domingo, 19 de janeiro de 2025

Dos corações em sangue e do coração espiritual em aspiração e amor divino. Hermenêutica iconogréfica de três imagens ou pagelas.

 Trabalharmos o coração humano e o coração espiritual, sujeitos a tantos sofrimentos e males, é uma tarefa essencial nos nossos dias por múltiplas razões. Neste artigo contemplamos três santinhos  e dedilhamos o coração em sangue e alguns dos seus efeitos possíveis...

Sendo tantos, tantos os corações humanos em sofrimentos dolorosos, como podemos nós vivenciar e transmutar, e vencer, todo o mal, e egoísmo causadores deste sangramento?
Sentindo o coração como um órgão espiritual, que sofre assim pelo mal mas que destila gotas de aspiração, lágrimas de compaixão e chamas de coragem que fecundam a Terra exterior e interior e fazem germinar as flores das qualidades e virtudes, das comunhões invencíveis  nas subtis ligações espirituais e divinas, em amor e sabedoria.

Que o coração é um órgão espiritual, com acesso à visão empática com o seres e mais elevadamente cm os santos e santas, mestres e anjos, planetas e estrelas é importante relembrarmos de modo a que não o deixemos obscurecer-se nem fechar-se, mas antes lhe permitirmos desafogar-se e expandir-se pela compreensão, desprendimento, oração e meditação, e derramar orvalhos e eflúvios animadores, inspiradores e libertadores sobre a humanidade manipulada, oprimida, violentada, sofredora. 

Que o Anjo seja companheiro ou destinatário do teu coração e das suas emanações! Que te relembres mais frequentemente dele, com alegria!

Sabermos recolher no cálice do nosso coração todos os sofrimentos que nos chegarem e transformarmos as suas energias e efeitos em aspiração e ligação ao Bem, à Justiça, ao Amor, à Verdade, à Divindade, faz com que as flores da nossa alma brilhem e irradiem das profundezas, que na demanda heróica do santo Graal temos forçosamente de sondar, penetrar e iluminar conscientemente.


sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

O acordo de amizade cooperativa entre a Rússia e o Irão alegra na Humanidade o coração. Ecos em Portugal.17 de Janeiro de 2025

A aliança-acordo de cooperação a múltiplos níveis da Santa Rússia, Shamanica e Cristã, com a antiquíssima e primordial civilização Persa-Iraniana, Zoroástrica e Shia, embora ambos ecuménicas dada extensão imensa das suas Terras-Mães, assinada num valioso encontro dialogante dos presidentes Vladimir Putin e Masoud Pezeshkian em Moscovo  no abençoador dia 17, ou da Estrela no Tarot, é muito auspiciosa para a justiça, a paz, a prosperidade e a fraternidade multipolar mundial, ou mesmo para a ética e o amor, e até para a as tradições étnicas, a espiritualidade e a religiosidade ecuménica da Humanidade, dado que estes dois países são dos que mais representam actualmente o veio da Tradição Espiritual, da Prisca Teologia, da Philosophia Perenis, da Hagia Sophia. Os encontros, diálogos e  aprendizagens que acontecerão agora muito mais entre estudantes, filósofos, cientistas e teólogos do Irão e da Rússia frutificarão de certeza valiosamente...

Hagia Sophia ora pro nobis, isto é, Santa Sabedoria, Divino Espírito ígneo, ora connosco! Pintura de Nicholai Roerich...

Após tantos séculos sem grandes tratados de amizade, por diversas circunstâncias de pressões e sanções dos péssimos governantes ocidentais da últimas décadas, os povos russos e iranianos foram literalmente forçados a unirem-se para resistirem à voracidade da oligarquia  que controla a maioria dos governos ocidentais, e particularmente dos USA e Israel, e assinaram agora em 2025 por vinte anos o Tratado de Parceria Estratégica Compreensiva que cobre numerosos sectores, destacando-se naturalmente os da defesa ( apoios recíprocos e não podem ajudar ataques a eles), comunicações, economia, educação, ciência, tecnologia e cultura. 
Estava a ser preparado já há bastante tempo, com um primeiro acordo cooperativo em 2001, e embora muitos analistas tentassem pôr em causa a possibilidade do acordo entre a Rússia e o Irão, tal como com a China, para qualquer pessoa não amilhazada ou alienada era evidente que os três povos  tinham que se unir cada vez mais face à arrogância e opressão desmedida da oligarquia ocidental dinamizada pela administração norte-americana de Joe Biden and Antony Blinken, o seu braço armado a NATO, e a tola da vaidosa direcção da União Europeia e dos seus principais governos, de facto pesadíssimos, por vezes mesmo criminosamente ao nível humanitário, como aconteceu durante anos com o Irão sem acesso a certos medicamentos que se viu forçado a fabricar, num caso mais em que os  males se transformam em bens. 
A China tem sido outra das nações alvo, tal como o Yemen, Cuba, Venezuela e a Síria, esta até há poucos dias, pois deposto o moderado Bashar Assad e tendo tomado conta da Síria um grupo de extremistas e decapitadores, eis que a parvinha [do latim parvus, pequeno] da ministra alemã Annalena Baerbock já foi prestar vassalagem, na mira do petróleo, tal como outros governantes ocidentais, passando a cumprimentar muito bem, só porque se engravataram e usam punhos brancos, ainda que estejam tingidos sanguinariamente nas almas...

Será que os mais  avençados à oligarquia financeira ocidental-sionista e os mais warmongers dos norte-americanos, ingleses, NATO,  UE e Israel vão tentar atacar ainda mais estes dois países, seja por inveja, racismo, hegemonia ou apenas na ânsia de fazerem descarrilar a marcha do comboio ou caravana da Humanidade multipolar, que tenta libertar-se das garras iníquas da fabricação ilimitada e logo tão corruptora do dólar e do euro?

Esperemos que, embora continuem a ladrar e a amilhazar na comunicação social  não prolonguem muito as sanções e opressões, o assassinatos e mortandades, e que a Rússia, o Irão, a China, a Índia, a África do Sul, o Brasil e os outros países do imparável BRICS continuem na sua grande missão cooperativa multipolar libertadora...

 Há expectativas de que a presidência de Donald Trump, que foi tão excrementado pela administração do partido dito democrata, mas que é tudo menos isso, na sua ordália  de quatro anos, tenha aberto o coração e a ânsia de justiça do mais popular Donald Trump, e que este, rodeado de bandidos e de criativos, queira sair do rasto sanguinário da administração dos corruptos e psicopatas Joe Biden e Blinken, e o consiga, embora não seja fácil pelos seus laços com Israel, os interesses geo-estratégicos em jogo e os desequilíbrios e conflitos existentes em todos os norte-americanos, há décadas violentando e estuprando tantos povos, e associando-se e apoiando os regimes mais assassinos e portanto com uma acumulação de karma tão brutal (visível em algumas das suas catástrofes recentes e e evitáveis)  como a dívida pública que têm.

                                     

Devemos ser "optimistas escatologicamente", como tanto intuiu e defendeu (e encontra alguns textos seus neste blogue) a filósofa neoplatónica Daria Dugina Platonova (muita Luz e Amor na sua alma!), e perseverarmos no trabalho psico-espiritual de atrair as melhores energias ígneas de luz e de amor do Cosmos, das estrelas, dos grandes seres e da Divindade e conseguir assimilá-las e  manifestá-las para a melhoria da harmonia e felicidade de cada vez mais seres e dos eco-sistemas de Gaia. E apoiarmos psiquicamente (orando, irradiando, valorizando) este acordo, os governantes e os povos da Rússia, Irão e BRICS e os seus projectos cooperativos e harmonizadores da Humanidade. Anote-se que houve uma boa sessão de perguntas com a imprensa após a assinatura do tratado, como ver na ligação: https://www.youtube.com/watch?v=mXhwOpaii98

                     

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Alexander Dugin: Onde está Deus, e o Graal? Declaração de princípios filosóficos, religiosos e espirituais. Comentada por Pedro Teixeira da Mota

                        

Alexander Dugin (n.1962), transmitiu hoje através da sua página na rede social alternativa Vk.com,  uma declaração importante sobre os seus princípios, e visão do mundo, da divindade e da essência e missão crística da Rússia. Para muita gente, e por diversos motivos, é controversa, mas sendo tão verdadeira, elevada e sincera não podemos deixar de a admirar, quer concordemos ou não, com o todo ou as partes, e de a traduzir para português e brevemente prefaciá-la e comentá-la. 


Alexander Dugin, o pai da filósofa e jornalista mártir Daria Dugina Platonova (15-12-1992 a 20-08-22), uma neoplatonista de quem se esperava tanto, diz-nos então em três parágrafos fulminantes: 

«Eu sou platonista. Para mim, as ideias existem antes ou sem qualquer realidade adicional. A realidade é opcional, as ideias são seres eternos e necessários. Deus está acima de tudo e os seres que o rodeiam são ideias (Anjos). Nada mais realmente importa. A Rússia é a taça de Deus. Sophia.[Sabedoria]
Sendo a taça [ou graal] de
Deus, a Rússia é sagrada. Sendo apenas taça, sofre exílio, torturas, erros, pecados. A Rússia é santa pela sua natureza interior. Exteriormente pode parecer diferente. A Rússia pertence a Cristo, o nosso Deus, e a ninguém a não ser Ele. Lutamos por isso.
A imigração, a confusão e a mistur
a obrigatória impostas são as armas dos globalistas que tentam destruir as identidades, os povos, as culturas étnicas. Criam espécies pós-humanas que são fáceis de substituir por robots. O ser sem ethnos já é quase um robot... O Homem...».
Alexan
der Dugin...

Hagia Sophia, por Nicholas Roerich, protegendo a Humanidade.

No 1º parágrafo destaquemos "Deus está acima de tudo e os seres que o rodeiam são ideias (Anjos)"....
A palavra ideias, e
m grego eidos, pode assumir vários significados, Neste caso poderemos dizer a Divindade está rodeada de essências (oussia, seres que são), e tais seres conscientes da sua essência divina são os espíritos angélicos, os Anjos e Arcanjos. Ou ainda, mais humana e intimamente os Amigos de Deus, na linguagem de S. Sérgio de Ragotoneva, Ruysbroeck, Taulero, Herpio, Suso, S. Serafim de Sarov, Helena e Nicholai Roerich...

                      "A Rússia é a taça de Deus. Sophia.", S. Luz Divina.

Esta consideração optimista ou optimizante de Alexander Dugin que a Rússia é a Taça (ou Graal) de Deus, que vem já de anteriores elos da Tradição e Filosofia Perene, tais santos, filósofos e escritores, como Dostoievski, Tolstoi, Vladimir Soloviev, Nikolai Berdiaev, Pavel Florensky e Sergei Bulgakov, pode ser aceite mais facilmente se considerarmos que outros países podem também ser taças de Deus, ou mesmo que todos os países estão convidados pela Divindade a que os seus governantes auxiliem os seus habitantes a serem portadores do santo Graal, o que infelizmente não sucede na maioria dos países. 

Adoração ao santo Graal eucarístico, sito no Museu do Azulejo, no sacrosanto Convento da Madre de Deus, em Lisboa

Tal tradição correu bastante pela França, Espanha e Portugal e há ainda hoje alguns seres que são  cavaleiros ou damas do santo Graal, não em templarices externas mas que sabem receber o Espírito santo, o ungimento divino. Mas, é provável, que em termos interiores e históricos (pelo que sofreu) seja a Rússia o Graal principal actual mundial, e a sua liderança sacrificial na vivência e na luta pela justiça, fraternidade e multipolaridade indicia tal. Para tal contribui também a forte ligação a Cristo e à Divindade que a Rússia, o patriarca Kirill e o seu imenso clero e igreja, Putin, Dugin, Daria, e o seu povo abnegado e heroico conseguem cultivar, brilhantemente mesmo,  de modo adamante enaltecido por Dugin: "A Rússia pertence a Cristo, o nosso Deus"... A expressão "nosso Deus", é bem importante, na linha iniciática que cada pessoa deve estabelecer a sua relação com a forma de Deus vivo que lhe foi transmitida ou escolheu e mereceu.

No 3º parágrafo, destaquemos o alerta quanto aos objectivos dos globalistas da Nova Ordem Mundial infra-humanista transhumanista, fomentada corruptamente  por Klaus Schwab, Soros, Biden, Ursula e seus apaniguados, o mais evidente ser o "destruir as identidades, os povos, as culturas étnicas", semeando o caos com todas as misturas e confusões, para mais facilmente poderem manipular, oprimir e robotizar os humanos. 

                                        

A luta da Rússia, de Alexander Dugin (e dos mestres e santas, e da fravashi persa ou musa-mártir Daria Dugina Platonova) e portanto nossa é esta: escapar e derrotar tais forças e tendências materializantes, mecanicizantes, e aspirar a comungar mais com a Divindade e as suas ideias-seres celestiais, de modo a vivermos e dinamizarmos a comunhão fraterna multipolar dos bens anímicos e materiais.

                          

Tenhamos pois atenção diariamente se estamos a ser manipulados, amilhazados, formatados, ou se pelo contrários conseguimos dominar tendências, paixões e sentimentos e, criativa, destemida e perseverantemente, comungarmos pela oração e a meditação com Deus e os seus Anjos, espíritos,  ideias, arquétipos, e vivermos sábia e amorosamente, escatologicamente optimistas (como Daria Dugina escreveu, muita luz e amor na sua alma) e invencíveis, tal como na demanda do santo Graal, do Homem ou Mulher integral em quem a Divindade viva brilha...

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

14 de Janeiro de 2025, comemoração do aniversário de Ali, o 1º Imam Shia. Com a música Tasbeeh Al Zahra'a | Haj Mahdi Rasoli.

 Hoje 14 de Janeiro de 2025 comemora-se (intensa e ardentemente, e mais em Najaf) o dia de nascimento de Ali Ibn Tabu Talib (e no interior da Ka'aba, em Meca), o 1º mestre ou Imam, e mártir da linhagem Shia, ou Shiita, ou Xita, sem dúvida uma das "religiões" (vias de religação espiritual e divina) mais generosas, místicas e martirizadas da Humanidade multipolar. Ali, primo, íntimo, secretário e guardião de Maomé, recebeu a sua filha Fatimah (ou al-Zahra, em persa) como mulher, dando origem aos doze Imams (onze líderes, martirizados, e o último, o Madhi,  que há-de vir), mestres, sábios, corajosos e inspiradores da grande fraternidade Shiaa espalhada por todo mundo e dos que aspiram à verdade e à justiça, que são a base da sua vida ética. Desfrute uma bela música (Tasbeeh Al Zahra'a |  Haj Mahdi Rasoli)  de homenagem e invocação de Hazrat (piedoso ou santo) Ali e Fátima, e fortifique-se, religue-se mais com ou através deste mestre e desta tradição muito valiosa e bem viva, seja muito fortemente no Irão, Iraque, Líbano seja mais  subtilmente nos nossos sentidos internos e consciência espiritual...

Ali (600-661), ladeado pelos seus dois filhos Hassan (625-670) e Hussayn (626-680)

 Mas quem foi Ali Ibn Abi Talib, nascido em 17 de Julho de 607 e casado com Fátima ou Zahra, a filha do profeta Maomé, e que abriu o sulco da linhagem religiosa dos 12 Imans com que se configurou a religião Shia, dentro da religião islâmica mas tão perseguida pelos mais fanáticos sunitas?

Como ganhou ele tanto poder nas almas dos seus companheiro, discípulos e devotos, até ser martirizado pelos seus adversários do califado de Meca, que ele dirigira como o 4º califa desde 656 apenas por cinco anos, embora o profeta Maomé o quisesse logo como o seu sucessor e apenas a ambição e maldade de alguns o impediram de o ser, e assassinando-o depois a 28 de Janeiro de 661?

Ali era e é certamente  um espírito de uma qualidade imensa e intensa, sábia, e ainda hoje dotado de uma subtil omnipresença, que veio com uma missão e que foi, tal como a de Jesus, atalhada pelos elementos e forças do Mal, como aliás tem sucedido tantas vezes, como podemos recentemente ver acontecer com os assassinatos do general Soleimani ou da filósofa russa Daria Dugina, duas outras almas de grande luz, certamente mais incipientes na realização divina...

Passados quase 1500 anos, socorramo-nos das palavras do próprio profeta Muhammad acerca dele, para admirarmos a espantosa proximidade e unidade entre os dois: «Ali é como a minha própria alma", ou ainda «Tu procedes de mim e eu de ti»; «Ali está com o Corão tal como o Corão está com Ali. Não se separarão  um dos outro até regressarem a mim no lago primordial ou paradisíaco (al-hawd)»; «Três coisas me foram reveladas respeitantes a Ali: ele é o dirigente dos Muçulmanos, o guia dos piedosos e o chefe dos radiosamente devotos».

Estes ditos de Maomé apontam para um estado espiritual de unidade divina entre os dois grande seres, que foi assinalado pelo próprio Ali confessando como ele e a 1º mulher do profeta Khadija foram os únicos que estiveram na montanha sagrada de Hira, nos sucessivos anos em que o Corão foi escrito, «Eu via a luz da revelação e da mensagem e aspirava a fragrância da profecia», e como foi ungido por ele na função de guia ou mestre perene.

Até o profeta desincarnar em 632, Ali foi quem esteve mais próximo dele, o seu discípulo e companheiro, tanto mais que desde os 5 anos fora educado por Maomé em sua casa, já que eram primos direitos, e o pai de Ali, Abu Talib, protegera Maomé, filho do seu irmão e que morrera cedo, e assim quando este reuniu os seus familiares e amigos para lhes dizer que Deus lhe falara e os chamava, foi só Ali que exclamou logo «Ó Profeta de Deus, serei eu o teu ajudante nisto, ao que Maomé respondeu Este é o meu irmão, o meu executor e o meu sucessor de entre vós, Escutai-o e obedecei-lhe».

                                     

Na fase de passagem de Meca para Medina e nas batalhas que se seguiram Ali foi o herói invencível, com episódios memoráveis, tal como na batalha de Khaybar, em 629, tornando-se de facto após Maomé o chefe do Ahl al-Bayt, a sua Família (ahl) da Casa (bayt), e por extensão o povo da Casa descendente de Maomé. Mas além do guerreiro destemido, o Leão da Montanha, e do líder sábio e prudente o que o caracterizava mais era a sua ética viva e cavaleiresca de seguir a verdade com justiça e exercê-las sabiamente, manifestando uma generosidade e espírito de sacrifício imensos, características que passaram para a tradição e comunidade Shia, Shii ou Xiita, e em especial para o povo iraniano que tanto a acolheu e se impregnou...

Dos seus ensinamentos espirituais partilharemos apenas uns raiozinhos neste dia do seu aniversário em 2025, e a partir da minha vivência, conhecimentos e um livro bom, que encontra em português, Justiça e Recordação. Introdução à espiritualidade do Imam Ali, de Reza Shak-Kazemi, editado em 2009 pela Bizâncio, com boa tradução de Luísa Venturini e que recomendo.

Um deles é o da valorização da nossa capacidade de alcançar os níveis perenes pois o intelecto contemplativo das Verdades divinas que a sua fé lhe oferece pode senti-las e vê-las pelo olhar interior do seu coração, e sendo a busca e aquisição do Conhecimento profundo e da Realidade, e não das riquezas e posições, o que vale mais, pois enquanto as riquezas diminuem ao serem gastas, o conhecimento aumenta ao ser partilhado,  sendo a própria aspiração e apreensão do Conhecimento um acto de adoração a Deus.

É no discurso feito a Kumayil, extraído do Nahj al-balagha, a obra principal do seu diversificado ensinamento de pregações, cartas e ditos, que visualizamos o Imam Ali a ensinar ao seu discípulo, junto a um cemitério: «Ó Kumayl Ibn Ziyad, aqueles que acumulam  riquezas perecem mesmo enquanto vivem, mas os conhecedores perseveram enquanto o tempo subsistir; as suas formas [materiais] estão ausentes mas as suas imagens [espirituais] estão presentes nos seus corações. Ah! que abundância de Conhecimento [profundo e verdadeiro, haqiqa] existe aqui (apontando para o peito); que bom seria encontrar alguém que o recebesse», lamentando em seguida que um ou outro possível discípulo, que entendia tal riqueza espiritual e subtil transmissão, se deixara ora corromper pelos ganhos mundanos, ora, face a obscuridades ou dúvidas, perder a firmeza da visão sentida do coração.

Contudo  os amigos da casa do Profeta e de Deus, Ahl al-Bayt, a comunidade mística dos amante e conhecedores de Deus e da sua verdade e justiça, nunca deixarão de existir afirma em seguida no mesmo discurso:«Mas na Verdade, ó Deus, a Terra nunca estará vazia daquele que partilha ou estabelece as provas [da existência e presença] de Deus, quer abertamente com publicidade ou receosamente na obscuridade, a não ser que as provas e elucidações de Deus ficassem sem valer nada... Mas  como estes tais [discípulos da Verdade, e amigos de Deus] - quantos existem e onde? Por Deus, podem ser pouquíssimos em número, mas com Deus eles são os maiores em nível [hierárquico]. Através deles, Deus preserva  as Suas provas e elucidações, para que eles posam  confiá-las ou transmiti-las aos seus pares e semeá-las nos corações  que se lhes assemelham.»

Eis-nos com a essência da via Shia e de Ali (Ali, Ali...): o coração em acção seja a dar ou a receber, e atingindo a devoção e aspiração que torna o coração sensível, capaz de agir corajosa e justamente no mundo físico e alcançar-penetrar o mundo transcendente e sentir ou ver a Luz Divina, ou mesmo a Realidade Divina.

E Hazrat Ali continua exaltando ou apelando aos Amigos de Deus, aos companheiros da Casa de Deus: «Através deles, ou neles,  o conhecimento (haqiqa) alcança ou penetra (hajama) a visão íntima da realidade. Eles celebram na sua intimidade (com) o espírito da certeza; tornam fácil o que os superficiais  consideram difícil, e confraternizam  com o que o ignorante considera estranho. Com os seus corpos acompanham o mundo, mas os seus espírito estão ligados (ou vinculados) ao domínio ou plano transcendente.

São os vice-regentes (califas) de Deus na sua Terra, os que convocam para a Sua religião (do coração). Ah! Como anseio vê-los (ou encontrá-los)! Vai agora, Kumayl, e sê e age como deves.»

                          

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Nicholai Roerich, Agni Vidya. 1ª p. Tradução comentada por Pedro Teixeira. Gravação em vídeo.

Oiçamos um pensamento do ensinamento do Agni Yoga, dado pelo casal russo Nicholai e Helena Roerich, extraído do livro Infinito I, pensamento 169 : «Como é que o conceito de paz é apreendido na consciência humana? As fundações são falsas e são manifestadas como a afirmação de uma direcção cheia de vontade. Quando o Senhor disse que trazia à Terra não a paz mas a espada, ninguém compreendeu esta grande verdade. A purificação do espírito pelo fogo é a espada».

Oiçamos a pequena gravação (e que continuarei) do texto de Nicholai Roerich intitulado Conhecimento do Fogo, Agni Vidya, e tentemos e consigamos viver o dia a dia cada vez mais invocando Agni, o fogo psíquico cósmico purificador.        Aum Agni Aum!

              

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

A Geórgia escapará aos planos destrutivos dos USA, do Fórum Económico Mundial e da sinistra Vitoria Nuland??

Monumento à amizade do povo e história da Geórgia com a Rússia, nas montanhas da Geórgia.

Extraído da  /TASS/,  canal russo ainda visível na internet ocidental (o que já não se passa com a RT, e outros), do dia  8 de Janeiro.

«Tbilissi conseguiu evitar o cenário ucraniano, mas a luta para manter a paz no país continua, afirmou o conselho político do partido Sonho Georgiano - Georgia Democrática, actualmente no poder [e após tentativas desesperadas da União Euopeia,  de Soros e Schwab e dos partidos europeus submetidos a estes, tal a A.D., I.L., Livre e PAN,   numa declaração:
“Com grandes esforços e através de uma luta intransigente, a Geórgia conseguiu evitar o cenário ucraniano. No entanto, a luta pela paz continua e esta batalha tem de chegar ao fim”, afirma o comunicado.
O partido recordou que, enquanto persistirem os combates na Ucrânia, haverá sempre esforços para estabelecer uma “segunda frente” na Geórgia. A este respeito, o conselho político do partido sublinhou que o povo da Geórgia deve lutar até ao fim para garantir a sua sobrevivência.
A declaração também faz referência às tentativas do chamado Estado Profundo de controlar Washington e a sua política externa. As autoridades georgianas acreditam que as actuais crises mundiais, incluindo a situação na Ucrânia, são o resultado de acções do Estado Profundo (Deep State, dos USA).

Vitória Nuland, dos principais responsáveis, com Biden, Ursula, Stoltenberg, Zelensky e Boris Johnson (que impediu o acordo de Ankara), pela morte de mais de um milhão de ucranianos, e cerca de 200.000 russos.

                                                       LUX  -    PAX.

“O Estado Profundo encenou as chamas da guerra em vários países do mundo. O efeito mais devastador das munições de guerra do Estado Profundo foi infligido ao nosso país amigo, a Ucrânia. Kiev tinha soberania, integridade territorial, paz e uma economia de quase 200 mil milhões de dólares antes de 2014, mas hoje está quase destruída, enquanto os conspiradores de Maidan (Nuland e &) não assumem qualquer responsabilidade por isso”, observou o Sonho Georgiano.

Uma fotografia que diz muito: Com o embaixador norte-americano na Ucrânia, Vitoria Nuland, a responsável da política norte-americana para Leste, em 22014, na praça Maidan distribui, provavelmente do MacDonalds, aos que participavam no golpe que iria desencadear a queda do governo eleito democraticamente e a chegada ao poder dos extremistas, que não descansarão da opressão dos russos ucranianos, até em Fevereiro de 2022 o Kremlin decidir que chegava... Ela hoje:

Irakli Garibashvili, um fiel do Amor, bem resistente

Em 25 de fevereiro de 2022, o então Primeiro-Ministro da Geórgia, Irakli Garibashvili, anunciou que não tinha planos para impor sanções à Rússia, invocando como motivo os interesses nacionais. No início de março do mesmo ano, Vladimir Zelensky chamou o embaixador ucraniano de Tbilissi em resposta à posição do Governo georgiano sobre as sanções. A decisão do Governo foi igualmente criticada pela oposição, que acusou as autoridades de colaborarem com a Rússia. Além disso, os líderes do partido no poder acusaram frequentemente as autoridades ucranianas e alguns políticos europeus de tentarem abrir uma segunda frente na Geórgia. Acreditam que certas forças estão a tentar provocar a Rússia para que esta lance operações militares paralelas no país.»

Russia libertando as províncias do Leste da Ucrânia, com muita more e destruição infelizmente e desnecessária. Demo graças a Deu que o Deep State falhou na BelaRússia e agora na Geórgia, que soube votar pela sua independência em relação à agenda da elite oligárquica ocidental...

 O Presidente Lukashenko  ao ser reeleito, em 26-1-25 para o seu terceiro mandato, com 86% dos votos da população da BieloRussia, foi naturalmente mais uma pedra nos sapatos delicadinhos de Bruxelas, enfurecendo os políticos invejosos que dirigem a União Europeia, tal a parvinha da Kalla, o par de Kosta, como damas de honor de Ursula, e que veio protestar e rosnar pois  dizem-se interessados em abocanhar a Bielorrussia. Mas pior ainda deve ter sido o apoio dado a Geórgia pelo Presidente Viktor Orban da Hungria, que reiterou o seu apoio ao recém eleito Kavelashvili e à Geórgia livre da corrupção, arrogância, mesquinhez e russofobia, típicas dos políticos dirigentes da União Europeia e do oligarca Soros, que subsidia grupos e partidos com aparência de alternativos...

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Reis Magos: do seu culto, e hermenêutica espiritual duma gravura portuguesa do séc. XVIII. Um contributo no entardecer do dia dos Magos reis de 2025. Com um vídeo.

 A legenda dos  Reis Magos, ou  Magos reais, ou grandes seres que teriam vindo do Oriente, com várias peripécias, presentear e adorar (ou talvez melhor, abençoar, iniciar...)  Jesus, originada no Evangelho de S. Mateus, II, 2-12, recebeu no Cristianismo uma frutificação tão grande que permitiu  fixarem-se em três a partir dos três presentes, saberem-se os seus nomes, considerarem-se os seus corpos e túmulos como depositados na catedral de Colónia, estabelecerem-se as suas armas heráldicas, as suas roupas, as mitras frígias ou as coroas, cultuando-se assim a sua memoria por uma variedade de imagens, festividades e orações, e imaginando-se muito simbolismo no pouco que se escrevera no Evangelho e no que depois se foi acrescentando em comentários hermetizantes ou mesmo alquímicos. Oiçamo-lo:  «Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do Oriente a Jerusalém. 2: “Perguntaram eles: “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.. 3A essa notícia, o rei Herodes ficou perturbado e toda Jerusalém com ele., 4. Convocou os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo e indagou deles onde havia de nascer o Cristo.. 5 Disseram-lhe: “Em Belém, na Judeia, porque assim foi escrito pelo profeta: 6‘E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as cidades de Judá, porque de ti sairá o chefe que governará Israel, meu povo”.7 (...) 9Tendo eles ouvido as palavras do rei, partiram. E eis que a estrela, que tinham visto no Oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou. 10 A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria. 11Entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se diante dele, o adoraram. Depois, abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso e mirra. 12Avisados em sonhos de não tornarem a Herodes, voltaram para sua terra por outro caminho.»

Nesta descrição destaque-se o virem do Oriente, o serem magos, ou seja sacerdotes ou iniciados da tradição persa, seguirem uma estrela que se movia sobre eles, que desaparece, reaparece e estaca (causando grande alegria tal fixação...),  e oferecerem os seus presentes, oiro, incenso e mirra, que tinham certos significados, que poderemos resumir como a riqueza e poder, a devoção e sabedoria, e a resiliência à dor  e imortalidade.

Com tempo, os Magos (magi, plural) tornaram-se os três reis, do Oriente, que podia ir da Síria, ao Irão e à Índia, e chegou-se a atribuir-lhes  nacionalidades e os nomes, tal os de Baltasar, Gaspar e Melchior, não sendo porém fácil imaginar-se a devoção com que tais nomes chegaram a ser pronunciados ou invocados, nem os resultados inspiradores recebidos.

Foi então na arte que eles mais se desenvolveram historicamente,  desde o tempo da catacumbas, com as representações mais antigas do séc. II,  atingindo o seu ponto mais alto esteticamente no Renascimento, embora na Idade Média, época onde se fixaram os principais traços característicos também houvesse bastante devoção a eles, nomeadamente na literatura popular, nos autos e em festas populares...

                               

Os registos ou gravuras dos magos tornados reis santos, prosseguiu pelos séculos XVII e XVIII e assim encontramos belas estampas que eram vendidas nas feiras, festas, lojas e vendedores ambulante, por vezes baseadas numa imagem pintada que se venerava em alguma igreja, o que não é o caso da imagem que apresentamos, que tendo a sua sede de vendas na R. Nova do Almada, 45, Lisboa, era bastante misericordiosa para quem recitasse mesmo que apenas um só Pai Nosso e Avé Maria: 100 dias de indulgências dados pelo Cardeal Patriarca. Teria o Patriarcado direito a algumas estampazinhas, ou apenas procurava estimular a devoção a tais personagens menos cultuada nas devoções de fé curadora, em geral mais viradas ou dirigidas para Jesus e Maria e certos santos e santas, tal S. Rita de Cássia, advogada dos casos impossíveis e com culto ainda forte, por exemplo, na zona de Abrantes?

A gravura, que segundo o inventário de Ernesto Soares é de origem veneziana,  é singular na simbologia escolhida pois os magos reais, designados por "Os Santos Reis", oferecem os seus presentes ao Menino que se encontra no interior da estrela no alto do céus dentro de um estrela de pontas e no meio da nuvens, e que com a mão direita já abençoa quem o venerar por tal estampa, talvez incorporando alguma imagética e fé do culto do Menino imperador do Mundo, das festas do Espírito.  Com que sentimentos e colorações as pessoas conseguiam contemplar tal imagem durante o tempos das suas orações, e intensificarem as suas forças e esperanças, só podemos conjecturar...

Provavelmente o mais original e valioso é representar-se a criança dentro da estrela e com isso sugerir-se que Jesus, o Mestre, o Deus incarnado humanamente para o Ocidente, guia e inspira quem o demanda, mesmo que esteja fora do redil da Igreja e venha do Oriente por sua própria sabedoria, computagem astronómica ou mais veridicamente pela sua abertura e visão do olho espiritual, e que consiga portanto contemplar interiormente a sua luz, estrela e imagem.
A estampa
é realmente bem valiosa de ensinamento espiritual para quem a sabe sentir e contemplar com a alma em aspiração de vida à Divindade, pois os magos santos reis, ricos dos seus poderes e presentes, não estão ao mesmo nível que o Menino terrestre nem se prosternam por terra e o adoram, como comummente se desenham belamente, mas antes de joelhos e de pé se assumem como sacerdotes reais do corpo místico da humanidade, oferecendo as suas orações e energias para os mundos celestiais, onde no meio da estrela ou Sol se encontra visível, sob a forma do Menino divino, o Logos Solar, o Sermo, Palavra ou Verbo  referido ou enaltecido pelos discípulos, ou segundo S. João,  no prólogo do seu Evangelho, escrito em grego, ν ἀρχῇ ἦν ὁ Λόγος, En Arke en ho Logos. Ao Princípio era a Palavra.", e que irá encarnar em Jesus...
Anote-se que o discípulo S. João nada
tem a ver com o Apocalipse e que este não foi escrito por ele, ainda que seja num grego sofrível,  pois espelha praticamente só o Antigo Testamento, escrita na esperança do retorno do Messias, numa forma visionária profética e de escatologia arrepiante.
Os Santos Re
is, e já estava esquecida a original fonte dos Magi ou  sacerdotes-astrólogos-sábios da Pérsia (e investigar tal origem implicaria outro artigo), surgem então como uma imagem de concórdia entre o Oriente e o Ocidente, na esperança duma época de fraterna multipolaridade que se esperava com a vinda dum Salvador tanto na religião dos magos da Pérsia, o Saoshyant,  como no Judaísmo com o Messiah, que significa ungido, e que se traduz em grego por Christos, e que os dirigentes de Israel e o seu povo repudiaram, ficando por conta dos cristãos essa aceitação do enviado divino  e a divulgação da nova mensagem ou Evangelho que deveria ser de amor e sabedoria, mas que sabemos como por diversas circunstâncias chegou aos impasses e contradições actuais.

Após um Natal inexistente humanamente pelo genocídio em curso na antiga Terra Santa, ao menos que saibamos perseverar no culto das qualidades crísticas, ou dos Mestres e Magos, e que podem pelo menos aperfeiçoar-nos e salvar-nos  do Mal, que é tanto a crueldade e o assassinato tão vulgarizados por alguns regimes, como a aceitação passiva e amilhazada deles, como a nova Ordem Mundial infra-humanista do Fórum Económico Mundial procura impor na humanidade, através dos políticos, gestores e jornalistas a ela vendidos.
Esfo
rcemo-nos por preservar na invocação da Divindade e dos mestres, santas (e várias das nossas sorores tenho apresentado no blogue) e santos, e mormente Jesus, Maria e o Espírito Santo e, comungando nas nossas orações e meditações com eles, sermos o fogo do Amor e a Luz da Sabedoria Divina em acção, quais radiantes estrelas  no caminho da Verdade, mesmo que ad astra per aspera, ou no "optimismo escatológico" como vivia e deixou em testamento espiritual a mártir Daria Dugina Platonova.

 Daria Dugina, uma estudiosa da Filosofia Perene, da elevada Tradição espiritual desde a Antiguidade (nomeadamente de Platão, Plotino, Proclus, Juliano, do neoplatonismo), da qual o veio ou corrente dos Mestres ou Magos Reais que vieram abençoar e provavelmente instruir Jesus (como defendeu Bô Yin Râ), é uma manifestação que só por uma hermenêutica profunda e meditativa desvenda alguma Luz da Glória, essa que os cavaleiros Templários, que muito co-cultuaram  os santos Magos da Arte Real, cantavam no seu Non Nobis, Domine, non Nobis, sed Nomini tuo da Gloriam. E que eu entoei (com as minhas limitações) na madrugada de  6 de janeiro de 2025, entre outras orações, como pode ouvir. Anote-se um outro artigo  sobre os Magos santos: https://pedroteixeiradamota.blogspot.com/2016/01/dia-dos-reis-magos-ou-mestres-do.html