sábado, 12 de julho de 2025

Bibliotecas desconhecidas, e seus ambientes, estantes, livros. Uma visitação biblioterapêutica fotografada e comentada.

Certas bibliotecas podem ser habitadas e consultadas por quem não conhecemos nem vemos e que só a certas horas e com clarividência reconheceríamos. Mas também os vivos em corpo físico se podem sentar, ler e viajar, ou se elevar...
Bem aventurados os que bebem e servem a sabedoria dos livros: artesões, tipógrafos, intelectuais, livreiros, bibliófilos.
Luz e sombra constituem o tabuleiro do jogo de xadrez da vida humana, e nas bibliotecas manifestam-se pluridimensionalmente.
Pôr em ordem um armazém de livros ou uma biblioteca, e até encontrar obras de temas em que trabalhamos, é certamente um dos bons labores da vida, embora por vezes desgastante nos pulmões,  costas e mãos. Mas como foi dito por Paracelso, ad ad per aspera...
Entre luz a jorros nas vossas consciências e psiques, desejam os livros e seus autores e sucessivos possuidores, conhecedores da valiosa arte e ciência da Biblioterapia...
Ondas no Oceano da Sabedoria, como Dara Shikoh escreveu e aprofundou..
Um eixo do mundo, por entre os depósitos das ondas de Sabedoria
Prensa, prensa, quem te preza e pensa bem, sob a compressão tão discordante e irregular dos meios de conhecimento dos nossos dias?

A tradição da cavalaria e do amor em Portugal foi muito forte até à entrada da Inquisição, ao domínio dos Filipes e à decadência posterior, e a Literatura de Cordel, começando no século XVI, explorou os seus filões desde o Infante dom Pedro das Sete partidas às peças mais irónicas das manias e vaidades humanas.

O Infante dom Henrique foi certamente um dos heróis mais revisitados na nossa História, e o seu lema perdurará na Ordem de Cristo e espiritual de Portugal e em nós: Talent de bien faire,Talento e esforço de bem fazer.
A expansão portuguesa no mundo, os Descobrimentos, nas suas interacções,  teve  momentos de muita luz e amor, e também de violência e sofrimento, mas deixou muitos estudos e narrações de imenso e insuperável valor que ainda hoje pouco aprofundamos. 

Um dos nossos melhores poetas líricos, do amor humano e da natureza, da educação e da melhoria da consciência humana, João  de Deus, companheiro de Antero de Quental, foi bem homenageado nesta sobrecapa da encadernação por quem, lendo-o e recitando, se deixou tingir pela beleza e sentimento da sua poesia tão fresca quão florida.        
Quantos esforços, quantas vindimas, quanta pressão e condensação para aprendermos a ler, escrever e imprimir, e que os livros e bibliotecas carregam e perseveram abnegadamente para diminuir a ignorância, a violência e o sofrimento humano? 
Quantas obras foram dedicadas às mães? Quantos de nós aprendemos com elas a ler e a amar a leitura, o conhecimento, a beleza, a sabedoria? Não as esqueçamos quando elas partem para o mundo espiritual e saibamos mesmo então gratamente partilhar aprendizagens ou encantos, na comunhão na grande alma portuguesa, no corpo místico da Humanidade,  Anima Mundi ou Campo unificado de energia consciência informação.

                                                       

sexta-feira, 11 de julho de 2025

The path of meditation and right action in harmony with the whole and the Dharma is the middle way of Virtus and Fortuna...

                                

At the beginning of each day  is good  to raise our vibrations and polish or intensify our psychic state and its centers, by greeting and tuning into the beings and levels with whom we feel more affinity: our guardian angel, ancestors or friends who have already passed away, the beloved one, our master, or masters, saints, sisters, the Spirit or Atman, the Holy Spirit, Xvarnah (the divine substance, in the Persian designation), the Divinity, or the Divine Being manifested in  divine forms, the personnal gods and goddesses, whom we love most. It should happen spontaneously, even if we can say  prayers from some traditions...
This greeting is an invocation, that is, an inner call, in the subtle  space and geometry of our soul, and a tuning in for subtle currents and blessings, for like attracts like, and we must therefore vibrate in feelings, thoughts and intentions akin to those that characterise such beings or Being, in order to establish the connection and circulation of energy-consciou
sness.
It can be done
 in a few minutes of recollection and prayer-meditation, and often provides us with attunement, fortification and good intuitions,  in front of a window or on our small sanctuary, still barefoot on the ground, connecting the fire of the Earth and Heaven through our breath, body and aspiration. Very good is also contemplating the divine Sun, receiving its rays and inhaling its particles of prana and psycho-spiritual fiery blessings, some times simultaneously pronouncing the prayers and mantras that are most alive, cherished or active in us, raising our vibratory and loving intensity. 
During the day we should renew such invocations and connections, or remember and strengthen  some virtue we have chosen or even some bodily organ, and so we harmonize them and we become more aware of our electro-magnetic and psycho-somatic state, and  with what energies and beings  are
 we reacting or in connection, sometimes walking and radiating fiery energy, sometimes in silent receptivity, in the vast unified field of universal energy, consciousness and information in which we interact, and in a quantum way, that is, not limited by space and time and in sincronicity. 
These quantum vibration properties happen in the form of particles and radiating waves that enter us or that go from our mind, chakras and soul into other beings,  into the aura of the Earth, Solar system and  Cosmos, in whose order or synchronous harmony we insert ourselves and participate, specially during meditation and creativity. So we must avoid being thrown out of that sensible balance and become weakened by exposure to misinformation and fearmongering so much prevalent in the official media, indeed a powerful tool for brainwashing and controling Mankind and making it loose his spiritual capacities enric
hed by modern science and knowdlege.
Cooperation in the evolutionary
 plan of Humanity is more dynamic in multipolar social activism (in the great struggle of resistance to the manipulation and oppression made by the infra-humanist oligarchy, the USA  oppressive imperialism, the European Union and whatever of that trend affects us), and more contemplative when in prayer, meditation and other spiritul pratices we try to approach our spirit and open our hearts and minds to the spiritual worlds and their beings and archetypes-forces so that they may inspire and strengthen us on our  path of justice, the swadharma, and of devotion and worship of the divine reconnection and acceptance of its blessings, in whatever form they can manifest in us for the benefit of the all..
By participating in Sanata Dharma, in the Order or Eternal Duty, that is, in justice, goodness, creativity, fraternal solidarity and love, we can be graced with clairvoyant vision through our spiritual body, enlivened or intensified luminously by communion in the subtle and spiritual multidimensional reality that surrounds us and to which we dedicate ourselves or surrender selflessly and perseverantly, in the face of so much alienation and manipulation, criticism and attacks. 
Let us therefore be joyful and serene, even in the midst of tensions and conflicts, so that the best results may be visualised and prayed for, attuned and synchronised, and with the subtle inspirations we may deserve, be well perfected and realised, in line with what the Portuguese Spiritual Tradition crystallised from the motto of Prince Henry the Navigateur, Talent de bien faireTalent for doing good, and loving well.

 Likewise, the valuable saying of the master Jesus, "seek and you shall find, knock and it shall be opened unto you, ask and you shall receive", reminds us of the practice of inner recollection, and that the prayers that we can make according to our affinities and ecumenism, supported by corresponding courageous actions, bear fruit by opening us to communion in the Logoic or spiritual body of Humanity, formerly also known as Anima Mundi, or today more as the unified field of energy, consciousness and information.
May our daily path be a shining one through virtuous efforts, Virtue, and through the graces of benevolent Nature, Fortune, with the blessings of spiritual beings and of the Divinity, realised for the good of the whole. 

Manifestação (c/vídeo) pelo reconhecimento do Estado da Palestina, frente ao Parlamento, que à mesma hora votava miserávelmente contra, envergonhando a grande alma Portuguesa-

As grandes almas portuguesa e palestiniana e suas bandeiras tocaram-se hoje e queriam unir-se em paz, liberdade e solidariedade mas os desgraçados e péssimos deputados do Parlamento recusaram tal em votação, com excepção dos representantes do Partido Comunista, que tinha apresentado a proposta. Não se esperava outro resultado de tão egoístas, vendidos e escravizados deputados. 
Uma pena, aonde chega insensibilidade dos representantes do povo português perante o sofrimento, o urbanicídio, o genocídio do tão resiliente povo Palestinia
no.
Ficam algumas imagens (fotografadas entre as 10:00 e as 11:30) 
das poucas mas boas almas que estiveram presentes e que deram, mesmo sob chuva, muita energia psíquica através da voz, do corpo, do coração e da consciência pela causa palestiniana e pelo despertar consciencial e ético de alguns deputados menos petrificados e desalmados.
Que o Estado da Palestina já reconhecido por vários países se torne mundialmente reconhecido e como mem
bro pleno das Nações Unidas muito brevemente, tal como termine o genocídio perpetrado pelo sionismo e o  imperialismo oligárquico infrahumanista.

                         








                                                    

                                         

                           

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Leonardo Coimbra: "A Insubsistência dos Valores Germânicos" , Nietzsche, o bem e do mal e a clarificação socrática da consciência, então e agora.

Um dos mestres mais valiosos da Tradição espiritual Portuguesa, mestre Leonardo Coimbra critica Nietzsche e o germanismo violento, em modo profético e actual, e aprofunda o socratismo solidário e universalista de Antero de Quental...

O texto que transcrevemos do genial Leonardo Coimbra (1887-1935) é pouco conhecido e tem tanta actualidade face ao  que se passa no Ocidente que vale a pena relê-lo, já que certos aspectos morais, filosóficos e sociológicos apontados por Leonardo  têm vindo a assumir proporções que manifestam tanto a perda da relevância humanística  e até legal da consciência individual e do seu discernimento claro do bem e do mal como ainda o crescimento do germanismo violento,  numa tendência e direcção beligerante anti-russa que pode gerar  uma III grande guerra, por ora em curso de forma disfarçada, entre o bloco oligárquico da União Europeia, NATO e USA contra a Rússia e os seus possíveis aliados.

É bom refrescar-nos no verbo ou sermo directo de mestre Leonardo Coimbra para discernirmos algumas das raízes germânicas e nitzscheanas do actual infrahumanismo violento e sem ética ou palavra prevalecente na oligarquia que controla o Ocidente e causa tanta guerra e sofrimento no planeta, no qual, em contrapartida, o belo sonho utópico da multipolaridade se vai erguendo libertadoramente, apesar das sanções que o imperialismo opressivo norte-americano vai lançando.

 

O texto foi publicado pela 1ª vez na revista Atlântida em Abril de 1917, numa época em que Nietzche era muito lido em Portugal, nomeadamente por Fernando Pessoa que o comentou (com semelhanças a Leonardo) extensamente em alguns textos sob a designação Moral da Força, e que eu publiquei no livro de inéditos seus intitulado Moral, Regras de Vida, Condições de Iniciação, em 1988, e que talvez venha a transcrever... 

Entretanto em 1987 o texto de Leonardo foi reimpresso no 2º volume dos Dispersos, de Leonardo Coimbra, Filosofia e Ciência, pela editorial Verbo, mas como é bastante valioso e não se encontra acessível na internet, resolvemos transcrevê-lo do número 18 da revista, que possuímos, e que me veio às mãos quando escrevia um texto sobre João de Barros, o fundador e co-director  desse valioso mensário que foi, é e será a Atlantida.

                                         

Os estudiosos da Filosofia, ou os amigos do Conhecimento, poderão questionar ou desenvolver os resumos críticos que Leonardo Coimbra teceu dos principais representantes da filosofia alemã, bem como os comentários escritos brevemente por mim, e particularmente os admiradores de Nietzsche poderão enfrentar e questionar a visão arguta,  ética e socrática de Leonardo Coimbra sobre o esforçado autor do Ecce Homo e de Assim falou Zaratustra. Os sublinhados por mim realçam ideias-forças importantes:

                                             

«Quando Descartes [1596-1650] iniciou a dúvida metódica para fazer a revisão dos conhecimentos humanos, a moral foi posta à parte, aceitando provisoriamente a moral comum.
É que o espírito moral, a consciência, eram a substância do homem, o seu modo peculiar de ser dentro da natureza.
Duvidar dos preceitos duma certa moral era legítimo, mas discutir a polarização ética nenhum povo ou pensador, para quem a vida espiritual exista, o pode fazer.

[Comentário:Leonardo identifica a consciência humana como o espírito e com a moral, e num comportamento que assenta numa polarização ética, numa escolha entre o bem e o mal. Esta valorização da individualidade ética como substância do ser humano está porém hoje ao arrepio das modernas tendências infrahumanistas, tais as de que não há identidades, nem géneros,  nem bem nem mal.]

Esta função criminal foi desempenhada na Alemanha pelo menos artificial, mais recto e fundo dos seus pensadores.
Nos outros
filósofos alemães perde-se o jeito próprio  sob a erudição (e não educação) clássica. Em Nietzsche [1844-1900], filósofo da aristocracia, é o temperamento mais gregário e directamente germânico. Homem de reações, ele é  aristocrático  e refaz aquela insípida e revelha teoria do [eterno] retorno, ele é germânico, e, porque delira, insulta a lenta e vagarosa força da raça não vendo a tremenda condensação, que se forma.

O seu pensamento faz o salto mortal continuamente, e o jeito da cabriola é bem marcante no bailarino Zarathrusta.
O germanismo abafa sob o disfarce da cultura clássica, e, em Nietzsche, dá-se a maior revolta naturalista de que fala a história do pensamento humano. É, por isso, que, em Nietzsche, se faz o estudo do germanismo em estado de natureza, sem artifícios. Nos outros filósofos são teorias mais ou menos complicadas a mascarar a mesma vontade depredadora dos valores espirituais.
[Crítica fortíssima da filosofia alemã, ou do germanismo nela.]
Depois veremos que, em to
dos, pessoa moral se dilui num panteísmo moral, que é a sua negação e aniquilamento.
Nietzche é o fenómeno singular dum pensamento especulativo, desempenhando a mesma função social que o crime.
Fenómeno duplamente curioso, pois mo
stra como a sociedade é uma arquitectura de pensamento ainda errado, onde a própria imperfeição se revela no ilogismo do crime, e mostra como, dentro da humanidade, o germanismo, que Nietzsche representa, tem uma função social de crime.
Ora se o crime é um ilogismo social, o germanismo não é mais do que um erro da organização social humana.
É, com efeito, este erro, que, de armas
na mão, a Europa corrige, e é também, por isso, que acabada a guerra, terá a Europa de emendar a sua organização social, sob pena de tudo permanecer na mesma. 

[Comentário: Estava-se a meio da I grande guerra, e as previsões de Leonardo Coimbra confirmaram-se: o germanismo violento e supremacista, mesmo derrotado na forma do nacional socialismo nazi, voltaria ao de cima. E mesmo depois da sua derrota na II grande guerra, estamos  na mesma e a Rússia enfrenta de novo extremismos e o germanismo da União Europeia, o convencimento de que são os mais perfeitos, superiores, aristocratas, os mais fortes e logo tentando dominar meio mundo]

Que quer então Nietzche? Como o crime, quebrar a polarização ética e tomar à sua conta a definição do bem e do mal. É, com efeito, para essa obra que corre todo o ímpeto da sua vontade.
É como o espectáculo da lava destruindo todas as maravilhas acumuladas sob a boca dum vulcão.
Fenómeno mais complicado que um ilogismo social, pois é, no bom e velho sentido da palavra, um autêntico pecado contra Deus, guarda dos mais altos valores morais.
O
 bem e o mal são menos fenómenos de adaptação social, sem qualificação ética.
São as categorias sociais, não criadas por uma recíproca e integra adaptação social, porque seriam de novo lógicas; mas categorias, tábuas de lei, dadas aos fracos pelos fortes vitoriosos.
Eis, pois, o bem e o mal como simples funções da Força. Mas qual força? É claro que o germanismo, sendo o crime, seria uma descida, uma queda da diferenciação; mas da moral à psicologia, à simples biologia ou até à física?
A redução de Niezt
sche é essencialmente fisiológica, como era de prever. É a antiga alegria, a embriaguez do hidromel a reclamar lugar filosófico. Os fortes são essencialmente os ágeis, os gigantes de punho rijo e vontade feroz. Como a redução atravessa todos os graus, há também os valores psicológicos mais simples: a manha, a crueldade, a vontade elementar, ou tendência obstinada e progressiva.
Aqui é ainda Nietzche, no seu aspecto histórico, um homem de reacção.
Discípulo de Schop
enhaeuer [1788-1960], dele recebera Nietzsche o conceito de vontade elementar, cega, anterior à inteligência; mas, como Schopenhauer concluíra a dor e a negação de viver, o nirvana, Nietzsche irá concluir a grande Alegria, tamanha que, sem cessar, se repita.
De aí ainda, a transmutação dos valores. Schopenhauer concluíra a piedosa simpatia, pela mesma analogia que lhe dera a vontade essencial. Nietzsche inverte, e, como Schopenhauer é pouco, incha, hiperboliza até Cristo. E agora Nietzsche é já o Anti-Cristo.
O not
ável filósofo [e teólogo dinamarquês] Höffding  [1843-1931] coloca Nietzsche, com Guyau, na filosofia dos valores. Eles, com efeito, ambos buscaram à vida um significado de valor; mas Guyau [1854-1888] com o seu critério de vida generosa e fecunda nunca saiu da vida estética e moral.
Por isso mesmo o sociólogo [positivista russo Eugène] Roberty [1843-1915] encontra, em Nietzsche, um maior interesse sociológico, pois o crime, como a doença na biologia, desagrega os elementos analíticos da lógica social.
Se Nietzsche foi o
 alto e sincero representante do naturalismo germânico, não seria preciso ir buscar a outros filósofos a demonstração da queda dos valores intrínsecos do espírito em forças de ordem inferior.
Curioso é, no entanto, observar como o próprio Leibnitz [1646-1716] acabava por esgotar a liberdade pessoal no necessitarismo panlogista duma característica universal.
A eficácia da acção social escapava-lhe desde o mundo físico, vendo na força um apetite, uma mónada inferior, ao mesmo tempo que Newton, pela alta concepção das forças centrais, claramente estabelecia o carácter de interdependência social das forças.
É assim que Leibniz, aplicando a sua genial concepção de continuidade à vida e à morte, dava aos corpos a simples preformação e redução de simetria geométrica, fugindo à função criadora da epigénese.
E a acção moral não era mais que o desenvolvimento lógico duma preformação social: a harmonia preestabelecida.
Kant [1724-1804] toma, para fundamento moral, o facto empírico do dever na sua forma da lei universal; bela atitude para uma fecunda autonomia do dever, se a vontade não tivera de morrer de inanição num mundo anteriormente fechado à sua acção pelos elos duma causalidade absoluta.
Fitche [1762-1814] atinge a altíssima noção dum Universo, simples teatro da acção moral; mas dilui logo essa moral de cada eu no corpo informe dum Eu transcendente, que, a existir, será o único.
[Crítica a um certo absolutismo ou mesmo advaitismo, que desvaloriza o eu ou espírito individual]
Hegel [1770-1831] desenvolve por antinomias o pensamento experimental, fazendo-o esquecer a experiência, portanto a acção social. É claro que tudo será nos necessários momentos dessa evolução e o espírito evoluindo em história dará a esta a plena justificação de todos os seus sucessos. «Que a história tem sempre a razão» é o pensamento que ao próprio [Wilhelm] Wundt (1832-1920) não é estranho; veremos se concordam com a actual derrota alemã. Wundt, estudando a acção da sociedade na psicologia individual, sobrepõe à vontade individual a do grupo.
Mais profundamente o francês [Émile] Durckeim [1858-1917] se deu ao estudo das criações sociais, chegando a estudar as próprias categorias do pensamento dentro deste critério.
Mas, precisamente aqui, o indivíduo toma conhecimento da consciência social para a penetrar, possuir e clarificar.
É que o valor intrínseco do espírito é, nos alemães, apenas um conhecimento de superfície, não uma assimilação profunda até ao núcleo do próprio ser. Não sendo filósofos de profissão, sem o dever profissional da cultura, gritam claramente os imperativos inferiores da Força.
Forças, que, neste caso, não tem o significado mecânico; mas é antes a energia, ou capacidade de acção.
Ora a energia, neste sentido de utilização, é, mesmo no mundo físico, essencialmente regressiva, em permanente descréscimo.
Em técnica social essa capacidade de acção soçobra e aniquila-se, quando a não dirige um superior destino
[ou intencionalidade superior]. É a tirania das coisas criadas sobre a acção que as gerou, que vem desde as impasses do pensamento, quando os conceitos objectivados perdem o seu potencial psíquico, até ao absoluto encadeamento da atenção social ao colosso da indústria e consequentes impasses económicas duma produção [e consumo] sem freio, nem lei.
É este o erro de todos os obscurantismos sociais. O que o homem tem de lúcido e director é a sua consciência; pôr, de fora e acima dela, qualqu
er realidade é regressar a formas inferiores de vida, caminhar direito para dúvidas e contradições, que amesquinham e degradam.
O que dá uma aparência de razão aos diferentes obscurantismos é que o vago dos seus conceitos nos permite a visão global dum conteúdo opulento em oposição com o pobre actualismo lógico de cada época.
Também a este contraste vem dar força um finitismo (não no significado que tem na nobilíssima filosofia de Renouvier [1815-1903]) de míngua e miséria.
É assim que, por exemplo, os homens progressivos duma época, quando julgam que o espírito criador de certas formas do passado nelas se esgotou, negam não só o valor dessas formas da tradição, mas até do espírito que as criou, como se nelas se integralmente esgotasse. É então que a reação tradicionalística aproveita o vago do termo, vago cheio das ressonâncias das harmonias passadas.
Se compreendermos o infinito da acção criadora que a cada momento cria e excede as criações, saberemos então que, ao dispor da mais alta direcção criada, uma indefinida capacidade da acção se nos oferece.
Então é com um socratismo, isto é, com os mais altos e claros conceitos da consciência, que partimos para a ação social.
O que demais alto e claro existe no homem é o supremo persuasivo (Fouilée, [1838-1912]) da moral.
[Belo e valioso critério de persuasão ou motivação interior, mas quantos o sabemos cultivar, meditar ou conceber e realizar?]
O homem quer a mais alta harmonia da vida ideal que concebe, e, como a quer, desdobra-se em amoroso e fecundo esforço de acção.
A consciência é logo, como conhecimento ou querer, um laço, uma realidade social.
Elucidar os imperativos da consciência social, a ponto de poderem ser os supremos persuasivos de cada consciência, é a verdadeira tarefa duma moral autónoma e ao mesmo tempo rica da maior realidade ou mais concreto universalismo.
Clarificar os imperativos sociais, ao ponto de os tornar em claros e amorosos desejos de cada consciência, é uma boa parcela de verdade e justiça, que pertence à parte nobre da tendência social denominada anarquista.
Introduzir as seduções da finalidade moral é dar às sociedades uma clara directriz, de verdadeira liberdade, eficaz e criadora

[Nestas ideias de fazer coincidir os imperativos ou deveres sociais e solidários com a aspiração desiderativa ou amorosa de cada consciência, em liberdade ou segundo o seu livre-arbítrio e não por imposições, e partilhá-las solidariamente, Leonardo Coimbra continua e aprofunda claramente tanto a aspiração íntima como o labor filosófico e socializante do genial Antero de Quental (1846-1891) expresso em várias cartas e nas Tendências Gerais da  Filosofia na segunda metade do séc. XIX.]


Assim o direito irá sendo aquela parte da lógica social que uma longa e permanente experiência reputou o mínimo de necessário condicionalismo. Mínimo aberto a todo o aprofundamento da acção moral, da nova harmonia descoberta e desejada, sempre num lógico e bem definido esforço de mais espaço social, mais perfeita organização e melhor espiritualização interior organizado. Os valores germânicos de redução analítica vão no caminho da simplificação biológica, de míngua, desprezo e obscurecimento da experiência social. São, por isso, insubsistentes. O homem tende a substituir, em toda a parte, as forças inorgânicas e desordenadas pela direcção finalista da sua consciência moral.
O socratismo, ou clarificação dos imperativos sociais, é a própria direcção psíquica e histórica do conhecimento humano».

                           

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Como começar bem o dia, e com a Virtude e a Fortuna escaparmos à opressão oligárquica, lutando pela melhoria da Humanidade


No começo de cada dia é bom antes de tudo elevarmos os nossas vibrações e darmos lustre ao nosso estado psíquico, saudando e sintonizando com os seres e níveis com os quais sentimos mais afinidades: o Anjo da guarda, os antepassados ou pessoas amigas que já desencarnaram, o amado ou a amada, o mestre, os mestres, santos. santas e sorores, o Espírito ou Atman, o Espírito santo, Xvarnah (a substância divina, na designação da Pérsia), a Divindade, ou Esta manifestada nas formas divinas, deuses e deusas, que mais amamos.
Esta saudação é também uma invocação, ou seja, um chamamento interior, no espaço interno subtil da nossa alma, e  uma sintonização, pois o semelhante atrai o semelhante e devemos pois vibrar em sentimentos e pensamentos afins dos que caracterizam tais seres ou Ser para se estabelecer a ligação e circulação. Faz-se nuns momentos ou minutos de recolhimento e oração-meditação, e que frequentemente nos proporciona fortificações e boas intuições. Diante de uma janela ou do nosso pequeno santuário ou altar, embora ainda ainda descalços sobre o solo, ligando o fogo da Terra e com o Céu pelas respirações e aspirações. E, claro, contemplar o divino Sol, receber os seus raios e respirar as suas partículas de prana e de bênçãos ígneas psico-espirituais, pronunciando as orações e mantras que estão mais activos em nós, elevando a nossa intensidade vibratória e amorosa. 

Durante o dia devemos renovar tais invocações e ligações, ou mesmo ir relembrando e fortificando  alguma virtude que escolhemos ou órgão corporal, e estarmos mais conscientes do nosso estado electro-magnético e psico-somático, e logo com que energias e seres estaremos em conexão, ora irradiando igneamente ora em receptividade silenciosa, no vasto campo unitário de energia consciência informação universal em que interagimos, e quanticamente, isto é, não limitados pelo espaço e tempo. Tal acontece sob a forma de partículas e ondas irradiantes na e da nossa mente e alma, na aura da Terra, do sistema solar e do Cosmos, em cuja ordem ou harmonia sincrónica  nos inserimos e participamos, evitando ser desequilibrados pela exposição a desinformação e atemorização dos meios de comunicação.

A cooperação no plano evolutivo da Humanidade é mais dinâmica no activismo social multipolar (em grande luta de resistência à manipulação e opressão da oligarquia infrahumanista, da União Europeia ou a que nos toca mais), ou mais contemplativa quando tentamos abrir o coração e a mente aos mundos espirituais e seus seres e arquétipos para que nos inspirem e fortifiquem no caminho da devoção e adoração da religação divina e acolhimento das suas bênçãos. 

Ao participarmos no Sanata Dharma, na Ordem ou Dever Eterno, isto é na justiça, bem, criatividade, fraternidade solidária e amor, podemos ser agraciados pela visão clarividente através do nosso corpo espiritual vivificado ou intensificado luminosamente pela comunhão na realidade pluridimensional subtil e espiritual que nos envolve e à qual nos dedicamos ou entregamos abnegadamente, face a tantas alienações e manipulações, críticas e ataques

Estejamos pois alegres e serenos, mesmo no meio de tensões e conflitos, para que os melhores resultados possam ser visualizados e orados, sintonizados e sincronizados, e com as inspirações subtis que possamos merecer, serem bem aperfeiçoados e realizados, na linha até do que a tradição espiritual portuguesa cristalizou a partir da divisa do Infante D. Henrique:  Talento de bem fazer e de bem amar.
Igualmente o valioso dito do mestre Jesus, procurai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, pedi e recebereis,  relembra-nos da prática do recolhimento interior,  e de que as orações que poderemos fazer segundo as nossas afinidades e ecumenismo, apoiadas nas acções valerosas correspondentes, frutificam abrindo-nos à comunhão no corpo logóico ou espiritual da Humanidade, outrora também designado por Anima Mundi, ou hoje mais como Campo unificado de energia consciência informação.

Seja pois o nosso caminho diário pelos esforços virtuosos, a Virtude, e pelas graças da benigna Natureza, a Fortuna, com as bênçãos dos seres espirituais e da Divindade, realizado para o bem justo de todos e a beleza e glória divina. 
Na Virtude e na Fortuna, eleva-te....

Quem deveria dirigir a União Europeia? Who should be directing European Union? The irish deputy Clare Daly. Texto bilingue. See his fiery speech in EU.

  A deputada irlandesa Clare Daly (16.IV.1968) tem sido dos melhores  membros do Parlamento Europeu (tal como Christine Anderson), pois tem demonstrado desde há uns anos que é simultaneamente   lúcida, justa, corajosa, inteligente, abnegada e defensora do povo europeu, nos seus múltiplos níveis, desde o  bem-estar e dignidade, liberdade, ética e futuro, e das suas relações correctas com outros povos, nomeadamente os palestinianos, iraquianos, venezuelanos, russos. A sua carreira política é tão fulgurante quão polémica, mas nitidamente norteada pelo espírito de justiça e verdade. Uma razoável compilação do seu percurso encontra na famigerada e tão controlada pelo Sistema,  https://en.wikipedia.org/wiki/Clare_Daly 

O seu último discurso espontâneo fabuloso no principio de Julho foi proferido vibrante e cheio de amor e indignação pela verdade ostracizada  e perseguida na União Europeia,  cada vez mais submetida à ditadura tirânica de Ursula von Leyden e seus avençados, manipulados ou mesmo corrompidos pelo complexo militar, pela oligarquia infra-humanista e sionista e pelos que odeiam a Rússia e o seu notável líder Vladimir Putin.

Clara Daly deu exemplos que comprovam a mudança da democracia, com a sua liberdade de pensamento e expressão, para a autocracia opressiva e repressiva, e que está a acontecer cada vez mais, especialmente na Alemanha, com os recentes casos de perseguição a jornalistas e, podemos nós acrescentar, num país em que os nazis anti-russos ainda hoje estão fortes e a trabalhar contra a Rússia, a Palestina ou o Irão de formas evidentes.

Clare Daly pede-nos para denunciá-los, para responsabilizar esses políticos pelos seus actos criminosos, antes que nos tornemos escravos deles, já infiltrados ou presentes em quase todos os países da antiga União europeia e agora cada vez mais um bloco belicista anti-russo, anti-palestiniano, anti-iraniano, anti-direitos humanos, anti-multipolaridade, anti-Humanidade... 

 Será julgada e demitida Ursula pela corrupção no caso Orgenesis, aquando do Covid e ainda em tribunal, ao qual ela se tem recusado comparecer? Poderá vir a ser um dia Clare Daly, agora que terminou  em Julho no Parlamento Europeu o seu mandato de cinco anos,  a excelente presidente duma União Europeia que trabalhe mais justa e harmoniosamente pelos interesses dos seus cidadãos e não tão vendida a empresas farmacêuticas, militares e financeiras? Certamente uma  impossível e verdadeira utopia, mas oremos, visualizemos e queiramos ser melhor representados...

 Um excelente discurso em que Ursula von der Leyen, a ditadora corrupta da UE, é desmascarada: https://www.youtube.com/watch?v=vseM6MMk9qo

Santa Rússia, ora e luta por nós e liberta-nos da inepta Ursula von der Leyen que tanta corrupção e desgraça causou na epidemia e continua a causar nos povos eslavos. 
 
 «The irish deputy Clare Daly is indeed or probably the best  member of the European Parlament, the one at some time is the most lucid, just, courageous, intelligent, abnegated and defending the European people at all his levels, from dignity, freedom, well being, ethics, future.  What a fabulous espontaneous discourse she made, so full of love and   truth's indignation in face of  European Union becoming more and more a tyrannical dictatorship of Ursula von Leyden and his servants, enslaved to the infrahumanist and zionist oligarchy, giving many examples how this change from democracy, with his freedom of thought and expression, to the opressive authorithy is happening more and more, specially in Germany, with some cases of persecution of journalists  and, we may add, in a country in which nazis anti-russians are still at work against Russia, Palestine or Iran in ways which are so evident.

                                                      

She ask us to denounce them, to make these politicians accountable for their criminal acts,  before we become enslaved by them, already present in almost in all countries of the warmonger block, or former free European Union, who is now violently against a free, just and multipolar world...»

https://www.youtube.com/watch?v=thdnG3GEKhE