ligação com o elo mental do anjo. O que acontece então? Segundo os textos angelicais, os anjos não têm memória»....
Para além de ser um parágrafo algo confuso ou infundado ("Quando pensa você está com Deus", como se o pensar por si mesmo levasse ou elevasse a Deus), gostaríamos de saber que "textos angelicais" são estes, se são de humanos se de anjos e se estes o escreveram ou ditaram sem memória, quem sabe se apenas por visão pura intemporal...
E quanto à ideia de que quando pensamos, estamos com Deus, e supomos que sejam bons pensamentos, há uma certa ingenuidade optimista, próxima talvez dos Donald Walsh, Gary Renard e Alexandra Solnado, que falam tu cá, tu lá, com Deus ou com Jesus... 
Continuemos com a Mónica Buonfiglio:
 «Existe um lugar chamado MEMÓRIA KAUSTICA [Será um erro e quereria dizer Akasica?], que armazena todos os pensamentos da humanidade. Seu pensamento demora dois dias para chegar até essa dimensão. Quando, finalmente, o anjo recebe seu apelo, ele começa a trabalhar para a obtenção daquilo que você pediu, fazendo com que tudo aconteça aqui na Terra como se fossem coincidências. Por isso, durante os sete primeiros dias que antecedem seu correio angelical é muito importante não comprar briga com qualquer pessoa».
 Aqui termina o 2º parágrafo, cheio de imaginações provavelmente erradas, a começar na que os Anjos não tem memória ou sobretudo que precisam de ir ao armazém dos pensamentos da Humanidade e para depois começarem a trabalhar. Mas não sabemos como, se eles não têm memória, onde a guardam no caminho da memória Kaustica até à pessoa?
 Quanto aos dois dias da viajem do nosso pensamento (como cronometrou ela?) até ao Anjo é de estranhar já que a autora começou o texto dizendo que ele está sempre connosco, excepto quando o magoamos, e di-lo no 3º parágrafo, onde lembra logo na primeira linha que «Nossos anjos, além de inteligentes, são também muito sensíveis. Quando agimos com infidelidade, nós os magoamos muito», então refugiando-se eles no astral. Resta saber se não será do plano ou nível astral que ele se afastará, ou ao qual não descerá estando num espiritual mais elevado 
 Quando a não "brigar" durante uns dias, porque afecta o "despacho" angélico, não comentaremos também pois parece um "bom" comportamento algo interesseiro...
 No 4º parágrafo  Monica Buonfiglio continua a passar atestados de menoridade aos anjos, de acordo com a sua concepção: 
"A melhor maneira de conversarmos com o nosso anjo da Guarda é sendo criativo. Não fique mendigando para o seu anjo. Converse com ele como se tivesse conversando como uma criança [....], sem pressionar nem cobrar resultados. [Alude a outra maluqueira, a de que se pode ordenar aos Anjos, "cobrar", fazer-lhes decretos...]. Use sempre o tempo presente e nunca diga, por exemplo:"Eu não quero ser gordo" Isso confunde seu anjo e atrapalha o seu pedido»...
  Esta última frase então, que podemos atrapalhar os Anjos com frases e pedidos que não sejam simples e directos, é de bradar aos céus, a menos que o Anjo para ela seja o inconsciente das pessoas, o que até já poderia fazer mais sentido...
 Monica Buonfiglio explica como devemos falar às criancinhas pseudo-angélicas imaginadas (para ela os anjos) e enuncia então a sua metodologia: «Ao invés disso você deve dizer:«Obrigado pelo meu peso ideal" [160 ?] E não se esqueça nunca de dizer esta frase:" Bendito é o meu desejo, porque ele é realizado"»
Bem, deixemos a frase algo pouco clara, pois não sabemos quem abençoa e porquê, e sigamos para as últimas recomendações acerca de como realizar os pedidos, pois é disso é que a autora parece mais especialista.
E são elas, primeiro pedir em voz baixa, que é a prece, ou em voz alta, a oração, distinção inventada por ela, já que como poderia a oração ser em voz alta se é pedido por exemplo por Jesus que a oração seja sem cessar (S. Lucas, 21, 36) ou é tão recomendada a oração mental pela maior parte dos místicos e tratadistas da oração? 
Depois, o "correio angelical", quando se escrevem os vários pedidos, dirigidos numa carta «Ao meu Anjo da Guarda  (....) (e escreve-se o nome do Anjo próprio) ou ao Anjo supremo». Anjo supremo, quem será ele? Um Arcanjo? E temos assim tanta relação com ele ou merecimento para lhe pedir isto ou aquilo tão facilmente?
 Esta existência para cada pessoa do nome do Anjo da Guarda, que se encontra numa tabela, ou seja, que todas as pessoas nascidas no mesmo dia teriam o mesmo Anjo, é então de fazer rir mesmo o mais sisudo, como se os Anjos tivessem que ter sido baptizados sonoramente para uso egoísta das pessoas. Sabemos todavia que foi uma moda cabalista proveniente dos finais do séc. XVIII e princípios do séc. XIX, embora com raízes em Paracelso e Agripa, e que pegou em alguma gente, desde a ocultista à ingénua, e até aos nossos dias, um dos mais conhecidos vendedores de tal mistificação tendo sido Haziel, um dos grandes barretes  do new age angélico.
 Finalmente, recomendo depositar-se a carta dentro da Bíblia na página do Salmo 91, e acender-se uma vela das sete cores, conforme o tipo de pedido. Como exemplo apenas do conhecimento da enciclopédia esotérica,  saiba-se que será indicado a vela Azul,  se a maioria dos pedidos forem relativos a trabalho e a dinheiro, a vela Rosa para encontrar a alma-gémea, e a vela Vermelha para problemas jurídicos. Uma nova doutrinação em cronoterapia (azul para dinheiro...), graças às velas...
    Esta autora termina a sua quarta página de síntese do seu ensinamento, descrevendo as várias velas e suas virtudes e recomendando acender um incenso ao lado da vela, «pois faz com que seus pedidos cheguem mais rapidamente ao plano astral...»
Resta saber quem é que está no astral, ou se deveria orar-se antes mais para o plano espiritual e o divino, e à Divindade?
Não negamos que a autora possa até ter ajudado muita gente e esteja com boas intenções mas parece ter, ou tem mesmo, alguns pontos fracos ou enganadores no seu ensinamento e por isso, pelo amor e a verdade Angélica, este artigo surgiu ao findar de um dia  longo e desgastante, de acompanhamento da despedida de um grande amigo que partiu para o mundo espiritual e a quem desejamos que o seu Anjo da Guarda subtil o guie luminosa e verdadeiramente, como a cada um de nós o possa fazer também o nosso Anjo...
                       Viva o Anjo e a sua frequência vibratória pura em nós. Saibamos lembrar-nos mais dele, e invocá-lo internamente.

terça-feira, 8 de março de 2016

Dia da Mulher de 2016, e também de 2019, ou seja, serve com perenidade...

Dia da Mulher de 2016, e hoje em 2019 acrescentado. Com belas imagens que deveriam ser mais contempladas e assimiladas pelas pessoas para diminuir o excesso de violência que abunda, por várias razões, nas almas ....
À Divindade Primordial no seu aspecto Feminino,
Abismo, Ventre e Infinitidade, sempre gerando  mundos e seres,
E a nós se revelando nas múltiplas Deusas de todos os tempos!
Possam inspirar-nos e guiar-nos na sacralidade da Paz e do Amor!

À Mãe, que com o Pai, me geraram e a ler ensinaram,
a gratidão do coração que atravessa os mundos
e reune beatificamente grupos e famílias afins
e nos torna membros da Tradição Espiritual de um país!

Às mulheres que sofrem no mundo e em Portugal,
para que as bênçãos do Alto vos protejam
e a paz à Terra desça e em vós frutifique,
E a violência machista e imperialista termine.

Às mulheres que amo mais, para que o fogo do Amor
nos inspire e ilumine frutuosamente agora e sempre
e para que a comunhão com a sabedoria Divina,
Sancta Sophia,  nos aproxime da Divindade íntima.

Às almas femininas, musas, sibilas, mestras e poetisas,
trabalhadoras, curadoras, heroínas, mães, sorores e místicas,
para que nos inspirais sempre nos sonhos e meditação
e aperfeiçoais em nós a continuidade da perene Tradição!

À Shakti, a energia do Amor divino,
que como princesa do coração
espera pelo príncipe encantado
que a despertará do seu sonho
e a coroará de plena iluminação!
Da Alma Feminina como o grande imã da Divindade.
https://youtu.be/aTQfB8W0-EM
«Do alto monte do Amor contemplo as distâncias infinitas e o meu jarro derramar-se-á sobre todos os que aspiram a Mim»
https://youtu.be/rOEpOKIjgwY
Seres que se amam protegem-se e apoiam-se subtil e perenemente:
https://youtu.be/jsdhjOVV9rI
Tanto a beleza inaudita dos corpos como a das almas são os dois meios principais de nos inspiramos e nos intensificarmos na fecundidade e na unidade Divina.    https://youtu.be/9oYmhR7GND0..
Felizes das almas que ao fim do dia de trabalho no campo ou na alma dão graças à Divindade e à correnteza de Almas e Anjos que nos ligam a Ela... Angelus, de Millet.
https://youtu.be/cuPWRvDoE58
A maravilhosa face da Divindade no Extremo Oriente Nipónico, Amaterasu Omikami..
https://youtu.be/HhRd2LyX6Eg 
Da mulher forte que sabe domar o leão instintivo e não ser comida por ele... Evangelho de S. Tomé..
https://youtu.be/DUmq1cpcglQ
Da Mulher que discerne e julga e aponta a espada à quem a oprime, desgoverna, rouba e mata. E em casos mais graves de opressão, face à incapacidade do Estado em educar e proteger, a união das mulheres terá a força necessária para transmutar o que vai mal na sociedade, ainda tão subanimalizada e machista  https://youtu.be/DqUb3L1IRYA
A revista Time, ainda mais que a BBC, a British Brainwashing Corporation, manipuladora e alienadora, escolheu como sempre mal, embora reconhecendo o que a USA deve a Merkel na desastrosa condução da política europeia, tanto contra Putin como contra Assad...
https://youtu.be/T8cQ4jczmAE
Uma das mãos sanguinárias na boca; as outras, dos coligados sub USA e Arábia Saudita, não sabemos onde e com quê..., mas para bem dos povos Europeus não tem sido...
A indiferença da classe política pela ética pública é grande e a corrida aos tachos dos que tem passado pelos governos, parcerias publico-privadas e bancos de Portugal é escandalosa senão mesmo frequentissimamente criminosa e danosa à imagem, ideia e alma de Portugal. Nas últimas décadas o amor a Portugal tem diminuído assustadoramente, muito por culpa dos governantes e gestores que, vendidos ao capital internacional que os financia, desprezam arrogantemente os Portugueses e o Bem comum e criam revolta e indignação, latente ou manifestada e que tem por vezes efeitos trágicos em inocentes, em especial as mulheres.
 Que as mulheres possam ser mais livres, sábias, verdadeiras, criativas...
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A complementaridade das duas metades da Unidade Divina tem de estar sempre a ser trabalhada, na guerra ou na paz, na dor ou no prazer, na doença ou na saúde, na morte e na vida
https://youtu.be/txvD6Bc3tS0
Uma bela Lisboa, como Almada a intuiu em 1935, ano em que Fernando Pessoa, mais consciente, partia envolto no nevoeiro ainda, que clamando «É a Hora», aqui e agora, para todos nós os Fraters e Sorores...
[  https://youtu.be/RkZkekS8NQU  ]   E hoje, a mulher lisboeta está melhor?
Almada Negreiros, Santo António e a Mulher, para as festas da Cidade em 1935: Da mulher que cultua os santos, seja cristãos, islâmicos ou hindus, e deles recebe telepaticamente inspiração ou conselhos para os bens a encontrar ou o namorados a achar...
Para a outra margem do Oceano dirigem-se os olhos dos amados, galgando distâncias ou saudades em segundos telepaticamente e seus corações transbordando na comunhão  do Amor e da Divindade...
https://youtu.be/5B0cnqPpLzI
Ísis sem véu, ou a Verdade que a Mulher consegue manifestar na sua transparência, quintessência dos quatro elementos e direcções..
A Essência maior da mulher é ser um estrela benéfica, inspiradora, curadora, fertilizadora, unificadora!      https://youtu.be/b9yEUsDQ6J8  !
Machado micénico, símbolo da grande Deusa, no seu coração e peito unindo opostos e mundos, complementarmente, harmonizadoramente...
https://youtu.be/TD5zbXREo4w
Da Mulher nos Espíritos da Natureza, das fadas e sílfides, às dríades e ninfas...
https://youtu.be/N3Fg3RwcJUI
Da Alma ao Espírito, da jovem Cristina à mulher Crística...
https://youtu.be/_4uY5nM93Kg

As práticas de alinhamento, respiração consciente e harmonizadora, e a meditação de acalmia mental e religação espiritual e divina, são fundamentais na Mulher, e feliz de quem que pode ser tocado na sua alma ou no
seu olho espiritual pela mestra ou mulher mais evoluída.
Fátima, mulher de Ali, filha do profeta Maomé...
https://youtu.be/blsor7kURZs
Maria amamenta o Menino ou da nossa missão maternal e crística
https://youtu.be/66zUY8UZn4M
Da mulher como princesa dos pobres franciscanos peregrinantes e do culto do Espírito santo  https://youtu.be/lpRaRKz6k2U
Da Mulher Divina, potencial anímico íntimo, Grande Deusa, erguendo-se ardente, fecunda, em todos os planos.
Sibila Pérsica,  mulher leitora e inspirada pelo Espírito...
https://youtu.be/6X2Nvx--k1U
As 12 Sibilas, uma das mais belas, fortes e algo esquecidas linhas tradicionais da mulher inspirada..   https://youtu.be/PLFVGwGQcB0
As sete Artes liberais, as sete Musas, nos sete chakras, nos sete dias da semana, nos sete planos, planetas e virtudes, inspiram os neófitos, peregrinos e filósofos, os amantes da Sabedoria, Santa Sophia, da qual cada Musa ou Arte é uma face e instrutora... Fresco de Sandro Botticelli, hoje no museu do Louvre. Há quem defenda que o representado é Giovanni Pico della Mirandola.
As três Graças: receber, dar e, na Divindade, congraçar, unificar e reiniciar..
Sê, Flui, Voa, Livre, Sábia e Amorosamente...
https://youtu.be/TW5DIDlr2FY