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Smirnov-Rusetsky. Anjos de vigia. |
Da demanda em diários antigos de encontros e diálogos com o Afonso Cautela, para o seu In-Memoriam, vou transcrevendo para o blogue alguns poemas-orações, ou pequenos textos: |
«Retomo a escrita neste
caderno [diário] pois o outro desapareceu há dias. Hoje são 6 de
Fevereiro[de 1990], o vento cobriu a santa noite do seu desesperado uivar e
arremessou-se contra as janelas procurando entrar nos quartos, camas e almas.
Acolhi a noite de braços abertos, enlacei-a na minha procura de repouso e saúde.
Num dos sonhos alguém me
dizia que o meu yoga, agora, tinha o poder das mil gerações. Ou
seja, penso eu, que vinha de várias reincarnações. Ou então, que
estou ligado a linhas de tradição imemoriais. Ou que a minha união ou yoga era mais completa...
Muito mais faziam-no os cavaleiros do Amor.
Os que nos falta para tal? O fogo do Amor?
Ó meu Deus, ajuda-nos a orar.
Abre-nos às tuas inspirações,
para a nossa alma a Ti se ligar
e aos santos, mestres e anjos.
Que as tuas forças desçam sobre nós
e sobre todos os que precisam delas.
Que a saúde, a paz, a alegria estejam connosco.
Que este novo dia seja feito com tua Presença.
Ó meu Deus, quero-te amar mais,
quero ver e viver sempre a verdade.
Auxilia-me com o teu discernimento,
Anjo, torna-me mais clarividente.
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