sábado, 12 de julho de 2025

Bibliotecas desconhecidas, e seus ambientes, estantes, livros. Uma visitação biblioterapêutica fotografada e comentada.

Certas bibliotecas podem ser habitadas e consultadas por quem não conhecemos nem vemos e que só a certas horas e com clarividência reconheceríamos. Mas também os vivos em corpo físico se podem sentar, ler e viajar, ou se elevar...
Bem aventurados os que bebem e servem a sabedoria dos livros: artesões, tipógrafos, intelectuais, livreiros, bibliófilos.
Luz e sombra constituem o tabuleiro do jogo de xadrez da vida humana, e nas bibliotecas manifestam-se pluridimensionalmente.
Pôr em ordem um armazém de livros ou uma biblioteca, e até encontrar obras de temas em que trabalhamos, é certamente um dos bons labores da vida, embora por vezes desgastante nos pulmões,  costas e mãos. Mas como foi dito por Paracelso, ad ad per aspera...
Entre luz a jorros nas vossas consciências e psiques, desejam os livros e seus autores e sucessivos possuidores, conhecedores da valiosa arte e ciência da Biblioterapia...
Ondas no Oceano da Sabedoria, como Dara Shikoh escreveu e aprofundou..
Um eixo do mundo, por entre os depósitos das ondas de Sabedoria
Prensa, prensa, quem te preza e pensa bem, sob a compressão tão discordante e irregular dos meios de conhecimento dos nossos dias?

A tradição da cavalaria e do amor em Portugal foi muito forte até à entrada da Inquisição, ao domínio dos Filipes e à decadência posterior, e a Literatura de Cordel, começando no século XVI, explorou os seus filões desde o Infante dom Pedro das Sete partidas às peças mais irónicas das manias e vaidades humanas.

O Infante dom Henrique foi certamente um dos heróis mais revisitados na nossa História, e o seu lema perdurará na Ordem de Cristo e espiritual de Portugal e em nós: Talent de bien faire,Talento e esforço de bem fazer.
A expansão portuguesa no mundo, os Descobrimentos, nas suas interacções,  teve  momentos de muita luz e amor, e também de violência e sofrimento, mas deixou muitos estudos e narrações de imenso e insuperável valor que ainda hoje pouco aprofundamos. 

Um dos nossos melhores poetas líricos, do amor humano e da natureza, da educação e da melhoria da consciência humana, João  de Deus, companheiro de Antero de Quental, foi bem homenageado nesta sobrecapa da encadernação por quem, lendo-o e recitando, se deixou tingir pela beleza e sentimento da sua poesia tão fresca quão florida.        
Quantos esforços, quantas vindimas, quanta pressão e condensação para aprendermos a ler, escrever e imprimir, e que os livros e bibliotecas carregam e perseveram abnegadamente para diminuir a ignorância, a violência e o sofrimento humano? 
Quantas obras foram dedicadas às mães? Quantos de nós aprendemos com elas a ler e a amar a leitura, o conhecimento, a beleza, a sabedoria? Não as esqueçamos quando elas partem para o mundo espiritual e saibamos mesmo então gratamente partilhar aprendizagens ou encantos, na comunhão na grande alma portuguesa, no corpo místico da Humanidade,  Anima Mundi ou Campo unificado de energia consciência informação.

                                                       

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